Com apenas uma corrida em seu currículo no WEC, a Isotta Fraschini pensa em vender o Hypercar Tipo 6 Competizione LM para equipes de clientes.
A Isotta planejava ter dois carros na classe Hypercar desde o início do projeto, mas acabou conseguindo apenas uma vaga no grid este ano para o carro #11 compartilhado por Jean-Karl Vernay, Antonio Serravalle e Carl Wattana Bennett.
Porém, um segundo carro no WEC para o próximo ano, ainda está nos planos do gerente de automobilismo da Isotta Fraschini, Claudio Berro. Mesmo com um segundo carro de fábrica, Berro explica as intenções de fornecer o Tipo 6 para clientes.
“Nosso projeto é de longo prazo e inclui equipes de clientes”, disse Berro ao Sportscar365 em Lusail, no Catar.
“No momento, há muitas equipes de fabricantes no grid, mas o único fabricante com verdadeiros carros de clientes é a Porsche. Para nós, queremos fazer o mesmo e colocar o nosso carro à disposição dos clientes”, disse.
“Muita gente se interessa, mas fica só na ‘janela’ para ver o que acontece. É da natureza humana que todos esperem. Mas estou confiante.”
Os planos da Isotta Fraschini para 2025
Nesse sentido, qualquer esforço de possíveis clientes da Isotta Fraschini para 2025 estaria sujeito à concessão de uma vaga no grid pelo WEC em meio a uma potencial expansão do tamanho geral do grid para 40 carros, dos quais 22 seriam entradas de Hypercars.
Berro acrescentou que está convencido dos méritos de múltiplas equipas que utilizam máquinas da Isotta Fraschini, com a marca italiana a planear originalmente entrar na sua primeira temporada com dois carros geridos por organizações diferentes, Duqueine e Vector Sport.
“Nosso primeiro projeto foi rodar dois carros”, explicou Berro. “Não foi nossa decisão dirigir um carro. Entendemos que existem muitos Hypercars, e o WEC nos disse que era melhor correr com um carro na primeira temporada e depois no futuro seria revisto”.
“Do ponto de vista desportivo, é bom ter o mesmo carro com duas equipes diferentes para aprender e ter uma competição honesta. Você vê isso, por exemplo, com a equipe de fábrica da Porsche Penske e a JOTA. É um bom desafio”.
“Mas entendemos a decisão do WEC [de conceder uma inscrição única] porque somos uma equipe pequena e é a nossa primeira temporada. Tentaremos ter outro carro na próxima temporada, embora ainda seja um pouco cedo para saber o que vai acontecer”.
Por fim, a Isotta Fraschini havia originalmente feito um acordo com a Vector Sport como equipe de suporte com o seu protótipo. Porém, foi obrigada a escolher entre a equipe britânica e a Duqueine quando ficou claro que só teria uma única entrada.
“Começamos a conversar com Duqueine em julho do ano passado, quando tínhamos dois carros planejados em nosso projeto”, disse Berro. “Mas quando nos disseram que era apenas uma entrada, infelizmente tivemos que tomar uma decisão. E acho que tomamos uma boa decisão”, finaliza.