As ambições da Porsche de voltar à Fórmula 1 foram oficialmente encerradas, segundo o chefe de automobilismo da marca, Thomas Laudenbach. Em uma declaração que marca o primeiro posicionamento oficial da Porsche após a divulgação das regras para 2026, Laudenbach afirmou que a empresa não tem planos de retornar à categoria mais de 30 anos após seu último envolvimento como fornecedora de motores, em 1991, pela Footwork. As informações foram divulgadas nesta terça-feira, 13, no site AutoSport.com.
Contudo, a decisão ocorre quase dois anos após a Porsche interromper negociações com a Red Bull Racing, que visavam uma parceria que incluiria a compra de 50% da equipe e sua nova divisão de trem de força. Em setembro de 2022, a Porsche ainda considerava a Fórmula 1 um “ambiente atraente”, mas agora, Laudenbach confirmou que o assunto está fora de pauta.
“Neste momento, a F1 não é uma prioridade para nós, e não estamos dedicando energia a isso”, afirmou Laudenbach. “Estamos focados no que fazemos agora, e temos muitas atividades diferentes. Estamos bem ocupados e extremamente satisfeitos com o que estamos realizando.”
Porsche e um sólido programa esportivo
Laudenbach destacou o extenso portfólio de automobilismo da Porsche, que inclui desde corridas de clientes até competições de resistência e participação na Fórmula E. “Nosso envolvimento em diversas frentes é quase o ajuste perfeito para a marca”, explicou.
Além disso, Laudenbach descartou a possibilidade de a Porsche ingressar na IndyCar Series como fornecedora de motores. Em 2022, a Volkswagen havia anunciado que suas marcas Porsche e Audi estavam avaliando a entrada na Fórmula 1, mas a Porsche optou por não seguir adiante, principalmente após o fracasso das negociações com a Red Bull.
Aliás, o chefe da Red Bull, Christian Horner, revelou posteriormente que houve um “desalinhamento estratégico” e que a equipe não queria comprometer seus “valores e virtudes”. Como alternativa, a Red Bull fechou um acordo com a Ford para o fornecimento de motores a partir de 2026.
Enquanto isso, a Audi, que também fazia parte dos planos do Grupo Volkswagen, confirmou sua entrada na F1 em 2026 como fornecedora de motores. Adquirindo uma participação minoritária na Sauber em 2023 e completando a compra total da equipe na primavera deste ano.
A Porsche, que tem um histórico limitado na Fórmula 1, venceu apenas uma corrida durante sua primeira participação na categoria, com Dan Gurney no Grande Prêmio da França de 1962. Por fim, nos anos 80, a montadora forneceu motores para a McLaren, sob a marca TAG, conquistando três títulos mundiais entre 1984 e 1986.