European Le Mans Series começa 2014 com recorde de inscritos

De provas canceladas em 2013, a recorde de inscritos em 2014. Este é o atual cenário da European Le Mans Series, que tem largada entre os dias 18 e 19 de Abril, em Silverstone Inglaterra.

Os testes oficiais da categoria serão realizados no circuito de Paul Ricard, entre os dias 1 e 2 de Abril. Doze protótipos da principal categoria doLMP2 são esperadas. Entre eles estarão três equipes estreantes no campeonato. A Sebastien Loeb Racing com um Oreca 03 Nissan, a equipa alemã Pegasus Racing alinhará um Morgan Nissan dos pilotos Julien Schell e Nicolas Leutwiller. Por fim, a Larbre Competition (conhecida entre nós pelas participações nas classes de GT com Pedro Lamy) alinhará agora com um Morgan Judd para Jacques e Pierre Nicolet.

A Jota Sport, equipe vencedora da prova em 2013, tem como objetivo repetir o resultado com o Zytec Z11 SN Nissan, pilotado pelo trio, Simon Dolan, Harry Thinknell e Filipe Albuquerque, que também é piloto oficial da Audi Sport. Uma segunda equipa do Reino Unido, a Greaves Motorsport, alinhará dois Zytec Z11 SN Nissan mesmo não tendo definido todos os seus pilotos, até agora apenas Tom Kimber‐Smith e Chris Dyson, ao volante do #41.

A Signatech Alpine espera defender o título da classe, que conquistou em 2013, competindo com dois Alpne A450 Nissan, um dos quais partilhado pelos campeões Nelson Panciatti (LMP2 2013) e Paul‐LoupChatin (LMPC 2013) aos quais se junta Oliver Webb, um jovem britânico de 22 anos proveniente dos monopostos e que se estrou na endurance no ano passado.

Dois outros Oreca 03 estáo inscritos pelas equipas Race Performance e Murphy Prototypes. A primeira equipe utilizará um motor Judd HK no chassis Oreca que será pilotado pelo francês Frank Mailleux e pelo suíço Michel Frey. A segunda fará uso de um motor Nissan VK45DE e os pilotos serão anunciados nas próximas semanas. Já a Thirietby TDS Racing estreia o novo Ligier JS P2, o único LMP2 fechado que irá competir até então. Como o carro não deve ficar pronto até Silverstone, a equipe irá competir com um Morgan Nissan. Os pilotos serão, Pierre Thiriet, Ludovic Badley e Tristan Gommendy. O último Morgan Judd da lista de inscritos veem da Suíça. A equipe Newblood by Morand Racing vem com um trio jovem, liderado por Christian Klien, o suíço Gary Hirsch e o francês Romain Brandela.

Classe GTE

Com oito Ferrari 458 Itália, cinco Porsche 911 GT3 RSR e um Aston Martin Vantage V8 a categoria GTE reúne muitas equipes que competem em Le Mans. A AF Corse alinhará duas Ferrari F458, com o #54 e #55, respectivamente entregues a Pierluigi Perazzini, Marco Cioci e Duncan Cameron e Matt Griffin (campeão LM GTE 2013). A equipe suíça Kessel Racing alinhará também duas F458 para Michael Broniszewski, Giacomo Piccini e Marco Frezza (#80) e Kolawole Aluko, Thomas Kemenater e Mateo Cressoni (#81). Já a JMW Motorsport anunciará os seus pilotos nos próximos dias e os três últimos carros com a marca do cavalo empinado são de equipas estreantes na categoria. A SMP Racing, vencedora da classe GTC em 2013, alinhará uma Ferrari para, Andrea Bertolini e os russos Viktor Shaitar (campeão GTC 2013) e Sergey Zlobin. A equipa austríaca AT Racing colocará em pista pai e filho, proveniente da Bielorrússia: Alexander Talkanitsa Junior e Senior. A último Ferrari é da equipa francesa, Team Sofrev‐ASP e pilotado pelo célebre campeão de futebol Fabien Barthez, juntamente com Anthony Pons e Soheil Ayari.

