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FIA abre licitação para novo fornecedor de trem de força para classe LMP2 a partir de 2028

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em parceria com a Automobile Club de l’Ouest (ACO) e a International Motor Sports Association (IMSA), abriu um processo de licitação para definir o fornecedor do trem de força e dos componentes eletrônicos da próxima geração de protótipos LMP2, com estreia prevista para 2028.

O processo, iniciado na última quarta-feira,19, é o primeiro de dois editais que orientarão o desenvolvimento dos novos regulamentos para a categoria. Inicialmente, a fornecedora britânica Gibson seria fabricante do motor para a nova era dos LMP2. No entanto, durante as 24 Horas de Le Mans de 2023, a ACO anunciou o adiamento das novas regras para 2028, optando por um projeto inédito e mais leve, com motores menores, ao invés de manter a base dos modelos LMDh.

Com isso, a FIA reabriu a concorrência ao mercado, sinalizando uma nova direção para a categoria. Entretanto, os interessados tem até o dia 30 de abril para o envio das propostas. A decisão final será divulgada em 10 de junho, na semana que antecede a 93ª edição de Le Mans.

Nesse sentido, os novos regulamentos serão válidos de 2028 a 2032 e englobarão competições como o Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC), as 24 Horas de Le Mans, a European Le Mans Series, a Asian Le Mans Series e a IMSA, sujeita a um acordo específico entre a entidade e o fornecedor escolhido. Além disso, os licitantes deverão garantir a disponibilidade das peças por pelo menos dez anos.

Especificações técnicas e limites de custo da FIA

A FIA determinou que o motor deverá ser de baixa cilindrada, preferencialmente com turbocompressor, marcando o retorno da indução forçada ao LMP2 desde 2016. O peso seco do propulsor deve ser inferior a 160 kg, com cárter seco, injeção direta e uma potência máxima de 563 cavalos (420 kW), ajustável para 510 hp (380 kW). O volume sonoro será limitado a 100 decibéis emotor terá vida útil, de no mínimo, 14.000 km.

Aliás, a transmissão deverá contar com seis marchas e diferencial de deslizamento limitado mecânico. Assim,  pesando menos de 85 kg e capaz de operar por 14.000 km antes da necessidade de uma reconstrução.

O custo também será um fator regulado. Um motor alugado, incluindo a unidade de controle eletrônico (ECU), não poderá exceder € 1.500 (US$ 1.630) por hora de funcionamento. Para compra de motor, o preço-limite é de € 1.750 (US$ 1.902) por hora, considerando peças, reconstruções e suporte técnico. A transmissão, por sua vez, não deve ultrapassar € 550 (US$ 597) por hora de funcionamento.

Separacão entre chassi e trem de força

A FIA fará um edital separado para o fornecimento dos chassis que ocorrerá lançado em breve. Além, disso, o documento especifica que um mesmo fornecedor não poderá ser responsável por ambas as partes. Garantindo que chassi e trem de força sejam de empresas distintas.

Os licitantes poderão apresentar propostas para os dois processos. Por fim, deverão aceitar que apenas um dos contratos será aceito, reforçando a divisão entre os fornecedores e promovendo uma concorrência mais equilibrada na categoria.