WEC divulga calendário para 2015

Sem alterações desde que foi divulgado pela primeira vez em outubro o calendário 2015 do Mundial de Endurance foi ratificado hoje (03) durante a reunião do conselho mundial da FIA em Doha.

Os trabalhos começam em março com os testes oficiais em Paul Ricard entre os dias 27 e 28. A primeira prova acontece em Silverstone no dia 12 de abril. Tudo termina em 21 de novembro no Bahrain. A única mudança com a edição desde ano é a troca de Interlagos por Nurburgring este sendo realizado no dia 30 de agosto.

A F1 por meio de Bernie Ecclestone anunciou para a mesma semana das 6 horas de SPA a realização do GP da Coréia do Sul, o que pode fazer alguns pilotos que estão em negociação com equipes do Endurance rever seus planos. Nico Hulkenberg contratado da Porsche para seu terceiro carro para Sarthe não se pronunciou a respeito. Abaixo a lista.

Calendário 2015 FIA World Endurance Championship

27-28 março – Prologue em Paul Ricard
12 de abril – Silverstone
02 maio – Spa-Francorchamps
31 de maio – Teste em Le Mans
13-14 junho – 24 Horas de Le Mans
30 de agosto – Nürburgring
19 de setembro – Circuito das Américas
11 de outubro – Fuji Speedway
01 de novembro – Shanghai
21 de novembro – Bahrain

* Fonte: Site WEC / Foto: site WEC.

 

Mark Webber sai do hospital em São Paulo

O australiano Mark Webber que sofreu um grave acidente faltando poucos minutos para acabar as 6 horas de São Paulo foi liberado pelos médicos depois de passar a noite de domingo e parte de segunda feira em observação em um hospital em São Paulo.

Webber não sofreu grandes lesões, apenas dores no corpo e uma concussão, de acordo com informações da assessora da Porsche. O piloto deve permanecer no Brasil até o final de semana quando embarca para a Inglaterra.

 
*Fonte: Assessoria de imprensa Porsche / Foto: divulgação Porsche.

Porsche vence em Interlagos e assusta com grave acidente evolvendo Mark Webber

Não faltou emoção na última etapa do Mundial de Endurance disputado neste domingo (30) no circuito de Interlagos. A primeira vitória da Porsche desde seu retorno a competição de forma oficial teve um sabor especial.

A prova que teve uma grande simbologia foi uma das mais disputadas do calendário visto as características do circuito. Desde os primeiros trenos livres a Porsche mostrou o melhor conjunto, o que não é algo novo, já que tem feito um bom trabalho nos trenos livres das últimas etapas, mas quando a corrida começava o ritmo dos carros da Toyota acabava maculando o trabalho do time Alemão.

Desta vez foi diferente, ou quase. O #14 de Romain Dumas, Nell Jani e Marc Lieb, conseguiu segurar as investidas do Toyota #8 de Anthony Davidson e Sébastien Buemi. Buemi que errou por diversas vezes e deu aquela ajuda para os pilotos do carro #14. Pela primeira vez na temporada a Porsche teve um carro, não superior ao modelo Japonês, mas em condições de brigar pelo primeiro lugar.

Na hora final o ritmo do Toyota #8 era superior ao do Porsche, que se valia do tráfego para se manter na frente. Na última rodada de troca de pneus e reabastecimento a diferença entre ambos era de quase 16 segundos, o que dava uma boa margem para a Porsche administrar a prova, até o acidente envolvendo o #20 pilotado por Mark Webber e a Ferrari #90 da 8Star Motorsports. O acidente que aconteceu faltando pouco mais de 30 minutos para o fim da prova levantou novamente a necessidade de uma reforma na curva do café, palco de vários acidentes, inclusive com o próprio Webber quando estava ainda na F1 em 2003.

Prova rendeu muitas homenagens a Tom Kristensen, reverenciado por pilotos e equipes.

Como a retirada dos carros demorou para acontecer, já que Webber teve que ser levado de ambulância ao centro médico do autódromo a corrida acabou com o carro de segurança limitando a performance dos carros. Sorte da Porsche ou azar da Toyota?

