Toyota repete bom desempenho de Silverstone e vence em SPA

A segunda etapa do Mundial de Endurance realizada neste Sábado (03) no circuito de Spa-Francorchamps na Bélgica, ratificou o bom momento da Toyota, que já havia vencido a primeira etapa do WEC em Silverstone, e pôs por terra quem pensava que o bom desempenho do time Japonês foi um mero golpe de sorte.

O prova de SPA, que tradicionalmente antecede Le Mans, é usada por todas as equipes como preparação para a grande prova que este ano será realizada entre os dias 14 e 15 de Junho, visto o traçado rápido com grandes variações de traçado. E foi neste cenário de testes e muitas dúvidas por parte das equipes que era esperado um retorno “triunfal” da Audi, depois da decepcionante primeira prova em Silverstone que por erro dos pilotos os dois carros foram destruídos e os mais incrédulos até duvidaram da participação da marca na prova Belga.

Com uma recuperação fantástica, que incluiu uma seção de testes um dia após o término da prova Inglesa no circuito de Monza, todos esperavam uma reação, que não aconteceu. Ainda no sábado durante o treino classificatório o melhor Audi largou apenas na 3º posição, a pouco mais de 1.301 segundos do Porsche #14 detentor da pole. O time que conta com o brasileiro Lucas di Grassi, como tradicionalmente faz, alinhou um terceiro carro para os pilotos Felipe Albuquerque e Marco Bonanomi com um setup, que a equipe vai usar em Sarthe.

G-Drive repete vitória de Silverstone.

Por outro lado a Porsche que fez uma corrida discreta em Silverstone, e chegou em segundo, mais pelos erros dos adversários do que por ter um carro competitivo, fez “história” ao conquistar a sua primeira pole, apenas na segunda corrida do 919 Hybrid. Fez uma boa largada com o #14 dos pilotos Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb e abriu uma boa diferença para o segundo colocado, o Toyota #8 de Anthony Davidson, Nicolas Lapierre e Stefan Buemi.

Novamente o modelo Alemão conquistou a maior velocidade máxima absoluta com 311,2 km/h mas isto não foi suficiente para livrar o carro de problemas elétricos e fazer uma parada não programada nos boxes. Com o caminho livre o Toyota #8 não encontrou adversários e chegou em primeiro com pouco mais de 1:13.926 de distância para o segundo colocado, o Audi #1 de Tom Kristensen, Lucas di Grassi e Loic Duval.

A diferença de velocidade era evidente, e deve ser tratada com prioridade na Audi, nas partes rápidas do circuito a diferença entre os carros era de quase 20 km/h. Os modelos R18, só mostravam alguma combatividade na parte mista, mais lenta. A escolha da Audi pela “potencia” do seu sistema híbrido, pode ser um dos fatores que estão ocasionando esta lentidão. Enquanto Porsche e Toyota optaram por 6MJ, o time das argolas ficou com apenas 2MJ. Outro fator que deve ser considerado é a durabilidade dos sistemas. Todos os carros já mostraram uma certa confiabilidade em provas de 6 horas, mas em 24? Em um passado, nem tão distante a Peugeot dominava as provas curtas, e sempre pecava em Sarthe, por não aguentar. A Audi com a experiência e capacidade de reação com certeza vai encontrar meios de reverter a situação a tempo, ou torcer para que seus adversários fiquem pelo caminho.

AF Corse vence disputa com Porsche e fatura vitória na GTE-PRO.

O outro representante Alemão, a Porsche que começou com força, também enfrentou problemas de confiabilidade. Se o #14 que liderava a prova, e perdeu a dianteira por conta de adversidades no seu sistema elétrico, o #20 também não fez uma prova tranquila, já que realizou paradas por problemas na suspenção. Assim o #14 acabou na 4º posição a uma volta do líder, enquanto o #20 apenas na 23º posição. Em terceiro o segundo Toyota de Alex Wurz, Stéphane Sarrazin e Kaziki Nakajima, confirmando o favoritismo da equipe para Le Mans. Para Nicolas Lapierre, o esforço de um final de semana foi traduzido pela vitória. “Foi um grande resultado para toda a equipe. Desde o início do fim de semana fizemos tudo certo, na qualificação extraímos tudo o que podíamos e durante a corrida ficamos calmos. Foi uma corrida muito dura com a Porsche. Nós assumimos a liderança no pit stop por isso quero agradecer aos mecânicos. Sébastien e Anthony pilotaram muito bem para que pudéssemos estender a diferença. No final, tivemos que administrar a diferença, para chegar ao final. Nosso pacote de Le Mans está funcionando bem e o sistema híbrido foi maravilhoso. Estamos muito felizes com esse resultado; é a melhor maneira de se preparar para o Le Mans. ” Disse.

