F1–E os motores para 2013…

Motor Mercedes, Ferrari 1.6? Será?

Saiu uma notícia um tanto quanto curiosa. Assim como para 2011 a Pirelli é a fornecedora de pneus o que vai trazer muitas mudanças para a categoria, para 2013 a mudança será maior… nos motores.

Nunca fui muito de concordar com as ideias e principalmente devaneios do Sr. Ecclestone pois a meu ver se hoje temos uma F1 vendida e sem graça devemos ao seu modelo de gestão. Porém ele e a grande maioria dos construtores (estou me incluindo nisso) é o fato da resolução da FIA que para 2013 os motores serão 1.6 turbinados com algum sistema híbrido de reaproveitamento de energia.

A ideia do reaproveitamento do combustível é louvável mas motor 1.6… não sei não. Claro que hoje e até lá 2013 a evolução dos motores vai aumentar. Temos como exemplo hoje um motor 1.4 do Punto T-Jet que rende igual e gasta menos que o antigo motor 1.8 do Golf GTI. Talvez por que eu seja um tanto quanto saudosista e medroso quando mudanças muito grandes são feitas. Mas para mim motor de F1 tem que ser motor grande, V10 V12 motores com “porte” e antes que digam que um V10 ou V12 são de concepção ultrapassada ou beberrões é só ver o V10 que equipa a Audi RS6 Avant. São 580 cv com uma média de estrada de 15km/l.

Em suas declarações Ecclestone critica duramente esta “novidade“Nós temos um motor muito bom. Por que devemos mudar para algo que vai custar milhões de libras e que ninguém quer e que pode acabar com um fabricante obter uma grande vantagem?”

Em sua história recente a F1 teve o Kers em 2009 que muitas equipes não usaram e ficou algo demasiadamente caro. Provável que ano que vem o sistema retorne menos e mais confiável.
Temos que esperar os próximos capítulos desta novela… Até lá seja o que Deus e o Sr. Ecclestone quiserem.

F1 Interlagos–Opinião

Positiva, Um positivo bem grande Esta foi para mim o resultado da corrida de Interlagos que acabou de acabar. Não estava torcendo para alguém em especial mesmo o Alonso com os dois pés no título. Estava curioso para ver como seria a largada em cima do jovem Hulkenberg e me surpreendi. O jovem alemão soube com sua pouca experiência segurar mesmo que por poucas curvas os principais pilotos da F1. Tem futuro.

Esse ímpeto em lutar pela posição em um momento critico da corrida não se aplica a Hamilton que perdeu a posição fácil fácil para seu grande amigo Alonso. Mesmo com as desculpas que ele deu dizendo que o carro não tinha equilíbrio que estava com problemas mais uma vez Hamilton mostrou que na hora que é prensado ele se rende a um talento superior. E não estou falando apenas de Alonso mais de vários pilotos mais habilidosos que ele.

Foi uma corrida movimentada com disputas por todas as posições mostrando que quando o circuito é bom mesmo não tendo instalações colossais, espelhos por todos os lados a corrida é boa. Sempre fui meio duvidoso do potencial de interlagos, mais nesta prova a resultado foi muito bom. Gostei de ver Massa batendo e apanhando. Fazia tempo que não via o jovem piloto tão combativo. Infelizmente a Ferrari mais uma vez fez das suas e estragou um resultado melhor. Na outra ponta da lança vimos um Schumacher totalmente apagado sem fazer nada a não ser acompanhar o pelotão. Talvez o sol tenha afetado seus olhos claros e ele não teve os reflexos necessários. O mesmo sol que também poderia ter prejudicado seu colega Rosberg mas não o fez… Como diz o ditado “O sol nasce para todos” , porem alguns usam óculos escuros…

Rubinho fez uma ótima corrida limitado pelo seu carro mas não pelo seu talento, gostei de ver ele disputando freadas com Buemi que por sinal deu trabalho para muitos pilotos e poderia ter sido punido, No episódio que teve com Massa poderia ter no pior dos casos tocado suas rodas dianteiras com as traseiras do brasileiro e feito a Ferrari ou ele mesmo companhia para os helicópteros que faziam a transmissão da corrida.

Vettel mereceu a vitória não cometendo erros e sendo mais auspicioso do que Webber na negociação com os adversários. O Safety Car poderia ter sido um fator para dar uma emoção maior na corrida mais não quis comprometer o bom andamento da mesma. Deveria ter deixado os retardatários passarem e deixar os três ponteiros juntinhos para decidir no final da grande reta quem teria mais garrafas vazias para vender.

