ALMS Petit Le Mans–Rebellion conquista vitória inédita.

A edição 15 de Petit Le Mans será lembrada quando a “invasão” Europeia tomou conta dos Estados Unidos. Foi a primeira vez que equipes do outro lado do continente vieram em tão grande número disputar uma prova. Certo que por conta da crise do velho continente e o fracasso da ELMS forçou os organizadores a esta união emergencial mas que no final das conta se mostrou benéfica para ambos os lados.

Esta foi a primeira corrida do campeonato em que o HPD da equipe Muscle Milk encontrou um rival a altura. A equipe Rebellion veio determinada a vencer no geral mas sabia que na ALMS a equipe do Leite dominada. O começo foi intenso. Os dois carros disputando de palmo a palmo a primeira liderança, até que o HPD fez uma estratégia mais ousada e depois da entrada dos dois carros para a parada nos pits saiu na liderança mas acabou se envolvendo com um carro da classe GT3 e com problemas na suspensão teve que ficar um bom tempo na garagem para reparos. Voltou 40 voltas atrás e não pode fazer mais nada. Os outros dois competidores da classe os Lola da equipe Dyson por muitas vezes pareciam carros da classe P2 tamanho o atraso e lentidão na pista. Tanto o #16 quanto o #20 enfrentaram problemas e também penaram voltas e mais voltas atrás do Lola da Rebellion. O trio formado por Jani, Belicchi e Prost teve que apenas cuidar com o tráfego já que não precisou levar o carro ao limite para garantir a vitória. Assim conquistou uma vitória inédita para a equipe e ainda promoveu o motor Toyota frente aos seus rivais Mazda e Honda que não conseguiram acompanhar. A dúvida que fica é como seria a corrida se o HPD não tivesse batido?

Na classe P2 com um exercito europeu para infernizar Level 5 e Conquest Racing tentou mas acabou não superando os pilotos “locais” prova de que os “senhores” motoristas não se adaptaram ao transito de Road Atlanta. A equipe Conquest Endurance estava com a vitória praticamente decidida porém uma troca de pneus a poucas voltas do final acabou dando de presente a vitória para o #95 Level 5 do trio Tucker, Bouchut e Dias. Com o resultado a equipe leva o título e Bouchut e Tucker são campeões da classe em 2012. Entre as equipes Europeias a melhor colocada foi a TDS Racing em 4º lugar, seguida pela OAK Racing e Greaves Motorsports.

Entre os competidores da classe PC a Core Autosport venceu com o #06 do trio Popow, Dalziel e Wilkins seguido pelo #9 RSR Racing aonde compete o brasileiro Bruno Junqueira em parceria com Drissi e Vera.

A classe GT foi como sempre a mais disputada. A alternância de posições foi praticamente em todas as horas da corrida. Porém a equipe Extreme Speed com sua Ferrari cromada provou que a troca da pintura fez efeito e além da pole venceu a corrida depois de uma boa disputa com o #03 da equipe Corvette. O trio da Ferrari #01 Sharp, Van Overbeek e Vilander confirmou a ótima fase. Em terceiro e quarto os BMW da equipe RLL.A equipe Flying Lizard chegou em quinto.

Os dois carros da classe GTE-Am foram de 8 a 80. Enquanto o Porsche da equipe IMSA não encontrou problemas durante a prova a Ferrari #60 da AF-Corse provou que aguenta. Seus dois pilotos Marco Cioci e Matt Griffin bateram em quem mais podia a ponto de correrem sem os para-choques traseiros.

Entre os Porsche da classe PC a vitória ficou com o #30 da equipe NGT Motorsports, seguido pelos dois carros da equipe TRG #66 e #68 respectivamente.

2012 foi um ano calmo na ALMS. Com grids pequenos e sem um grande construtor envolvido a equipe se uniu a Grand-Am para criar um campeonato único a partir de 2014. Como será ano que vem? Será um ano de transição. A prova de Road América em conjunto com a Grand-Am será uma das mais esperadas. Ainda não se tem noticia de alguma equipe nova para o certame. Se cogita a vinda da equipe Strakka que compete no WEC e que estaria descontente por conta das limitações que as equipes privadas tem em comparação com as oficiais. Assim como a Rebellion fez este ano em Road Atlanta a mesma deve estar presente ano que vem nas provas longas do campeonato visto a qualidade e alta competitividade, mesmo que seja apenas com um único adversário. Muita água vai rolar até os primeiros testes oficiais em Sebring no começo do ano, e tomara que esta água seja tão boa ou melhor do que a de 2012. Até lá. Abaixo o resultado classe por classe e a classificação com os tempos

ELMS revela calendário provisório para 2013

A ACO revelou a pouco o calendário provisório para a temporada 2013 da ELMS. Depois de um 2012 conturbado a palavra de ordem da classe é renovação.