A única equipe privada presente em SPA, A Rebellion Racing, que estreou seu novo carro o R-One não teve tempo suficiente para “amaciar” o novo modelo. A diferença de velocidade entre os outros LMP1 era abissal, tanto que passou grande parte da corrida brigando diretamente com os carros da classe LMP2. Tal desempenho é compreensível, visto que o carro fez poucos dias de rodagem em Paul Ricard, para ser entregue a tempo para participar da prova belga. Assim o #12 terminou em 7º e o #13 não completou, sendo este o único abandono.

Ferrari #61 vence na GTE-AM com Aston Martin em 2º e 3º.

Já na classe LMP2, os bons ventos de Silverstone, foram amigáveis com o Morgan Nissan #26 da equipe G-Drive Racing do trio Roman Rusinov, Julien Canal e Olivier Pla, que venceram em SPA, depois de uma boa briga com o Oreca 03 #37 da equipe KCMG e o Zytek #38 da Jota Sport. A diferença para o segundo colocado o #38 foi de pouco mais de 1 minuto. Mesmo com poucos carros na classe, os três primeiros estavam com chassis de marcas diferentes. Os demais carros da classe os dois Oreca da equipe Russa SMP Racing terminaram na 4º e 5º posição.

Entre os GTs da classe GTE-PRO o ajuste de equivalência (BoP), não surtiu o efeito desejado pela organização da prova. Se na primeira prova o Porsche 911 “sobrou”, nesta o vencedor foi a Ferrari #51 da equipe AF Corse de Gianmaria Bruni e Toni Vilander. Em segundo o Porsche #91 de Patrick Pilet e Jorg Bergmeister, que conquistaram o segundo lugar bravamente depois de uma ótima disputa com a Ferrari #71 de James Calado e Davide Rigon.

Os carros da Aston Martin que não foram competitivos em Silverstone, e que por este motivo tiveram seu desempenho ajustado para fazer frente a dupla Porsche e Ferrari, começou bem a prova com o primeiro e segundo lugar, e parecia que tudo iria se encaminhar para uma dobradinha do time britânico, mas não passaram do 4º e 5º lugar com os carros #97 aonde correu Bruno Senna e #99 com Fernando Rees.

Já na classe GTE-AM, a AF Corse também obteve a vitória com o #61 dos pilotos Mirko Ventur, Luiz Perez-Companc e Marco Cioci. O segundo e terceiro lugar, foram ocupados pelos carros da Aston Martin o #95 e #98 respectivamente.

A próxima etapa é Le Mans, e é evidente que todas as equipes vão estar com carros “novos” para a grande clássica. Mesmo com o desempenho fraco da Audi neste início de campeonato, apostar que a equipe já era, é algo totalmente imaturo. A prova é longa e os alemães conhecem cada centímetro da pista. É esperar para ver.

Leia também: Resultados do treino classificatório.

Leia também: Resultado final da prova.

Leia também: Velocidades máximas obtidas.

Custos da classe LMP2, acabam refletindo em Le Mans e no Mundial de Endurance

As mudanças nos campeonatos de Endurance neste ano em termos de números de inscritos tem levantado uma questão que sempre esteve junto com o sucesso ou as crises que a modalidade enfrenta nos últimos tempos, que são os custos por temporada.

Em 2013 o Europen Le Mans Series, viveu uma temporada de recomeço. Se em 2012 etapas chegaram a ser canceladas por falta de carros, 2013 com a adição dos carros GT3 e com provas durando 3 horas, várias equipes com orçamentos modestos voltaram a pista. Em 2014 a primeira etapa em Silverstone teve 38 carros inscritos.

O bom começo da ELMS, com os LMP2 sendo os protótipos principais, com provas em lugares aonde o endurance é visto e consumido, contrastou com o WEC, aonde apenas 4 carros estiveram em Silverstone. Além dos fator orçamento a logística de um campeonato com status de “mundial” é bem mais onerosa do que algo dentro do continente, no caso a Europa.

As premiações ofertadas pelas entidades também são um fator determinante. A título de curiosidade o vencedor da copa do mundo aqui no Brasil vai receber pouco mais de 25 milhões de Euros, Já quem vence Le Mans fatura pouco mais de 40 mil Euros.

Entre os protótipos da classe LMP1, os custos não são limitados. Não é à toa que Porsche, Audi e Toyota testam quando querem, com orçamentos no mesmo patamar da F1. Na classe LMP2 os custos são fixos em 370 mil Euros, sem motor, além de um kit Le Mans por mais 10 mil Euros. A parte de desenvolvimento não pode exceder os 35 mil Euros com testes. A Porsche vende o seu 911 RSR por 750 mil Euros.

