Novos DPi podem fazer parte do Mundial de Endurance

Pode haver luz no fim do túnel para o futuro do WEC? (Foto: Divulgação)

A crise de identidade que a ACO se meteu parece estar longe de acabar, ou menos pior do que se possa imaginar. Desde que a entidade anunciou alterações nos regulamentos dos futuros protótipos ou hypercars da classe LMP1, que não se chamará mais LMP1, críticas por parte dos fãs e imprensa que acredita que a série vai ser uma “Blancacpain melhorada”, tirando a essência de Le Mans, que são os protótipos, não para.

Na última semana os franceses divulgaram durante o salão de Genebra que superesportivos poderão competir no WEC sem grandes alterações. Este foi um anseio da Aston Martin, Ferrari e McLaren, que não estavam dispostas a desenvolver projetos do zero.

Outro ponto que polêmico foi a redução de potência, que resultará em uma volta mais demorada em Le Mans, o que deixariam os novos modelos mais lentos do que a atual geração de protótipos LMP2.

O presidente do WEC, Gérard Neveu, revelou que os futuros DPi, que competem na IMSA, poderiam ser elegíveis no Mundial de Endurance. “Eu acho que de ambos os lados, desde o começo, é que se nós pudermos encontrar um jeito de ter um nível similar de níveis de desempenho nas categorias mais altas, isso seria muito útil para o futuro juntos”, disse Neveu, em coletiva de imprensa durante as 1000 Milhas de Sebring.  “Ao mesmo tempo, temos uma discussão permanente entre o topo dos departamentos técnicos da FIA, ACO e IMSA sobre a situação”.

“A IMSA nos explicou qual é o plano com o DPi. Nós sabemos claramente que a evolução é para janeiro de 2022. O fato é que, se pudermos encontrar uma maneira de nos reunir um dia, seria melhor. Isso é sempre o que estamos procurando.”

Para o dirigente a integração dos DPi no WEC, se resumiria a BoP e novas regulamentações. Não se sabe quais as especificações da futura geração de DPi´s, mas o que tudo indica, eles poderão vir equipados com sistemas híbridos.

“Se é possível fazê-lo, por que não?”, Perguntou Neveu. “Se o nível de desempenho é semelhante, funcionaria muito bem. A questão é o nível de desempenho no final.”

“É por isso que temos para ver a versão final dos regulamentos. Você tem que ir passo a passo. Vamos ver qual será a versão final dos regulamentos que usaremos em Le Mans e no WEC no futuro próximo”.

“Neste momento, vamos ver como isso funcionará com os novos regulamentos do DPi. Será a questão [então]. É impossível dizer [agora]”.

O director desportivo da ACO, Vincent Beaumesnil, disse que “respeita” a diversidade que sempre aparece nas corridas de resistência e em Le Mans. “Hoje, o DPi é 80 por cento do carro  da ACO por regulamentação”, disse ele. “É um chassis LMP2, por isso estamos muito orgulhosos do sucesso da DPi porque construímos, com a FIA, uma grande parte do lado técnico deste carro.”

“Está muito bem-adaptado aos EUA. É adaptado para a Europa? Boa pergunta.”

O presidente da IMSA, Scott Atherton, ainda aguarda a definição dos regulamentos para decidir se vale ou não a pena, a integração do WEC com a IMSA. “Não há dúvida de que equipes DPi abraçaram essa oportunidade”, disse ele. “Mas ainda estamos afirmando que poderia haver uma solução global aqui.”

“Tem havido muita pesquisa com nossos atuais interessados, fabricantes, construtores, equipes, para determinar quais são as prioridades para o exemplo da próxima geração.”

“Há esperança. Esperança não é uma estratégia, mas as pessoas certas estão conversando.”

* Com informações do site sportscar365.com.

 

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