A decisão da ACO de adiar a nova gertação de protótipos LMP2 para 2028 é vista com bons olhos pelos construtores, incluindo a Multimatic. Os novos regulamentos criarão carros mais leves e com motores menores, baseados em um design completamente novo.
Alteração dos Planos Iniciais
Originalmente, os novos regulamentos LMP2, previstos para 2026, teriam a estrutura LMDh, com chassis idênticos aos dos carros que competem nas principais classes do Campeonato Mundial de Endurance da FIA e do IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Entretanto, a ACO decidiu adiar esses planos por dois anos, mantendo os carros atuais elegíveis até 2027.
Justificativa e Aprovação
Para dirigente, há muiitos LMP2 no mercado. (Foto: Oreca)
Frederic Lequien, chefe da LMEM, anunciou que a mudança nos planos se deu após consultas com os envolvidos no paddock. A nova abordagem visa desenvolver uma fórmula inovadora, partindo do zero. “Assim, para o futuro da LMP2, acreditamos que devemos começar do zero, tornar o carro mais leve e com um motor menor, algo mais ligado ao futuro”, disse Lequien.
Nesse sentido, John Doonan, presidente da IMSA, apoiou a decisão de estender as regras atuais por mais duas temporadas, destacando a importância da classe de protótipos secundários. “Há uma quantidade significativa de estoque no mercado e não queríamos que se tornasse obsoleto”, afirmou Doonan.
Reação da Multimatic
Além disso, Larry Holt, vice-presidente executivo de Operações de Veículos Especiais da Multimatic, aprovou os novos planos. Em uma entrevista ao Sportscar365, Holt revelou que participou de uma reunião em Paris onde os novos regulamentos foram discutidos. Porém, ele destacou que os chassis LMDh não eram ideais para corridas privadas de baixo custo e que a nova abordagem permitirá um design mais adequado e acessível.
Preocupações e Expectativas Futuras
Aliás, apesar da mudança ser positiva, Holt afirma que um único construtor poderá dominar a classe, como ocorre com a ORECA e o modelo 07. Contudo, para mitigar isso, um sistema de BoP está previsto.
Por fim, Holt também expressou seu desejo de que a Gibson continue como fornecedora de motores, elogiando seu desempenho desde 2017. “Eles fazem um trabalho incrivelmente bom em termos de confiabilidade, quilometragem e custos”, afirmou Holt.