Isotta Fraschini busca parceria para continuar no WEC
Claudio Berro, gerente de automobilismo da Isotta Fraschini, declarou que a parceria com outra equipe é a única maneira viável para a fabricante italiana se envolver no Campeonato Mundial de Endurance da FIA (WEC) em 2025. A afirmação foi divulgada nesta terça-feira, 02, veio após o anúncio de que cada fabricante de Hypercar deverá inscrever pelo menos dois carros na próxima temporada, uma medida que impacta diretamente a Cadillac, a Lamborghini e a própria Isotta Fraschini.
Atualmente, a Isotta Fraschini compete no WEC com um único Tipo 6 Competizione, operado pela equipe Duqueine. Segundo Berro, ainda não está decidido se a equipe francesa expandirá para dois carros no próximo ano ou se uma nova equipe será contratada para gerir a inscrição adicional.
Com a nova exigência da FIA e da ACO de dois carros por fabricante, Berro vê a situação como uma oportunidade. Ele destaca que outros fabricantes, incluindo a estreante Aston Martin em 2025, já possuem parcerias estabelecidas com equipes.
“Estou feliz com esse plano”, disse Berro ao site Sportscar365. “Era nossa expectativa. Agora temos que nos preparar para correr com dois carros, juntamente com alguma equipe. A meta da FIA e da ACO é clara: ter 10 fabricantes com dois carros.”
Berro mencionou que há discussões abertas com a Duqueine, além de interesse de outras equipes importantes. “Algumas equipes gostariam de competir no WEC, e correr com nosso carro é a única maneira. Todos os outros fabricantes já têm equipes fortes alocadas, mas neste momento estamos comprometidos em correr com apenas uma equipe e um carro.”
Isotta Fraschini e o “drama” no WEC
Aliás, o CEO do WEC, Frederic Lequien, esclareceu ao Sportscar365 que não há obrigação de que os dois carros de um fabricante sejam operados pela mesma equipe.
A Isotta tinha planos provisórios de correr com dois carros no WEC este ano, com o segundo carro sendo disputado pela Vector Sport, mas acabou competindo com apenas uma inscrição.
Berro destacou que, do ponto de vista técnico, a Isotta está preparada para operar dois carros, especialmente com a parceria da Michelotto Engineering, mas reconheceu que a operação logística e financeira é um desafio maior. “Para operar dois carros em um campeonato completo, é necessária uma operação forte. É um grande desafio do ponto de vista financeiro e organizacional.”
Por fim, ele também expressou satisfação com a decisão do WEC de manter o calendário com oito corridas, ajudando a controlar os custos. “Estamos felizes em ter oito corridas no campeonato para manter os custos sob controle. E trabalharemos duro. Mas é um anúncio muito interessante”.