Ao todo serão 5 provas aonde poderão competir 5 classes P2, PC, GTE-PRO, GTE-AM e GTC. As provas serão realizadas em conjunto com outros campeonatos. Notar que ao contrário dos outros anos cada etapa terá apenas 3 hora de duração.

Se for confirmada a realização de provas com 3 horas de duração será um duro golpe para quem gosta de endurance. Ao contrário do que existe nos EUA com provas de 2:45 de duração temos duas provas longas como Sebring (12 horas) Petit Le Mans (10 horas) Laguna Seca (6 horas) e Road América (4 horas).

O argumento da organização do campeonato é se associar a séries de prestigio para baratear custos. 2013 será um ano de transição é esperar para ver.

Gérard Neveu CEO da LMEM (organizadora do campeonato) comenta.  “Desde o ACO anunciou em agosto que LMEM iria organizar o Europeu de Le Mans Series em 2013, temos trabalhado para tentar desenvolver um calendário provável para atrair um número máximo de equipes e pilotos e expectativas.
com cinco circuitos de prestígio o formato em dois dias, com três horas de corrida foi criada para reduzir os custos. Todas as rodadas serão realizadas em parceria com uma série principal, o que resultará em uma partilha de custos para os organizadores sobre a promoção, animação produção de TV, e tudo o que é necessário para o sucesso de um evento. Nós seremos capazes de oferecer para os entusiastas de automobilismo de resistência pela primeira vez corridas de sprint e corridas de longa duração em um mesmo fim de semana. O calendário de corridas parece muito impressionante e deve levantar entusiasmo.
Grande parte do pessoal envolvido na organização do Campeonato do Mundo FIA de resistência também trabalhar para ELMS, que é uma garantia de consistência e estabilidade para a organização de ELMS”

12 e 13 de Abril – Silverstone (Fazendo parte do final de semana do WEC)

17 e 18 de Maio – Imola (Fazendo parte do FFS GT)

19 e 20 de Julho  – Red Bull Ring (Fazendo parte do World Series By Renault)

13 e 14 de Setembro – Hungaroring (Fazendo parte do World Series By Renault)

27 e 28 de Setembro – Paul Ricard (Fazendo parte do Wordl Series By Renault)

ALMS Petit Le Mans–Rebellion é pole em Road Atlanta.

Deu o óbvio? Talvez a pole da Rebellion em um campeonato dominado de forma convincente pelo HPD da Muscle Milk poderia ser um tanto quanto surpreso mas não foi. O time que é o atual campeão do WEC entre as equipes privadas mostrou que também quer a vitória em uma pista que nunca competiu e em uma das principais provas de endurance do ano.

A diferença entre o HPD da Muscle Milk nunca passou de 400 milésimos grande parte dos treinos,prova de que a corrida será bem disputada e o tráfego característico será fator determinante, isso se em nenhum momento os dois não se estranharem e deixarem a porta aberta para o Lola da equipe Dyson.

Na classe P2 outra equipe Europeia fez a pole, o #35 da equipe OAK Racing superou outro OAK desta vez da equipe Conquest com o tempo de 1:12.046. O Delta Wing acabou ficando na 10º posição no geral mostrando que se não bater pode conseguir uma boa colocação e também se o carro aguentar o ritmo de 10 horas de corrida.

Entre os Oreca da classe PC a pole ficou com o #8 da equipe Merchant Services. Bruno Junqueira que corre com o FLM #9 acabou em 5º na sua classe.

Surpresa boa na GT com a dobradinha das Ferrari da equipe Extreme Speed Motorsports. Superou os favoritos BMW e Corvette, lembrando que a pole nesta classe é mera formalidade vista a alta competitividade dos carros.

Na classe GTE-Am aonde correm o Porsche da equipe IMSA e a Ferrari da equipe AF Corse a briga começou a favor do Porsche com o tempo de 1:20.733.

