A vitória dominante da Toyota neste final de semana em Fuji, sem qualquer ameaça por parte das equipes privadas que competem na classe LMP1 do Mundial de Endurance, foi encarada por Fernando Alonso com naturalidade.
O espanhol que chegou em segundo com o Toyota #8, credita o fraco desempenho na gestão ou “qualidade” dos pilotos rivais do que necessariamente na superioridade do TS050.
Mesmo com alterações no EoT da classe, nenhum protótipo privado chegou a ser uma ameaça ao time japonês. Chegando na terceira colocação o Rebellion #1 dos pilotos Andre Lotterer, Bruno Senna e Neel Jani terminou a prova com quatro voltas de diferença. Durante o trabalho nos boxes o #1 foi 1m36 segundos mais lento que o carro vencedor.
Em entrevista ao site Autosport, o espanhol, não acredita que a diferença seja tão desproporcional: “As pessoas estão sempre falando sobre o domínio da Toyota, mas a SMP e a Rebellion estavam fazendo os mesmos tempos que quando tiveram uma volta clara”, disse Alonso. “Ter um carro que foi desenvolvido por quatro meses fazendo os mesmos tempos da Toyota com 10 anos de desenvolvimento é injusto, se queremos chamá-lo assim, mas eles acertaram em cheio.”
“Outras vezes eles perdem três ou quatro minutos a mais que nós no pit stops durante as seis horas, e quando terminam três ou quatro voltas atrás, parece que os Toyotas estão correndo sozinhos, mas isso é o resultado de uma corrida que é perfeita.”
Alonso não está sozinho em seu argumento. O presidente da equipe, Hisatake Murata, também concorda que a Toyota está sendo injustiçada. “É verdade que estamos mais rápidos quando olhamos para essa corrida. Eles pesam menos e têm mais combustível disponível. Tal como na corrida anterior em Silverstone, conseguimos a diferença de quatro voltas, mas penso que é a força da equipe. pneus devidamente selecionados, pitwork, foram feitos corretamente.”
“Os privados estão consideravelmente mais próximos em termos de velocidade de volta, mas as corridas de resistência não são decididas em uma uma volta.”
“E como os regulamentos não restringem nossa capacidade híbrida por seis horas, essa diferença é de quatro voltas”, justificou.