SMP Racing rebate afirmação de chefe da Toyota: “Nunca nos foi prometida uma vitória”

Russos foram os melhores times privados em Le Mans. (Foto: SMP Racing)

A diferença diminuta entre a Toyota e os protótipos privados que estiveram participando dos testes oficiais do Mundial de Endurance, nesta semana, no circuito da Catalunha, na Espanha, eram esperados pelos dirigentes da equipe. 

Nos testes o Rebellion #1 ficou a 0.627 segundos do TS050 #7 que liderou, na terceira posição. Se por um lado a diferença nunca foi tão pouca, não se sabe como o EoT para as próximas etapas do campeonato influenciará o desempenho da classe LMP1.

Em entrevista ao site motorsports.com, o chefe da Toyota, Rob Laupen, estava ciente do que estava por vir, e criticou a desistência da SMP Racing, que abandonou a principal classe do Mundial de Endurance depois de uma temporada.  Para a abertura da temporada 2019/20 do WEC, em Silverstone, são esperados cinco carros na classe LMP1: Dois Toyota, dois Ginetta e um Rebellion. O time suíço alinhará seus dos carros somente em Spa e Le Mans.  

“Não é realmente uma surpresa”, disse Laupen sobre o prólogo do WEC. “Eu não esperava que a SMP fosse sair, e sim a Rebellion, porque há o mesmo tipo de reclamações”

“Por um lado, acho uma pena que eles não estejam mais aqui, mas quais eram as expectativas deles? Eles foram prometidos a chance de uma vitória rápida, mas você não pode simplesmente aparecer e começar a ganhar. Você paga suas dívidas, como nós fizemos. Nós pagamos muito, na verdade”.

“A SMP perdeu seis voltas para nós em Le Mans, mas muito disso coube a eles porque os pitstops não foram rápidos o suficiente. Você pode reclamar, mas essas voltas perdidas como um time você nunca voltará através da EoT ou regulamentos”.

Para a próxima temporada os dois TS050 estarão mais pesados enquanto os times privados terão o mesmo tempo de reabastecimento do que a única equipe de fábrica da competição. 

O dirigente afirma que a SMP Racing “realmente conseguiu o que queria”, e espera uma boa disputa com a Rebellion e Ginetta. 

“Eu acho que a Rebellion pode começar a ganhar corridas se montarem uma boa estratégia”, continuou ele. “Nós não ganhamos uma volta extra, vamos reabastecer mais lentamente e perder todas as vantagens do híbrido, além do aqueles na pista”.

“Nós aceitamos isso, mas a Rebellion ou Ginetta terão que se apresentar em um alto nível, como nós, para vencer. É assim que deve ser, não deve haver vitórias baratas”.

“É bom para o nosso time, porque eles competiram sem adversários ano passado. Agora eles vão sentir a pressão novamente. Os pilotos também farão a diferença.”

Leupen acredita que não foi sua equipe que motivou a saída da SMP da competição. “É em parte nossa responsabilidade ter um bom campeonato com boas corridas e não corrermos sozinhos com dois carros”, admitiu. “Podemos dominar e liderar por seis voltas, mas para nós é melhor ter mais corridas reais”.

“Estamos aceitando isso para o campeonato, não para nenhuma equipe individual. É uma solução para todos e não deve ser vista como um favor a uma ou duas equipes”.

Para SMP Racing, espetáculo ficou apenas com os privados 

Um representante da SMP Racing, respondeu as indagações do chefe da Toyota, para o site motorsports.com. Ele disse que a Toyota estava mais interessada no próprio espetáculo do que na competição com as equipes não-híbridas. 

O porta-voz disse: “Nunca nos foi prometida uma vitória, mas estávamos pensando que dentro de uma categoria cada carro deveria ser permitido pelos regulamentos ganhar, mas isso não era o caso”.

“Uma equipe foi oficialmente concedida uma vantagem, foi escrito nos regulamentos que um carro híbrido deve ter stints mais longos. Esta não-equivalência foi confirmada durante toda a temporada.”

“Nossa equipe fez um ótimo trabalho e tivemos uma ótima competição na pista com a Rebellion, enquanto a Toyota estava fazendo seu próprio espetáculo, que não tem nada a ver com a essência das corridas”.

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