Para uma equipe competir no WEC, com um carro os custos por temporada variam entre 2,5 e 3 milhões de Euros, segundo o site endurance.info. Já para competir no ELMS, incluindo Le Mans fica na casa dos 2 milhões. Um GTE-PRO competitivo, varia entre 2 milhões de Euros.

Como Le Mans é a cereja do bolo, muitas equipes montam seus orçamentos baseados na corrida. Os custos com a corrida, entre treinos, pneus, combustível, alojamentos varia de 700 a 800 mil Euros, ou 30% do orçamento para correr em todas as etapas do WEC ou 35 a40% no ELMS.

Os pilotos também estão inclusos no pacote, e os preços variam de 600 mil a 200 mil pago por piloto, dependendo da sua experiência. Por isso vários pilotos amadores e endinheirados acabam “alugando” um dos assentos para ajudar nos custos da equipe. Se por um lado é algo benéfico, por outro os riscos de um acidente são bem maiores do que com um piloto profissional ao volante.

E os treinos? Se pegarmos como base três dias em circuitos na Espanha ou Portugal, os valores ficam entre 80 a 100 mil para rodar 700km. Para a edição deste ano das 24 horas de Le Mans, 5 equipes acabaram desistindo de competir por conta destes custos. Millennium Racing (LMP2), Aston Martin #89 (GTE-PRO), #96 (GTE-AM) e #87. Assim todos os carros que estavam na lista de espera vão acabar participando da prova.

#50 Larbre Competition com Morgan – LMP2
#42 Greaves Motorsports com Zytek – LMP2
#29 Pegasus Racing com Morgan – LMP2
#76 IMSA Performance Matmut com Porsche – GTE-AM
#79 Prospeed Competition com Porsche – GTE-AM

Toyota surpreende, supera com facilidade Porsche e Audi e vence abertura do Mundial de Endurance em Silverstone

A chuva surpreendeu os participantes na abertura do Mundial de Endurance em Silverstone na Inglaterra. Contrariando a lógica dos testes de pré-temporada e os treinos, a vitória ficou com a Toyota que mostrou um desempenho superior desde a primeira volta.

Desde o início do desenvolvimento dos carros da classe LMP1, o programa da Toyota foi um dos mais obscuros. Pouca informação para a imprensa, testes secretos em circuitos distantes, além de ser a última equipe das oficias a apresentar o carro, o que acontecem nos testes oficiais da categoria em Paul Ricard em Março.

Nestes testes o desempenho do carro foi mediano, não chegando a surpreender, e ficando longe de Porsche e Audi que obtiveram os melhores tempos. Se esperava que a Toyota tivesse o mesmo prognóstico da temporada 2013, quando venceu corridas apenas quando a Audi, apresentava problemas, foi o que não aconteceu.

Mesmo com a obtenção da pole se esperava um “pulo” da Porsche e Audi, logo nas primeiras voltas. O Ritmo imposto pelo Toyota #8 do trio Sebastien Buemi, Anthony Davidson e Nicolas Lapierre, foi tanto que mesmo com as investidas do Audi #1 pelas mãos de Lucas di Grassi, não foram suficientes, ainda no início.

Os quase 1000hp do TS040 Hybrid, foram essenciais, para escapar dos adversários nas retas. A perda da liderança veio ainda no início da prova para o Audi #2 pilotado por Andre Lotterer, mas que foi rapidamente recuperado com a primeira rodada de pit-stop por conta da chuva. A Toyota foi astuta e mudou a escalação dos seus pilotos, escalando Wurz para os períodos em pista molhada e Buemi, nos períodos em que a pista secava.

Em segundo o Toyota #8 do trio comandado por Alexander Wurz, Stephane Sarrazin e Nakajima que chegou a uma volta do líder. A desvantagem para o vencedor, que terminou uma volta a frente, foram os turnos diferentes nas paradas de boxes. Mesmo não conseguindo alcançar o líder, não foi páreo para o terceiro colocado.

G-Drive vence na LMP2

Anthony Davidson comemora a vitória: “Foi um fim de semana fantástico e é brilhante vencer em casa. A equipe fez um trabalho fantástico durante toda a semana. Parecia que seria uma luta épica contra Audi e Porsche se se a pista tivesse ficado seca, mas nós sabíamos que a chuva estava chegando e tínhamos definido o nosso carro para condições de chuva. Nós fizemos a escolha certa de pneus, a estratégia foi simplesmente perfeito; é assim que você ganha corridas. É particularmente especial para também ganhar o Tourist Trophy e o Richard Lloyd Trophy. É uma conquista fantástica e eu não poderia ter desejado um melhor fim de semana. “ Disse.

