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Endurance tratado a sério!
Le Mans 2022. Vitória fácil para a Toyota?
Alpine poderá fazer a diferença com seu antigo LMP1? (Foto: Divulgação)

A edição deste ano das 24 Horas de Le Mans, acontecerá nos dias 11 e 12 de junho. Com quatro fabricantes confirmados na classe Hypercar (Toyota, Alpine, Glickenhaus e ByKolles), a vitória da Toyota é dada como certa. 

Os japoneses venceram sem grandes dificuldades, em 2021, abrindo a era dos Hypercars, nome pomposo para uma nova classe de protótipos, que em sua maioria, usará chassi LMP2. Com um campeonato que iniciará em Sebring, em março, as equipes já começaram o árduo trabalho de superar a Toyota. Alpine e Glickenhaus já estão com seus carros prontos.

ByKolles 

A única coisa de concreto divulgado pela equipe, é uma rederização no computador. (Foto: Divulgação)

A ByKolles anunciou que está desenvolvendo com um projeto LMDh, mas não revelou a motorização, ou o fabricante do chassi. O que a equipe anunciou em suas redes sociais é que os pilotos Tom Dillmann da França e o argentino Esteban Guerrieri, são os pilotos que desenvolverão o protótipo, que só apareceu em renderizações. E só. No mundo virtual a equipe é bem atuante, competindo no Le Mans Virtual Series, com um confiável Oreca 07. 

Alpine

Alpine aposta em seu LMP1. (Foto: Divulgação)

A esquadra francesa voltará com o Alpine A480, um protótipo LMP1 que era da Rebellion Racing. Mesmo com um projeto confiável (utiliza motor Gibson e chassi Oreca), o carro está defasado. Mesmo com um EoT favorável, já que o LMP1 possui uma maior capacidade de armazenamento de combustível e potência equivalente, não é páreo para o sistema híbrido da Toyota. 

Mesmo já anunciando um protótipo LMDh, o diretor da equipe, Philippe Sinault, joga a conta e esperanças em um BoP favorável e igualitário. Sabíamos [a situação] desde o início do projeto”, disse Sinault ao site Motorsport.com. Com certeza este ano e o próximo serão um ano de desafios e temos que aceitar isso, é o jogo, para nos prepararmos para 2024 e o futuro”, disse.  “Portanto, não estamos chateados com isso. Temos que brincar com as ferramentas que temos neste ano e no próximo”.

Sinault diz que a Alpine “deu um jeito”, otimizando o tamanho do tanque de combustível do A480 e não quer que os organizadores acabem tirando potência da Toyota apenas para tornar seu equipamento mais competitivo no próximo ano. “Acho que em termos de capacidade de combustível fizemos o máximo antes de Le Mans, depois disso devemos conseguir algo[da ACO / FIA”, disse ele. “Veremos, não será mais homologado se pudermos trocar o tanque de combustível”, ressaltou. 

Glickenhaus

Equipe estará presente em todas as etapas do WEC com um carro. (Foto: Divulgação)

O construtor americano é o que mais apresentará inovações interessantes, mas não revolucionárias, para a classe. O Hypercar SCG007 se mostrou convincente e por muito pouco, não venceu as 6 Horas de Monza, além de terminar as 24 Horas de Le Mans com seus dois carros. 

Para este ano, a equipe irá competir com um único carro no WEC e dois em Le Mans. Entre as melhorias está a utilização de combustível 100% reutilizável, o mesmo que os protótipos da classe LMP2, e freios “Brake-by-wire”. O sistema possui a capacidade de controlar os freios por meios elétricos. Ele pode ser projetado para complementar os freios comuns ou pode ser um sistema de freio independente.

Esta tecnologia é amplamente utilizada em todos os veículos elétricos híbridos e a bateria, incluindo o Toyota Prius. O freio por fio também é comum na forma de freio de estacionamento elétrico, que agora é amplamente utilizado em veículos convencionais.

Com recursos limitados, mas não poucos, a Glickenhaus possui condições de lutar pela vitória, mais pelo azar da Toyota, do que por possíveis méritos. 

Protótipos LMP2 

Oreca 07 poderá surpreender? (Foto: Divulgação)

Mesmo tendo quatro fabricantes homologados, O Oreca 07 vem reinando absoluto na classe desde 2018. A temporada de 2021 viu uma ameaça real durante as 6 Horas de Spa-Francorchamps, um LMP2 liderando as sessões de treinos. 

O que foi algo incomum, mas não inédito (Protótipos LMP2 já venceram no geral em Sebring e na Hungria, esta pela LMS), a expectativa era de que um problema com a Toyota durante Le Mans, poderia dar chances de uma vitória inédita para a classe. 

Para este ano, os protótipos LMP2, terão uma redução de potência, para evitar surpresas. O que podemos esperar da temporada 2022 do WEC? A mais fácil para a Toyota, a ponto de conquistar a quinta vitória nas 24 Horas de Le Mans?