Como não o fez foi uma verdadeira mãe para Vettel que no final ainda teve um desempenho superior ao de Webber. Alonso tinha carro para chegar nos dois mas faltando poucas voltas sossegou com seu ótimo terceiro lugar.

Com o resultado a Red Bull se sagrou campeão de construtores e um dos grandes conglomerados automobilísticos do mundo. Todas as categorias que vejo tem pelo menos 1 carro patrocinado pela empresa o que mostra que a equipe está indo no rumo certo e que com dinheiro, muito dinheiro e principalmente boa administração pode desbancar as grandes montadoras que são a base da F1 atual. Esse desempenho me remete a antiga Benetton que começou como patrocinadora das equipes Tyrrel em 1983 e Alfa Romeu em 84 e em 95 compra a equipe Toleman para montar uma bem sucedida equipe que deu os primeiros títulos a Schumacher em 94 e 95.

Ao contrário da equipe das roupas que foi vendida para a Renault no final de 2001 a dos energéticos está sendo bem administrada e tem tudo para continuar a ser referencia na atual F1.
Para a Ferrari o título de Alonso é mais do que um bom resultado. É um alento depois de um ano irregular com tantos escândalos e atos vergonhosos. Para os italianos o valor de um título de pilotos é menor quando comparado o de construtores que é a alma da equipe e mostra o que eles sabem fazer de melhor que são carros. Mas não devemos atribuir e principalmente besteira pensar que Alonso só será campeão por causa daquela cagada feita na Alemanha. Alonso tem se mostrado superior e muito mais apto do que os outros em corridas adversas, levando em conta que não tem o melhor carro do grid.

Comportamento que era esperado do todo poderoso Schumacher mas que infelizmente está muito aquém do que o Alemão já fez e muito provavelmente fará de novo.

E que venha Abu Dhabi.

ALMS / ILMC Road Atlanta–Opinião

A segunda etapa da ILMS e última da ALMS pode ser definida com uma corrida de duas partes. Na sua primeira etapa uma pista com muitos carros, muita ultrapassagem. É realmente incrível ver aquele mar de carros em um tempo de contenção de custos no automobilismo.
A sorte ajudou a Peugeot em sua dobradinha

Foi um começo interessante com Audi e Peugeot se revezando nas primeiras posições e se alterando na liderança entre os pits-stop. Com um desempenho sempre interessante Jon Field chegou a fazer várias ultrapassagens nos carros da Audi chegando a ficar em terceiro no geral, mas a força do Diesel prevaleceu e o mesmo acabou em quarto sendo o primeiro modelo a gasolina entre os P1.

E em determinado momento a prova chegou a ser um pouco monótona com a transmissão do SPEED por muitas vezes filmando carros secundários e deixando os ponteiros para trás. É sabido que a IMSA não gostou muito dessa ideia de ILMC e ignorou por muitas vezes as equipes “europeias”.

Porém a sorte começou a mudar quando o Audi #9 pilotado por André Lotterer fez um cálculo errado e acabou saindo da e danificando seriamente seu carro, tendo que ficar algumas voltas na garagem. Ali começou a se desenhar a vitória da Peugeot.

Audi foi coadjuvante em sua “casa”

Na frente em segundo seguia o outro Alemão #7 comandado por Mcnish que seguia na liderança sem grandes problemas. Tudo mudou quando Dindo Capello pegou o carro e teve que fazer uma parada não programada para arrumar a balaclava que estava obstruindo sua visão. Voltando 1 volta atrás do líder o Peugeot #8 de Pedro Lamy, Frank Montagny e Sarrazin. Mesmo a Audi sendo mais rápida e conseguindo por muitas vezes ficar em segundo acabou mesmo em terceiro a duas voltas do líder. Com a dobradinha a Peugeot já conquista o título da ILMC com uma prova de antecedência. Assim o time do leão conquistou as 12 horas de Sebring e Petit Le Mans provas que sempre foram quintal da Audi. Por outro lado a Audi pode se vangloriar de ter vencido o maior objetivo de todas as equipes que participam dos campeonatos da ACO, as 24 horas de Le Mans.