Para a equipe Audi, a abertura do campeonato se revelou uma das piores corridas da sua história no Endurance. Os dois carros abandonaram por erros primários de seus pilotos, (a última vez foi em Petit Le Mans 2011). Lucas di Grassi, que começou a prova no carro #1, tentou já na largada imprimir um ritmo forte em cima do Toyota #8, mas com o piso molhado e com uma certa inexperiência em ritmo de corrida, acabou passando por cima de uma das zebras, danificando seriamente o carro.

Conseguiu voltar para os boxes, mas os reparos feitos não foram suficientes e sua estreia como substituto de Allan McNish, não passou de 24 voltas. Assim nem Loic Duval nem Tom Kristensen, chegaram a pilotar. Já o #2 foi um pouco mais longe, mas abandonou pelo mesmo motivo. Com 94 voltas completadas Benoit Treluyer acabou perdendo o controle e destruindo a frente do LMP1. Tentou voltar mas com a barra de direção quebrada, teve que abandonar.

Para Wolfgang Ullrich, chefe da equipe o momento é de repensar as estratégias para SPA: “Perder os dois carros em uma corrida devido a acidentes é extremamente amargo. É a primeira vez desde Road Atlanta em 2011 que não completamos a prova com nenhum carro, sem ter marcado um único ponto. Mas o desempenho no início da corrida foi bom. Quando começou a chover confiamos em nosso radar meteorológico e esperamos muito tempo até trocar os pneus. Esse foi o nosso erro e, um risco desnecessário. Ele realmente nos atingiu com força total: Ambos os carros abandonaram. O carro #1 foi tão danificado que tivemos que tirá-lo da corrida. O #2 foi capaz de continuar, mas perdeu muito tempo. Embora depois tenhamos realizado a troca pelos pneus certos, e Benoît Treluyer estava com intermediários que funcionaram bem, até ele deslizar para fora da pista, também. Como ambos os carros foram fortemente danificadas, estamos em uma verdadeira maratona para deixar tudo pronto para SPA”. Lamenta.

A Porsche que desde os primeiros testes, se mostrou um adversário a ser batido, obtendo as maiores velocidades máximas e voltas mais rápidas, foi apática em Silverstone. Em nenhum momento teve um carro para lutar contra Audi e Toyota, e acabou se beneficiando mais pelos abandonos do que por méritos próprios para chegar na terceira posição com o #20 do trio formado por Timo Berhard, Brendon Hartley e Mark Webber, que mesmo assim nunca chegou a incomodar a dupla da Toyota.

Já o Porsche #14, teve que abandonar na segunda hora de prova por problemas hidráulicos, contrariando a máxima de que “Porsche não quebra.” Em quarto o velho Lola B12/60 da equipe Rebellion Racing de Nick Heidfeld, Nicolas Prost e Mathias Beche. Mesmo com uma diferença pequena nos treinos para as equipes de fábrica, não foram capazes de lutar por posições. A quarta posição é uma vitória. O segundo carro da equipe acabou abandonando por problemas mecânicos.

Entre os protótipos da classe LMP2, que teve apenas 4 carros competindo a vitória ficou com o Morgan-Nissan #26 da equipe G-Drive Racing, dos pilotos Olivier Pla, Roman Rusinov e Julien Canal, que travou uma dura batalha com o Oreca #47 da equipe KCMG, que liderou boa parte da corrida, mesmo estando mais lento. A vitória veio depois de um pit-stop e uma punição para o carro da KCMG, por exceder a velocidade nos boxes. Em terceiro veio o Oreca #27 da equipe SMP Racing, única com dois LMP na classe. O segundo carro da equipe abandonou pro problemas mecânicos.

Porsche faz dobradinha na classe GTE-PRO

A luta entre Porsche e Ferrari, foi intensa durante toda a prova, e assim como nas duas primeiras provas do TUSC nos EUA, a velocidade final foi o fato determinante para a vitória do time Alemão.

O Porsche #92 pilotado por Fred Makowiecki, Richard Lietz e Marco Holzer venceu na classe. Esta foi a primeira vitória do 911 desde que ganhou em Le Mans em 2013. A triunfo veio depois da entrada do carro de segurança, nos 40 minutos finais devido à chuva. Até então o carro #91 de Patrick Pillet, Jorg Bergmeister e Nick Tandy comandou a classe em grande parte da prova.

