Audi e os problemas com o #7
Nem tudo são flores para os atuais líderes do WEC. Os pilotos do Audi #7, André Lotterer, Benoit Treluyer e Marcel Fassler terão que competir nas etapas restantes do WEC com apenas dois motores de um total de 5 que são permitidos por carro durante toda a temporada.
O fabricante alemão perdeu dois de seus cinco motores alocados para a temporada, como parte de uma grande penalidade imposta pela FIA quando o lacre do motor no carro em Le Mans foi quebrado para que fosse realizados reparos no propulsor.
Por conta disso sobraram apenas 2 motores, que serão trocados entre as sessões para evitar enfrentar uma nova penalidade caso necessite de um bloco adicional. Com um tempo estimado de rodagem de 10 mil quilômetros para as últimas etapas do certame os atuais motores da Audi já rodaram cerca de 6 mil quilômetros. Para o dirigente da Audi, Ralf Juttner um tremendo desafio.
“Sim, é um problema”, disse ele ao site Sportscar365. “Nós temos que usar com cuidado o que nos resta, e estamos tentando usar em algumas sessões motores mais antigos para não temos problemas com tempo de execução.”
“É uma carga de trabalho logisticamente mais difícil para os pilotos. Não é o ideal, mas vamos tentar nos adaptar com o que temos. “
Jüttner confirmou que o carro #7 começou neste fim de semana com seu velho motor, utilizado nas 24 Horas de Le Mans, antes de mudar para o novo motor restante para o terceiro treino livre e qualificação.
Competir com um motor tão rodado tem seus riscos “O problema está no início, não sabíamos que isso iria acontecer”, disse Jüttner. “O primeiro motor foi utilizado em Silverstone, Spa e na quarta-feira em Le Mans, foi desmontado para verificações. Nunca pensamos em utilizar ele novamente.” Disse.
“Ao abri-lo, você obviamente rompe os lacres. É por isso que nós temos somente dois motores.” Finalizou. O trio do carro #7 lidera o mundial com uma vantagem de 23 pontos sobre os demais concorrentes. Infelizmente em algum momento a equipe deverá utilizar um motor extra e sofrer as penalidades previstas no regulamento.
Entre as penalidades está um Stop and go de três minutos, o que acabaria com chances de pódio e a equipe teria que contar mais com a sorte do que com o talento de seus pilotos e equipamentos.
“Eu acredito que nós vamos fazer tudo para evitar isso”, disse Reinke. “Seria uma pena, mas estamos confiantes de que não iremos precisar realizar este tipo de manobra.” Finalizou.