A IMSA Performance, conhecida equipa de Rouen na França, irá alinhar, dois Porsche 911 GT3 RSR. O será guiado pelo trio, Eric Maris, Jean‐Marc Merlin e Eric Hélary. O segundo, será entregue a Raymond Narac, Nicolas Armindo e o belga Laurent Pasquali. Já o Porsche 911 GT3 RSR #82 da equipa Crubilé Sport estará nas mãos de François Perrodo, Sébastien Crubilé e Emmanuel Collard. O quarto Porsche 911 será da equipe Prospeed Competition que também vai competir no WEC, alinhará também no ELMS, com o piloto holandês Paul von Splunteren. Os demais nomes serão confirmados nos próximos dias. Já a equipe britânica GulfRacing UK alinhará dois carros em Silverstone, um Porsche 911 GT3 RSR para Michael Wainwright e o único Aston Martin Vantage V8 do grid, para Roald Goethe e Stuart Hall.

Classe GTC

A classe GTC, que foi adicionada para “preencher” o grid, alinha 16 carros para a etapa inaugural. A estratégia da ACO, era roubar equipes que competem na BlancPain Endurance Series, com seus grids pomposos. A estratégia parece que deu certo. Os campeões da categoria terão entradas automáticas nas 24 horas de Le Mans de 2015 na classe GTE-AM.

Além da sua participação na categoria LMP2, o Sebastien Loeb Racing inscreveu o único Audi R8 LMS Ultra do grid, para o francês Henri Hassid. Além da participação nos LMGTE, os russos da SMP Racing alinharão três outras Ferrari F458 Itália GT3, no #57 veremos Boris Rotenberg e Maurizio Mediani que receberão a companhia do antigo piloto de F1 Mika Salo. No #71 uma equipa 100% russa, com Kirill Ladygin (campeão GTC 2013), Anton Ladygin e Aleksey Basov. A terceira Ferrari da equipe será pilotada pelo monegasco Olivier Beretta e pelos russos Alexander Frolov e David Markosov. Por sua vez, os italianos da AF Corse, irão alinha quatro F458, com uma lista de pilotos internacionais: dois deles, os franceses Yannick Mallegol e Jean‐Marc Bachelier, serão parceiros do americano Howard Blank. Duas equipes serão inteiramente dinamarquesas, com Mads Radmunssen e Dennis Lind no Ferrari #63 e Per Nielsen com Christian Overaard no #64. O Ferrari #95 será confiada ao belga Adrien de Leener e ao monegasco Cedric Sbirrazzuoli.

A Team Sofrev‐ASP do piloto francês Jérôme Policand é outra das equipas inscritas na classe. Além da participação na GTE, a equipa de Nogaro alinhará ainda um F458 Itália GT3 para o trio Christophe Bourret, Pascal Gibon e Jean‐Philippe Belloc.

As cinco equipes restantes são todas estreantes na ELMS. A Formula Racing inscreveu um F458 GT3 para o dinamarquês Jan Magnussen (vencedor por quatro vezes da sua classe nas 24 Horas de LeMans) juntamente com os seus compatriotas Johnny Laursen e Mikkel Mac Jensen. O Team Russia by Barwell alinhará o único BMW Z4 GT3 do grid para os pilotos russos Leonid Machitski, Timur Sardarov e o britânico Jonathan Cocker. O único Porsche da classe GTC será o 997 GT3 R da equipe Pro GT by Almeras (Frank Perera, Lucas Laserre, Eric Dermont), enquanto o Team Ukraine anunciou dois Ferrari F458 GT3 para os ucranianos Andriy Kruglyk e Ruslan Tsyplakov. Bem conhecida no mundo da competição e detentora de um excelente currículos em outras categorias, a ART Grand Prix estará na pista com dois McLaren MP4 12C GT3 para uma equipe de pilotos iternacional O mexicano Ricardo Gonzalez estará ao lado de Karim Ajlani, piloto suíço de ascendência síria e, no outro carro, o estoniano Kevin Korjus partilhará o volante com o francês Grégoire Demoustier.

Abaixo o resultado da prova em 2013

LMP2 – Jota Sport – Zytek Z11 SN Nissan #38 ‐ Dolan / Turvey

LMGTE – ProtonCompetition – Porsche 911 GT3 RSR #77 – Ried/Roda/Tandy

LMPC – Team Endurance Challenge – FLM Oreca 09 #48 – Pons / Ayari

GTC – Ecurie Écosse ‐ BMW Z4 #79 – Millroy / Smith / McCaig

Lista de inscritos para os testes oficias em Paul Ricard.

Lista de equipes confirmadas para as 4 horas de Silverstone.

