Quem tem medo do crescimento do endurance?

Nos primórdios do automobilismo o endurance sempre conviveu em paz com outras categorias em uma época que carros podiam correr em provas de longa duração, F1, Rally e por ai vai. Isso bem no começo da coisa. Porém um dos pilares do automobilismo é a inovação e a busca de soluções para nossos carros do dia a dia.

Nos anos 80 os grandes fabricantes estavam muito envolvidos com o grupo C, até chegar o Sr. Ecclestone com sua F1 e pressionar a FIA a mexer nos regulamentos. Deu no que deu e grandes montadoras acabaram indo para a F1 esta sendo a “categoria” principal do automobilismo.

Para nós brasileiros sempre foi assim pois nossos maiores nomes no área foram feitos lá. Nos anos 2000 mais precisamente no começo a presença de equipes “oficiais” na F1 era representativa. Porém nem sempre dinheiro em abundancia é sinônimo de vitórias e equipes como Toyota, Honda e BMW que torraram milhões tiveram resultados pífios para não dizer medíocres. Neste meio tempo o Endurance se rastejava e a coisa começou a melhorar com a ALMS e em 2004 com a ELMS. Desde então se viu montadoras investindo na categoria. O melhor exemplo que temos é a Audi que desde 1999 abraçou as corridas de longa duração e praticamente domina a mais de uma década.

Desde então fabricantes como, Aston Martin, Peugeot, Corvette, Viper, Nissan tem acreditado na categoria.Seja nos tempos do ILMC e mais recentemente no WEC montadoras sempre anunciam sua participação. A Porsche é a bola da vez que atualmente compete na classe GTE e que para 2014 vem com um LMP1. Talvez este seja o melhor exemplo em conjunto com a Audi dos motivos que montadoras buscam o endurance ao invés de F1.

Wolfgang Hatz um dos diretores da Porsche explicou o por que da equipe voltar ao endurance e não a F1. “A Porsche sempre viveu para a transferência de tecnologia das corridas para carros de produção.Por esta razão, era óbvio que a dois ou três anos atrás, nós tivemos que levar nosso carro no esporte de alto nível. Tivemos que fazer uma escolha entre as duas disciplinas mais importantes, ou seja, protótipos ou a Fórmula 1. Mas a decisão final rapidamente se estabeleceu para o endurance. F1 era uma alternativa, mas a relevância da estrada não está lá. Há também uma grande quantidade de comentários em termos de política e os pneus, mas não tanto de motor e chassis. A aerodinâmica também é levada em conta, mas é tão extrema que muitas vezes não é aplicada a nossos carros de produção”.

Trocando em miúdos a F1 não representa (pelo menos para a Porsche e acredito para outros fabricantes) mais o que se espera de uma categoria que possa fornecer tecnologia para os nossos carros de rua. Claro que existe muita inovações no quesito segurança mas o endurance vem apresentando alternativas a energia a combustão seja com modelos híbridos ou a combustíveis como o etanol e o gás.

Talvez um dos empecilhos para maior visibilidade da categoria seja a falta de interesse da mídia. Na Europa a série é amplamente divulgada assim como nos EUA aonde divide espaço com NASCAR e Indy. No Brasil é sofrível visto que espaço na grande imprensa se deu apenas na etapa do WEC e muito pela participação de brasileiros do que pela categoria.

Espaço tem, um exemplo que sempre dou foi quando o MMA foi “descoberto” pela Globo. Por semanas foram vinculadas matérias ensinando o que era, as regras os grandes lutadores e tudo envolvendo o tema. Por que tal “campanha” não pode ser feita com o endurance?

Outro fator que tem elevado a moral da classe é a participação de ex pilotos da F1 e novas promessas. Antes vista como uma categoria de aposentados hoje o endurance é sim roteiro certo para pilotos jovens e é claro os mais experientes. É só ver quantos pilotos bons que não tiveram espaço na F1 estão na categoria e com bons desempenho. Nossos brasileiros Senna e di Grassi ou Fischella e até Kabayashi que estreou na etapa da Silverstone fez uma boa corrida.

Mas para mim o principal argumento de patrocinadores, montadoras, pilotos e público seria a hombridade da categoria. Sem jogos de equipe ou ordens no rádio para bater no muro como se vê na F1 o endurance tem mostrado que o esporte e a vontade de ganhar estão acima da politica e do dinheiro. O melhor exemplo foi a vitória do Audi de McNish sobre seus companheiros de equipe faltando menos de 10 minutos para o final da etapa de Silverstone. E se fosse na F1? Deixariam passar?

Emissoras que transmitem o WEC pelo mundo.

