24 horas de Le Mans–A expectativa por Allan McNish

Esta chegando!!! Marcada para os dias 11 e 12 de Junho as 24 horas de Le Mans de 2011 tem tudo para ser uma das mais competitivas dos últimos anos. Se para nós torcedores a ansiedade é enorme para quem compete a vários anos no endurance o nervosismo é maior ainda. Neste vídeo divulgado pela Audi o piloto Allan McNish descreve como seu corpo assimila toda essa expectativa além de situações durante a corrida como a força G e a tensão durante a noite e os pitstops.

F1 GP da Espanha–Deu pro gasto.

Esperei até hoje para escrever sobre a prova da Espanha para ver o que rolava nos bastidores a categoria, e olha me surpreendi.

No domingo mesmo andando por Itajaí e encontrando amigos a opinião de todos foi de que a prova foi boa. Não como as outras aonde a disputa dentro da pista garantiu a emoção, mas boa se comparada às provas monótonas no circuito espanhol de outrora. Faltou ultrapassagem sim, não pelo circuito ser ruim (a organização tem a intenção de mudar algo caso a prova fosse ruim) e sim pela aerodinâmica dos carros. Um exemplo foi na disputa entre Webber e Alonso aonde o piloto da RBR com KERS e Asa conseguiu ser mais rápido durante a grande reta com uma diferença superior a 10 km/h e mesmo assim não conseguia ultrapassar o espanhol.

Se em uma reta como aquela não se consegue ultrapassar por conta da falta de pressão aerodinâmica não sei o que pode ser feito, até sei e a FIA sabe mais fazer o que é bom é um pouco complicado e principalmente demanda vontade.

Assim o melhor carro não precisa ter necessariamente o motor mais potente, pois a pouca resistência ao ar compensa na velocidade final e Vettel pode ir leve e solto para mais uma vitória. Alias Vettel deveria parar com aquela mania besta de jogar seu carro para cima do de Webber todas as vezes em que os dois disputam alguma coisa. A história conta que disputas entre companheiros de equipe nem sempre acabam bem. Webber pelo menos nesta primeira metade do mundial está sendo levado pelo carro ao contrário de leva-lo, ficou um piloto passível sem animo de luta.

Os demais penaram com o alto consumo de pneus que estão fazendo a diferença e fizeram uma bela fila indiana durante a prova. A quantidade de trocas e posteriormente o aumento do número de unidades me faz pensar a onde ficou aquela história de custos das equipes. Será que se os testes fossem liberados e as equipes fizessem carros mais “compatíveis” com os pneus o valor gasto não seria menor? F1 e suas hipocrisias.

Já os brasileiros foram de 8 a 80, Barrichello apenas completou a prova e Massa com problemas no cambio não terminou. Massa que vem enfrentando problemas com seu carro. A verdade é que o brasileiro não se encontrou como foi falado abertamente na pré-temporada. O carro não nasceu bem feito e Alonso tem tirado essa diferença no braço. 

A única equipe com condições de brigar com a RBR foi a McLaren que teria ganho a prova se Hamilton tivesse feito a ultrapassagem em cima de Vettel. Hamilton assim como Button estão conseguindo poupar pneus e ainda assim terminar as provas competitivos.

A disputa teve e foi benéfica para a corrida, mas tudo ficou mascarado nos boxes como nos anos anteriores. A próxima corrida é o GP de Mônaco. Em resumo se a corrida não tivesse os carros que tem, teria sido bem mais empolgando.

A FIA já determinou que o uso da Asa será proibida no túnel e sim na “reta” dos boxes. Resta saber como será o andamento da corrida e o espaço para se usar o tal recurso. Será que Mônaco com todo seu glamour ainda é uma prova válida? É esperar para ver.

Stirling Moss volta a Le Mans com um Porsche RS de 1961


Em Março de 2010 o BONGASAT BLOGGER anunciou aqui que Sir Stirling Moss uma das últimas lendas vivas do nosso automobilismo tinha caído no vão do elevador em sua casa na Inglaterra. Os sintomas foram considerados graves pela idade avançada. Moss teve os dois tornozelos quebrados, quatro vertebras quebradas e quatro fraturas nos pés.

