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Peugeot exige mudanças no regulamento do WEC após desempenho decepcionante em Le Mans

A Peugeot registrou o pior desempenho de todas as oito marcas da classe Hypercar durante a classificação em Le Mans. Embora o ritmo de corrida tenha apresentado uma leve melhora, o melhor resultado foi apenas um 11º lugar — posteriormente promovido a 10º após a exclusão da Ferrari #50 — com o carro #94 de Loïc Duval, Malthe Jakobsen e Stoffel Vandoorne.

Já o carro #93, pilotado por Paul di Resta, Mikkel Jensen e Jean-Éric Vergne, enfrentou problemas desde o início, incluindo uma saída de pista precoce e uma troca de cremalheira de direção, terminando fora da zona de disputa. As informações são do site Sportscar365.com.

Segundo Jansonnie, a Peugeot está no limite das possibilidades técnicas permitidas pelo atual regulamento. “O que está claro é que não faz sentido para a Peugeot estar no WEC sem estar em posição de vencer em Le Mans”, afirmou. “Temos que encontrar uma solução. Só há duas opções: ou eles mudam drasticamente a forma como equilibram os carros em Le Mans, ou nos permitem fazer algo diferente. Um dos dois precisa acontecer.”

Os comentários refletem uma insatisfação crescente com o atual sistema de Balance of Performance (BoP) e as limitações impostas pelas regras de homologação e pelos chamados Evo jokers, que restringem atualizações técnicas nos carros Hypercar.

As opções da Peugeot

A Peugeot já utilizou sua única homologação adicional permitida e, embora não confirme oficialmente, há indicações de que os cinco jokers de evolução disponíveis também já foram empregados, principalmente com as atualizações de suspensão introduzidas em 2024. Jansonnie afirma que uma nova negociação com a FIA e o ACO será necessária para viabilizar melhorias no 9X8.

Apesar do desempenho modesto, a Stellantis — grupo controlador da Peugeot — reforçou seu compromisso com o WEC. Em Le Mans, o chefe da Stellantis Motorsport, Jean-Marc Finot, declarou: “Nosso desejo é um compromisso a longo prazo. Mas, para isso, precisamos das ferramentas para sermos competitivos.”

Jansonnie também destacou a frustração por não conseguir demonstrar o avanço real do projeto. “O carro melhorou muito desde o ano passado. Ainda temos dificuldades, mas o progresso foi significativo. Infelizmente, isso não se refletiu em performance real na pista. Nossa maior força virou nossa fraqueza: perdemos muita velocidade nas retas.”

A continuidade da Peugeot no WEC dependerá, segundo a equipe, de uma revisão regulatória que permita uma disputa mais justa em Le Mans. O futuro do 9X8 — e da marca no endurance — pode estar diretamente ligado à flexibilidade que as entidades reguladoras permitirão nos próximos anos.