American Le Mans Series Virginia – Em prova complicada nova vitória da equipe Muscle Milk
O circuito da Virgínia é um dos mais bonitos e rápidos dos EUA. Com suas longas retas e sequencias de “S” em alta velocidade são um convite a provas bem disputadas. Some isso a uma pista aonde a principal dificuldade é a largura, aonde mal cabem dois carros lado a lado. Pronto está feito o espetáculo.
Ao contrário de outras pistas americanas as áreas de escape com grama possibilitam uma grande margem de erro e em uma categoria aonde a maioria dos pilotos são senhores endinheirados as chances de acontecer algo são grandes. As surpresas já começaram na sexta com a pole do #16 da equipe Dyson Racing dos pilotos Guy Smith e Johnny Mowlem. Não que uma pole position em uma prova de longa duração fosse um fator para vencer prova mas deu esperança de vermos uma real disputa na classe LMP1 entre o Lola #16 e o HPD #6 da equipe Muscle Milk. Logo no início a disputa favoreceu o #6 mas em determinados momentos o Lola forçou e liderava com uma ligeira vantagem até que um fogo “fátuo” que surgiu depois que o Porsche #30 da equipe NGT escapou em uma das curvas o ocasionou uma nova bandeira amarela. Com as paradas nos boxes e com uma pilotagem agressiva por parte de Lucas Luhr a equipe Muscle Milk venceu mais uma. A equipe soma 8 vitórias em 9 etapas.
O terceiro carro da classe LMP1 o Delta Wing Coupe enquanto esteve na pista se comportou como uma verdadeira chicane ambulante, principalmente para os carros da classe LMP2 que ficaram por um bom tempo lutando para ultrapassar o #0 de Andy Meyrick e Katherine Legge. A organização da ALMS deveria deixar o fator técnico falar mais alto e classificar o carro como um P2 pois em nenhum momento seja nesta prova ou nas últimas conseguiu acompanhar seus pares na classe P1.
LMP2 que além de lutar contra o #0 viu uma boa disputa entre os 4 HPD das equipes Level 5 e ESM, que se estranharam durante boa parte da prova. A liderança estava com o #01 da ESM até que problemas nos boxes atrasaram sua volta a pista. Com isso o #551 da dupla Ryan Briscoe e Scott Tucker venceu a prova, seguido pelo #01 de Scoot Sharp e Anthony Lazzaro. Em terceiro o segundo carro da Level 5 de Marino Franchitti, Guy Cosmo e Stefan Johanssson. Com a vitória a equipe se sagra campeã da classe com Tucker e Briscoe que comemora. “Foi muito bom.Eu me senti muito confiante e tivemos um bom carro. A estratégia foi perfeita hoje. Todos executamos à perfeição hoje. O carro estava forte. Scott fez um ótimo trabalho durante a sua seção. Ele liderou a maioria de seus voltas”.
Já na LMPC a vitória ficou com o #8 da equipe BAR1 Motorsport de Kyle Marcelli e Chris Cumming. Em segundo o #05 da CORE Motorsports de Tom Kimber-Smith e Jonathan Bennett. Os carros desta classe também foram protagonistas de um belo toque envolvendo o #51 PR1 Mathiasen Motorsports líder do campeonato e o #18 da Performance Tech que levou uma punição de 1 minuto por conta do acidente. Se fosse em uma pista com pouca área de escape as coisas não teriam acabado bem.
Um belo duelo como é de costume na GT coroou uma bela vitória da Ferrari #62 da equipe Risi Competizione de Oliver Beretta e Matteo Malucelli sobre o Porsche #06 da equipe Core Motorsports de Patrick Long e Colin Braun. Ver os dois carros lado a lado na grande reta nos faz voltar no tempo e ver as belas disputas entre a Rizi que tinha Jaime Mello al volante e o Porsche da equipe Flying Lizard que época competia na GT. Nenhuma corrida é completa se não tiver um duelo entre Porsche e Ferrari. A vitória teve um sabor a mais depois dos problemas que a equipe enfrentou em Lime Rock e Baltimore aonde teve o carro destruído nas 2 oportunidades. “Nós melhoramos o carro e tinhamos trabalhado muito após as péssimas corridas desde o início da temporada”, disse Malucelli. “Fomos rápidos em COTA, mas tivemos alguns problemas. Desta vez, a equipe, o carro e os pneus foram perfeitos. Ganhamos, estou realmente feliz. “
Em terceiro o Corvette #3 de Jan Magnussen e Antonio Garcia que quase acaba em segundo, e que teve um belo duelo com o #4 de Oliver Gavin e Tommy Milner que acabou em 6º com problemas de desgaste de pneus, superado pelos dois carros da equipe BMW.
Na GTC o vencedor foi o #66 da equipe TRG dos pilotos Ben Keating e Damien Faulkner que teve uma boa disputa até o final com o #22 da Alex Job Racing de Cooper MacNeil e Jeroen Bleekemolen. Em terceiro o #30 da NGT de Henrique Cisneros, Sean Edwards. Cisneros que se desesperou ao ver o segundo carro da equipe #31 de Eduardo Cisneros e Jakub Giemaziak voar sobre a barreira de pneus depois do toque com o Porsche #48 da Paul Miller de Bryce Miller Marco Holzer, este mesmo carro já tinha aprontado das suas voltas antes saindo da pista. Na relargada depois de uma bandeira amarela acabou colidindo com o #31. Tanto o câmera quanto os comissários que estavam no posto de controle nasceram de novo já que estavam aonde o carro parou. Vale destacar o profissionalismo do câmera que depois de quase ter morrido voltou ao seu posto e filmou a chegada dos paramédicos bem como a frustração do piloto do #31. Este era o único Porsche da classe GTC que tinha os belos leds no para choque dianteiro. Acredito que se fosse em uma prova da F1 várias lombadas e chicanes iriam ser postas ali para diminuir a velocidade. Os carros provaram ser seguros.
A próxima prova será no dia 19 de Outubro em Petit Le Mans, é esperada a volta da equipe Rebellion vencedora da prova em 2012e e que está preparando seu novo carro para o ano que vem. Teremos um novo duelo entre eles e a Muscle Milk? Abaixo a classificação final.