IDEC Sport vence em Portimão e conquista título do ELMS em 2019
Bandeira vermelha, punição controversa e muita disputa. Este foi o cenário que fãs e equipes encontraram na manhã deste domingo, 27, nas 4 Horas de Portimão, última etapa da temporada 2019 do European Le Mans Series em 2019.
Duas equipes lutavam pela vitória, os russos da G-Drive que buscavam manter o título da classe LMP2 e os franceses da IDEC Sport. A diferença de 13 pontos a favor da G-Drive não assustou Paul-Loup Chatin, Paul Lafargue e Memo Rojas. Job van Uitert, Roman Rusinov e Jean- Eric Vergne seria adversários difíceis de serem abatidos.
Na primeira volta vários carros abandonaram por conta de acidentes, ocasionando uma bandeira vermelha que durou 1 hora. Largando na 8º posição o #26 da G-Drvie começou a prova forçando para cima de tudo e todos. Faltando pouco mais de 1h30 para o término da prova, Job van Uitert, acabou tocando no Ligier #24 da equipe Paniz-Barthez Competition.
Pouco tempo depois a disputa foi entre os postulantes ao título. Memo Rojas foi tocado por van Uitert, quando brigavam pelo segundo lugar. O incidente acabou favorecendo o time francês. O Oreca da G-Drive precisou pagar uma punição, voltando na nona colocação.
Faltando 35 minutos, Chatin assumiu a liderança depois de ultrapassar Phil Hanson no #22 da equipe United Autosports. Chatin liderou até a bandeira quadriculada, apesar de uma tardia investida de Hanson. Os dois protótipos terminaram com uma diferença de 0,496 segundos. A esperança da G-Drive era terminar em terceiro, o que resultaria no bicampeonato para o time Russo, que acabou na sexta colocação. A diferença foi de apena 4 pontos para os campeões de 2019, 105 a 101.
Na terceira colocação o Oreca #39 da Graff Racing dos pilotos Tristan Gommendy, Alexandre Cougnaud e Jonathan Hirschi. Alex Brundle, Ryan Cullen e Will Owen chegaram em quarto com o Oreca #32 da United Autosports.
Bruno Senna sem sorte em Portugal
A estratégia ousada adotada desde o qualifying – colocar o mais lento para classificar o carro e no primeiro turno de pilotagem das 4 Horas de Portimão – estava funcionando a contento até que uma quebra da suspensão traseira frustrou os planos de Bruno. A equipe precisou realizar reparos no Oreca. A RLR M Sports perdeu 13 voltas que eliminaram qualquer chance de um bom resultado.
A sorte parecia estar ao lado de Bruno e seus companheiros, o “gentleman driver” canadense John Farano e o indiano Arjun Maini. Eles contavam com a previsão de chuva durante a prova que provocasse as bandeiras amarelas que impedissem os mais rápidos de se distanciar de Farano. Ela não veio, mas um múltiplo acidente na primeira volta provocou a paralisação da corrida e o regime de bandeira vermelha que perdurou por 50 minutos com a cronometragem em andamento. Isso permitiu que Bruno assumisse o volante logo que a prova recomeçou e começasse a ganhar posições que melhoraram o 15º lugar de Farano no grid e o 29º ao sair dos boxes na troca dos pilotos. Quando já ocupava o 9º lugar e com quase todos os rivais ainda tendo de fazer a primeira parada, veio a pane da suspensão.
“Estava tudo saindo melhor que o planejado. A bandeira vermelha foi melhor do que o esperado para a nossa estratégia. De repente, deu a falha da suspensão, uma coisa totalmente bizarra, do nada. Passei numa ondulação e ela quebrou, felizmente num local que não oferecia perigo. Mas foi frustrante porque acabou com nossas chances. Mais uma vez, o carro estava competitivo e, de repente, tchau…”, comentou Bruno. O trio ainda prosseguiu com Maini e novamente Farano, que cruzou a linha de chegada em 30º.
Na classe LMP3, a equipe 360 Racing conquistou sua primeira vitória na série, com Terence Woodward, James Dayson e Ross Kaiser. A diferença para o Ligier #13 da Inter Europol foi de 39 segundos. O segundo lugar foi suficiente para a Inter Europol ganhar o título LMP3, com a equipe polonesa precisando vencer o #11 da Eurointernacional.
O Ligier da Eurointernational pilotado por Jens Petersen e Mikkel Jensen cruzou a linha em sétimo, deixando a Inter Europol com uma vantagem de 12 pontos na final.
Batidas na classe GTE
Seis carros acabaram fora da corrida ainda na primeira volta. Jack Manchester rodou com o Dallara #45 da equipe Carlin à frente de diversos carros da classe GTE e LMP3. Carros das equipes United Autosports, Proton Competition, Team Oregon, KEssel Racing, JMW Motorsports.
Com quatro carros na classe GTE, a vitória ficou com a Ferrari da Luzich Racing Ferrari de Alessandro Pier Guidi, Nicklas Nielsen e Fabien Lavergne. Eles terminaram à frente de cinco protótipos LMP3. Em segundo e terceiro a Ferrari da Kessel Racing e o Porsche da Ebimotors respectivamente.