Sua recuperação ficou no ar. Ele voltaria a pilotar em eventos de exibição? Ainda durante sua recuperação comprou um Porsche RS 61 e logo depois em uma prova clássica acabou se envolvendo em um acidente com o carro. O Porsche foi reparado e um oficina especializada em Porsche na Inglaterra e vai estar presente no Le Mans Legend este ano em Sarthe.

A corrida que se alterna com a Classe C como preliminar com as 24 horas é organizada pelo Motor Racing Legends e estará aberta a carros construídos entre os anos de 49 e 65. Ao todo 61 carros estão confirmados entre eles Ferrari 250 LM, Lister e Lotus.

Em sua categoria Moss vai encontrar carros como Ferrari 206p, Lotus 15 e Porsche 904. Seu companheiro de carro será Ian Nuthall e a corrida terá uma duração de 45 minutos com a troca obrigatória de pilotos.

Pistas Rfactor–La Dehesa 1.00

Uma pista grande com uma ótima textura e com opções. La Dehesa feita pelo usuário entrevias no Rfactor on line bota muita pista “real” no chinelo. Com 4 variações agrada a todos. A principal a variação “long” tem 10.22 km de extensão e é perfeita para provas de longa duração e noturna. Com trechos em altitude e grampos lembra e muito outra pista muito utilizada VitusParc e Piddy. Sua variação noturna também merece destaque tendo o piloto que ter atenção redobrada. O download pode ser feito pelo site Rfactor central e precisa de um cadastro prévio.

https://www.rfactorcentral.com/detail.cfm?id=La%20Dehesa

A 20 anos o Mazda 787B vencia em Le Mans.


Parece que foi ontem, mas faz 20 ano que o belo Mazda 787B venceu em Le Mans, feito que nenhuma outra fabricante japonesa conquistou até hoje. Para celebrar este feito o belo modelo vai reaparecer este ano em Sarthe.

O carro vai dar uma volta no circuito no sábado dia 11, além do tradicional desfile dos pilotos na sexta. O carro que desde seu feito está exposto no museu da fábrica em Hiroshima vai ser “ restaurado” para voltar a França. O carro não é ligado desde a vitória e este trabalho ficará a cargo ao departamento esportivo da Mazda que participou da vitória na época. Os pilotos que vão ajudar nesta volta são Yoshimi Katayama, Yojiro Terada e Takashi Yorino.

A edição de 1991 foi marcada por uma batalha com grandes nomes do automobilismo. Jaguar XJR-12, Mercedes C11 tendo a participação de Schumacher, Porsche 962C e Peugeot 905. Os pilotos que competiram pela Mazda foram Volker Weidler, Johnny Herbert e Bertrand Gachot. A vitória ficou mais emblemática pois foi a única de um motor rotativo empregado a anos pela Mazda.

Os vídeos abaixo mostram a largada e chegada. Bons tempos…

Asa móvel presente na F1 já esteve em Le Mans no final dos anos 60!!!


Uma das grande novidades presentes este ano na F1 sem dúvida é a Asa-móvel. Recurso aerodinâmico que deixa o carro mais rápido por conta da pouca resistência de ar. O piloto por meio de um botão no volante precisa estar a menos de 1 segundo do seu adversário (neste caso ele tem que estar querendo a posição) e ter apenas uma chance já que só pode usar tal artifício uma única vez por volta.

O que foi visto como revolucionário e mais uma esperança para deixar a F1 mais empolgante já foi testado em Le Mans a muito tempo atrás.

O circuito de Sarthe em comparação a todos os circuitos presentes na F1 ( apenas Monza tem longas retas) é um traçado de alta velocidade. Se hoje os protótipos passam fácil dos 340 km/h com a infinidade de chicanes e curvas no final dos anos 60 a coisa era mais séria e 400 km/h era o limite. Em um tempo aonde freios e aeras de escape e até a própria segurança dos carros era fraca as equipes já desenvolviam soluções para ganhar alguns segundos por volta e aproveitar o vácuo na grande reta de Mulsane.

Mercedes SLR 300 – 1955


Em 55 a Mercedes tinha dificuldades com seu sistema de freios que era menos eficiente do que os que equipavam a Jaguar. Para tentar superar o adversário e com a ajuda do lendário Stirling Moss desenvolveu um “freio aerodinâmico” que era acionado por um cilindro hidráulico controlado pelo piloto. Assim o carro conseguia altas velocidades nos trechos de reta e quando pegava curvas acentuada melhorando a aderência das rodas traseiras. Assim nasceu a Asa Móvel

2f Chaparral – 1967


A asa traseira que pode ser controlada em ambos os lados também era passível de controle pelo piloto. O mecanismo neste caso era feito por um pedal. Em linha reta a asa “descia” para ganhar velocidade e em curvas e  trechos travados ela “subia” O piloto Phil Hill aproveitou o evento na mítica NurburgringOnde os outros decolavam no solavancos, levamos apenas pequenos saltos”.

