KCMG vence a primeira prova da Asian LMS

Em uma corrida chuvosa a equipe KCMG venceu a primeira rodada da Asian LMS em Inje Speedium. Muito se comentou sobre o fato de apenas 2 carros inscritos na classe LMP2 poderiam ter problemas e a vitória ficar entre os GTs.

Felizmente ou infelizmente isso não aconteceu e o que se viu foi uma boa disputa entre o #18 pilotado por Akash Nandy, Gary Thompson e James Winslow contra o #24 da OAK Racing de Ho-Ping Tung, David Cheng e Jeffreyt Lee. A disputa entre os dois carros era intensa e só começou de fato após as primeiras oito voltas sob forte chuva terem sido feitas atrás do carro de segurança. A disputa estava boa até o #24 ser penalizado com uma parada extra de 2 minutos depois de ter ultrapassado o limite nos boxes acabando na terceira posição. Deixando o caminho livre para #18 vencer.

Em segundo no geral e em primeiro na classe GTC Ferrari #77 da equipe AF Corse com Steve Wyatt, Michele Rugolo e Andrea Bertolini que levou apenas 3 voltas do vencedor da prova. Teve uma batalha com o Aston Martin #007 da Craft Racing, mas o carro pilotado por Stefan Mucke, Frank Yu e Keita Sawa acabou abandonando por problemas mecânicos. A única Ferrari inscrita na classe GTE da equipe Taisan Ken Endless acabou em quarto. O segundo carro da equipe Taisan o Porsche 966 acabou em segundo na classe GTC.

#77 da equipe AF Corse faturou o segundo lugar no geral

O terceiro na classe GTC foi a #37 Lamborghini Gallardo GT3 da equipe BBT que não participou das seções de treinos livres e classificação mas que é um séria candidata a vitórias nas próximas etapas. Anthony Liu, Davide Rizzo e Massimiliano Wiser aproveitaram todo o potencial do carro. O McLaren #91 do Team AAI Rstrada que também teve uma penalidade acabou em 7º no geral e 4º em sua classe.

A próxima etapa será no dia 22 de Setembro no tradicional circuito de Fuji no Japão. A expectativa é de que mais equipes em sua maioria Japoneses venham alimentar o grid. Abaixo o resultado final da prova

 

.
P
#
Equipe
Piloto
C

GAP

CAR
1
18
KCMG
Gary Thompson
LMP2

 107 laps

Morgan-Nissan
2
77
AF CORSE SRL
Andrea Bertolini
GTC

104 laps

Ferrari 458 GT3
3
24
OAK Racing
Jeffrey Lee
LMP2

57.246

Morgan-Judd
4
70
TAISAN KEN ENDLESS
Naoki Yokomizo
GTE

102 laps

Ferrari 458 GTE
5
26
TAISAN KEN ENDLESS
Yukinori Taniguchi
GTC

 100 laps

Porsche 996 GT300
6
37
BBT
Massimiliano Wiser
GTC

 98 laps

Lamborghini Gallardo GT3
7
91
Team AAI RSTRADA
Chen Jun San
GTC

 93 laps

McLaren MP4-12C GT3
8
7
CRAFT RACING
Stefan Mücke
GTC

90 laps

Aston Martin Vantage GT3

TDS Racing vence terceira etapa da European Le Mans Series

Com provas semelhantes em continentes diferentes teremos uma oportunidade única de avaliar o endurance americano e europeu em um mesmo final de semana. Enquanto que na ALMS a competitividade é mais evidente na classe GT na ELMS a P2 com uma maior quantidade de carros apresenta mais “interação”. Porém acompanhando o estilo o jeito americano de competir é mais bruto.

Quando digo bruto, é algo mais combativo as provas tem muito mais toques e divididas em curvas, enquanto que na Europa o estilo é mais calmo, conservador e por que não cerebral?