A vitória da Porsche coroa um projeto que por vezes foi questionado pelo grupo VW (dona da Porsche e Audi) já que as duas marcas estão gastando dinheiro em tese da mesma conta bancária, porém com tecnologias diferentes que mais cedo ou mais tarde estarão nos nossos carros de rua.

O segundo lugar da Toyota que ganhou o campeonato de construtores e de pilotos mostra que os japoneses quando decidiram largar a F1 e investir em uma categoria nova não estavam errados. Presentes no mundial desde 2012 quando não fizeram muita coisa, começaram o ano de 2013 vencendo e só não ganharam por conta de erros normais em uma corrida, ainda mais em uma categoria onde os carros são levados à exaustão. Não venceram Le Mans mas convenceram no WEC e prometem muito para 2014.

A Audi que vem levando o Endurance nas costas nos últimos anos amargou uma das suas piores temporadas desde que investiu em modelos a Diesel. O erro para muitos foi a escolha de apenas 2MJ de capacidade para recuperação de energia. O R18 não foi mal construído, os demais fabricantes investiram pesado, além é claro de optarem por números maiores em termos de recuperação de energia.

A temporada 2014 da Audi, lembra muito o que foi o ano de 2009, quando o R15 foi lançado e se esperava uma nova onda de vitórias tanto em Le Mans, quanto em algumas provas da extinta ALMS. O carro não quebrou, não apresentou problemas, mas não era rápido para enfrentar os 908 da Peugeot. Mesmo em 2011 com a versão R15+ o carro venceu Sarthe mais por azar dos adversários do que por mérito próprio. Apenas em 2012 com o lançamento do R18 é que as coisas voltaram a sua normalidade.

Oreca da equipe KCMG venceu na classe P2, que tem como campeão a equipe SMP Racing

Para 2015 a Audi promete reagir, envolta em boatos sobre sua ida para a falida F1, o construtor das 4 argolas deve aumentar sua capacidade de recuperação energética, e voltar a vencer. A corrida também marcou a despedida de um dos maiores pilotos de todos os tempos. Tom Kristensen, que venceu por nove vezes Le Mans e provou que é possível sim ter sucesso fora da F1. Terminou sua carreira no auge e foi ovacionado por pilotos de todas as equipes, mostrando o melhor lado que o esporte pode ter, o do companheirismo fora das pistas.

O abraço dos pilotos tanto da Toyota, Porsche e Audi antes de irem receber seus prêmios demostram que a rivalidade esperada em uma corrida de automóvel é somente dentro da pista, sem politicagem ou jogos de equipe. Quem dera outras categorias tivessem esta mentalidade em suas organizações.

Entre as equipes privadas da classe LMP1, apenas o Lotus #9 não completou a prova por problemas mecânicos. Já os dois carros da Rebellion Racing também enfrentaram problemas e terminaram na 18º posição (#13), e 19º (12). Para 2015, é esperado um melhor rendimento da equipe Lotus, bem como a chegada da Strakka Racing com seu Dome 103.S que deveria ter sido apresentado este final de semana em Interlagos, mas por problemas de suspensão e motor acabou ficando mesmo para o ano que vem.

Na classe LMP2 o título quase certo para o Ligier #26 da equipe G-Drive dos pilotos Roman Rusinov, Olivier Pla e Julien Canal, acabou sendo perdido ainda nas primeiras horas da corrida, quando o carro não conseguiu parar no início do “S” do Senna por conta de problemas de freio. O carro que estrou em Le Mans, foi um dos projetos mais vitoriosos do Endurance em 2014, mas sucumbiu com a forte pancada que o impossibilitou de voltar aos boxes para algum reparo. Assim dependia de uma quebra do seu rival direto o Oreca #27 da equipe SMP Racing de Sergey ZLobin, Nicolas Minassian e Maurizio Mediani.

Aston Martin venceu na classe GTE-PRO

O LMP2 não chegou a quebrar mas perdeu quase 30 minutos nos boxes para reparo, mas mesmo assim completou a prova na 20º posição, e segundo na classe que era suficiente para a conquista do título. A equipe Russa que sofreu no meio do ano problemas financeiros oriundos do embargo dos EUA aos recursos de bancos e indústrias Russas em todo mundo acabou dando a volta por cima. Além de vencer na classe LMP2, também conquistou os títulos de GT no ELMS. A vitória ficou com o Oreca #47 da equipe KCMG Racing de Matt Howson, Richard Bradley e Alexandre Imperatori.