Porsche 917 – 1969


No caso do Porsche que é considerado o carro “mostro” de Le Mans o sistema era controlado pelos movimentos da suspensão e não por ação do piloto. Assim o carro tinha um melhor equilibro em altas velocidades. Tanta potencia em uma época aonde segurança não era prioridade o piloto John Woolfe perdeu o controle do seu Porsche na curva Maison Blanche. Assim no final de 69 o sistema foi proibido e um aerofólio convencional foi utilizado.

Para quem sempre considerou a F1 como o ápice da alta tecnologia é melhor rever seus conceitos.

24 horas de Le Mans–Definida as verificações técnicas


A ACO divulgou a ordem das pesagens técnicas para Le Mans. Como de costume a verificação será realizada na Place des Jacobins em frente a Igreja.
Abaixo a lista lembrando que os horários são da França.

Domingo 5 de Junho

14:30 – #16 – Pescarolo Team – PESCAROLO-JUDD
14:45 – #51 – AF Corse – FERRARI 458 ITALIA
15:00 – #71 – AF Corse – FERRARI F430
15:15 – #61 – AF Corse – FERRARI F430
15:30 – #39 – PeCom Racing – LOLA B11/40-JUDD BMW
15:45 – #48 – Team ORECA MATMUT- ORECA 03-NISSAN
16:00 – #10 – Team ORECA MATMUT- PEUGEOT 908 HDI FAP
16:10 – #007 – OAK Racing – ASTON MARTIN AMR-ONE
16:20 – #009 – Aston Martin Racing- ASTON MARTIN AMR-ONE
16:30 – #42 – Strakka Racing- HPD ARX-01D
16:40 – #15 – OAK Racing – OAK PESCAROLO-JUDD
16:50 – #24 – OAK Racing – OAK PESCAROLO-JUDD
17:00 – #35 – OAK Racing – OAK PESCAROLO-JUDD BMW
17:10 – #49 – OAK Racing – OAK PESCAROLO-JUDD BMW
17:20 – #63 – Proton Competition – PORSCHE 911 GT3 RSR
17:30 – #58 – Luxury Racing – FERRARI 458 ITALIA
17:40 – #59 – Luxury Racing – FERRARI 458 ITALIA
17:50 – #64 – Lotus Jetalliance – LOTUS EVORA
18:00 – #65 – Lotus Jetalliance – LOTUS EVORA
18:10 – #77 – Team Felbermayr Proton – PORSCHE 911 GT3 RSR
18:20 – #88 – Team Felbermayr Proton – PORSCHE 911 GT3 RSR