RAM Racing vence mais uma

A vitória do #1 Oreca da Thiriet by TDS Racing da dupla Pierre Thiriet e Mathias Beche foi uma bela dose de sorte. Mesmo com a pole feita pelo Oreca #36 da Signatech Alpine quem dominou a primeira parte da corrida abrindo uma grande vantagem foi o Zytek #38 da Jota Sport com Olivier Torvey e Simon Dolan mas os problemas para a equipe começaram depois do carro ter saído dos pits com excesso de velocidade. Com uma penalidade de 30 segundos o #38 acabou caindo para 6º e teve que tirar leite de pedra para recuperar as posições. Faltando pouco mais de 1 hora para o fim da prova e fazendo voltas rápidas a equipe aos poucos foi tirando a diferença para os ponteiros mas ficou mesmo com a 4º colocação. Em segundo fazendo uma corrida discreta e se aproveitando mais dos problemas dos adversários chegou o #36 da equipe Signatech Alpine com Pierre Ragues e Nelson Panciatici. Fechando o pódio mais um bom resultado da equipe Morand Racing #43 com o Morgan Judd. Franck Mailleux e Natacha Gachnang foram perfeitos e frente a tantos adversários equipados com motores Nissan o velho e bom Judd fez a diferença mostrando velocidade e confiabilidade. A estreante na classe #37 da SMP Racing acabou em 6º mostrando bom entrosamento da dupla Maurizio Mediani e Serguey Zlobin talentos promissores.

#47 vence entre os LMPC

Na classe LMPC o primeiro lugar ficou com o #47 da Team Endurance Challenge de Nicolas Verdonck e Alex Loan. Em segundo e terceiro vieram os #49 da mesma equipe e a estreante Algarve Pro Racing Team fechando o pódio.

O embate foi interessante na classe GT. Enquanto o #52 da RAM Racing da dupla Johnny Mowlem e Matt Griffin sumiram na liderança a disputa pelo segundo lugar ficou entre o #53 também da RAM Racing e o ##66 da JMW Racing que chegou a ser superado até com facilidade mas que depois de um erro da Ferrari #53 acabou ficando com o segundo lugar. O Porsche #77 da equipe Proton Competition que marcou a pole terminou em 6º. Na classe GTC mais uma vitória para a Ferrari #69 da SMP Racing da dupla Fabio Badini e Viktor Shaitar que herdou a primeira posição depois de problemas no pneu traseiro direito da Ferrari #62 da equipe AF Corse. Fechando o pódio o BMZ Z4 #79 da Ecurie Ecosse.

Ferrari também dominando na GTC

Uma prova tranquila, inteligente como um jogo de xadrez. A sorte falou mais alto para as equipes das classes LMP2 e GTC o que não tira seus méritos. A próxima etapa será no dia 14 de Setembro no travado circuito de Hungaroring na Hungria aonde em 2010 se viu um LMP2 vencendo no geral o que foi um espanto na época já que os LMP1 mais pesados ficaram lentos nas saídas de curvas. Vai ser interessante. Abaixo a classificação final e o resultado da etapa de 2010 em Hungaroring.

Resultado final.

1000km de Hungaroring 2010


Fotos: Equipes e Motorsports.com

OAK Racing mais do que satisfeita com dobradinha em Le Mans

Completar uma prova de longa duração com um carro já é algo vitorioso, agora pense qual a sensação da OAK Racing que além chegar ao final da corrida com seus dois principais carros faz uma dobradinha e vence na classe LMP2?

Esta foi a primeira vitória da equipe em Le Mans sendo o #35 do trio Baguette, Plowman e Gonzalez em primeiro e com o #24 de Olivier Pla, Alex Brundle e David Heinemeier em segundo. O terceiro carro da equipe o Art Car #45 não completou por problemas mecânicos.

A concorrência é dura na classe LMP2 principalmente com as equipes que competem com chassi Oreca. Os trabalhos da OAK começaram bem com a pole do #24. Os dois carros logo assumiram a ponta e não largaram mais as primeiras posições.

Com este resultado a equipe lidera o WEC na classe com os dois carros e a vitória deve impulsionar as vendas do seu modelo para outras equipes. A Morand Racing que também compete com o modelo da OAK Acabou em sexto na categoria na primeira participação da prova e a KCMG teria tido um ótimo resultado se não tivesse problemas mecânicos.

O “Team Principal” Sébastien Philipe comente o bom resultado.

Foi uma corrida louca com o clima imprevisível e inúmeras intervenções do safety car.Nós definimos uma estratégia básica, que teve que se adaptar e mudar constantemente. Temos tido sucesso, mas também toda a equipe fez um ótimo trabalho. Tivemos um ritmo muito bom, o que nos permitiu ficar à frente. Conseguimos não cometer o mesmos erros durante a chuva na última hora e, finalmente, conquistamos a vitória e o segundo lugar. Nós demonstramos o nosso desempenho no treino classificatório e, então, lideramos a prova quase do início ao fim. Esta é uma grande vitória. “

Fonte. Assessoria de imprensa OAK Racing.

