Ligier e Bosch revelam o Ligier JS2 H2 movido a hidrogênio

A Ligier Automotive apresentou em parceria com a Bosch Engineering o Ligier JS2 RH2. O carro é um esportivo movido a hidrogênio. Com este veículo inovador, ambas as empresas demonstram o potencial que os sistemas de direção alternativos e ecológicos têm para aplicações de alto desempenho, como o automobilismo.

Assim, o carro foi oficialmente apresentado ao público pela primeira vez nesta quinta-feira, 08, em Le Mans

“Os motores a hidrogênio oferecem um enorme potencial para aplicações de alto desempenho, especialmente no automobilismo. Ao construir o veículo de demonstração, ilustramos nossos muitos anos de experiência como fornecedor de serviços de engenharia e, em particular, nossa competência no complexo ambiente do hidrogênio”, diz o Dr. Johannes-Jörg Rüger, presidente da Bosch Engineering GmbH.

Além disso, Jacques Nicolet, presidente da Ligier Automotive acrescenta: “O Ligier JS2 RH2 mostra que a Bosch Engineering e a Ligier Automotive estão prontas para enfrentar o amanhã’

Mais detalhes do Ligier JS2 RH2 

Contudo, no projeto, a Engenharia da Bosch supervisionou o design geral do veículo e desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do conceito de motor e sistema de tanque e um sistema abrangente de segurança de hidrogênio de vários estágios. 

Além disso, a Ligier Automotive foi responsável pelo desempenho dinâmico global do veículo, pelo design do monocoque e pela adaptação do chassi do Ligier JS2 R existente. 

Eles também otimizaram os componentes mecânicos para uso com hidrogênio e lideraram sua integração geral no novo veículo. O veículo possui um motor V6 a hidrogênio e um monocoque de carbono que integra três cilindros de hidrogênio tipo IV de 700 bar da Hexagon Purus. 

Leia também:

Esses tanques atendem aos requisitos de dimensões, desempenho e segurança para o veículo de demonstração de alto desempenho. Assim, o motor V6 biturbo de 0 litro já tem uma potência de 420 quilowatts e será otimizado ainda mais nas próximas semanas. 

Inicialmente, ele é baseado em uma unidade de energia a gasolina de produção em volume que os especialistas da Bosch Engineering converteram para uso com hidrogênio. Em particular, isso envolveu a adaptação da ignição e de todo o sistema de injeção. O conceito do motor não apenas garante uma combustão muito pobre, com emissões de óxido de nitrogênio especialmente baixas até carga parcial.

Ele também oferece uma saída específica muito alta. Outro desafio durante o desenvolvimento do motor foi alcançar uma combustão estável sem pré-ignição em altas cargas e velocidades do motor acima de 7.000 rpm. Isso envolveu a adaptação da ignição e de todo o sistema de injeção. O conceito do motor não apenas garante uma combustão muito pobre, com emissões de óxido de nitrogênio especialmente baixas até carga parcial. Em outras palavras, ele também oferece uma saída específica muito alta. Outro desafio durante o desenvolvimento do motor foi alcançar uma combustão estável sem pré-ignição em altas cargas e velocidades do motor acima de 7.000 rpm.

O conceito

O conceito de segurança de hidrogênio de vários estágios do veículo inclui o sistema de armazenamento com seus tanques de alta pressão. Bem como os controladores de pressão e linhas de abastecimento para o motor e sistema de injeção.

Por exemplo, a integração dos tanques de hidrogênio Hexagon Purus no monocoque de carbono do veículo garante um empacotamento otimizado e um alto nível de segurança em caso de colisão. A separação do tanque, componentes de controle de gás e compartimentos do motor. Em outras palavras, além de um conceito de ventilação passiva através de tubos e escapes, garantem que os gases sejam especificamente removidos para o exterior em uma situação de falha e evitam a entrada no compartimento de passageiros ou o fechamento de partes quentes do compartimento do motor.

Além disso, vazamentos no sistema são detectados por um extenso sistema de sensores. Assim, Rüger explica: “Dependendo do tipo e gravidade do defeito.

Outros detalhes

A adaptação do Ligier JS2 R para integrar o sistema de hidrogênio foi fundamental para o sucesso do projeto.

“Decidimos substituir a estrutura existente por um monocoque de carbono e trabalhamos em estreita colaboração com nossa empresa irmã HP Composites e o especialista em P&D Carbon Mind nesse aspecto do projeto”. Explica Julien Jehanne, gerente de fábrica da Ligier Automotive. “Contamos com toda a nossa experiência como construtores de carros de corrida e criamos um monocoque de carbono feito sob medida. Com nossa atual linha de carros Ligier e a experiência que desenvolvemos nos últimos anos. Temos todas as ferramentas para projetar e construir carros confiáveis ​​de alto desempenho integrando novas energias”.

A Bosch Engineering já trabalha em conceitos para motores a hidrogênio desde 2016 e presta serviços para aplicações de alto desempenho. Bem como para outras áreas. A Bosch Engineering não se beneficia apenas de seus muitos anos de experiência como parceiro de desenvolvimento de super carros esportivos e esportes motorizados. Também possui ampla experiência específica em lidar com hidrogênio.