Fonte: ELMS

Porsche e Audi receosas com consumo de combustível e energia

As principais equipes que disputam o mundial de endurance, Audi e Porsche, estão receosas com as novas regras de consumo de combustível, e energia estipuladas pela FIA. A temática do novo regulamento técnico, é o consumo de combustível e o reaproveitamento de energias.

A redução de consumo tanto na F1 (que este ano adorou várias medidas “verdes”), quanto dos LMP1, deve chegar a 30%. A abertura do mundial de F1 na Austrália, botou a prova e na berlinda os medidores de fluxo de combustível, que controlam a quantidade,que deve ser enviada aos motores. Nos carros de rua o nome é menos pomposo, bicos injetores.

No caso da F1, problemas no fluxo, acabaram por punir a RBR de Daniel Ricciardo, que chegou em segundo lugar. A equipe deve recorrer da decisão da FIA, nos próximos dias. Os “fluxómetros” das duas categorias são produzidos pela Gill Sensors, porém com capacidades de vazão diferentes. Para os LMP híbridos-gasolina os valores serão entre 87.3 e 93 kg/h, e 76.2 e 83.4 kg/h para híbridos-diesel. Em carros de F1, estes valores são de 100 kg/h.

Este é o famoso medidor de fluxo.

A Porsche foi enfática ao dar credibilidade, a funcionalidade do sistema, conforme revela Alex Hitzinger, diretor de engenharia do LMP1 da Marca. “O nosso desenvolvimento não está dependente do sistema”, Disse “A FIA espera que a última versão vai trabalhar e será confiável, mas o mesmo ainda não está 100% provado. Nós otimizamos a forma como estes são montados e providenciamos as melhores condições de trabalho, mas neste momento não sabemos o quanto o sistema é robusto, mas deveremos sabê-lo lá para o fim de Março.” Lembrando que cada LMP terá instalados dois equipamentos.

Já a Audi, em nome da confiabilidade está abandonando o sistema que reutiliza o a energia oriunda do sistema de escape, batizado de ERS-H. Segundo a montadora o sistema em pista não correspondeu aos valores obtidos em simuladores. A comprovação veio por meio de testes que a equipe realizou no circuito de Austin no Texas.

O diretor da Audi Motorsports Dr. Wolfgang Ullrich o sistema, não rendeu como o esperado. “Trabalhamos bastante nele, mas não correspondeu como deveria em um circuito real!” Disse. “Com risco na sua utilização sem o benefício pretendido, não pretendemos utilizar este sistema”. Conclui.

Batizado de ERS-H (Energy Recovery System – Heat), o aparato, aproveita os gases do escapamento que seriam desperdiçados pela válvula Wastegate. Assim a energia obtida (cinética e térmica) é enviada para o volante de Inércia (ERS-K). Porsche e Toyota também irão utilizar o ERS-H. Com as declarações da Audi, as rivais não se manifestaram.

Fonte: Lemansportugal.com e racecar-engineering.com

Audi com Sébastien Loeb na classe LMP2?

Recentemente a Sébastien Loeb Racing causou surpresa por trocar seus McLaren MP4-12 GT3 por novíssimos Audi R8 LML ultra. A equipe disputa este ano a ELMS nas classes LMP2 e GTC, além das 24 horas de Le Mans.

Com o acordo firmado com a Audi Costumer Services, se levantou a hipótese de uma possível equipe satélite na classe, aproveitando a estrutura da Loeb Racing. Os pilotos René Raste e Laurens Vanthoor, são pilotos Audi no programa de equipes clientes.

Em termos de motorização o bloco utilizado poderia ser o do RS5 que compete na DTM, desenvolvido pela preparadora Neil Brown Engineering, e que é baseado no motor V8 produzido em série. Quem sabe?

Equipes de fábrica intensificam testes para o WEC

As montadoras que participam do Mundial de Endurance estão intensificando os testes, para deixar seus protótipos afiados até a rodada de abertura em Silverstone no mês de Abril. A Audi testa seu novo R18 no circuito de Abu Dhabi. De acordo com o site Endurance.info o carro #3 dos pilotos Marco Bonanomi, Felipe Albuquerer e Oliver Jarvis.

Já a Porsche, optou por testar seu 919 no Bahrain, mesmo que logisticamente não sendo opção mais lógica. O LMP deve ser “oficialmente” apresentado ao público no início de Março no Salão o automóvel de Genebra.