KCMG satisfeita com primeira participação em Le Mans.

A primeira vez a gente nunca esquece. É mais ou menos assim que a equipe KCMG primeiro time chinês a competir nas 24 horas se sente depois de um bom treino que garantiu um sexto lugar no grid e por alguns momentos liderou a classe LMP2 os problemas começaram a acontecer.

Primeiro o piloto Alexandre Imperatori acabou tendo dificuldades com a distribuição de força nos freios, e na sequencia Ho-Pin Tung recuperou a vantagem deixando o carro entre os seis primeiros da classe. Tudo ia bem até um vazamento de combustível acabar com os planos da equipe de terminar a prova, Porém para um primeiro ano a equipe se saiu bem como explica Mattew Howson chefe da equipe.

“Toda a equipe fez um bom começo em Le Mans. Seja nos testes e durante toda a semana passada. Todo mundo deu sempre o seu máximo. Fizemos um ou dois erros e se não tivéssemos tido problemas técnicos com o carro,poderiamos ter lutado pelo terceiro lugar. Foi uma grande honra fazer parte da primeira equipe chinesa nas 24 Horas de Le Mans. Ser capaz de lutar por um lugar no pódio na classe LMP2  confirmou nosso bom  desempenho e a competitividade de todas as pessoas envolvidas neste programa. “

Fonte: Assessoria de imprensa KCMG.

24 horas de Le Mans 2013–Sonhos e conquistas.

Audi #2 venceu em prova tumultuada e por que não monótona

Vou fugir de frases feitas para descrever as 24 horas de Le Mans deste ano. Expressões como “Audi vence mais uma” “Prova histórica na França”, “Tom Kristensen maior pilotos de todos os tempos”. Apenas para frisar como várias matérias sobre a corrida serão descritas ao redor do mundo, especialmente aqui no Brasil. Mas neste ano aconteceu muito mais do que uma esperada vitória da Audi.

O ser humano é ansioso por natureza. Trabalha muito para conquistar o que deseja seja algo material ou a conquista do grande amor. Claro que todos esperamos o dia em que faremos aniversário, ou que vamos passar no vestibular ou aquele sábado à noite que será o primeiro encontro com aquela moça que está lutando para conquistar há tempos. E neste momento tudo pode ser ótimo ou uma grande decepção. Sempre digo que tudo na vida tem 50% de chances de dar errado e 50% de dar certo. Talvez a graça não seja o acerto ou o erro, e sim o que aprendemos com situação.

Terceiro lugar de Lucas di Grassi coroa bom desempenho do brasileiro.

Acredito que este era o desejo de Allan Simonsen, que morreu nos primeiros minutos da corrida. Esperou o ano inteiro para competir na prova que amava. Talvez não ganhasse, mas o fato de estar ali já seria uma vitória. Conseguiu o que muitos pilotos, torcedores e apaixonados por automobilismo querem, ir além de competir, de ganhar dinheiro com o que ama, de ter a oportunidade de vencer, conseguiu correr em Le Mans. Porém, o destino fez com que em sua nona participação perdesse a vida. Um homem jovem, prestes a completar 35 anos. O esperado quando este tipo de tragédia acontece é a equipe se retirar por completo da competição, como foi o caso da Mercedes nos anos 50 ou em 99 quando o CLK voou. Talvez o medo de um novo acidente, ou por respeito a família do piloto. Mas é aí que a coisa toma outra forma. A própria família pediu para que o time inteiro continuasse a prova como homenagem a Simonsen. Mesmo que o psicológico de todos e não só os da Aston Martin estivesse abalado, o time continuou, mesmo não ganhando a prova mostram que o sonho ou a vontade muitas vezes passa por caminhos tortuosos, mas que não deve ser abandonado. Talvez não seria esta a festa do centenário que a Aston Martin esperava, de perder uma vida, mas com certeza quem ficou e lutou para a conquista do sonho de todos ali tenha sido a maior vitória.

