Por onde anda a G-Drive Racing?
Os conflitos entre Rússia e Ucrânia, que perduram desde fevereiro de 2022, estão longe de acabar. Os problemas causados por uma guerra também afetaram o esporte. Atletas russos não puderam participar de competições internacionais e se competissem, seria sob a bandeira do Comitê Olímpico Internacional (COB).
As sanções também chegaram ao automobilismo. A FIA proibiu a participação de equipes russas. No endurance, a G-Drive Racing, uma das equipes mais tradicionais, está reclusa, na Rússia.
Inicialmente, em março de 2022, Roman Rusinov, dono da equipe, declarou através das suas redes sociais, que as sanções impostas pela FIA eram “discriminatórias”.
“A G-Drive Racing estava se preparando ativamente para a temporada de aniversário, que prometia ser a mais agitada da história da equipe”, dizia um comunicado da equipe.
“A formação de pilotos foi reforçada pelo piloto russo de Fórmula 1 de maior sucesso, Daniil Kvyat. Nesta temporada, a G-Drive Racing se concentrará em eventos de automobilismo na Rússia. Outros planos da equipe serão anunciados posteriormente”.
Sempre com protótipos LMP2, os russos naquele ano, preparavam-se para o seu 10º aniversário no automobilismo internacional. O Oreca 07 (rebatizado de Aurus 01) estaria nas mãos de Daniil Kvyat, Rene Binder e James Allen.
Além disso, Sophia Floresch, seria uma das pilotos nas 24 Horas de Le Mans. A Algarve Pro Racing dava suporte técnico à equipe russa.
A história da G-Drive
Poucos sabem, mas a equipe de Rusinov leva o nome de uma distribuidora de combustíveis do seu país natal, de propriedade da Gazprom Neft , empresa petrolífera russa de propriedade da Gazprom e da Yukos.
Assim, o programa no endurance iniciou em 2012, mesmo ano da reestréia do Mundial de Endurance. Munidos de um Oreca 03 em parceria com a Signatech, equipe por trás do programa da Alpine, a G-Drive não obteve vitórias. Eles terminaram em 10º nas 24 Horas de Le Mans daquele ano.
Com vitórias na ELMS e em etapas do WEC, a primeira vitória em Le Mans ocorreu em 2018 com Roman Rusinov, Jean-Eric Vergne e Andrea Pizzitola. Porém, a equipe do Oreca #26 foi desqualificada por irregularidades no sistema de reabastecimento do carro.
Em 2021, na última participação, o time ficou em 12º na classe LMP2, há 20 voltas dos líderes da classe, o Oreca #13 voltas dos líderes, o Team WRT.
Títulos no endurance
Se em Le Mans a vitória não veio, no Mundial de Endurance, European Le Mans Series e Asian Le Mans Series, os russos tiveram um enorme sucesso. No WEC, foram 17 vitórias na classe LMP2 e o título da classe em 2015.
Na série europeia, são três títulos consecutivos entre 2016 e 2018. Além disso, obtiveram um segundo e um terceiro lugares entre 2019 e 2020. Já na série asiática, obtiveram o título de 2019/2020. O brasileiro Pipo Derani esteve na G-Drive 2015.
Como está a G-Drive hoje?
Mesmo com as restrições da FIA, a equipe não morreu. Rusinov e sua trupe competiram no Silk Way Rally Marathon, rally em território russo, com um UTV. Mas, não esqueceram do endurance.
A equipe possui um protótipo CN e disputou no início do mês a etapa de São Petersburgo do Campeonato Russo de Endurance, no circuito de Igora Drive. Os pilotos Roman Rusinov e Vadim Meshcheryakov tiveram problemas durante a prova de 4 horas, e abandonaram, mesmo assim, estão em segundo lugar na classe CN-Pro. Não obstante, a G-Drive está inscrita no RDS GP, o campeonato russo e drift, com o piloto Nikita Shikov.
Por fim, após os conflitos, veremos a G-Drive competindo intercionalmente?