Segunda 6 de Junho

09:30 – #83 – JMB Racing – FERRARI F430
09:45 – #60 – Gulf AMR Middle East – ASTON MARTIN VANTAGE
10:00 – #66 – JMW Motorsport – FERRARI 458 ITALIA
10:15 – #89 – Hankook Team Farnbacher – FERRARI 458 ITALIA
10:30 – #44 – Extrême Limite AM Paris – NORMA M200P-JUDD BMW
10:45 – #36 – RML – HPD ARX-01D
11:00 – #57 – Krohn Racing – FERRARI F430
11:10 – #62 – CRS Racing – FERRARI F430
11:20 – #5 – Hope Racing – ORECA SWISS HY TECHHYBRID
11:30 – #12 – Rebellion Racing – LOLA B 10/60 COUPE-TOYOTA
11:40 – #13 – Rebellion Racing – LOLA B 10/60 COUPE-TOYOTA
11:50 – #20 – Quifel -ASM Team – ZYTEK 09S
12:00 – #76 – IMSA Performance MATMUT – PORSCHE 911 GT3 RSR
13:30 – #40 – Race performance – ORECA 03-JUDD BMW
13:40 – #41 – Greves Motorsport – ZYTEK-NISSAN
13:50 – #80 – Larbre Compétition – PORSCHE 911 GT3 RSR
14:00 – #81 – Larbre Compétition – PORSCHE 911 GT3 RSR
14:10 – #70 – Larbre Compétition – PORSCHE 911 GT3 RSR
14:20 – #50 – Larbre Compétition – CHEVROLET CORVETTE C6-ZR1
14:30 – #68 – Robertson Racing – FORD GT DORAN
14:40 – #26 – Signatech Nissan – ORECA 03-NISSAN
14:50 – #33 – Level 5 Motorsports – LOLA COUPE-Honda
15:10 – #7 – Peugeot Sport Total – PEUGEOT 908
15:20 – #8 – Peugeot Sport Total – PEUGEOT 908
15:30 – #9 – Team Peugeot Total – PEUGEOT 908
15:40 – #75 – Prospeed Competition – PORSCHE 911 GT3 RSR
15:50 – #73 – Corvette Racing – CHEVROLET CORVETTE C6-ZR1
16:00 – #74 – Corvette Racing – CHEVROLET CORVETTE C6-ZR1
16:10 – #79 – Jota Sport – ASTON MARTIN VANTAGE
16:20 – #1 – Audi Sport Team Joest – AUDI R18 TDI
16:30 – #2 – Audi Sport Team Joest – AUDI R18 TDI
16:40 – #3 – Audi Sport North America – AUDI R18 TDI
16:50 – #55 – BMW Motorsport – BMW M3 GT
17:00 – #56 – BMW Motorsport – BMW M3 GT

Audi testa sem parar para a grande clássica


Ao contrário da F1 que limita os testes da equipes no endurance a coisa é mais aberta. As equipes podem treinar sem limitações. Neste começo de semana a Audi testou seus carros em Monza e também nas dependências da fábrica em Inglostadt. Um dos diferencias é os métodos que são empregados.

No túnel de vento da marca que simula condições diversas a temperatura pode variar de –25º C a + 55º C além de simular ventos, chuva e sol a velocidade de até 330 km/h.

Dr. Martin Muhlmeier chefe de tecnologia da Audi detalha os trabalhos. “O túnel de vento é um exemplo de cooperação técnica com o Departamento de Desenvolvimento Técnico (TE) e a Audi. O desenvolvimento é continuamente operacional e, como membro do TE, a Audi tem permissão para usar seus equipamentos. Em contraste, os nossos colegas do departamento de produção tem benefícios de nossos resultados no automobilismo. “

O trabalho é divido em três etapas Otimização do fluxo de ar na cabine, o para brisa e seu limpador. Assim se chegou a conclusão que o uso de ventiladores no cockpit teria o mesmo resultado do que um equipamento com ar condicionado que ira adicionar um peso desnecessário.
Fizemos muitas descobertas nesse túnel de vento e fizemos várias alterações, principalmente no que diz respeito à circulação de ar. A película refletora sob o teto também foi validada pelo túnel de vento climático. Estes são detalhes importantes para garantir a temperatura adequada em torno do motorista na cabine. “
Assim o calor gerado pelos raios solares é refletido e não entra na cabine do piloto. O regulamento da ACO estipula que a temperatura interna não pode ultrapassar 32ºC quando a temperatura do lado de fora é em média de 25ºC. Se este valor aumentar uma tolerância de 7ºC dentro do cockpit é permitida. de A areia e água que se acumulam durante a corrida também foi testada pelo túnel e o desenho do carro escoa toda a sujeira bem mais rápido do que o R15 por exemplo.

Outro aspecto que muitas vezes passa despercebido é o limpador e o “vidro” frontal do carro. O R18 utiliza um limpador único que também foi esculpido no túnel de vento.A palheta não é tão insignificante que possa imaginar. Nós temos “experiência com o DTM. Contudo, o limpador é raramente utilizado. Além disso, um carro de DTM chegou 250 kmh, e não 330 como um LMP1. As Restrições sobre o limpador são consideravelmente mais elevados em Le Mans”.

O pára-brisas também tem seus encantos. Feito de um material plástico que escoa a água mais rapidamente do que um pára-brisa normal é aquecido para evitar que fique embaçado. Ele também foi desenvolvido em três níveis que ajuda e muito na hora da limpeza, seja na hora do pit-stop, com a ajuda do limpador ou retirando as várias películas como nos visores de capacete da F1.
São estes pequenos detalhes que podem fazer a diferença e nesta “tarefa” a Audi saiu na frente.