OAK Racing vence na LMP2 com #35 e com o #24 em segundo

O acidente do carro #99 a princípio teria sido mais um, pois a batida não chegou a ser violenta como no caso do Audi R18 em 2011 de Allan McNish. A forma como o Aston se desintegrou é que chamou a atenção. Tudo bem que o carro deve aguentar o impacto e a célula de sobrevivência ficar intacta mas o jeito que o carro ficou merece uma investigação mais apurada. Mesmo caso do #97 em que competia Bruno Senna e por conta de uma escapada simples ficou avaria a ponto de não voltar a pista.

Em detrimento a tantos acidentes a direção de prova foi bem mais rigorosa no que resultou em um recorde de entrada do carro de segurança. Ao todo foram quase 5 horas em bandeira amarela para consertos de muros de proteção e limpeza da pista.

Voltando para a classe P1 e a vitória do Audi #2 que marcou mais um recorde para Tom Kristensen, McNish e Duval. Desde os testes, passando pelo treino classificatório, era esperada esta vitória e talvez o maior rival seria o #1 de André Lotterer, Marcel Fassler e Benoit Treluyer. Lotterer surpreendeu já na largada pulando na frente e deixando os dirigentes da Audi com um sorriso meio amarelo. Em condições normais seria quase impossível vencer o #2 e fizeram bem em arriscar. Poderiam ter ganho a prova visto que o ritmo em vários momentos era superior ao #2, porém, problemas no alternador fizeram o carro ficar um bom tempo nos boxes para reparo levando por água abaixo as chances de uma vitória. Em contra partida, o #3 também foi pego pelas intempéries climáticas com um pneu furado, perdendo tempo. A atuação de Lucas di Grassi, em conjunto com Marc Gene e Oliver Jarvis, merece aplausos. Em todas as seções que pilotou soube comandar o carro não deixou o desempenho cair, conseguindo o terceiro lugar.

Porsche supera Aston Martin 50% da estratégia e 50% nas bandeiras amarelas e vence na GTE-PRO

A Toyota tentou, mas não conseguiu ser páreo para a velocidade dos Audi, mesmo estes parando mais e consumindo mais. Talvez ali estivesse o trunfo do time Japonês que esboçou alguma competitividade no começo da prova, quando a pista estava molhada, mas foi só. Se aproveitou dos problemas dos Audi e, é claro, o conjunto foi robusto, resistindo as 24 horas. Mesmo o acidente do #7 a menos de 1 hora do fim impediu o carro de cruzar a linha de chegada em quarto lugar. Para a equipe é uma vitória que seus dois carros tenham completado a prova mas precisam trabalhar e muito para diminuir a vantagem da Audi. Se em condições adversas eles tem chances em uma pista seca a coisa é bem diferente.

O melhor time privado da P1, surpreendendo muitos, foi o HDP da equipe Strakka Racing que acabou em sexto, a seis voltas dos líderes. O trio Nick Leventis, Danny Watts e Jonny Kane soube driblar os erros e chegou ao final intacto. Ao contrário dos seus adversários da Rebellion Racing, que acabaram ficando pelo caminho, seja por batidas ou por problemas mecânicos. O #12 terminou em quadragésimo e o #13 em quadragésimo primeiro.

Já entre os modelos P2, uma dobradinha da equipe OAK Racing com o #35 Bertrand Baguette, Ricardo Gonzales e Martin Plowman e #24 de Olivier Pla, David Heinemeier e Alex Brundle, que mesmo dando uma escapada nas horas finais da prova sob forte chuva, completou a prova. Equipes fortes como TDS Racing, Delta-ADR acabaram abandonando a prova. Os dois carros da equipe Lotus, que chegaram a ser apreendidos pela justiça em detrimento a uma ordem de busca por falta de pagamento, também ficaram pelo caminho. Em terceiro chegou o Oreca 03 #26 da equipe G Drive Racing do trio Roman Rusinov, John Martin e Mike Conway.

Porsche vence também na AM com a IMSA

A estreante Alpine fez uma corrida discreta terminando em décima quinta no geral. O acidente mais grave porém sem problemas para o piloto foi do Lola #30 da HVM Status GP que ficou totalmente destruído depois de uma batida nas curvas que antecedem a chicane Ford. Dificilmente este carro vai voltar a alguma competição, visto o estado em que ficou. A grande vencedora da classe sem dúvida foi a Nissan, dos 13 LMP2 que completaram a prova, 10 usavam propulsores do fabricante Japonês que revelou seu novo modelo para a garagem 56 do ano que vem, mesmo alegando que é um projeto totalmente novo o Zeod RC é um Delta Wing com capota. A “esperança” é o sistema híbrido revolucionário, ainda pouco divulgado.