A vitória do #92, marca a primeira da carreira de Fred Makoviecki, como piloto oficial Porsche, que comemora: “Isso foi exatamente o que eu imaginei em minha primeira corrida como piloto Porsche. Que grande corrida, mas foi realmente desafiador. Começamos em uma pista seca, em seguida, começou a chover o que fez a nossa escolha de pneus ser difícil. As trocas entre pneus de chuva e pista seca foram rápidas, graças aos nossos mecânicos. Esse foi um ótimo trabalho.” Disse.

Aston Martin vence na GTE-AM

Em terceiro o Aston Martin #97 da dupla Darren Turner e Stefan Mucke. A equipe, campeã da classe em 2013, não foi combativa em nenhum momento da prova e não conseguiu fazer frente aos carros da Porsche e Ferrari.

A AF Corse conquistou o 4º lugar com o #51 Gianmaria Bruni e Toni Vilander, O resultado poderia ter sido melhor, mas o carro perdeu tempo nos boxes, além de sofrer um stop-and-go, por ultrapassar sob bandeira amarela.

Na classe GTE-AM a vitória para a Aston Martin, veio em forma de dobradinha. O vencedor #95 de Kristian Poulsen, David Hansson e Nicki Thiim. A vitória veio depois de uma ultrapassagem sobre o Aston #98 de Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Christoffer Nygaard, faltando pouco mais de 1 hora para o término da prova.

Em terceiro a Ferrari #81 da AF Corse, de Stephen Wyatt, Michele Rugolo e Sam Bird. A próxima etapa será entre os dias 3 e 4 de maio no circuito de SPA na Bélgica.

Classificação final da prova.

Velocidade máxima na prova.

Chip Ganassi vence em Long Beach, de ponta a ponta

Sem grandes dificuldades a dupla Scott Pruett e Memo Rojas, venceram a terceira etapa do Tudor United SportCar Championship, em Long Beach, Califórnia. Esta é a segunda vitória do carro #01, que também venceu as 12 horas de Sebring.

O Ford EcoBoost/Riley, liderou 76 das 77 voltas previstas. Perdeu a liderança apenas durante a parada nos boxes para o Corvette #5 da Action Express Racing de João Barbosa e Christian Fittipaldi. Em segundo veio o Corvette #10 da Wayne Taylor Racing, dos irmãos Jordan e Rick Taylor, que chegaram a pressionar o carro vencedor, faltando poucas voltas para o fim da prova. A diferença chegou a míseros 0.759 segundos.

Para Pruett a vitória foi merecida. “Nosso trabalho é ir o mais rápido que puder, correr na frente e tentar ganhar corridas, ou no mínimo, fazer o pódio. A disputa com os carros LMP2 tem sido um grande desafio, porque os nossos carros, estão muito diferentes do que os do ano passado. O futuro não poderia ser mais brilhante.” Além da vitória de hoje Pruett venceu em Long Beach em 2008 e 1987.

Em terceiro o Corvette #5 da Action Express Racing, de João Barbosa e Christian Fittipaldi. O melhor LMP2 foi o Morgan Nissan #42 da equipe OAK Racing de Olivier Pla e Gustavo Yacaman. O HPD #1 da Extreme Speed Motorsports, de Ryan Dalziel e Scoot Sharp, que era uma das poucas equipes LMP2 em condições de brigar pela liderança, acabou ficando sem combustível na última volta, terminando na sexta posição.

A equipe Michael Shank Racing de Osvaldo Negri enfrentou problemas com o #60, e a acabou não completando a prova, porém antes de abandonar, Negri acabou batendo o recorde com volta mais rápida do circuito com 1:16.007.

Corvette vence a primeira com novo C7.R

Na classe GT Le Mans, o Corvette #3 de Jan Magnussen e Antonio Garcia, também venceram sem grandes dificuldades, já que abriram uma respeitável vantagem logo no início. A dupla já tinha conquistado a primeira pole do novo C7.R e hoje ratificou o bom desempenho do carro, terminando a 10 segundos de vantagem do segundo colocado o BMW #56 de Dirk Mueller e John Edwards.

Em terceiro o Corvette #4 de Tommy Milner e Olivier Gavin, que quase roubaram o segundo lugar da dupla da BMW.A equipe Porsche North América, que dominou as duas primeiras rodadas do TUSC, terminou em quarto e quinto, com o # 911 de Nick Tandy e Richard Lietz à frente do #912 de Patrick Long e Michael Christensen.

A Risi Competizione, conseguiu seu primeiro bom resultado da temporada, um oitavo lugar, apesar de uma rodada de Dane Cameron e uma parada não programada de fim de corrida, o Viper #93 abandonou pro problemas mecânicos.

Resultado final da corrida.

