FIA e ACO já trabalham nos novos regulamentos da classe LMP1
Os atuais regulamentos que normatizam a classe LMP1 são válidos até 2017, mesmo assim a ACO e FIA já trabalham em novas diretrizes que devem ganhar corpo nos próximos meses.
A entidade discute com os fabricantes novas mudanças. “Hoje nós estamos discutindo o roteiro dos regulamentos LMP1 para os próximos cinco, seis, sete, oito anos”, disse o diretor de esportes da ACO Vincent Beaumesnil ao site Sportscar365. “Nada está decidido.”
“Nós estamos trabalhando em um novo monocoque com mais um grande passo em termos de segurança. Então, vamos olhar para as opções que podemos aplicar para o powertrain e os sistemas híbridos.”
“No momento, nós estamos olhando para opções para o que podemos fazer em ’17, ’18, ’19 e ’20.” Duas das principais áreas a ser exploradas são o desempenho e a segurança, além de um novo desenho do monocoque, inicialmente com os trabalhos iniciando em 2017, e a estréia em 2018.
Outros pontos que devem ser alterados é a redução de velocidade em curvas, além de uma maior dependência da energia híbrida. “O que estamos procurando é melhorar a segurança, como por exemplo o novo monocoque”, disse Beaumesnil.
“Nós também estamos trabalhando a aerodinâmica do carro, porque às vezes você precisa reduzir o desempenho dos carros Para mim, esta é uma opção que pode ser explorado. Então o que vamos fazer com os motores de combustão interna? O que faremos com os sistemas ERS? Em que momento será bom para a série alterar estas partes?”
O próximo passo em discussão é a adição de uma subclasse de 10MJ, que tem o apoio dos fabricantes. “Este é o próximo passo lógico, para reduzir ainda mais o consumo de combustível e aumentar ainda a potencia híbrida. Faz todo o sentido “, disse o diretor técnico da Porsche Alex Hitzinger.
O diretor da Toyota Pascal Vasselon também apoia este aumento. “Estamos em princípio a favor. A questão é o timing. Ele não deve vir muito cedo.” Audi e Toyota que terão carros novos em 2016, se preocupam com os custos. “Temos que ter muito cuidado para não extrapolar os custos”, disse Vasselon.
“Do nosso lado, nós recomendamos ter cuidado, porque estamos em uma melhor forma do que a F1, mas não tão longe dos possíveis aumentos. Portanto, temos que ter cuidado para não pular etapas rápido demais. “
Beaumesnil salientou que os custos têm de ser levados em consideração, embora não deva impedir avanços na tecnologia. “Precisamos de estabilidade para controlar os custos, mas, ao mesmo tempo que precisamos trazer novas tecnologias e novos desafios para tornar este esporte interessante”, disse ele. “É um compromisso em todos os aspectos.”