A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e o Automobile Club de l’Ouest (ACO) anunciaram nesta quarta-feira, 26, ajustes no sistema de Balanço de Desempenho (BoP) para a temporada 2025 do Campeonato Mundial de Endurance (WEC). As mudanças visam uma convergência total de desempenho entre os competidores, substituindo a abordagem anterior, que mantinha os fabricantes dentro de uma janela de desempenho não divulgada.
Entre as principais alterações, destaca-se a forma como os tempos de volta serão analisados. Além disso, na categoria Hypercar, tanto as 10 melhores voltas de cada carro quanto 60% das voltas mais rápidas serão consideradas para determinar o BoP. Combinando desempenho máximo e consistência ao longo de um período. Já na classe LMGT3, apenas os 60% melhores tempos terão validade. Isso permitirá que os tempos dos pilotos das categorias Prata e Bronze influenciem o equilíbrio. Anteriormente, apenas os 20% melhores tempos de cada carro eram analisados.
Aliás, outra novidade envolve a avaliação da velocidade máxima em voltas limpas, sem o benefício do vácuo, que agora será um critério adicional no cálculo do BoP. Além disso, a equalização do desgaste dos pneus valerá como critério na classe Hypercar, uma mudança significativa em relação ao modelo anterior.
As mudanças da regulamentação da FIA e ACO
O BoP ocorrerá com base na média móvel das três últimas corridas do WEC. Isso exclui as 24 Horas de Le Mans, que continuarão a ter um sistema independente. Para a primeira etapa no Catar, os dados utilizados foram das provas do Circuito das Américas, Fuji e Bahrein de 2024. Desconsiderando a corrida do Catar do ano passado para refletir as evoluções dos carros ao longo da última temporada.
No caso da Aston Martin, que estreia o Valkyrie na categoria Hypercar, os ajustes iniciais do BoP ocorrerão com base nos tempos do carro mais rápido das três últimas provas do WEC. No entanto, à medida que a temporada avança, os dados reais do desempenho do Valkyrie substituirão essa referência. Dessa forma, a partir da etapa de São Paulo, a Aston Martin terá um BoP baseado exclusivamente no próprio carro.
As mudanças após análises entre as partes envolvidas. Com oito reuniões técnicas realizadas desde o final da temporada passada no Bahrein. Mesmo com a busca pela convergência total, os organizadores estimam uma variação natural de desempenho de aproximadamente. Ou seja, 0,3% a 0,4% de diferença entre os carros de uma mesma marca.
Outro ponto importante da nova metodologia é a maior transparência no processo. Os fabricantes agora terão acesso aos dados utilizados no cálculo do BoP de seus respectivos carros. Por fim, embora isso permitirá que as equipes explorem brechas no sistema, a FIA e a ACO garantem que ajustes ocorrerão caso algum competidor tente manipular os critérios a seu favor.