A IMSA revelou nesta sexta-feira, 20, o BoP para os testes oficiais das 24 Horas de Daytona 2020, o ROAR. A entidade também anunciou que está revisando o sistema para a próxima temporada.
O BoP para o ROAR é diferente do que será praticado nas etapas do restante da temporada, e são baseados no desempenho dos carros em Daytona em 2019 em pista seca. O desempenho do clima úmido também foi analisado, mas não teve um papel no BoP para Daytona 2020.
O Cadillac DPi, que venceu as 24 Horas de Daytona este ano, terá 20 quilos adicionais de lastro, e um limitador de ar de 0,3mm a mais. A estimativa é que o protótipo tenha um ganho de 6 cavalos de potência.
O Mazda RT24-P terá cinco quilos a mais em seu peso mínimo, sem qualquer alteração em seu desempenho. O Acura ARX-05 Dpi, não teve alterações em seu peso mínimo, nem perda ou ganho de potência.
Classe GT
Entre os GTLM, o Corvette C9.R, Porsche 911 RSR e Ferrari 488 GTE terão cinco cavalos a mais de potência em comparação à corrida passada. O BMW M8 GTE não terá ajustes de desempenho.
Todos os carros que competem na classe GT tiveram redução de potência em nas faixas de RPM e redução de peso em quatro dos dez carros da classe. A medida é para aumentar a distância entre os modelos GTLM e GTD.
“O objetivo principal, impulsionado pelo feedback do fabricante e da equipe, é abordar as interações anteriores de alta velocidade entre os carros GTLM e GTD”, dizia a declaração da IMSA. “A IMSA espera que essas reduções resultem em disputas ainda mais estreitas dentro de cada classe”.
“Além disso, espera-se que a redução de peso nos carros GTD ajude em uma melhor degradação dos pneus ao longo da temporada em todos os carros, independentemente da massa”.
As alterações foram “validadas com sucesso” no Michelin IMSA SportsCar Encore de novembro em Sebring. O BoP para as versões “evo” do Aston Martin Vantage GT3, Ferrari 488 GTE Evo 2020 e Mercedes-AMG GT3, não foram estabelecidas.
Mudanças no método do BoP
A IMSA irá alterar o sistema de BoP da categoria. A alteração foi um pedido dos fabricantes que almejam uma maior interação humana no processo. A decisão aconteceu em uma reunião após a última etapa da série, em Petit Le Mans.
“A IMSA e nossos parceiros compartilham o objetivo comum de fornecer a forma mais competitiva de corrida de carros esportivos para os fãs da IMSA”, disse o presidente da IMSA, John Doonan.
“O processo de equilíbrio de desempenho da IMSA continua a evoluir para garantir que os principais elementos competitivos das corridas de carros esportivos da IMSA ofereçam o entretenimento e o valor necessários para o público e as partes interessadas”.
“O Comitê Técnico da IMSA trabalhou incansavelmente nessas modificações para 2020 e deve proporcionar corridas mais intensas e competitivas ao longo da temporada.”
O regulamento insere uma nova métrica para “entender” o comportamento do carro durante uma temporada. O processo recebeu o nome de “Volta do Setor Classificado Ponderado” (WSSL).
O WSSL usa uma porcentagem maior do desempenho de um carro e será usado para complementar a “Volta Eclética Ponderada” (WECL) usada anteriormente, que se concentra principalmente no desempenho máximo.
A IMSA também continuará a utilizar dados gravados em túneis de vento, dados de dinamômetros de motores e dados de carros registrados como uma referência para monitorar o desempenho de todos os carros dentro de cada classe específica.
Consumo de combustível e fluxo de combustível continuaram a serem acompanhados, servindo de parâmetro para o BoP. A partir da etapa de Sebring, o comitê técnico da IMSA irá analisar os dados de cada corrida de 2019, tendo como base o melhor desempenho de cada fabricante