Etapa de 2008 da American Le Mans Series em Long Beach foi uma das mais emocionantes da história do circuito

Se hoje, a briga pela supremacia entre LMP2 e DP, domina o atual Tudor United SportCar Championship, em 2008 as coisas eram mais interessantes. Considerada por muitos como um dos melhores anos da história recente do endurance, seja pela participação integral da Audi, Porsche, Acura e Peugeot (está no ELMS, contra a Audi), a etapa de Long Beach que, acontece entre os dias 11 e 12 de Abril, também era a terceira corrida daquele ano.

De um lado a Audi, que competia sozinha na classe LMP1, com dois modelos R10, para os pilotos, Marco Werner e Lucas Luhr como #1, e Frank Biela e Emanuele Pirro como #2, enfrentava a força de uma imponente classe LMP2, aonde as equipes Penske com os temidos Porsche RS Spyder, (que marcaram a pole) e a Acura com seu ARX-01B, eram a pedra no sapato da equipe alemã.

O regulamento para 2008 aproximou ainda mais as duas classes, e em um traçado curto como o de Long Beach, a supremacia da Audi era evidente apenas na reta dos boxes, isto com uma pequena vantagem, por conta da maior potência dos motores V12 turbodiesel. Assim os protótipos Porsche e Acura tinham reais condições de lutar por uma vitória no geral.

Durante 1 hora e 40 minutos, os carros da Audi, foram literalmente caçados pelos Porsche e Acura, tanto que o vencedor da classe LMP2, o Acura da equipe Highcroft Racing, da dupla Scott Sharp e David Brabham, chegou a apenas 4 segundos do líder da prova, o Audi #1, depois de emocionantes 71 voltas. A pilotagem precisa de Brabham, quase deu a Acura (hoje HPD) a primeira vitória em casa, já que o centro de desenvolvimento da equipe é nos arredores de Long Beach.

Entre os GTs a classe GT1, hoje extinta, tinha apenas a equipe Corvette, em uma corrida solitária, já que usava a ALMS como preparação para as 24 horas de Le Mans. Mesmo tendo apenas a disputa interna, o #3 da dupla Johnny O’Connell e Jan Magnussen, superaram seus colegas do carro #4 Oliver Gavin e Olivier Beretta. Aquela foi a primeira vitória Johnny O’Connell na pista, desde 1980.

Porsche e Acura, lutando pela vitória.

Na classe GT2, a disputa entre Porsche e Ferrari, sempre foi um dos pontos altos de qualquer corrida. A vitória ficou com a Ferrari #71 da Tafel Racing, dos pilotos Domenik Farnbacher e Dirk Muller, é lembrada até hoje, já que a distância para o #45, Porsche da equipe Flying Lizard de Jorg Bergmeister e Wolf Henzler, foram de míseros 0,102 segundos. Dos 28 carros inscritos na prova, 26 a concluíram. Para a edição desde ano, serão 21 carros, em duas classes P e GTLM.

As corridas disputadas duraram até o final do campeonato. Com a recessão que assolou os EUA no final de 2008, várias equipes, acabaram se desligando da competição, ou fecharam suas portas. Com um plano de ação ambicioso, a direção da ALMS introduziu as classes GTC e PC e extinguiu a GT1.

As equipes Andretti-Green Racing, Autocon Motorsports, B-K Racing, Audi Sport, Corsa Motorsports, Farnbacher Loles Racing, Fernandez Racing, Highcroft Racing, Intersport Racing, LG Motorsports, Penske Racing, Primetime Race Group, PTG, Robertson Racing, Tafel Racing e VICI Racing, fecharam suas portas, ou direcionaram seus recursos para outras series.

Para a edição desde ano apenas três equipes, que competiram em 2008, estarão presentes. Rizi Competizione, Corvette Racing e Flying Lizard Motorsports.

Resultados da edição 2008 da prova: Treino e Corrida.

Lista de equipes confirmadas para Long Beach 2014

Murphy Prototypes, fecha primeiro dia de treinos em Paul Ricard na frente

O primeiro dia de treinos para o European Le Mans Series, foi intenso no circuito de Paul Ricard na França. Ao todo 37 carros estiveram na pista, visando uma melhor preparação para as 5 etapas com duração de 4 horas.

Com o melhor tempo do dia, o Oreca 03 #48 da Murphy Prototypes do Pilotado por Nathaniel Berthon, marcou 1:48.342, no período da tarde. Em segundo o #43 da equipe NewBlood by Morand Racing, que compete com um Morgan Judd. A equipe fez 1:48.764, no primeiro treino, pela manhã. O tempo veio da precisa condução de Christian Klien.

Fechando os três primeiros, o Morgan Judd #43 da estreante na classe LMP2, Larbre Competition, que até a temporada passada competia com Corvette, na classe GTE-AM do Mundial de Endurance. O tempo do time liderado por Jack Leconte, foi de 1:49.105.