A Toyota também finalizou um extensa bateria de testes em Paul Ricard, e deve anunciar seu TS040 Hybrid nos testes oficiais que ocorrem entre os dias 28 e 29 de Março. Abaixo um vídeo do novo R18 da Audi.


Pegasus Racing faz Shakedwn do seu Morgan LMP2 em Magny-Cours

A equipe Pegasus Racing, completou hoje (05) as primeiras voltas do Morgan LMP2 que irá disputar o ELMS, além das 24 horas de Le Mans. O dono da equipe Julien Schell, considerou satisfatório este primeiro contato com o carro.

“Achei o carro muito fácil de conduzir e imediatamente tive uma grande sensação de controle”, disse Schell. “Isso gera confiança. O motor Nissan tem excelente torque e um som bonito. É realmente um prazer dirigir este carro. Claro, nós vamos trabalhar em alguns detalhes, como a posição de condução, mas a configuração entregue pela fábrica é satisfatória.” Completou

Além de Schell, Niki Leutwiler é um dos pilotos confirmados. O terceiro deve ser escolhido nas próximas semanas. A equipe deve realizar novos testes em Paul Ricard, ainda este mês. A lista com o nome das equipes escolhidas para Le Mans será divulgada no dia 13 de Fevereiro.

Lucas di Grassi confirmado como piloto do Audi #1 para o mundial de Endurance

O Brasil vai estar bem representado no mundial de Endurace este ano. A Audi confirmou a participação de Lucas di Grassi, como piloto do #1 ao lado de Tom Kristensen e Loic Duval. Grassi vai ocupar a vaga de Allan McNish que se aposentou no final do ano.

Aos 29 anos, sendo os dois últimos como piloto de testes da marca, Grassi chegou a competir em Interlagos em 2012 com McNish e Kristensen. Para o #2 não houveram alterações. Os pilotos serão Marcel Fassler, Benoit Treluyer e Andre Lotterer.

Para as etapas de SPA e Le Mans o terceiro carro da marca será pilotado por Oliver Jarvis, Marco Bonanomi e Felipe Albuquerque. Marc Gene será o piloto reserva para estas duas etapas.

Para o chefe da Auto Motorsprot Dr. Wolfgang Ullrich substituir McNish será uma grande responsabilidade. “Não é fácil substituir um piloto como Allan McNish, que competiu pela Audi há 14 anos. Mas Lucas di Grassi entregou performances convincentes em todas as em que competiu pela até agora “, disse.

Toyota completa intenso programa de testes

A Toyota que vem testando seu TS040 Hybrid desde semana passada em Paul Ricard com Alex Wurz e Anthony Davidson, revelou hoje em seu site alguns detalhes do novo carro.

O sistema híbrido duplo, um em cada eixo, bem como uma evolução do seu V8 aspirado. “Este ano vamos nos beneficiar de um sistema híbrido com tração nas quatro rodas usando um super-capacitor, o que dará um impulso de aceleração muito substancial“, disse o presidente da equipe Yoshiaki Kinoshita. “Será fascinante ver as várias soluções apresentada por nossos concorrentes e comparar, pessoalmente, eu não posso esperar para começar.”

Seus principais rivais, Audi e Porsche, já revelaram seus LMP1 para a atual temporada. O novo R18 e-tron quattro, conta com um novo sistema de recuperação que utilizada os gases oriundos do sistema de escapamento, convertendo a energia térmica em elétrica. As novas regras limitam a 2 tipos de sistemas distintos de recuperação de energia por carro.

Já a Porsche, será alimentado por um V4 turbo a gasolina, também com sistemas de recuperação de energia. O fabricante vem desde Junho passado realizando testes e evoluções em seu LMP.

As três equipes estarão em Paul Ricard para os testes do WEC entre os dias 28 e 29.

Christian Fittipaldi vence as 24 horas de Daytona

Ano passado a união entre a ALMS e Grand-Am foi um dos assuntos automobilísticos mais comentados, daria certo? De um lado um certame totalmente europeu seguindo à risca as regras das 24 horas de Le Mans. Seu principal mérito eram as equipes oficiais de fábrica de grandes montadores, que viam no campeonato uma boa vitrine para vender seus carros de rua e mostrar a tecnologia desenvolvida.