Para 2015 a classe vai ganhar novas equipes. A Extreme Speed Motorsports, oriunda do TUSC vai alinhar para uma temporada completa com novos modelos HPD ARX-04b, bem como uma possível volta da OAK Racing com um modelo Ligier, além de participações esporádicas da Krohn Racing que comprou um Ligier JS P2.

Na classe GTE-PRO a vitória ficou com o Aston Martin #97 de Darren Turner e Stefan Muck em cima do Porsche #92 de Patrick Pilet e Fréderic Makowiecki. Em terceiro a Ferrari #71 de Davide Rigon e James Calado. A história e o vencedor da classe poderia ter sido outro, já que o Aston #99 de Alex McDowall, Darryl Young e Fernando Rees poderia ter vencido a prova.

Mesmo andando na grama Aston Martin #98 venceu na GTE-AM

O brasileiro foi protagonista de dois acidentes que acabaram minando suas chances de vitória. No meio da prova acabou se envolvendo em um acidente com outro carro da Aston Martin o que o fez sair da pista. Faltando pouco para o final em uma tentativa de ultrapassagem em cima do Porsche #91 de Jorg Bergmeister no “S” do Senna foi empurrado para fora da pista de forma totalmente irregular. Bergmeister é conhecido como um piloto que vende caro suas ultrapassagens e já fez épicas batalhas quando competia na extinta ALMS com o brasileiro Jaime Mello. Fernando fez uma as suas melhores corridas, mas acabou sendo prejudicado por toques, uma pena.

A Aston Martin também fez um bom trabalho na classe GTE-AM com a vitória do #98 de Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Christoffer Nygaard, seguido pelo Aston #95 de Kristian Poulsen, David Heinemeier e Nicki Thiim. Mas o nome da corrida, além da despedida de Tom Kristensen, foi a estreia de Emerson Fittipaldi em corridas de longa duração.

Fittipaldi gostou e promete voltar.

Com a Ferrari #61 em parceria com Alessandro Pier Guidi e Jeff Segal, Emerson teve dificuldades para se “achar” com o F458 GTE. Saiu algumas vezes da pista e perdeu bastante tempo nos boxes depois que o carro apresentou problemas com o câmbio. Conseguiu tempos bem próximos dos seus colegas de carros e depois equipes, e chegou a andar em terceiro lugar. Teve pouco tempo para se adaptar ao carro e ao tráfego mas o talento que lhe corou como um dos maiores do automobilismo ainda estava lá.

O próximo evento será os testes oficiais no circuito de Paul Ricard entre os dias 28 e 29 de Março, a primeira prova apenas nos dias 11 e 12 de Abril em Silverstone.

Classificação final da prova.

* Fonte fotos: Facebook equipes e site WEC / Cronometragem site WEC.

Porsche larga na frente em Interlagos

A Porsche manteve o bom trabalho e marcou a pole para as 6 horas de São Paulo, última etapa do WEC em 2014. Esta é a terceira vez de forma consecutiva que o fabricante Alemão larga na frente no WEC e a quarta do ano.

Com o tempo baseado na média dos tempos de Mark Webber e Timo Berhard o #20 marcou 1:17.676. Em segundo o Porsche #14 que marcou 1:17.783.  A Toyota mostrou uma evolução que deve ser confirmada na prova e com o #8 ficou na terceira posição com 1:18.070. O melhor Audi foi o #2 com o tempo de 1:18.889.

Tom Kristensen que faz sua última prova no endurance acabou alinhando o Audi #1 na quinta posição. Na classe LMP2 a G-Drive também confirmou o bom trabalho nos treinos livres e acabou ficando com pole marcando 1:463. Em segundo o Oreca #47 da equipe KCMG marcando 1:24.843. Os dois carros da SMP Racing ficaram em terceiro e quarto lugares.

