Peugeot afirma que estreia do novo 9X8 em Le Mans foi a “escolha certa”

O diretor técnico da Peugeot Sport, Olivier Jansonnie, afirmou que estrear nas 24 Horas de Le Mans com um carro totalmente novo foi a “escolha certa”, apesar de a marca francesa não ter conseguido colocar nenhum de seus carros entre os dez primeiros colocados. A Peugeot estreou o 9X8 com especificações de 2024 na segunda rodada do Campeonato Mundial de Endurance da FIA, em Imola, em abril deste ano, esperando um desempenho superior ao do modelo utilizado na temporada anterior.

No entanto, as equipes da Peugeot terminaram em 11º e 12º lugares, duas voltas atrás da Ferrari 499P vencedora e atrás do estreante Lamborghini da classe Hypercar, que conseguiu colocar seu carro na décima posição, última colocação que pontua.

Peugeot em “duas” versões”

A versão anterior do 9X8, conhecida por seu design “sem asas”, teve uma performance promissora em sua estreia em Le Mans em 2023, liderando brevemente em condições mistas. Nesta edição, ambas as equipes da Peugeot enfrentaram dificuldades desde a primeira volta, abandonando a luta pela liderança na quinta hora da corrida, sem conseguir se recuperar, apesar dos numerosos períodos de safety car e mudanças climáticas frequentes.

Questionado pelo site Sportscar365 se o modelo anterior teria se saído melhor, Jansonnie foi categórico: “Eu não acho. De qualquer forma, foi a escolha certa fazer este carro. Ainda é um pouco novo e sofremos em termos de afinação e ritmo, desempenho e apenas de aprender sobre este carro que é fundamentalmente muito diferente do antigo. Sabíamos desde o dia do teste que não estaríamos no nível certo de desempenho. Fizemos tudo para entregar a melhor corrida possível. A coisa mais positiva foi a confiabilidade; nunca tivemos nenhum problema, o que é muito bom. Agora podemos passar mais tempo trabalhando no desempenho e voltar mais fortes no ano que vem.”

Carro enfrentou deficuldades. (Foto: Peugeot)

Jansonnie destacou que o 9X8 teve dificuldades especialmente em curvas de alta velocidade, como no Tertre Rouge e nas Porsche Curves, o que será um foco de trabalho para a equipe. “É basicamente sobre entender como o carro funciona. As curvas de alta velocidade aqui não são algo que você pode experimentar em nenhum outro lugar. Você tem que aprender a dar confiança aos pilotos para que eles possam levar o carro ao próximo nível de desempenho.”

Pilotos frustrados com desempenho

O Peugeot #94, pilotado por Stoffel Vandoorne, Paul di Resta e Loic Duval, foi o melhor colocado da equipe. Terminando uma posição à frente do carro irmão nº 93, conduzido por Mikkel Jensen, Jean-Eric Vergne e Nico Mueller. Vandoorne, refletindo sobre a corrida, expressou sua frustração com o desempenho da equipe: “Faltou-nos ritmo em geral. Perdemos uma volta logo no início, quando estava seco, e continuamos a aguentar nas condições mistas, mas no final não tivemos ritmo. Estávamos lutando para voltar ao top 10, perdemos no pit stop, nos aproximamos de novo. Iisso se tornou minha motivação durante a corrida, mas no final queremos lutar mais alto. Não quero vir aqui só para participar. Quero lutar na frente. Nós merecemos isso. Mas no momento parece um pouco distante. Não vamos desistir, mostramos algumas coisas positivas nesta corrida, mas temos que mostrar isso com muito mais frequência.”