Teve seu ápice em 2007 e 2008, quando Audi, Porsche e Acura, a primeira na classe P1 e as outras duas na P2 disputavam de igual para igual a vitória no geral. Porém desde 2009, por conta de inúmera crises financeiras internacionais, os grandes construtores acabaram deixando a categoria. A Audi se voltou para o ILMS, que hoje atende pelo mundial de Endurance, a Porsche preferiu investir em seus modelos GT e a Acura foi a única que se manteve firme. Com a classes GT aumentando e as de protótipos encolhendo, o grande espetáculo era a briga entre os GT2. Ferrari, Porsche, BMW, Corvette e Ford com equipes oficiais, tornavam a classe uma da mais disputadas, fazendo a ELMS Europeia parecer algo amador.

Oreca da Muscle Milk, o melhor LMP2 da prova.

Do outro lado vinha a Grand-Am com seus DP, com um grande atraso tecnológico, pesados e sem um grande apoio de montadoras. Na classe GT, um mar de equipes amadoras. Era um campeonato disputado? Era, mas faltava algo. A NASCAR, dona da Grand-Am, tinha que tirar do próprio bolso dinheiro para manter algumas equipes para ter grids pomposos, e em um lugar extremamente capitalista isso soa como sacrilégio.

Então a veio a “compra” da IMSA pela NASCAR. A principal dúvida era como conciliar duas escolas de automobilismo tão distintas em uma única corrida? Qual seria a classe principal? P1? P2? DP? Como a P1 ficou exclusiva do WEC, a P2, muito mais evoluída e com carros mais rápidos daria um banho em qualquer um dos DPs.

Logo isto seria um problema, em um campeonato “americano”, com carros de outros países vencendo em seu quintal. Neste quase um ano entre, especulações e muito debate a equivalência entre os dois tipos de protótipos, levaram várias equipes a adiar seus programas, principalmente pelo atraso na divulgação das regras. Depois de muito se falar, ficou decidido que os LMP2 teria a mesma configuração da ALMS, com uma pequena queda de potência para fazer uma disputa mais justa, além dos pneus da nova classe P serem da Continental, e não Michelin como nos últimos anos.

A expectativa era grande para os testes coletivos o ROAR no começo de Janeiro, e o que se viu foi um desempenho infinitamente melhor dos DP, chegando a quase 2 segundos de diferença para o melhor dos LMP2. As equipes reclamaram e algumas modificações foram feitas e a diferença caiu para a casa de 1,5 segundos. A esperança era que na corrida, e com a tradicional quebradeira dos DPs os LMP2 teriam alguma chance, mas o que realmente se viu foram os pesados e arcaicos Daytona Prototypes deitarem e rolarem.

Os vencedores, João Barbosa, Christian Fillipaldi, Sebastien Burdais e Burt Frisselle, do Corvette #5 “sobreviveram” e completaram 695 voltas a apenas 1.461 do segundo colocado o Corvette #10 da Wayne Tayler Racing, de Wayne Taylor, Max Angelelli, Ricky e Jordan Taylor. Fechando o pódio o segundo carro da Action Express o #9 de Brian e Burt Frisselle a apenas 19.489 segundos do líder.

Durante as 24 horas, inúmeros acidentes ocorrem, o mais grade envolvendo Memo Gidley que guiava o Corvette #99 da equipe Gainsco e que acetou em cheio a Ferrari #62 da equipe Rizi Competizione da classe GTLM, que vinha lenta. O piloto sofreu fraturas nos braços e pernas, mas passa bem. O carro ficou totalmente destruído, mostrando como a estrutura de um DP é fraca, se comparada a um LMP2. Se o acidente tivesse sido com qualquer dos LMP o piloto não teria sofrido tantas fraturas, e poderia ter saído andando do carro.

Na classe LMPC vitória da Core Motorsports

Durante a prova, nenhum dos LMP2 chegou a ameaçar os ponteiros. O melhor colocado foi o #6 Oreca Nissan da equipe Muscle Milk dos pilotos Klaus Graf, Lucas Luhr e Alex Brundle com um quinto lugar. Outra equipe com “chances” foi a OAK Racing que chegou a ficar entre os 5 primeiros em determinados momentos, mas acabou mesmo em 8º. A ESM com seus dois HPD, fizeram uma prova bem atribulada, com muitas rodadas. O #2 terminou em 11º no geral, enquanto o #1 abandonou por problemas mecânicos.