Na classe GTE-PRO o Aston Martin #97 de Darren Turnes e Stefan Muecke superaram o Porsche #92 e conquistaram a pole com o tempo de 1:30.111. Esta foi a terceira pole para o #97, que busca a segunda vitória na temporada neste Domingo. Em terceiro o outro Aston Martin, #99 de Darry´l Young e Fernando Rees.  Já entre os amadores da classe GTE-PRO a Aston Martin fez dobradinha com o #98 e 95 respectivamente.

O treno acabou se encerrando a três minutos do fim devido a uma bandeira vermelha ocasionada pelo Porsche #75 da equipe ProSpeed que parou na pista.

A prova acontece neste Domingo a partir das 13:00 horas.

Classificação final.

* Fonte: Cronometragem WEC / Foto: WEC.

Porsche abre trabalhos marcando os melhores tempos em Interlagos

O primeiro treino livre para a última etapa do WEC em Interlagos foi dominado pela Porsche. O #20 pilotado por Brendon Hartley marcou 1:19.172, superando o #14 de Romain Dumas por 0,339 segundos.

A Audi conseguiu o terceiro melhor tempo pelas mãos de Lucas di Grassi, seguido pelo Toyota #8 e Audi #2.  Na luta pela liderança da classe LMP2 a G-Drive com o Ligier fez o tempo de 1:25.670, pelas mãos de Olivier Pla.

Já nas classes GT os melhores tempos ficaram com os carros da equipe Aston Martin.

SMP Racing e G-Drive Racing vão com tudo ou nada para Interlagos

 Com os campeonatos de pilotos decididos nas quatros categorias, a classe LMP2 vai assistir em Interlagos o belo duelo entre as equipes SMP Racing e G-Drive, pelo título de construtores.

Depois de uma corrida complicada no Bahrain a G-Drive leva a vantagem de 8 pontos para o Oreca #27 da equipe SMP. A sorte da equipe Russa poderia ser outra já que também enfrentou problemas na última etapa, quando Sergey Zlobin abandonou na última hora depois de problemas na embreagem.

Com quatro vitórias e seis pódios em sete corridas a G-Drive vem enfrentando resultados medianos desde Le Mans, ao contrário da SMP que com dois carros conseguiu encostar no Ligier JS P2. Mesmo chegando cada vez mais perto dos líderes a SMP ainda busca sua primeira vitória, muito deste desempenho se dá pelos pneus Michelin.

Para o #26 da G-Drive ganhar, basta Olivier Pla, Julien Canal e Roman Rusinov vencerem ou chegar em segundo, independente do resultado da SMP. Além disso o título vem para o #26 mesmo chegando em terceiro ou quarto, bastando o #27 não vencer.

É óbvio que é a posição mais confortável para se estar, mas como vimos na última rodada qualquer coisa pode acontecer”, disse Pla. “Nós temos que ficar bem concentrados até o fim para ter uma corrida sem falhas e ganhar o título LMP2.” Disse.

* Fonte: Comunicado de imprensa da equipe G-Drive Racing / Foto: Divulgação OnRoak Automotive.

O WEC pode tomar o lugar da F1 como principal categoria automobilista do mundo?

Por muitos e muitos anos o Endurance foi visto como o quintal de senhores endinheirarmos, que competiam literalmente por esporte, já as equipes muitas delas de fábrica usavam e usam a modalidade como laboratório para testar tecnologias para os carros de série. Sempre foi assim.

O endurance sempre teve mais importância do que a F1, principalmente nos anos 70 e 80 com o ápice sendo o Grupo C, com mais equipes de fábrica do que qualquer outra modalidade. Até chegar um certo Bernie Ecclestone e mexer os pauzinhos e forçar a FIA a mudar o regulamento da modalidade no início dos anos 90. E todos sabem como acabou.

De lá até a metade dos anos 2000 a ACO fez o que pode para trazer de volta o brilho que outrora a modalidade tinha. Não foi fácil, equipes e carros dadas as circunstâncias, principalmente econômicas foram aderindo e voltando a se interessar pela coisa. Audi, Porsche, Peugeot e Aston Martin foram as primeiras a apostar nesta nova era das provas de Longa duração.

Mas faltava algo. Faltava um campeonato com status de mundial e que chamasse novos pilotos e não apenas pilotos em “fim de carreira” como grande parte da imprensa papa ovo que só enxerga F1 costuma chamar quem se bandeira para esses lados.

