Lamborghini impactada com regra de dois Hypercars no WEC

O novo mandato mínimo de dois carros do Campeonato Mundial de Endurance da FIA (WEC) para a classe Hypercar pode afetar os planos da Lamborghini Iron Lynx no Campeonato IMSA WeatherTech SportsCar em 2025. A marca italiana, que participou da maioria das corridas da IMSA Michelin Endurance Cup este ano com seu SC63 LMDh, reafirmou seu compromisso com o Campeonato WeatherTech, apesar de ainda não definir a extensão do programa para o próximo ano.

Expansão no WEC e Desafios Orçamentários

Rouven Mohr, diretor técnico e chefe interino do automobilismo da Lamborghini, confirmou durante as 24 Horas de Le Mans que a equipe dobrará a quantidade de carros no WEC em conformidade com as novas regulamentações. No entanto, Stephan Winkelmann, CEO da Lamborghini, destacou que o aumento do orçamento necessário para operar um segundo hipercarro tornará a operação mais complexa.

“Um dos elementos-chave era que o orçamento era previsível”, disse Winkelmann. “Agora, as coisas estão mudando e será mais caro para nós. Planejamos ter dois carros no WEC a partir do próximo ano”, disse em entrevista ao site do site SportsCar365.com.

Planejamento e Desafios Logísticos

A logística é um dos desafios da marca. (Foto: Lamborghini)

A Lamborghini planeja ter dois carros nas corridas de Le Mans e Daytona, mas operar múltiplos carros em outros campeonatos pode ser um desafio significativo para a marca. Mohr ressaltou que, embora a ideia de expandir o programa seja atraente, é crucial não dispersar recursos limitados.

“No momento, é cedo para falar sobre o programa IMSA 2025. Temos que ver o que é realista”, disse Mohr. “Pode ser que um programa de dois carros no WEC atenuará uma campanha de temporada completa no WeatherTech Championship. Decidiremos nas próximas semanas como configuraremos a temporada de 2025.”

Benefícios e Desafios do Segundo Carro

Mohr admitiu que ter dois carros no WEC trará benefícios em termos de desenvolvimento, proporcionando mais dados e permitindo estratégias variadas durante os fins de semana de corrida. No entanto, ele também reconheceu que isso representará um desafio adicional para a equipe.

“Rodar dois carros no WEC ajudará no desenvolvimento do SC63”, explicou Mohr. “Teremos mais oportunidades para estratégias diferentes, o que é vantajoso. Mas, do ponto de vista do orçamento e da equipe, é um esforço significativo para uma empresa do nosso tamanho.”

Programa SC63 e Futuro da Equipe

Mohr confirmou que a duração do programa SC63 está definida para três anos. Apesar da ideia inicial de adicionar um segundo carro para as etapas no Circuito das Américas e no Indianapolis Motor Speedway este ano, Mohr descartou essa possibilidade devido a desafios logísticos.

“Infelizmente, com base na logística, não faria sentido”, disse Mohr. “Mesmo que quiséssemos, logisticamente não conseguimos lidar com a situação atual da equipe.”