Os dois Lola Mazda, equipados com um inédito motor a diesel, se arrastaram praticamente durante toda a prova, que serviu de laboratório. Por muitas vezes os carros da classe GTD foram mais rápidos. Tanto o #61, quanto o #62 não chegaram ao fim.

Já na classe LMPC, os antigos, mas valentes Oreca FLM09 enfrentaram vários problemas, grande parte deles se envolvendo em acidentes. O #09 da equipe RSR Racing aonde competia o brasileiro Bruno Junqueira não chegou ao fim. Os vencedores foram o # #54 da CORE Autosport com Jonathan Bennett/Colin Braun/James Gue/Mark Wilkins, que protagonizaram o primeiro entrevero da prova e caíram para a última posição. Em segundo o #25 da 8Star Racing de Enzo Potolicchio, Tom Kimber-Smith, Mike Marsak e Rob Huff. Fechando o pódio, o #38 da equipe Performance Tech Motorsports dos brasileiros Raphael Matos, Gabriel Casagrande, Júlio Campos, David Ostella e Tomy Drissi

Porsche 911 estreia com vitória

A Classe GTLM, mais uma vez mostrou competitividade. Na primeira parte da prova a disputa foi intensa entre os Viper da equipe STR e Porsche 911, que mostrou uma velocidade incrível, na grande reta. A confiabilidade tradicional do fabricante Alemão, foi a carta na manga para a vitória do #911 de Nick Tandy, Richard Lietz e Patrick Pulet, que chegou em 6º no geral. Resultado mais do que positivo para a Porsche North América, que regressa de forma oficial a competição.

Em segundo o BMW #55 de Bill Auberlen, Andy Priaulx, Joey Hand e Maxime Martin, a apenas 2.838 do líder. Fechando o pódio o Viper #91 de Marc Groossens, Dominick Farbacher e Ryan Hunter-Reay. Outros “medalhões” como os novos Corvettes acabaram ficando pelo caminho, bem como o segundo Porsche que quebrou, e o Aston Martin #007 que terminou em 44º.

#555 vencedor de fato, depois da vitória ter sido cassada pela IMSA a favor da Audi

Já entre os GT3 da classe GTD, a disputa foi intensa, e muitos dos acidentes se deram pela inexperiência de alguns pilotos, e é claro pela grande quantidade de carros em uma pista tão estreita. A vitória, foi do #555 Ferrari da Level 5 Motorsports dos pilotos Scott Tucker, Bill Sweedler, Townsend Bell, Jeff Segal e Alessandro Pier Giuidi que chegou a ser anulada em favor do Audi #45 da Flying Lizard, por ter sido “empurrado” para fora da pista, segundo os comissários. Com a revogação da punição o terceiro lugar, fica com o Porsche 911 # 58 da Snow Racing de Madison Snow, Jan Heylen e Marco Seefried. Em quarto a Ferrari #72 da SMP Racing dos pilotos Boris Rotengerg, Sergey Zlobin, Maurizio Mediani, Mika Salo e Mikhail Aleshin. Os brasileiros que competiram na classe tiveram desempenho mediano. Augusto Farfus que estava no BMW Z4 da Turner Motorsport, terminou em 7º lugar. A Ferrari #56 da Scuderia Corsa de Chico Longo, Daniel Serra, Xandinho Negrão e Marcos Gomes, terminaram em 10º.

O circuito de Sebring aguarda os competidores entre os dias 20 e 21 de Fevereiro com os testes de inverno e 12 a 15 de Março com a prova de 12 horas. Como a pista é um reduto dos carros oriundos da ALMS, é esperado uma certa pressão por parte destas equipes, para “vencer” em casa nos mesmos moldes que foram Daytona.

Outro fator muito criticado foi a transmissão da corrida. Aqui no Brasil, apenas 2 ridículas horas através do novo canal Fox Sport2, transmitido por apenas 2 operadoras. Quem estava acostumado com o Live do site da ALMS, não encontrou nada no site oficial da IMSA. Apenas algumas câmeras internas dos carros eram vistas, o que não dá nenhuma panorama geral da corrida. O jeito foi procurar transmissões piratas. A transmissão pela Fox aqui no Brasil é dispensável, pela qualidade e pelo tempo que deram para a prova. Mas em um ambiente tecnológico é indispensável que a própria entidade invista em transmissões online, algo banal nos dias de hoje.

