As 24 Horas de Le Mans são palco de inúmeras histórias familiares ao longo dos anos. Compartilhar a pista com um filho é um privilégio que já foi vivenciado por algumas lendas do automobilismo, como as famílias Rosier, Bell, Andretti e Magnussen. Entre esses casos, destaca-se também Nigel Mansell, que competiu na icônica prova ao lado de seus filhos, Greg e Léo. Agora, outro ex-piloto de Fórmula 1 deseja repetir essa experiência no futuro.

No endurance, um exemplo recente é o da família Taylor. O chefe da Wayne Taylor Racing, Wayne Taylor, escalou seus filhos, Jordan e Ricky, para disputar a edição deste ano da prova em um Cadillac V-Series R, ao lado do português Filipe Albuquerque.

Já no cenário brasileiro, Rubens Barrichello acompanha de perto a ascensão do filho Eduardo, que faz sua estreia no Campeonato Mundial de Endurance (WEC) este ano com um Aston Martin Vantage LMGT3 da Racing Spirit de Léman. O ex-piloto da Fórmula 1, bicampeão mundial em 2002 e 2004 e campeão da Stock Car Brasil em 2014 e 2022, não esconde o desejo de voltar a Le Mans, onde competiu em 2017 na classe LMP2, a bordo de um Dallara P217 da Racing Team Nederland.

O pai Rubens Barrichello

“Meu sonho é correr com meus dois filhos nas 24 Horas de Le Mans”, declarou Barrichello à BeIN Sports, conforme divulgado pelo site oficial da FIA WEC. “Não sei se é um sonho para eles, mas para mim é. Corri com Eduardo por várias temporadas no Brasil e quando ele recebeu a convocação para o WEC, foi uma sensação incrível. É um momento de grande orgulho.”

O ex-piloto também destacou a relação de proximidade com Eduardo. “Ele tem a vantagem de conhecer o automobilismo e pode me fazer perguntas se quiser. Eu ando cinco metros atrás e não me envolvo, porque a vida é dele, mas se ele precisar de alguma coisa, estou sempre disponível.”

Enquanto Eduardo já chegou ao WEC, seu irmão mais novo, Fernando, segue sua trajetória nos monopostos. Ele estreou na Fórmula 4 em 2022 e conquistou o terceiro lugar na Euroformula Open no ano passado. Até o momento, o caçula da família Barrichello ainda não migrou para as provas de endurance. Mas o chamado do pai pode ser um incentivo para que esse sonho se torne realidade.