Mercedes-Benz surpresa com limitações para competir nas 24 Horas de Le Mans
Após o anúncio da direção do ELMS e das 24 Horas de Le Mans de que as equipes só poderão competir nas 24 Horas se estiverem no WEC. A direção da Mercedes-Benz, acostumada a ter todos os pedidos atendidos, ficou surpresa.
Conforme confirmado pelo presidente da ACO, Pierre Fillon, no início deste mês, a base de fabricantes LMGT3 selecionados pelo WEC será a única elegível para o ELMS e Le Mans. Isso força a saída de marcas como Mercedes-AMG e Audi, que enfrentam poucas chances de entrar no grid do campeonato mundial em 2024.
Assim, Stefan Wendl, da Mercedes-AMG, expressou sua surpresa, destacando o motivo do BoP e a importância para a organização e competição de evitar a entrada de marcas apenas para um evento. Ele ressaltou que a não participação em outros eventos ou campeonatos prejudicaria a integridade da competição.
Apesar de participarem da ALMS (Asian Le Mans Series), a Mercedes-AMG se deparou com a novidade de que a falta de inscrição no WEC impediria a participação em corridas estruturadas como a ELMS. No entanto, Wendl assegura que estão em conversas com o ACO para buscar elegibilidade nos próximos anos.
O impasse também se estende aos convites para as 24 Horas de Le Mans. Wendl destaca que, mesmo que uma equipe cliente da Mercedes-Benz vença no Asian Le Mans Series 2023-24, a impossibilidade de utilizar um Mercedes-AMG GT3 Evo em Le Mans surgiria se o fabricante não conseguisse entrada no WEC.
Mercedes-Benz não está acostumada a receber um “não”
Ele enfatiza que todas as equipes da Mercedes-AMG no ALMS buscam ganhar uma entrada para Le Mans. Gerando um possível conflito se não puderem utilizar um Mercedes-AMG.
Wendl minimiza as chances da Mercedes-AMG no WEC, limitado a nove fabricantes na classe GT3. Aston Martin, Ford e McLaren são os únicos três fabricantes sem programa Hypercar, requisito principal para a entrada.
Apesar de competir na Fórmula 1, a Mercedes-AMG não possui carro LMDh ou LMH. O que a impede de participar das séries de corridas do ACO. Wendl lamenta a falta de uma plataforma para competir com outros fabricantes.
Além disso, com o objetivo do WEC de aumentar o tamanho do grid até 2025, Wendl espera considerações adicionais para a Mercedes-AMG. Um dos fabricantes de GT3 mais bem-sucedidos na era atual.
Ele encerra dizendo que estão em discussões para o próximo ano, reconhecendo as razões pelas quais a situação atual se desenvolveu e a necessidade de negociação com o WEC.
