ACO estuda mudar critérios de seleção de equipes para Le Mans
A escolha das equipes para as próximas edições das 24 horas de Le Mans, bem como a adição de mais times, está nos planos da ACO para os próximos anos. Em entrevista ao site Sportscar365.com, o presidente da organização francesa, Pierre Fillon, revelou que mudanças serão feitas para o centenário da prova, em 2023.
Para a edição de 2019 os pedidos para participar da prova, superaram as expectativas dos organizadores, provocando reclamações de algumas equipes. “Nós tínhamos 75 entradas e apenas 60 garagens”, disse Fillon. “Tivemos 46 convites automáticos com o WEC e assim por diante.”
“Com certeza, seria muito difícil eliminarmos 15 equipes porque todas merecem estar no início da corrida. Foi muito difícil e, com certeza, estamos muito tristes por eles não estarem participando”, comentou.
Fillon também admitiu a possibilidade de diminuir as entradas automáticas que são 15 atualmente, elas são ofertadas aos campeões da ELMS, Le Mans Cup, Asian LMS e IMSA. “Esta é uma boa pergunta e pensamos em como podemos melhorar o sistema de convites. Talvez tenhamos que ter mais boxes”, disse Fillon.
Novos boxes estarão prontos até o centenário da corrida, em 2023, garantiu o presidente da ACO. “Temos que administrar o trabalho passo a passo. Estamos trabalhando bem com as autoridades locais e temos uma solução. Mas será o ACO que financia isso”.
As equipes Meyer Shank Racing que inscreveu apenas pilotos mulheres na classe LMP2 e a United Autosports que teve apenas um protótipo aceito, foram os casos que repercutiram negativamente, durante a divulgação das equipes, para a edição deste ano. O diretor esportivo da ACO, Vincent Beaumesnil, admitiu que as escolhas não foram fáceis.
“Todo ano acontece algo diferente, nem sempre é possível prever o que vai acontecer, mas vamos aproveitar a experiência do que aconteceu”, disse Beaumesnil.
“Eu e a ACO fazemos isso há 12 anos e foi de longe o comitê de seleção mais difícil que já tivemos, com certeza”, finalizou.