Amanha a partir das 12:30 é dada a largada para a edição 15 de Petit Le Mans. E vai ser HÁ corrida.

ALMS Petit Le Mans–Treinos livres com Rebellion na frente.

A luta pela pole para Petit Le Mans se mantem intensa. A briga entre a equipe Rebellion e Muscle Milk continua na 4º seção de treinos livres aonde o carro #12 se manteve a frente com o tempo de 1:10.583. A diferença para o HPD é de 0,402 milésimos.

Na classe P2 o HPD da Level 5 marcou o melhor tempo com 1:13.182. Entre os carros GT surpresa com o melhor tempo da Ferrari da equipe Extreme Speed com 1:18.766.

ALMS anuncia calendário para 2013

A direção da ALMS divulgou hoje em Road Atlanta o calendário da série para 2013, este último ano antes de se unir a Grand-Am.

O calendário terá 10 etapas e tudo começa com as 12 horas de Sebring no dia 16 de Março. As novidades contudo não param a etapa de Road América no dia 11 de Agosto em Elkhart Lake será em conjunto com a Grand-Am em uma prova de 4 horas. A série também marcará presença no final de semana do dia 21 de Setembro como prova preliminar do WEC no circuito das Américas em Austin no Texas.

Scott Atherton presidente da ALMS  comenta o calendário “Nossa programação 2013 reflete muitos dos locais tradicionais, de classe mundial que competimos com grandes corridas. Fico feliz com a oportunidade de participar de GRAND-AM com o que vai ser em um fim de semana no circuito de Road América, e também ansiosos para visitar a impressionante nova pista em Austin Texas.”
Abaixo o calendário completo com as datas.
March 16 – Sat. Sebring International Raceway Sebring, Fla.
April 20 – Sat. Long Beach Grand Prix Circuit – * Long Beach, Calif.
May 18 – Sat. Mazda Raceway Laguna Seca Monterey, Calif.
July 6 – Sat. Lime Rock Park Lakeville, Conn.
July 21 – Sun. Canadian Tire Motorsport Park Bowmanville, Ontario
Aug. 11 – Sun Road America – # Elkhart Lake, Wis.
Aug. 31 – Sat. Grand Prix of Baltimore Circuit – * Baltimore, Md.
Sept. 21 – Sat. Circuit of the Americas – ** Austin, Texas
Oct. 5 – Sat. VIRginia International Raceway Alton, Va.
Oct. 19 – Sat Road Atlanta Braselton, Ga.

SRO é contra criação de uma nova classe GT

Para muitos automobilismo é inovação. Na história sempre se mostrou que uma categoria de carros sobrevive as intemperes da vida se oferece competitividade e que sua tecnologia possa ser usada em carros de rua, já que são eles que pagam as contas do desenvolvimento de carros de corrida.

Mas o que fazer para um campeonato ou classe de carro durar por vários anos como o corre com a F1? esta certo que a F1 meio que matou todas as suas possíveis concorrentes (grupo c está ai para provar) mas a categoria sempre foi o berço de novas tecnologias.

A alguns anos junto com a crise que ronda a Europa os campeonatos de carros GT estavam meio apagados. Muito pela guerrinha entre FIA e ACO que acabou literalmente com a classe GT1. Modelos como Saleen, Maserati MC12 e Aston Martin carros competitivos foram aposentados para dar lugar a uma nova FIA GT1. Os planos da SRO que organiza o evento era fazer do campeonato a F1 dos carros esportes com 2 modelos por fabricante competindo em corridas curtas em circuitos exóticos em lugares aonde o automobilismo não é visto como deveria. Por outro lado a ACO em uma manobra para tentar fazer seus grids ficarem mais cheios acabou criando duas classes GTs. Nenhum das duas deu certo.

Em contrapartida o sucesso do GT3 europeu somado a Blancpain endurance Series superou as expectativas. O primeiro surgiu como uma alternativa para quem não tinha dinheiro para um GT1 e GT2 o que motivou as montadoras a criar variações de seus modelos visto que é mais barato você construir um GT3 do que um GT2 e a segunda botou por terra quem achava que as equipes não gostariam de corridas de longa duração.

