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IMSA aplica ajustes manuais no BoP para equilibrar disputa em Detroit

AInternational Motor Sports Association (IMSA) anunciou nesta quinta-feira, 22, mudanças manuais no Balance of Performance (BoP) para a etapa de Detroit, que acontece neste fim de semana. A decisão, confirmada pelo presidente da entidade, John Doonan, representa uma exceção ao modelo tradicional baseado em dados e tem como objetivo aumentar a competitividade, especialmente na categoria GTP.

Segundo Doonan, o sistema de média móvel de cinco corridas – normalmente utilizado para definir os ajustes de performance – “não reagiu rápido o suficiente” diante da disparidade de desempenho vista nas provas recentes. A Porsche Penske Motorsport, por exemplo, permanece invicta após quatro etapas, enquanto a BMW M Team RLL, com Dries Vanthoor, cravou a pole position em todas elas.

GTP: Reduções para Porsche e BMW, alívio para Cadillac e Acura

Porém, como resposta, a IMSA penalizou Porsche 963 e BMW M Hybrid V8 com aumentos de peso e cortes de potência. Já Cadillac V-Series.R e Acura ARX-06 foram beneficiados com reduções nas mesmas áreas.

  • Cadillac teve um alívio de 29 kg no peso mínimo.

  • Acura perdeu 22 kg.

  • Porsche recebeu 11 kg extras.

  • BMW, 2 kg a mais.

No que diz respeito à potência:

  • Acura ganhou 21 kW (28 cv) no primeiro estágio.

  • Cadillac teve acréscimo de 11 kW (15 cv).

  • BMW perdeu 27 kW (36 cv).

  • Porsche foi ajustada com corte de 5 kW (6,7 cv).

Nesse sentido, em velocidades superiores a 200 km/h (segundo estágio), os ajustes variam:

  • BMW ganha 6,2%.

  • Cadillac, 2,1%.

  • Acura perde 4,5%.

  • Porsche perde 3,3%.

Contudo, espera-se que os efeitos do segundo estágio sejam limitados no traçado de rua apertado e sinuoso de Detroit.

Aston Martin com mudanças mínimas

O Aston Martin Valkyrie apresenta os menores ajustes na GTP. O hipercarro mantém os 1.030 kg de peso mínimo, ganha 1 kW (1,3 cv) no primeiro estágio e um aumento de 2,9% no segundo estágio.

GTD também sofre alterações

Além disso, na classe GTD, sete dos nove modelos GT3 sofreram alterações de peso, com todos os carros recebendo ajustes de potência.

  • O maior destaque vai para o Lamborghini Huracán GT3 EVO2, com redução de 20 kg.

  • A Ferrari 296 GT3 teve queda de 8,1% na potência máxima do primeiro estágio.

“Responsabilidade de garantir competição justa”, diz Doonan, da IMSA

Durante coletiva com a imprensa, Doonan explicou que a IMSA precisa garantir um ambiente competitivo equilibrado:

“Todas essas mudanças se baseiam em um processo orientado por dados. Mas percebemos que o modelo atual não estava respondendo com rapidez suficiente para manter a competição justa”, declarou.

Doonan também destacou que o desempenho dominante visto na etapa passada, em Laguna Seca, foi um sinal claro de que ajustes eram necessários:

“Quando você vê alguns carros muito acima da faixa de desempenho e outros abaixo, é preciso reunir todos no meio.”

Aliás, o dirigente revelou ainda que a adoção de ajustes manuais pode não se limitar a Detroit:

“Ainda usamos a média móvel como base, mas estamos aplicando ajustes manuais com base nas porcentagens de vantagem e desvantagem observadas. Estamos discutindo com os fabricantes como será o processo daqui para frente.”

Por fim, a iniciativa, segundo a IMSA, busca garantir o espetáculo e manter o nível de competitividade elevado tanto no GTP quanto no GTD à medida que o campeonato avança.