A morte de Simonsen marcou o centenário da Aston Martin.

Na GTE-PRO o domínio da Aston Martin em todos os treinos resultou em uma liderança tranquila mesmo com a saída do #99 que liderava. Coube o #97 do trio Peter Dumbreck, Stefan Mucke e Darren Turner lutar pela vitória no centenário da marca. Porém, faltando 1 hora para o fim da corrida, a demora na escola de pneus nos boxes e sem tempo hábil para lutar pela vitória acabou ficando em terceiro, atrás dos dois Porsche que surpreenderam e mostraram um renascimento da marca na classe, que há tempos vinha apanhando da Ferrari que não fez nada durante todo o final de semana. O vencedor #92 Marc Lieb, Richard Lietz e Romains Dumas e do #91 de Jorg Bergmeister, Patrick Pilet e Timo Bernhard. A Porsche sempre falou que este ano seria um ano teste para a grande estreia de seu modelo LMP1, pode-se considerar que o novo carro terá um enorme sucesso. O Corvette #73 acabou chegando em quarto e a Ferrari #71 da AF Corse foi a melhor colocada, em quinto lugar.

A equipe Viper, estreante este ano, acabou em oitavo com o #53 e nono com o #93. Sem maiores problemas mecânicos, os carros aguentaram bem o tranco, e se a promessa do fabricante de continuar ano que vem se concretizar, teremos mais um belo adversário na competitiva classe PRO. Entre os amadores da classe AM vitória do #76 da IMSA Performance Matmut de Raymond Narac, Christophe Bourret e Jean-Karl Vernay chegando uma volta à frente do segundo colocado, a Ferrari #55 da AF Corse Piergiuseppe Perazzini, Lorenzo Case e Darryl O´Young. Fechando o pódio, outra Ferrari da AF Corse a #61 de Jack Gerber, Matt Griffin e Marco Cioci. A classe também marcou a estreia de Patrick Dampsei no Porsche #77 e o ator-piloto fez bonito, mesmo dando algumas escapadas durante a noite, terminou em quarto na classe e poderia muito bem abandonar os filmes, que não faria feio nas pistas. Superou a equipe Larbre, que acabou em quinto com o #50.

Erro de companheiro de equipe acaba com sonho de Senna de vitória.

A emoção da prova foi realmente nos períodos de pista molhada, mas no geral foi uma prova bem disputada em todas as classes até na P1 aonde os problemas limitaram e muito uma briga mais acirrada entre os carros da Audi. A quantidade de bandeiras amarelas também surpreendeu, talvez por um zelo maior depois da morte de Simonsen.

Outro ponto que falo ano após ano é a transmissão da corrida para o Brasil. Desde que o Sportv comprou os direitos de transmissão do WEC ano passado, muito por causa de Lucas di Grassi na Audi, todos os fãs de automobilismo esperavam uma melhor cobertura. A impressão que se tem disso é que o ápice do campeonato é a prova de Interlagos, o que não é verdade. A maior prova é Le Mans, até aí tudo bem, já que para a maioria dos brasileiros qualquer evento esportivo só é bom se tem brasileiro na frente, independente da qualidade da coisa. Desde então espero um valor merecido a transmissão. Fiquei surpreso quando anunciaram com pompa e circunstância que iriam transmitir 4 horas da prova. Quatro horas e uma prova de 24 é meio que forçar a barra, mas é melhor do que nada. O Canal Fox Sports também passou alguns trechos da corrida e as 2 horas finais e o que salvou neste caso foi o conhecimento de Sérgio Lago e principalmente sua sinceridade em dizer que não sabia certas coisas, até por que seu ponto forte é a NASCAR. Não cheguei a acompanhar 10 minutos da cobertura do SPORTV, pois se é para ler de 5 em 5 minutos a classificação eu mesmo leio o que passa na tela. Grande parte da transmissão acabei acompanhando pelo Eurosport Português, e o que vi foi uma ótima cobertura.