Com grids que superando fácil 50 carros a Blancpain com suas corridas de longa duração foram a alternativa “barata” e com uma grande competitividade. Assim equipes que sonharam em competir na GT2 (atualmente poucos campeonatos aceitam modelos GT2) da ACO porém não tinham dinheiro viram um porto seguro e barato visto que a grande maioria das provas é em território europeu com uma logística bem mais em conta.

Em contra partida a ACO estimulou as classes FLM e P2 com pacotes com preços fixos mas sem grande aceitação. Este ano com o cancelamento de provas na ELMS a entidade se viu obrigada muito a contra gosto aceitar modelos GT3 com fortes lastros para ficaram mais lentos que seus irmãos GT2. Nenhum equipe aceitou.

Para tentar estimular uma grid maior para o endurance a ACO e a FIA planejam a criação de uma classe GT única a partir de 2015. Será que esta é uma boa ideia? Não creio. A criação de um novo carro mesmo que em larga escala requer investimento e as montadoras não vão querer gastar visto que a atual frota de GT3 é competente e barata para quem faz e para quem compra. O que falta para a ACO é estimular as equipes a optar por um GT2 e usar a tradição de Le Mans e do “mundial” para as equipes competirem em Sarthe.

Hoje Stéphane Ratel diretor da SRO e “pai” do GT3 soltou o verbo com relação a estas novas mudanças. Abaixo alguns trechos da nota emitida pela SRO.

“Estabilidade: a FIA-GT3 é uma das maiores conquistas no automobilismo com 14 marcas diferentes em uma classe e modelos desenvolvidos e vendidos pelos fabricantes ou seus representantes Por que precisamos a salvar o ACO e sua classe GTE, que nunca gostaram do sucesso da GT3?”

“Corridas de GT reúnem os fabricantes de maior prestígio no mundo e as marcas não são consideradas uma subcategoria dos protótipos, e como grandes categorias têm diferentes estágios de desenvolvimento. Isto deve corresponder a diferentes níveis de participação de construtores e equipe. É necessário dispor de duas categorias GT como há dois protótipos com LMP1 e LMP2”

“A distribuição entre o ACO e FIA corresponde claramente a duas diferentes necessidades do mercado. Qualquer tentativa de fundir vai contra o interesse de equipes e marcas em cada categoria. Isso vai manchar a concorrência técnica através de um nivelamento de desempenho de uma futura classe GTE  que já está sendo rejeitada por um número de fabricantes. O GT3 irá aumentar o custo de fazer alguns modelos não competitivos e reduzir modificações aplicáveis aos modelos de rua. Consequentemente, a nova classe não vai cumprir as metas”

Qual será o próximo capítulo desta guerra? Muita água vai rolar ainda.

ALMS Petit Le Mans–Muscle Milk na frente nos treinos livres.

A seção de testes para Petit Le Mans 2012 teve algumas surpresas hoje. Com 42 carros na pista vamos ter uma bela disputa praticamente em todas as classes.

Na P1 A Muscle Milk já encontrou um rival a altura. O Lola da equipe Rebellion ficou a apenas 0.296 do tempo do HPD que fechou com 1:10.680. Em terceiro o Lola da equipe Dyson a 1.171 milésimos.

Na classe P2 a OAK Racing marcou o melhor tempo superando o HDP da equipe Level 5 em 0.144 milésimos. Já na classe GT a disputa foi acirrada entre as equipes Corvette e Flying Lizard prevalecendo o modelo america com 1:19.991.

A nota triste do dia é a batida do DeltaWing que mesmo assim marcou 1:13.414 ficando em 6º na classificação geral.


Abaixo o Spotter Guide da etapa.

Lola planeja honrar compromisso com equipes clientes.

Com o fechamento da Lola Cars várias equipes presentes nos campeonatos organizado pela ACO e o mundial de endurance ficaram com um enorme prejuízo visto que não poderiam obter peças de reposição nem comprar novos LMP.

Em comunicado emitido hoje a Lola Group Holdings que era proprietária da Lola Car solicitou a justiça a compra do estoque de peças e ferramental remanescentes para abastecer as equipes que possuem carros da montadora britânica. Assim novos carros poderiam ser feitos bem como peças. No comunicado ainda é informado que o grupo Lola está em conversa com outros fabricantes de protótipos para fazer uma parceria para fornecer suporte para as equipes. O nome deste parceiro ainda não foi divulgado.