Sobre a mudança de categoria, Leconte festeja. “Estamos escrevendo um novo episódio. Competimos no campeonatos, organizados pela ACO, desde o início: Na Le Mans Series, ALMS, 1000km de Le Mans, ELMS, ILMC, Asian LMS e WEC. Eu sempre participei quando o ACO teve uma ideia brilhante. Seria uma pena perder esta edição do ELMS. “

O dia foi marcado por acidentes. Ainda na primeira seção, o #36 da Signatech Alpine, se envolveu com o #56 da AT Racing. Já no segundo treino foi a vez do #34, Race Performance, bater forte na reta Mistral. Para Michel Frey foi uma grande susto. “Isto não é realmente o que esperávamos. Nós vamos colocar tudo no lugar para estar prontos em Silverstone. Isso não vai ser fácil “, concluiu.

SMP Racing, lidera na GTE

Para Philippe Sinault da Alpine, o trabalho de reconstrução do carro foi penosa e o carro ficou pronto a tempo para o treino noturno. Phillippe também revelou, a possibilidade de competir na classe LMP1 em 2015. “O carro foi danificado esta manhã. Os danos foram significativo: eixo traseiro, espaçador, caixa de velocidades. Além do nosso programa ELM, continuamos muito focados nas próximas 24 Horas de Le Mans. A aparência dos carro vai mudar muito, até Junho, especialmente na aerodinâmica, porque as restrições são diferentes em Le Mans. A corrida do ano passado nos deixou muito frustrads e queremos vencer em nossa categoria em 2014.  Cometemos erros no início da corrida e pagamos muito caro por isso vamos trabalhar dobrado este ano. Um título na ELMS e vitória LMP2 seria perfeito! Para 2015 tudo está aberto, e existem discussões, sobre a possibilidades de um programa LMP1. “ Completa.

Na classe GTE-PRO, dominada por modelos Ferrari F458, a SMP Racing com o #72, obtém o melhor tempo do dia com 1:55.828, conquistado no treino noturno, pelas mãos de Andrea Bertolini. Em segundo vem o #55 da AF Corse com 1:55.917, obtido no treino vespertino por Matt Griffin. Em terceiro, o #66 da JMW Motorsports com 1:56.024, por Daniel McKinzie.

Já entre os carros GT3, da classe GTC, o Porsche #93 da Pro GT by Almeras, ainda pela manhã, marcou 1:57.089. Em segundo a Ferrari #71 da SMP Racing, com 1:57.149 e #64 da AF Corse com o tempo de 1:57.234.

Tempos da primeira seção de treinos.

Tempos da segunda seção de treinos.

Tempos da terceira seção de treinos.

Fonte: ELMS, ACO, Sportcar365, Endurance-info.com

Primeiras fotos do Dome S103 da equipe Strakka Racing

A Strakka Racing e a fabricante Japonesa Dome, revelaram hoje algumas fotos do novo S103, protótipo que a equipe inglesa irá usar no WEC, na classe LMP2.

Alimentado por um motor Nissan, o LMP será guiado por Danny Watts, Nick Leventis e Jonny Kane. A Strakka planeja vender vers~ões do S013 para equipes de clientes, tanto na Europa, Ásia e EUA.

Este é o primeiro LMP2 totalmente novo da temporada 2014, a ser apresentado e finalizado, já que o Ligier JS P2 só dever entrar na pista de fato em Junho durante as 24 horas de Le Mans. Abaixo mais fotos

ACO e IMSA estudam novo LMP2 para 2017

Se a equivalência entre os LMP2 e os DP não foi a contento em Daytona, tanto a ACO quando IMSA se uniram para criação de um novo LMP2 que deve ver as pistas em 2017.

“Estamos trabalhando na especificação de um novo carro para 2017“, disse Scot Elkins, vice-presidente de competição e regulamentos técnicos da IMSA. “Ele deverá ser um LMP2, Com uma plataforma estipulada pela ACO. Temos que trabalhar juntos para ver onde podemos chegar. “

O atual regulamento da classe LMP2 está congelado até 2016, mesmo ano que os DP serão aceitos no TUSC. As conversas dão a entender que o novo carro será desenvolvido mais em cima de um LMP do que um DP.

Para Pierre Fillon, presidente da ACO, as diferenças devem ser deixadas de lado para um bem maior. “A ACO propôs especificações“, disse Fillon ao site Endurance-Info. “Há muitas semelhanças, algumas diferenças, mas nenhum ponto de discórdia. É muito cedo para revelar algo. A ideia principal é continuar com o espírito da atual LMP2, reduzindo os custos em comparação com o LMP2 que já temos “.