Narradores com conhecimento, mesmo com a morte de Simonsen trataram a coisa sem grandes alardes, usaram muito as redes sociais, respondendo perguntas de telespectadores, promovendo perguntas para testar o conhecimento de quem estava no Facebook. Apresentaram entrevista com pilotos, chefes de equipes, souberam aproveitar o tempo e manter o telespectador ligado em uma evento que, por mais gostoso que seja, cansa pelo tempo de duração. Parabéns a equipe da Eurosport, e é uma pena não termos este tipo de profissional aqui no Brasil, que não empurra a coisa com a barriga, que estimule e acabe agregando novos fãs ao esporte.

A próxima etapa do WEC será aqui no Brasil em primeiro de Setembro.

Classificação final das 24 horas de 2013

Foto do dia–OAK Racing Art Car !

Hoje a noite em Paris em um evento organizado pela ACO será apresentado a pintura da OAK em alusão ao 90º aniversário das 24 horas de Le Mans. O belo trabalho é assinado por Fernando Costa que além de pintor também realiza arte com solda. Costa comenta a escolha por parte de Jacques Nicolet dono da OAK Racing.

“Na minha reunião com Jacques Nicolet sobre o projeto, o mais importante para mim é a confiança que foi dada e o desafio que ele representava. Eu gosto de desafios que me colocam em perigo, imediatamente aceitei. Mas que artista renunciaria a esta homenagem as 24 Horas de Le Mans? É o meu amor com este evento lendário, esta festa popular do automobilismo, que embarcou na aventura na esperança de dar um sorriso para as pessoas e abrir-lhes uma pequena janela de felicidade. Estou muito honrado de que o Automobile Club de l’Ouest nos proporcinou o Art Car nos 90 anos 24 Horas de Le Mans”.

Fonte. Site OAK Racing.

Thiriet by TDS Racing vence corrida tranquila em Imola

Uma corrida tranquila. Assim podemos definir as 3 horas de Imola válidas pela ELMS. A vitória da equipe TDS Racing da dupla Pierre Thiriet e Mathias Beche foi muito comemorada visto a competitividade da classe e principalmente pelo ótimo ritmo do Zytek da equipe JOTA de Simon Dolan e Oliver Turvey que marcou a pole e liderou boa parte da corrida, mas acabou parando a poucos minutos do final acabando em 7º. A largada foi tranquila assim como toda a prova praticamente sem incidentes graves. Tanto a JOTA como a Signatech Alpine de Pierre Ragues e Nelson Panciatici e a TDS começaram juntas porém o tráfego e as paradas de boxes acabaram beneficiando os vencedores da ELMS de 2012. Restou a equipe JOTA tentar acompanhar o ritmo e viu a escalada da Signatech Alpine bem como da Morand Racing com equipamento OAK acabar na terceira posição. A chuva chegou a aparecer em alguns momentos da prova porém nada que fizesse as equipes irem para os boxes para a troca de pneus.

O segundo lugar por direito estava nas mãos da equipe Greaves Motorsports mas em um momento de bobeira David Heinemeier acabou ultrapassando o #36 na saída dos boxes o que lhe rendeu um stop and go de 1 minuto o que fez o #3 acabar em 5º. Outra equipe que teve problemas e em nenhum momento foi combativa foi a DKR Engeneering de OlivierPorta, Romain Brandela e Bernard Delhez com seu antigo Lola B11/40 e a Status GP de Tony Burgess e Jonathan Hirschi que apresentou nesta corrida as cores do seu Lola B12 porém ficou apenas nisso.

RAM Racing vence na GTE

Mérito também da equipe Morand com a bela Natacha Gachnang ao volante. Tanto ela quanto Franck Mailleux “seguiram a onda” evitando manobras arriscadas e se valendo do tráfego e dos erros dos adversários.

Já na classe LMPC a vitória do #49 da dupla Paul Loup Chatin e Gary Hirsch foi convincente já que os outros dois carros da classe acabaram a uma volta. Por vários momentos o carros das classes GT tiveram desempenho superiores aos protótipos, visto que os “amadores” ainda precisam remar muito para ganhar ritmo de corrida. Em segundo terminou o #48 de Anthony Pons e Soheil Ayari e fechando o trio #47 de Alex Loan e Matthieu Lecuyer.