Por pressão das equipes surgiu o ILMC, embrião do atual WEC, que quando foi anunciado trouxe uma certa apreensão, já que a FIA acabou com a modalidade uma vez, não poderia acabar novamente? Não confio em nada que a FIA bota a mão mas até agora as coisas estão indo bem.

Este foi o estopim para vários pilotos de renome e oriundos da peneira política e dinheirista da F1 voltar os olhos para o Endurance, não como algo para o fim de suas carreiras, mas como uma nova fase com carros de ponta e principalmente condições de vencer, sem meios obscuros como jogos de equipe e carros batendo em muros.

Vários nomes que competiram na categoria “máxima” já passaram ou estão atualmente competindo, Olivier Panis, Jacques Villeneuve, Martin Brundle, Giancarlo Fisichella, Kamui Kobayashi, Sebastien Bourdais, Nick Heidfeld, Sebastien Buemi, Anthony Davidson, Allan McNish, Romain Grosjean, Alex Wurz, Bruno Senna.

Mas talvez o maior expoente desta nova fase do WEC seja a contratação de Mark Webber pelo time oficial da Porsche. Cansado de ser segundo piloto da Red Bull e ficar à margem de Sebastiem Vettel, o australiano acabou contratado pela principal ou pelo menos mais carismática equipe do certame.

Claro que a direção do WEC usa ele como expoente para promover a categoria e dar uma alfinetada na F1, como uma modalidade aonde o esporte mesmo com mais bagagem tecnológica ainda consegue preservar algo tão comum e necessário em uma corrida de carros. O carro mais rápido vence.

Webber se tornou indiretamente o embaixador de uma classe de pilotos que querem vencer sem as firulas da F1, e entre eles estão Fernando Alonso e Jenson Button. O primeiro deu a bandeirada das 24 horas de Le Mans deste ano, e se mostrou maravilhado com a atmosfera do lugar, e foi visto durante as 6 horas do Bahrain.

Os fãs podem chegar perto dos carros, boxes, existe uma vida fora da corrida, ao contrário da F1 que muitas vezes botam atiradores de elite para blindar seus astros. Já Button que não renovou seu contrato com a McLaren também já esboçou interesse pela categoria. Mesmo dado como certo o anúncio de Alonso no lugar de Button na equipe inglesa algo fisgou o espanhol. Por mais que vá para a McLaren, que volta a competir com motores Honda não terá um carro vencedor no primeiro ano, ou a ponto de vencer corridas tão rapidamente. E o espanhol tem pressa.

Outro nome apontado pela imprensa internacional é o de Nico Hulkenberg que poderia alinhar no terceiro Porsche em Le Mans e SPA. O piloto já testou o 911 GT3-R Hybrid a algum tempo e gostou da experiência. Até Jean-Eric Vergne já esboçou seu interesse por Le Mans ano passado.

Além disso a presença de equipes de fábrica acabam sendo um belo chamariz para demais fabricantes se interessarem pela categoria. Audi, Porsche, Toyota, Aston Martin e mais recentemente Nissan preferem competir aonde se pode testar soluções para vencer corridas, não necessariamente baseadas em consumo de pneus.

Os custos mesmos para as equipes LMP1 são em torno de 200 milhões de euros por três carros, que tem uma vida útil de pelo menos três temporadas. Ao contrário da F1 que tem que desenvolver um carro praticamente do zero todos os anos.

A algum tempo a DTM era o único certame que interessava os ex-F1, pelo nível tecnológico e competitividade. Ralf Schumacher, Mika Hakkinen, Vitaly Petrov, Jaime Alguersuari, Jean Alesi e Timo Glock, tentaram a sorte no campeonato alemão sem grandes desempenhos. Neste plantel o único que conseguiu sucesso foi Paul di Resta. Já Fisichella e Kobayashi foram mais felizes na classe GTE.

A crise que envolve a F1 atualmente e principalmente a gestão que Bernie Ecclestone emprega na categoria vem matando a categoria ano a ano. Aqui no Brasil é necessário abrir os olhos para o Endurance e tantas outras categorias automobilísticas com mais emoções e competitividade. Infelizmente somos reféns do sucesso de nossos pilotos na categoria, mas os tempos são outros.