Também podemos pensar que nas duas provas mais importantes depois das 24 horas são provas menores e que o carro é pouco confiável além de 12 horas por exemplo. A próxima etapa será em Zhuhai em um percurso de 6 horas aonde não teremos surpresas e mesmo que a Audi vença será algo secundários depois dessas duas etapas.Também vale destacar o bom desempenho do Lola da equipe Drayson com seu Lola #8  que mesmo acabando a 25 voltas do líder acabou a prova e que está confirmado para a última etapa em Zhuhai

Vitória e título

Na Classe P2 que voltará ano que vem na ALMS a vitória e o título ficaram com o Acura da HightCroft com David Brabham, Simon Pagenud e Marino Franchitti. A vitória na classe veio depois de um desempenho totalmente aquém do Porsche RS Spyder da Cytosport que teve problemas de frio, pneu furado e perda de desempenho e chegou em segundo. Provavelmente o Porsche será aposentado ano que vem depois de muitos anos de vitórias. A equipe europeia OAK Racing com seu Pescarolo #35 não foi um adversário a altura dos modelos americanos e acabou em terceiro na sua classe. Equipes como a HightCroft poderiam facilmente participar da ILMC ano que vem com boas chances de vitória.Outro P2 que abandonou foi o Lola Mazda #16 da Dyson Racing que ano que vem irá competir na Rolex e o estreante 35 Radical SR9 que também abandonou por problemas mecânicos.

Corvette ganhou a vitória de brinde por causa de erro da Ferrari.

Na GT2 outra surpresa. Com uma vitória garantida a Ferrari #62 do aspirante a título Gianmaria Bruni que teve nesta prova a participação de Tony Vilander parou a duas curvas da chegada depois de ter feito uma parada para completar o combustível. Realmente parece que a Rizi faz jus a equipe da Ferrari na F1 e errou na estratégia. Assim a vitória ficou com Oliver Gabin, Jan Magnussen e Emmanuel Collard, sendo a primeira vitória da Corvette depois que se mudou para a GT2. Jaime Melo que dividiu a Ferrari #61 com Fischella e Mika Salo acabou em sétimo na classe.

Título da GT2 ficou com a Porsche.

A prova também marcou a estreia do Porsche 911 Hibrido que correu sem pontuar mas ficou a frente de vários GT2 e GTCe é uma aposta viável no futuro. Com o término a dupla que levou o título foi Jorg Bergmeister e Patrick Long da Flying Lizard que também levou o título dos construtores para a Porsche.

Vitória do carro do “Office”

Na LMPC a vitória ficou com o #95 da Level 5 com Scott Tucker, Marco Werner e Burt Frisselle chegou 12 voltas a frente do segundo colocado #89 Intersport Racing de Kyle Marcelli, Chapman Ducote e David Ducote. O título de pilotos na classe ficou com Tucker e Jeannette e o de equipes para a Level 5 Motorsports e Green Earth Gunnar. 

Vitória do #63

Na GTC a vitória ficou com #63 de Henri Richard, Duncan Ende e Andy Lally. O título ficou com Timonthy Pappas e Jeroen Bleekemolen e o de equipes com a Black Swan Racing.

ALMS–Quem ganha e quem perde com a negativa da Audi de não participar da ALMS ?

Bom ou mal negócio?

Fiquei surpreso com a “bomba” que alguns sites noticiarão que a Audi não iria mais participar de forma integral do ALMS ano que vem. A equipe não participa mais da ALMS desde o fim de 2008 quanto teve uma guerra com a Peugeot na LMS e competiu contra a Porsche através da equipe Penske em território americano e ainda por cima ganhou as 24 horas de Le Mans. 2008 realmente foi um ano competitivo e muito, mais muito dinheiro foi gasto, digno de uma equipe de ponta da F1.
Em Silverstone os dirigentes da equipe afirmaram que uma volta a ALMS poderia sim acontecer desde que a Audi Nort América pagasse a conta coisa que provavelmente não vai acontecer. Dai me pergunto é saudável para a Audi competir de forma integral na ALMS?

Tanto em 2007 e 2008 os anos de ouro da ALMS se viu uma disputa muito boa entre os Porsche da P2 da equipe de Roger Penske. Mesmo a Audi ganhando quase todas as corridas a graça era ver como os carros amarelos iria se comportar. Em provas como Lime Rock ou Long Beach com seus traçados travados todo o favoritismo da Audi se nivelava pelo bom desempenho dos Porsches.

A resposta é não. Se eu fosse o dirigente da equipe com certeza iria pensar e muito em voltar de forma integral, principalmente pelo histórico que a equipe tem no campeonato. Qual seria seu rival? Highcroft com seu Acura? Dryson Racing? Neste atual momento não existe equipe que realmente pudesse disputar em pé de igualdade e principalmente vencer.

Qual seria a graça de vencer sem competidores do mesmo nível? Foi com este pensamento que em 2007 a Peugeot entrou na disputa com um modelo a diesel ao invés de optar por outro a gasolina e provavelmente acabar sempre em segundo lugar.