Diversos fóruns, além das redes sociais criticaram mais do que elogiaram a prova. A pergunta que não quer calar: A organização vai continuar com um ajuste de desempenho, privilegiando carros com tecnologia dos anos 70 e 80 ou vai fazer algo justo para que os LMP2, mais modernos possam ter sua vez também?

Resultado das 24 horas de Daytona 2014.

Alterações de BoP nas classes GTLM e GTD

A briga promete ser boa nas classes GT, e para “limar” possíveis saltos de desempenho e manter a competitividade a IMSA deu aquela mexida nos carros das duas classes GT, a LM e a D.

Para a classe GTLM, para modelos GT2 as mudanças mais expressivas são para três dos seis fabricantes. O Porsche 911 RSR teve um aumento no seu peso em 15 quilos, além do aumento (0,3 mm), em seu restritor de ar.

Já para os Viper e Ferrari tiveram alguns quilos retirados. No caso do modelo americano a redução foi de 30kg, e para as Ferrari 15kg. Além disso o Viper terá um tanque de combustível com a capacidade ampliada para 120 litros, 10 a mais do que os demais que consomem etanol E85.

Na classe GTD, várias foram as mudanças. Começando pelo Porsche 911 GT América, que teve um aumento de peso (35kg), A Ferrari 458 Itália perdeu peso (29kg). O modelo também teve mudanças no restritor (-5mm), além de um novo limite de giros de 8200 RPM para 8000.

Aston Martin Vantage GT3 e Viper-R tiveram mudanças em seus flanges. 2x47mm para o modelo britânico e 2,45mm para o Americano. O Viper também ganhou maior capacidade em armazenar combustível, porém com uma redução de 300 rpm.

O Audi R8 LMS que liderou os treinos em Daytona, teve um aumento de 200 rpm, e mudanças na asa traseira assim como Porsche, Ferrari e BMW. A capacidade de combustível em todos os carros da classe foram reduzidos de 90 para 86 litros, com exceção de Aston Martin e Viper que tiveram um aumento para 90 e 95 litros respectivamente.

Relação completa de mudanças das classes aqui.

Fonte: Sportcar365.net

O WEC e os motores turbo da F1 em 2014

Com a divulgação do novo regulamento do WEC e a mudança dos motores V8 aspirados para os V6 turbo da Fórmula, muitos especulam a ida de montadoras para o mundial de Endurance com a finalidade de desenvolver motores para a categoria máxima.

Na festa de Natal da Ferrari, Luca Di Montezemolo não descartou mas também não confirmou que a Scuderia italiana poderá regressar a Le Mans nos próximos anos. Isso por que obviamente o regulamento do WEC tornou-se mais favorável para o desenvolvimento de tecnologias, as quais poderão ingressar nos carros de rua nos próximos anos, que o regulamento demasiadamente restritivo da Fórmula 1. Mas existem vários dúvidas nesses boatos que surgiram em torno o regresso da Ferrari para Le Mans. Será que o desejo da montadora é vencer as 24 horas de Le Mans e o Mundial de Endurance brigando ferrenhamente com Audi, Toyota e Porsche e criar novas tecnologias para seus superesportivos do futuro? Ou procurar uma forma de desenvolver os motores V6 turbo que alimentarão seus carros na Fórmula 1 com a finalidade de dizimar a diferença entre ela e a RBR, Lotus e Mercedes, uma vez que era superada facilmente por essas equipes antes da mudança do regulamento? Muitos apostam nas duas opções.

Usar o mundial de endurance como um laboratório tem gerado grandes resultados para as montadoras. Para a Ferrari, seria uma ótima opção, regressar à LMP1, já que ela iniciou a adoção da tecnologia híbrida aos seus carros, a exemplo da La Ferrari, o esportivo mais potente e rápido produzido atualmente pela marca e que apresenta KERS.

Já outros especulam que o regresso da Ferrari à LMP1 seria apenas para desenvolver o motor V6 turbo que será usado na Fórmula 1. Embora possa ser possível, pelo fato do novo regulamento da ACO não haver restrições quanto a configurações de motor, não se terá dados concretos, já que o regulamento da ACO será baseado no consumo energético dos carros e provavelmente, os motores seriam usados com grandes restritores de ar. A confiabilidade dos motores é que poderá ser testada regularmente pois a F1 diminuiu o número de motores por temporada para 2014, visando a redução de custos. Só o tempo dirá se haverá uma nova história entre Ferrari e Endurance.

* Por Matheus Brandão