Para o desenvolvimento e aplicação de acionamentos a hidrogênio – tanto como motores de combustão interna quanto com células de combustível – existem bancadas de teste especialmente equipadas. Por fim, operadas por pessoal certificado e treinado, uma estação de abastecimento de hidrogênio e oficinas com toda a tecnologia de ventilação necessária.

 

Os protótipos da Ligier Automotive

Ligier JS P4. (Foto: Divulgação)

Com o lançamento do Ligier JS PX, a Ligier Automotive é a empresa que possui e desenvolve um grande volume de protótipos, que atendem às diversas especificações estipuladas pelo ACO e outras organizações como a VdeV francesa. 

Mesmo sem um modelo Hypercar ou LMDh (pelo menos por enquanto), o fabricante francês é um dos elegíveis para tal. de protótipos DPi a modelos CN, o piloto que almeja entrar no endurance, pode literalmente sair do kart e seguir na escala evolutiva até o Mundial de Endurance, não necessariamente passando por monopostos, que também são construídos pela Ligier. 

Ligier JS PX 

JS PX é um protótipo não homologado. (Foto: Divulgação)

Lançado em dezembro de 2021, o protótipo com cara de LMP2, é uma proposta nova para clientes e entusiastas. Nos mesmos moldes do programa Corse Clienti da Ferrari, O JS PX é um carro desenvolvido sem as regras da FIA/ACO. Com um motor de mais de 800 cv, o modelo pode se equipar a um protótipo LMP1 ou Hypercar. 

A Ligier espera comercializar o modelo para eventos fechados, já que não pode competir em nenhum campeonato. 

Ligier JS P217

JS P217 é o principal adversário do Oreca 07 na classe LMP2. (Foto: Divulgação)

O Ligier JS P217 é a segunda geração do JS P2, lançado em 2014. Naquele ano,  o ACO  estipulou que apenas quatro fabricantes de chassis poderiam competir na classe LMP2. Até 2017 a escolha de motores era livre. Atualmente apenas motores Gibson GK428 são elegíveis. 

A primeira versão tinha como opção, motores Nissan, Honda e Judd, e era um protótipo competitivo.Depois garantir o título da classe LMP2 no WEC em 2015, o Ligier JS P2 obteve vitórias nas 24 Horas de Daytona, 12 Horas de Sebring e Petit Le Mans.

Ao contrário da primeira versão, o JS P217 não conseguiu se impor ao Oreca 07, que praticamente ocupa toda a classe LMP2 do Mundial de Endurance e IMSA. 

Ligier DPi

Desenvolvido para competir na IMSA, O Nissan DPi não obteve tanto sucesso. (Foto: Divulgação)

Principal classe da IMSA,  a classe DPi utiliza chassi de um protótipo LMP2 (Ligier, Oreca, Dallara ou Multimatic), com a opção de carenagem do fornecedor de motores e carenagem alusiva aos modelos de rua. 

A Ligier lançou em parceria com a Nissan o Nissan DPi. Ele competiu sob as cores da extinta equipe Extreme Speed Motorsport. É equipado com um motor biturbo de 3,8 litros, derivado do Nissan GT-R GT3. Mesmo com um desempenho competente, ele nunca foi páreo para o BoP que favorecia e favorece o Cadillac DPi. Mesmo podendo competir até 2023, dificilmente o veremos novamente nas pistas. 

Ligier JS P3

JS P320 é o protótipo LMP3 mais vendido no mundo. (Foto: Divulgação)

Seu lançamento foi na semana das 24 Horas de Le Mans de 2015, o modelo JS P3 e sua versão “evo” o JS P320, foi desenvolvido após a ACO criar a classe LMP3, iniciativa para jovens pilotos ingressarem em uma categoria de base, buscando subir na pirâmide do endurance. 

O LMP3 é equipado com um motor Nissan VK50, V8, de 5 litros,  que gera 420 cv. Possui câmbio e ECU fornecidos pela Magneti Marelli SRG. O peso do protótipo é de 930 kg.

Outros fabricantes embarcaram na nova classe, mas o modelo da Ligier se tornou dominante.Em 2016 e 2017, foram conquistados dez títulos em campeonatos como European e Asian Le Mans Series, a Asian Le Mans Sprint Cup,  V eV Endurance Series e o IMSA Prototype Challenge. A 100 ª Ligier JS P3 foi entregue em novembro de 2017.

Ligier JS P4

JS P4. Foto: (Divulgação)

Partindo da própria Ligier, o JS P4 seria o primeiro passo para jovens pilotos que almejam a carreira no automobilismo. Ele é menor que o JSP320, sendo equipado com um motor Ford V6 de 3,7 litros Cyclone com potência de 385 cv. 

Ele usa muitos componentes de suspensão e freios do JS P320 para baratear os custos. O JS P4 participa da Ligier European Series, campeonato monomarca que em 2021 se tornou um evento preliminar do European Le Mans Series.

Ligier JS 53

Modelo da categoria CN é destinado para pilotos amadores. (Foto: Samuel Latini)

Único protótipo aberto do portfólio da Ligier, o JS 53 é utilizado por pilotos amadores em track days, subida de montanha e campeonatos regionais na Europa. Seus principais rivais são os modelos Radical e Wolf. Ele pode ser equipado com motores Honda K20A de dois litros e 255 cv ou Peugeot turbo de 1,6 litro com 255 cv. Câmbio e ECU são da Magneti Marell. Ele possui uma versão “Evo”