Tanto é que a Penske quando soube que a Audi iria sair da categoria preferiu se mudar para a Indy e Nascar aonde o nível de competição era mais interessante. Quem perdeu nisso tudo fomos nós espectadores e principalmente a ALMS que viu seus principais trunfos irem correr em outros campeonatos.

Também não é novidade que desde então o campeonato tem ido de mal a pior com equipes indo embora e carros antigos como é o caso do Lola B06 de Jon Field participando. Se não fosse a GT2 com certeza seria mais triste ainda.
Por outro lado a participação na ILMC está 100% garantida e no ano que vem com provas em Sebring e Road Atlanta fazendo parte do campeonato além da Audi outras equipes irão aportar em solo americano.
Os planos ainda incluem a participação do Audi R8 nas classes GT tanto da ALMS quanto da Rolex através de equipes “clientes”. Rolex que neste ano viu a participação do Camaro e um domínio dos carros da Mazda. Mazda que também está deixando a ALMS e voltando com força para a Rolex o que é mais uma perda.

O que precisa ser feito é a direção da ALMS criar meios de trazer novas equipes e marcas para não se perder. O caminho muito provavelmente é que a categoria se torne uma campeonato “ regional” assim com a LMS vai se tornar ano que vem aonde mais equipes pequena irão fazer partes e os grandes times irão preferir a ILMC. E que venha 2011.

F1 Singapura – A experiência dos mais jovens?

A F1 é engraçada. Sempre preferiu que jovens, muitas vezes crianças obtivessem a tão desejada “super-licença”.As vezes deu certo como o Título de Alonso com 25 anos e mais recentemente com Hamilton e Vettel.

Nem sempre é fácil ficar comparando pilotos com qualidades distintas. Todos tem seus erros e acertos; Infelizmente Vettel e Hamilton tem extrapolado os erros nesta temporada e estão dando de brinde para Alonso e Webber a honra de disputar o título deste ano. Não lembro de episódios envolvendo Alonso que beirassem a burrice. Não defendo o espanhol pois se ele hoje é vice líder deve e muito pelo jogo mesquinho da Ferrari e de certa forma da omissão de Massa no episódio da Alemanha.

Me pergunto se nós pobres mortais que quando completamos 18 anos temos que fazer uma bateria de testes para tirar a tão sonhada CNH qual será o teste psicotécnico que são submetidos os pilotos? Não digo que quem chega a ponto de dirigir um F1 tenha algum tipo de dificuldade ou falta de experiência e controle de um carro o que me pergunto é se não se cria uma expectativa sobre um piloto que muitas vezes não corresponde.

Hamilton que foi campeão em 2008 mais pelos erros da Ferrari do que por mérito próprio tem cometido erros grosseiros tanto em Monza quanto neste final de semana. Tentar ultrapassar o adversário por fora é uma coisa, agora passar o adversário de qualquer maneira por fora é bem diferente. Erro grosseiro que beija a infantilidade. Hamilton que tinha largado melhor do que Webber teria todas as chances de ultrapassar o piloto da RBR já na próxima curva. Webber não iria jogar fora uma corrida muito bem feita, ainda mais que seu carro tinha um rendimento superior. Mas Hamilton se precipitou e acabou quebrando a suspensão. E dai não adianta jogar volante e ficar brabinho. Errou e errou feio.

Já Vettel que tem errado muito mais que Hamilton nesta corrida faltou gana de vencer. Mesmo sendo um Alonso na sua frente poderia ter tentado forçar uma ultrapassagem e quem sabe teria conseguido. Faltou vontade ou talvez um certo medo de cometer mais uma erro.

Sendo assim Alonso que não é bobo aproveitou as chances e ganhou duas corridas seguidas. Se será campeão eu não sei, mas as chances depois dos erros infantis dos seus adversário tem tudo que indique isso.

De resto foi uma corrida longa e chata como todas as provas nestes circuitos “ novos “ que povoam a F1. Me diverti muito com o empurrão que Schumacher ganhou de Kobayashi. Pena que ele bateu logo em seguida. Rubinho fez uma corrida interessante e acabou em sexto lugar e Massa em oitavo. Poderia ter feito mais, só que a pista ao contrário do que Galvão falou a prova toda tinha 1 ou nenhum ponto de ultrapassagem.

Pontos que Kubica criou e foi sem duvida nenhuma o nome da corrida com ultrapassagens limpas e perfeitas. Poderia dar aulas para Schumacher e Hamilton de como passar um carro sem destruir o seu.

Próxima etapa GP do Japão no sempre bom circuito de Suzuka. Até lá.