Na LMPC Vitória da dupla Paul Loup e Gary Hirsch

Na classe GTE a vitória ficou com a estreante RAM Racing com seu #52 de Johny Mowlen e Matt Griffin que marcaram a pole e tiveram uma boa disputa com o Porsche #67 da IMSA Performance Matmut de Patrice Milesi e Patrick Long mas que acabou em 6º na classe. A luta pelo segundo lugar foi intensa nas últimas voltas entre o #55 a Ferrari da equipe AF Corse do trio Perazzini, Cioci e Leo e o segundo carro da RAM Racing #53 de Gunnar Jeanette Franck Montecalvo. A dobradinha estava fácil de ser conquistada pela RAM já que a Ferrari da AF Corse estava lenta porém a afobação de Montecalvo no #53 acabou dando o segundo lugar para os italianos. Muitas saídas de pistas e a disputa que rendeu belas ultrapassagens chegado a atrapalhar a passagens dos carros da classe LMP2. A direção de prova chegou a anunciar uma possível investigação porém a classificação não foi alterada até o final da prova.

#69 da SMP Racing vence na GTC.

Entre os GTC vitória do #69 a Ferrari F458GTC da equipe SMP Racing de Maurizio Mediano, Serguey Zlobin e Boris Rotenberg , esta foi a primeira vitória da equipe e que travaram uma bela briga com a Ferrari #62 da AF Corse de Andrea Rizzoli, Stefano Gai e Lorenzo Casé. Em terceiro o pole #60 da equipe Kox com seu Lamborghini Gallardo LP600 e Peter Kox e Nico Pronk.

A próxima etapa será no belo circuito de A1 Ring na Áustria entre os dias 19 e 20 de Julho.

Resultado completo.

WEC 6 horas de SPA–Audi mantem domínio com pódio triplo.

As provas realizadas no circuito de SPA sempre foram marcadas pelas intemperes climáticas e muitos acidentes. Porém este ano a coisa foi outra e o sol brilhou praticamente durante as 6 horas de prova o que ajudou para o bom andamento da mesma e é claro para passeio da Audi.

O domínio foi gritante para não dizer ridículo em cima da equipe Toyota que não apresentou em nenhum momento carro para brigar com o time das quatro argolas. Esperava uma reação maior do modelo 2013 o #7 do trio Alexander Wurz, Nicolas Lapierre e Kazuki Nakajima que apresentou problemas de super aquecimento de freios e teve que abandonar a prova. Dos males o menor visto que a equipe teve este problema em SPA e não em Le Mans.

Já o #8 de Anthony Davidson, Sébastien Buemi eStéphane Sarrazin acabou em 4º lugar a uma volta do Audi #1 vencedor da prova. Desta vez André Lotterer, Benoit Tréluyer e Marcel Fassler souberam usar a prova e a estratégia a seu favor e venceram de forma convincente o #2 do trio Kristensen, Duval e McNish que chegou a liderar boa parte da prova. O #3 que tem Di Grassi, Gené e Jarvis fez uma boa prova, mérito do brasileiro que durante sua pilotagem entregou o carro em primeiro para o companheiro de equipe e teve braço para segurar o R18 com pouca pressão aerodinâmica. O experimento com o carro #3 deve ter surtido efeito e deve fazer a diferença em Le Mans.

Pecon Racing vence na LMP2

Em quinto chegou o Lola-Toyota #12 da equipe Rebellion que fez “dobradinha” com o #13 entre os times privados. Novamente o HPD da equipe Strakka que se envolveu em um acidente logo no começo não teve chances de lutar e apenas completou a prova.

Na classe LMP2 a equipe Pecon Racing que já tinha feito a pole acabou vencendo a prova depois de uma bela disputa com o Morgan da OAK Racing e o Zytek da equipe Jota. O Oreca da equipe Delta-ADR em que compete o brasileiro Antônio Pizzonia foi o protagonista do acidente mais sério da prova aonde a suspensão do seu carro acabou quebrando bem na entrada da curva Eau Rouge não tendo como voltar a prova. Se o protótipo tivesse sem a barbatana de tubarão o acidente teria sido bem mais sério. Os carros da equipe Lotus novamente não fizeram uma boa corrida. O #32 terminou em 7º e o #31 em 8º.