O Site do WEC divulgou uma lista com todas as emissoras que transmitem o campeonato pelo mundo. Nas Américas temos o SPEED para os EUA e o Sportv 3 para o Brasil. Se entendi bem a emissora vai transmitir a primeira e a última hora da corrida, se transmitir né? A Eurosport por exemplo vai transmitir a corrida na integra. Fica a pergunta com três canais não poderiam dedicar mais tempo a competição? Ah. O futebol não deixa…

Audi R8C para GTR2 by–Merlin

Em 1999 a Audi entrou no mundo do endurance com 2 carros, o R8 e o R8C. Na época a montadora alemã experimentava qual dos dois se sairia melhor. Prevaleceu o modelo conversível e dele vieram a segunda geração do R8, R10, R15 e R15+. Apenas em 2010 com o avanço da Peugeot estreou o R18.

O mod que pode ser adicionado ao mod SCC é bem feito e tem uma física compatível com as dos outros modelos. Pode ser adicionado a qualquer outra série do jogo bastando apenas editar o arquivo .CAR. O download pode ser feito através do fórum abaixo mediante cadastro.

https://gtr2heaven.freeforums.org

Audi com “cauda longa” em SPA

A Audi vai competir nas 6 horas e SPA com uma versão “cauda longa” do seu R18 e-tron quattro visando uma melhor preparação para Le Mans e é claro roubar pontos da Toyota que deve apresentar seu TS030 “2013”.

Segundo Dr. Wolfgang Ullrich SPA é importante para os planos da equipe. “Como sempre, a Audi vai usar a corrida de Spa como um” ensaio geral. Spa é uma pista completamente diferente de Silverstone. Nós absolutamente revisamos a primeira corrida da temporada e realizamos nossos testes, a fim de estar bem preparado para a segunda rodada do WEC. Colocando uma variante aerodinâmica no terceiro veículo que não foi otimizado para os tempos de volta em Spa é um elemento importante da preparação para a corrida de 24 horas. “

Assim os carros de Loic Duval, Tom Kristensen e Allan McNish e Marcel Fassler, André Loterrer e Benoit Treluyer estarão com os modelos “normais” e Marc Gené, Lucas di Grassi e Oliver Jarvis com o modelo longo.

Katherine Legge vai pilotar DeltaWing em Laguna Seca.

Para a próxima rodada da ALMS em Laguna Seca teremos novamente a participação do Delta Wing. A novidade é a participação da piloto Katherine Legge em parceria com com Andy Meyrick.

“Foi muito emocionante poder entrar no carro no domingo pela primeira vez”, disse Legge. “Eu não sabia o que esperar, então fiquei muito surpreendida.” O DeltaWing tem a metade do peso e potencia de um protótipo normal e compete na classe LMP1.

A piloto substitui Olivier Pla que competiu com o carro em Sebring.

Jaime Melo preso com drogas e Álcool.

Um dos melhores pilotos de GT brasileiros está enfrentando sérias complicações com a justiça. O paranaense Jaime Melo foi preso no final de semana em Cascavel no Paraná depois de se  envolver em um acidente de carro. Para piorar acabou fugindo da polícia e quando capturado (chegou a resistir a prisão) foi encontrado em seu carro drogas e álcool.

A notícia foi pouco divulgada no Brasil mas os poucos blogs que comentaram trataram de afirmar que seria “o fundo do poço” e que sua carreira já era. Não estou aqui para julgar o comportamento de um dos pilotos que mais admiro (quem acompanhou sua carreira sabe) e não é de hoje que esportistas profissionais se envolvem com bebidas e drogas e que dão a volta pro cima. Claro que a coisa não vem de graça e é preciso ter muita força de vontade e apoio da família e amigos para superar esta fraqueza. Acredito que o papel de um jornalista seja informar e não ficar “viajando” em cima de um problema tão sério quanto as drogas. A notícia já correu o mundo e o site Motorsport.com já destacou o ocorrido.

Espero que Jaime supere este problema e nos brinde com mais vitórias e belas apresentações.

Ai está a matéria divulgada pela imprensa de Cascavel.

https://cgn.uol.com.br/noticia/50346/piloto-e-preso-ao-bater-carro-durante-fuga

Foto do dia.. apenas futebol?

A foto acima é do carro do piloto Gustavo Lima durante a etapa de Brasília da Fórmula 3 Sulamericana. Pois é amigos do blog, não temos apenas futebol, temos vôlei, basquete, natação e automobilismo já está na hora do governo e principalmente a mídia se ligarem que nem todo mundo sonha em estádio, ser jogador ou falar disso o tempo todo. Parabéns Gustavo Lima, que sua atitude seja seguida por outros esportistas.

Rebellion Racing assiste com sorriso amarelo vitória da Muscle Milk em Long Beach.

