Fabricantes cobram ajustes nos regulamentos da classe Hypercars do Mundial de Endurance
Aston Martin, Ferrari e McLaren divulgaram uma carta que cobra da ACO e FIA, alterações nas regras da futura classe Hypercar, que entra em vigor no Mundial de Endurance a partir de 2020.
De acordo com a nota, as equipes desejam que os novos modelos sejam baseados em um carro de rua, e não em um protótipo com apenas uma “bolha” de um modelo esportivo. O orçamento limitado em 20 milhões de Euros por ano, também não agradou os fabricantes que alegam ser muito alto.
Das três equipes, Aston Martin já tem uma versão em desenvolvimento. O carro está sendo construído em parceria com a Red Bull Racing.
No mesmo caminho está a McLaren, com seu modelo Senna, apresentado em 2018. Uma versão da LaFerrari, superesportivo italiano, também poderia competir em Le Mans. Em declaração ao site Motorsports.com. um porta-voz da Aston Martin confirmou que a equipe está “totalmente engajada no processo de elaboração de regras”, enquanto enfatiza que “nenhuma decisão foi tomada”.
Dirigentes do Mundial de Endurance confirmaram uma reunião com os fabricantes, mas sem revelar detalhes. “A questão dos regulamentos dos Hypercars para 2020 está sendo discutida regularmente entre a FIA e a ACO – que formulam os regulamentos – e os construtores”, diz a nota.
“Não podemos responder a perguntas agora, mas uma coletiva de imprensa sobre esse assunto está planejada durante a etapa de Sebring, no dia 15 de março.”
Os regulamentos para a próxima geração de carros do WEC, diz que as cargas dos testes de colisão, serão mais fortes, os novos carros terão que ter um aumento no espaço onde fica alojado a cabeça e das pernas do piloto.
Divergências também são encontradas no local de alocação dos sistemas híbridos e suas respectivas baterias. Os regulamentos estabelecem uma distribuição de peso iguais entre os fabricantes, evitando ajustes muito complexos de downforce.
Os sistemas híbridos Valkyrie e LaFerrari alimentam apenas o eixo traseiro, enquanto as regras da ACO exigem a recuperação de energia somente no eixo dianteiro. O McLaren Senna não é híbrido, ao contrário de seu antecessor, o P1.
Até agora apenas a Toyota confirmou sua participação na temporada 2020/21 do WEC, confirmação está feita de forma não oficial.