Ferrari supera Aston Martin e vence na PRO

Entre os GTs da classe PRO a vitória ficou com a Ferrari #51 da equipe AF Corse dos pilotos Giancarlo Fisichella e Gianmaria Bruni que teve uma disputa com o Aston Martin #98 do trio Senna, Makowiecki e Bell. Este segundo lugar do time Inglês só foi possível por uma estratégia ousada de não trocar pneus o que não assegurou uma posição tranquila já que nas últimas voltas a Ferrari #71 de Kamui Kobayashi e Toni Vilander diminui consideravelmente o ritmo.

Os “amadores” da classe AM tiveram um novo vencedor. A Ferrari #81 da equipe 8 Star conquistou sua primeira vitória. O trio formado por Vincente Potolicchio, Rui Aguas e Matteo Malucelli e que estrearam este ano no WEC superaram os experientes Christoffer Nygaard, Kristian Poulsen e Allan Simonsen no Aston Martin #95 e o Corvette da equipe Larbre Competition que acabou em terceiro.

Estreante no WEC, 8Stars vence na AM

Para nós brasileiros a corrida foi mais interessante já que o Sportv que (In)felizmente possui os direitos do WEC para o Brasil transmitiu a primeira hora e a última hora da prova. Foi bom? foi e não foi. Se a desculpa é que a prova tem mais de 6 horas e que os locutores não “aguentariam” transmitir ela na integra deviam pedir conselhos para a equipe que comentou a prova pelo site da Audi ou do WEC e EuroSport. Outro ponto que achei um tanto quando engraçado é o fato tanto de Lito Cavalcantti quanto do Narrador que se não me engano é o Sérgio Maurício enaltecer que a “prova” do ano será a etapa do Brasil logo apos Le Mans.

Estreante no WEC, 8Stars vence na AM

Está certo que é importante destacar a prova brasileira, mas por que só a etapa de Interlagos? Será que o WEC tem apenas 2 provas Le Mans e Brasil? Todos sabem que o endurance gira em torno de Le Mans e é assim que tem que ser. Temos uma prova o Brasil ótimo, mas temos que parar com aquele pensamento besta de que só o que acontece aqui é o mais importante. Le Mans é a principal prova do ano e o que vier além disso é lucro para nós torcedores. Que saudades do SPEED.

Abaixo o teaser “convidando” para as 24 horas, e a classificação final e é claro o melhor e pior da prova.

Resultado final.

A Audi foi irrepreensível em SPA. Sua superioridade em cima da Toyota foi muito superior nos tempos em que a Peugeot era o principal rival. Com as vitórias em Silverstone e SPA é mais do que favorita a vencer Le Mans. Com certeza a pressão sobre Kristensen e McNish será grande.

Outra que vai pressionada para Le Mans é a Toyota que não fez nada além de uma pole muito clandestina em Silverstone. A promessa do TS030 “versão” 2013 não se concretizou e o carro ainda não acabou a prova com um problema de super aquecimento dos freios. O time tem que trabalhar muito para não ter que acabar lutando com Rebellion e Strakka Racing por posições secundárias.

Nossos pilotos estavam mais “soltos” e fizeram boas provas. Di Grassi foi extremamente agressivo e nas voltas finais pressionou o Audi #2 pelo segundo lugar. Senna também teve uma bela apresentação. Os dois são favoritos em sua classes para Sarthe. Fernando Rees com o Corvette da Larbre chegou a liderar sua classe mas acabou em quarto.

As duas provas iniciais do WEC foram sensacionais. A próxima etapa será um divisor de águas no campeonato. Claro que essa “emoção” se deve e muito pelos traçados tradicionais, resta saber como serão as provas em traçados travados como Xangai e Bahrein. Por mais que a categoria seja competitiva muito da emoção está no traçado.

 

OAK Racing define pilotos.

A equipe OAK Racing confirmou hoje Bertrand Baguette, Martin Plowman e Ricardo Gonzales no volante do Morgan LMP2 # 35 para o WEC. Este irá competir com as cores oficiais da equipe o Rosa e o Preto. O carro será equipado com motor Nissan e pneus Dunlop. O outro carro da equipe #24 será pilotado por Olivier Pla, Alex Brundle e Davide Hansson.

Para o #45 que compete em Le Mans os pilotos ainda não foram definidos.