Corridas não são previsíveis. Talvez sejam na F1 aonde se sabe quem será o vencedor mas na grande maioria dos campeonatos ainda impera a máxima de quem tem o melhor carro ganha. Porém nos EUA e em especial no endurance existem duas características que influenciam e muito uma corrida. Bandeiras amarelas e pilotos “amadores”.

A etapa de Long Beach foi marcada por diversas bandeiras amarelas por pequenos toques muitos deles provocados pelo amadorismo dos “Gentleman Drives”. Se para alguns no caso da Rebellion a sequencia de bandeiras amarelas foi um péssimo negócio para a Muscle Milk foi a salvação. Desde a largada o #12 pilotado por Nick Heidfeld e Neel Jani emplacou um ritmo que não deu chances para o HPD nem o Lola da equipe Dyson que abandonou logo no começo da prova. Heidfeld pilotou com segurança e parecia ter a vitória em suas mãos mas a quantidade de bandeiras amarelas acabou minando suas ambições.

#05 da Core Motorsports superou os LMP2 e chegou em terceiro.

Tanto Heidlfeld quando Neel Jani não estão acostumado com esta característica americana e foi nesta hora que Klaus Graf e Lucas Luhr fizeram toda a diferença. Anteciparam um parada nos boxes durante uma bandeira amarela e quando chegou a vez do carro #12 fazer a troca de pilotos o HPD precisava apenas trocar pneus ganhando tempo. E depois soube se esgueirar entre o transito tendo terminando a corrida a 36 segundos do Lola. Mesmo com esta diferença a disputa para as próximas provas será interessante entre os dois carros já que o #16 da equipe Dyson não tem qualquer chance pelo menos nestas primeiras corridas e se repetirem o desempenho do ano passado será outra temporada fraca.

Na LMP2 vitória fácil para o #01 da Extreme Speed.

Na classe LMPC o #05 da equipe Core Autosport de Jonathan Bennett e Colin Braum venceu chegando em terceiro no geral. Feito obtido e muito pela fraca atuação dos modelos LMP2 e é claro pela característica do circuito travado. Em segundo o #52 da equipe PR1 Mathiasen com Mike Guasch e Luiz Diaz. Em terceiro o #9 da RSR Racing do brasileiro Bruno Junqueira e Duncan Ende.

Entre os LMP2 uma briga interessante entre 4 protótipos da HPD, dois pela Level 5 e outros dois pela Extreme Speed. A vitória ficou com o #01 Extreme Speed com Scott Sharp e Guy Cosmo, em segundo o #02 também da Extreme. O fato curioso é que desde o começo da prova a briga entre o #01 e #552 da dupla Tucker e Briscoe foi interessante mas a falta de ritmo de corrida de Tucker acabou dando a vitória ao concorrente. Mais uma prova de que pilotos “amadores” não conseguem fazer frente a profissionais.

BMW consegue primeira vitória com modelo Z4

Na classe GT uma bela surpresa com dobradinha da equipe BMW com o #55 de Auberlen e Martin e #56 D. Muller e Joy Hand com seu novo modelo Z4, este com uma bela ultrapassagem sobre o Viper #91 a poucos minutos do fim da corrida. Desde a largada a briga foi entre as equipes STR e Corvette mas toques e as ditas bandeiras amarelas acabam por entregar a vitória ao #55 que chegou a sair da pista ainda nas primeiras voltas e se recuperou de uma forma incrível.

A equipe Corvette acabou em quarto e quinto com os carros #4 e #3 respectivamente. Os Porsche que tiveram um bom desempenho nos treinos ficaram em 6º com o #48 da Paul Miller Racing com Bryce Miller e Marco Holzer e 10º com o #17 da equipe Falken Tire com Wolf Henzler e Bryan Sellers que levou uma punição a poucas voltas do fim depois de um toque com um dos Viper.

#30 da NGT fatura a vitória na classe GTC.

Entre os Porsche da classe GTC a vitória ficou com o #30 da equipe NGT Motorsports da dupla Henrique Cisneros e Sean Edwards. Em segundo o #45 da Flying Lizard com Nelson Canache e Spencer Pumpelly e fechando o pódio o outro carro da Lizard o #44 do trio Brian Wong, Dion von Moltke e também Spencer Pumpelly.

Para quem acompanhou as 2 hora de duração da prova não teve do que reclamar. Em todas as classes a disputa foi intensa o único senão foi para a quantidade de bandeiras amarelas que em uma prova de 2 horas e pela intensidade dos acidentes poderia ser revista. A próxima prova será entre os dias 9 e 11 de maio em Laguna Seca. Alguma dúvida que será emocionante?

Resultado final.