Para Elkins os DP não farão parte desta nova fase, e enaltece a segurança, tantos nos atuais LMP2, como na célula de sobrevivência dos carros da DTM, feita a base de fibra de carbono. “Eu acho que o carbono tem de ser envolvido em termos de um chassis monocoque”, disse Elkins. “Estou surpreso, e acho que o nosso grupo está espantando com o que o DTM tem feito, que é uma célula de segurança em formato de gaiola. Não estou dizendo que vamos fazer algo assim, mas eles fizeram uma abordagem muito interessante para a especificação do carro, permitindo que cada fabricante possa construir a partir de um modelo. Nós temos uma relação muito boa com os engenheiros da DTM não sei se esta será a direção, mas eu sei que o novo LMP2 não será algo feito em chassi tubular “

Se de um lado os organizadores estão otimistas, do outro, os fabricantes olham com ressalvas, mudanças que mexam profundamente na construção dos carros. Tanto a OAK Racing quanto a Oreca, vem desenvolvendo modelos fechados para estrear em 2015, e mudanças em tão curto espaço de tempo podem espantar e principalmente encarecer os projetos.

Além dos protótipos, as mudanças na classe GT também estão em estado avançado. Para 2015 a adição da classe LMP3 nos EUA, não está descartada.

IMSA faz ajuste entre LMP2 e DP a poucos dias das 24 horas de Daytona.

A IMSA realizou ajustes no BoP (Balanço de desempenho) entre os modelos P2 e DP para as 24 horas de Daytona no próximo final de semana. Tal medida se deu depois do melhor desempenho dos DP em cima dos LMP nos testes coletivos.

Assim os DP terão uma redução no tamanho dos restritores de ar na casa dos 5%. Os Corvette DP terão uma redução de 2,5 % enquanto os Rileys equipados com motor Ford EcoBoost, terão uma abertura reduzida para 33.1mm.

No lado dos LMP2 os carros que utilizam motores Nissan terão restritores com 41 mm, enquanto os HPD 31mm. Assim tais carros estão em conformidade com o aumento de 5% nos regulamentos da IMSA e em conformidade com os “irmãos” LMP2 que competem na Europa.

Durante os testes o melhor tempo foi do Corvette da Action Express com 1:38.630, pilotado por Christian Fittipaldi, enquanto o melhor LMP2 foi o #5 da Extreme Speed, 1,2 segundos mais lento.

A capacidade dos tanques de combustível também foram confirmadas. P2 movidos a gasolina terão capacidade de 72 litros, PD, 67 litros. Já os LMP2 a diesel terão um tanque com capacidade para 70 litros. O Delta Wing por sua vez comportará 48 litros além de uma redução de 10kg no seu peso mínimo.

Para o Oreca FLM09, as mudanças incluem uma nova as traseira, além de um aumento no limitador de giros, já que nos testes os carros chegaram ao limite, mesmo podendo ir além.

Os modelos GT irão receber alterações que serão divulgadas ainda esta semana.

Craft AMR–programa extenso em vários campeonatos.

Com sede em Hong Kong a Craft AMR, começou sua temporada competindo com 2 Aston Martin GT2 nas 24 horas de Dubai, porem os planos da equipe são ambiciosos.

Além da Asian LMS na classe GTC, um convite para disputar Le Mans foi dado, na classe GTE-AM. O diretor Frank Yu, confirmou que a equipe vai realizar testes em Portimão com um Aston GTE. Entre os possíveis pilotos fora os 6 que estão disputando as 24 hora de Dubai apenas Frank Yu é dado como certo.

“Não quero ser arrogante, quero fazer as coisas certas.” Comenta Frank Yu “Queremos por um ou dois anos,no cenário mundial. Estamos ainda em uma curva de aprendizado.  Nesta temporada, estaremos novamente no Asian Le Mans Series com um ou dois Aston Martin V12 Vantage GT3, um LMP2 e um ou dois CN. Queremos ganhar o título depois do vice-campeonato de 2013. Nós poderíamos ter escolhido ir para a classe GTE, mas isto teria um custo muito grande além do carro.”

“Depois dos testes positivos em Sepang, esperamos continuar nosso compromisso na classe LMP2 com um chassi que ainda precisa ser determinado. Teremos mais respostas até o final de Janeiro. Para nós, o LM P2 é outra dimensão, mas acreditamos em nossas chances.Paralelamente, queremos trazer ainda um ou dois protótipos da classe CN nada é 100% confirmado. Temos motoristas para correr, mas eles também estão dispostos a esperar a chegada do novo LM P3 em 2015. ” Finaliza.