Christian Fittipaldi sobre o tri em Daytona: “Estou sem palavras para definir o que estou sentindo”

Dobradinha da Action Express Racing. (Foto: José Mário Dias)

Christian Fittipaldi, de 47 anos, anotou neste domingo (dia 28) mais um feito em sua carreira no automobilismo mundial. O piloto venceu pela terceira vez a lendária 24 Horas de Daytona, prova que abre a temporada 2018 do IMSA WeatherTech Sportscar Championship.

Correndo ao lado dos portugueses João Barbosa e Filipe Albuquerque, Fittipaldi mostrou toda a força do #5 Mustang Sampling Cadillac DPi-V.R da equipe Action Express Racing, que partiu da terceira posição, mas logo nas primeiras voltas assumiu a liderança. Foi uma vitória sólida e a comemoração do time foi completa com o segundo lugar dos companheiros Felipe Nasr, Eric Curran, Stuart Middleton e Mike Conway (#31 Whelen Engineering Cadillac DPi-V.R).

Resultado final 24 horas de Daytona

Vencedor da prova em 2004 e 2014, Fittipaldi tornou-se o primeiro brasileiro três vezes campeão no geral em Daytona. Barbosa também venceu pela terceira vez (2010, 2014 e 18). Albuquerque ganhou pela primeira vez no geral (venceu em 2013 na categoria GT). A disputa da 56ª edição das 24 Horas de Daytona contou com 50 carros inscritos, divididos nas categorias Protótipo, GT Le Mans e GT Daytona.

Outro marco para o trio do #5 Mustang Sampling Cadillac é que as 808 voltas da corrida é um novo recorde em uma edição. O anterior (762 voltas no total) foi anotado em 1992. Fittipaldi, Albuquerque e Barbosa lideraram mais de 500 voltas, mas se engana quem pensa que o final da corrida foi totalmente tranquilo.

“Nosso carro começou a aquecer e, se a corrida tivesse mais voltas, não sei se conseguiríamos vencer. Nas últimas cinco horas da prova, fomos administrando a vantagem que tínhamos, controlando os tempos de volta, forçando só o necessário para nos mantermos na frente. Tanto que a vantagem que chegou a ser de três voltas ficou em pouco mais de um minuto no final”, contou Fittipaldi.

“Estou sem palavras para definir o que estou sentindo. Estou extremamente feliz. Vencer pela terceira vez em Daytona, a prova mais difícil do ano é muito gratificante. Gostaria de parabenizar toda a equipe Action Express, todos da Cadillac, porque eles souberam contornar todas as dificuldades que tivemos da melhor forma possível”, completou o tetracampeão do Campeonato Norte-americano de Endurance (2014, 15, 16 e 17) e bicampeão do IMSA (2014 e 15), que este ano participará das provas de longa duração e exercerá também a função de diretor esportivo da Action Express Racing.

O segundo lugar dos companheiros de equipe também foi motivo de comemoração. Nasr, Curran, Conway e Middleton mostraram força desde o início da prova e duelaram pela vitória até sofrerem com um superaquecimento. O quarteto, no entanto, acabou perdendo algumas voltas para o conserto do carro, mas no final chegou bem próximo dos campeões. Middleton, de 18 anos, ainda se tornou o piloto mais jovem a conquistar um pódio em Daytona.

“O Whelen Cadillac foi forte no início da prova. Tivemos ritmo para estar na frente na maior parte da corrida. Lideramos várias voltas, mas tivemos de lidar com este superaquecimento. Ficamos o tempo todo tentando minimizar os efeitos disso. Não houve muitas bandeiras amarelas na corrida para conseguirmos recuperar as voltas que perdemos, o que tornou nossa vida ainda mais difícil. Mas essa dobradinha é um grande resultado e estou feliz com minha primeira corrida este ano com a equipe”, declarou Nasr, de 25 anos, que já havia conquistado um pódio em Daytona em 2012, chegando em terceiro.

 

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