Roman Rusinov acusa a FIA de “condições discriminatórias”

G-Drive é uma marca de postos de combustível estatal russa. (Foto: Divulgação)

O dono da equipe Russa G-Drive, Roman Rusinov, afirmou em um comunicado em seu Instagram, neste sábado, 05, que não concorda com as imposições impostas pela FIA, de que pilotos ou equipes Russas, devam competir com uma bandeira “neutra”. 

Rusinov, classificou as imposições como “discriminatórias”. A G-Drive, que recebe patrocínio estatal, deve competir tanto no ELMS, quanto no WEC. A FIA anunciou no início desta semana que todos os pilotos russos estariam sujeitos a “compromisso específico e adesão aos princípios de paz e neutralidade política da FIA” em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia. Inclui a proibição da bandeira russa, símbolos, cores, bem como o hino nacional do país sendo tocado em qualquer competição internacional até novo aviso.

O ACO não divulgou se o patrocínio e a marca da G-Drive seriam proibidos sob as condições recém-anunciadas pela FIA. A G-Drive, uma cadeia de postos de gasolina russos, é administrada pela gigante estatal do petróleo Gazprom, que enfrentou sanções dos EUA e de outros países em meio à guerra em andamento. 

“Hoje, eu, piloto da equipe russa G-Drive Racing, me recuso a aceitar as condições discriminatórias da FIA”, escreveu Rusinov. “O objetivo de cada atleta é ouvir o hino de seu país no pódio”. 

“Com mais de dez anos de experiência internacional, nossa equipe já fez isso muitas vezes. Erguemos a bandeira russa, ouvimos e cantamos o hino nacional russo. Pelo bem dos meus fãs, pelo bem dos meus companheiros e honra esportiva, não vou assinar este documento. Melhor não dirigir de jeito nenhum”. 

“A equipe G-Drive Racing sempre foi internacional: pilotos, mecânicos, engenheiros – todos são de diferentes países do mundo. Se pedíssemos a todos que entregassem sua bandeira, experiência e nome, uma irmandade esportiva e vitórias tão reais nunca teriam acontecido. É uma pena que esses caras também não vão competir pela G-Drive Racing”. 

“Agora já estamos considerando várias opções de projetos para desenvolver o automobilismo em nosso país. Espero sinceramente que possamos retornar às corridas internacionais depois que eles retornarem ao espírito esportivo e condições iguais para todos os participantes”, finalizou. 

A G-Drive Racing e a Algarve Pro Racing tinham planejado programas no WEC e ELMS com um LMP2, com um programa LMP3 administrado pela Eurointernational. Ambas as equipes operacionais ainda não fizeram declarações oficiais sobre o status de seus programas.