24 horas de Le Mans 2011, a última vez do Ford GT
A Ford sempre teve um relacionamento interessante com as 24 horas de Le Mans. Como dois belos namorados tiveram suas separações e reconciliações. É impossível não associar o mítico modelo americano a prova francesa.
O GT40, nasceu da negativa de Enzo Ferrari em vender sua equipe para Henry Ford II. Como bom americano, Ford não aceitou um não vindo daquele italiano turrão. Menos intempestivo usou a cabeça e resolveu desenvolver um carro para bater a Ferrari em seu quintal. Le Mans.
Como resultado, o GT venceu as edições de 66, 67, 68 e 69. O estrago foi tão feio que o modelo ficou conhecido como aniquilador de Ferrari. Para 1970 a ACO resolveu mexer nos regulamentos para tentar barrar a o intempestivo americano, e um certo Porsche 917 apareceu…
A prova só veria novamente uma versão do Ford GT em 2010. Com três carros alinhados na classe GT1, os Ford foram desenvolvidos pela empresa suíça Matech. Dois ostentavam as cores oficiais da preparadora. O outro tinham as cores da belga VDS Racing. Mesmo sendo projetos bem desenvolvidos Le Mans foi ingrata com os carros. Nenhum deles completou a prova. 2010 também encerrava a era dos GT1 em Sarthe.
Em 2011 surgia as classes GTE-PRO e GTE-AM. Com modelos com a especificação GT2 da FIA, ganharam nova nomenclatura para se distinguir da FIAGT organizada pela SRO. Entre modelos tradicionais como Ferrari, Porsche e Corvette, um simpático Ford GT vinha dos Estados Unidos.
Inscrito na classe GTE-AM, o #68 da equipe Robertson Racing, oriundo da ALMS era uma equipe pequena e familiar. Ao volante estavam David Robertson, sua esposa Andrea Robertson e David Murry. Equipado com um V8 de 5 litros o carro acabou largando na penúltima posição. Mesmo prevendo uma corrida complicada, David mal sabia que na manhã de domingo estaria no pódio de uma das maiores corridas do mundo.
“Para estar no pódio em Le Mans em seu aniversário de casamento com uma equipe que sua esposa faz parte, como você superar isso?”, Disse David. “Foi absolutamente especial. Nós tivemos sorte.”Eu olhei para os custos de competir na prova, e decidimos arriscar. Muitas pessoas se preocuparam com o carro, ele não levou qualquer tipo de patrocínio extra.”
Mesmo com os custos apertados, a equipe concluiu a temporada de 2011 da ALMS. Aquele foi o último ano em competições de ponta. Para 2012 o foco acabou sendo as provas com modelos históricos, sempre com o Ford GT.
“Nós amamos os carros demais para vendê-los ou deixar na garagem”, disse David. “Então, vamos continuar pilotando até quando conseguirmos. Mas não podemos nos dar ao luxo de voltar a IMSA. O nível é muito alto.”
Para a edição 2016 da prova, o carro vai estar sendo exposto em Sarthe, por conta do retorno oficial da Ford que irá alinhar quatro GTs na classe GTE-PRO. Andrea vai estar pilotando ele antes da prova e também no festival de Goodwood na semana seguida a prova francesa.
Segundo David, ver o retorno da marca de forma oficial a prova é muito bom. Ele acredita que um bom resultado por aparecer. “Nós certamente gostaríamos de ver um bom resultado”, disse. “Sabemos que algumas das pessoas envolvidas estavam com a gente em 2011 como Joey Hand.”
“Sentimos uma felicidade de ver o carro e conhecer as pessoas que desenharam a atual geração. Eu realmente respeito eles por isso. Eles fizeram algo que manteve as linhas da primeira geração. Fizeram um bom trabalho.”
Algumas postagens sobre a Robertson Racing no Bongasat:
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