Torço para que o WEC e o Endurance em si, se firmem como a principal categoria automobilística do mundo. Claro que isto é relativo pois não é a única a ter emoção, disputas e bons pilotos, mas é a única que pode superar a F1 em termos tecnológicos, se já não superou e pela preferência do público, que quer ver bons pegas e principalmente sem jogos e equipes e regulamentos pouco úteis para o bom andamento das corridas.

Patrick Dempsey abandona o TUSC e mira suas fichas no WEC

Um dos atores de maior sucesso da atualidade, e cada vez mais piloto Patrick Dempsey anunciou nesta quarta-feira (19), que vai competir integralmente no Mundial de Endurance pela equipe Proton Competition, que vai levar o nome do ator.

Patrick vai fazer dupla com o piloto oficial da Porsche Patrick Long no novo Porsche 911 na classe GTE-AM. “Eu já estou ansioso para 2015 e eu estou orgulhoso de ser capaz de competir no WEC, bem como Le Mans com um Porsche”,disse Dempsey. “A experiência da Porsche nas corridas de longa duração é inestimável. A Porsche já vencia corridas de carros esportes antes de eu nascer. Como um fã de infância de Porsche, eu cresci vendo seus sucessos em Le Mans, Daytona e a Targa Florio. Há momentos em que eu simplesmente não posso acreditar que sou agora um membro desta grande equipe.” Revela.

Dempsey, Long e Joe Foster, braço direito do ator, competiram ano passado em Le Mans com um Porsche 911 GT3 RSR também pela equipe Proton Competition. Com o anúncio do seu programa no WEC, todos os seus funcionários foram demitidos.

Sendo um bom trunfo no marketing do WEC, Gerard Neveu, CEO do WEC, saudou a vinda de Dempsey para o mundial. “Ver Patrick Dempsey ao lado de outro excelente americano, Patrick long, em um GTE-AM, e sendo um Porsche, será um sonho para os fãs de corridas de endurance dos EUA.”

* Fonte: Assessoria de imprensa Porsche / Foto: divulgação Dempsey Racing.

Emerson Fittipaldi vai competir nas 6 horas de São Paulo

Depois de muitos rumores envolvendo a participação de Emerson Fittipaldi na última etapa do Mundial de Endurance em Interlagos no dia 30 de Novembro, por meio do seu facebook o bicampeão confirmou que estará disputando a prova.

Aos 65 anos Emerson vai pilotar uma Ferrari F458 na classe GTE-AM, Ferrari esta possivelmente da equipe AF Corse. A última prova oficial que o brasileiro pilotou foi em 2008 em parceria com o irmão Wilson Fittipaldi em uma corrida de GT no Brasil.

Os rumores ganharam corpo desde que a lista de pilotos elegíveis da FIA divulgada em Setembro, continha o nome de Emerson. A apresentação do piloto será realizada quarta (19).

* Fonte: Facebook oficial do piloto.

Extreme Speed Motorsprots confirma participação no Mundial de Endurance em 2015

Depois de competir em duas etapas do WEC (Austin e Shanghai), e principalmente pelo descontentamento pelas regras no TUSC este ano a ESM vai competir de forma integral no WEC de 2015.

A equipe baseada na florida anunciou seu programa para 2015. Dois novos HPD ARX-04B estarão alinhados em Abril em Silverstone. Com a participação no WEC a entrada em Le Mans é automática.

“Estamos muito impressionados com o WEC e seu posicionamento”, disse o dono da equipe Scott Sharp. “A maioria das corridas do WEC se alinham muito bem com os mercados em que a Tequila Patron quer alcançar. ESM está entusiasmada para disputar o WEC na classe LMP2 e trabalhar em colaboração com o WEC, Gerard Neveu e sua equipe para aumentar a consciência do campeonato no mercado norte-americano.”

Até o momento Ed Brown, Ryan Dalziel, Johannes van Overbeek são os pilotos confirmados, novas contratações serão anunciadas posteriormente.  Não se falou na participação de alguma etapa do TUSC.

* Fonte: Release ESM / Foto: Divulgação TUSC