OAK começa desenvolvimento do Ligier LMP1 para 2015

Um dos destaques da classe LMP2 em Le Mans este ano, o novo Ligier JS P2, terá uma versão LMP1-L que deve estar pronta até o início de 2015.

Durante a prova Jacques Nicolet dono da OAK Racing e ONROAK Automotive, deixou claro que vai oferecer opções de protótipos para as 3 classes (P1, P2 e P3).

“O projeto começou a mais de um ano,” revela o chefe de equipe Philippe Dumas em entrevista ao Sportscar365. ”Com certeza, teremos logo novidades, e estamos esperando mudanças nas regras da classe”. Jaques quer construir algo forte após o sucesso e consolidação do novo LMP2. Mas precisamos entender o que vai acontecer no futuro próximo, e definitivamente o que acontecerá na classe LMP2 no WEC no próximo ano.” 

Ao contrário do que se pensa a construção de um LMP1 é bem mais complexa se comparada aos modelos da classe P2.

“É definitivamente uma quantidade enorme de trabalho para alterar um LMP2 para LMP1, já que não é um projeto fácil principalmente nas questões que envolvem consumo de combustível. É outro mundo. Não quero dizer que é fácil colocar um carro LMP2 na pista porque não é. Mas é algo que estamos mais acostumados.” 

A opção pela classe LMP1-L seria óbvia tanto pelos custos, já que sem o apoio de uma montadora é praticamente inviável participar da classe LMP1-H. “Seria bom competir na LMP1-L temos mais pessoas e mais relacionamentos com fabricantes, como uma equipe júnior. Mas no meu ponto de vista, não quero fazer como fez a Rebellion Racing. É uma quantidade enorme de dinheiro, é um projeto grande” Nós realmente precisamos pensar sobre o conceito junto com o ACO e a  FIA, até por que pessoas como  Jacques Nicolet e Hugues de Chaunac (dono da Oreca), não tenho um bom pressentimento sobre LMP1-L.”

Toyota repete bom desempenho de Silverstone e vence em SPA

A segunda etapa do Mundial de Endurance realizada neste Sábado (03) no circuito de Spa-Francorchamps na Bélgica, ratificou o bom momento da Toyota, que já havia vencido a primeira etapa do WEC em Silverstone, e pôs por terra quem pensava que o bom desempenho do time Japonês foi um mero golpe de sorte.

O prova de SPA, que tradicionalmente antecede Le Mans, é usada por todas as equipes como preparação para a grande prova que este ano será realizada entre os dias 14 e 15 de Junho, visto o traçado rápido com grandes variações de traçado. E foi neste cenário de testes e muitas dúvidas por parte das equipes que era esperado um retorno “triunfal” da Audi, depois da decepcionante primeira prova em Silverstone que por erro dos pilotos os dois carros foram destruídos e os mais incrédulos até duvidaram da participação da marca na prova Belga.

Com uma recuperação fantástica, que incluiu uma seção de testes um dia após o término da prova Inglesa no circuito de Monza, todos esperavam uma reação, que não aconteceu. Ainda no sábado durante o treino classificatório o melhor Audi largou apenas na 3º posição, a pouco mais de 1.301 segundos do Porsche #14 detentor da pole. O time que conta com o brasileiro Lucas di Grassi, como tradicionalmente faz, alinhou um terceiro carro para os pilotos Felipe Albuquerque e Marco Bonanomi com um setup, que a equipe vai usar em Sarthe.

G-Drive repete vitória de Silverstone.

Por outro lado a Porsche que fez uma corrida discreta em Silverstone, e chegou em segundo, mais pelos erros dos adversários do que por ter um carro competitivo, fez “história” ao conquistar a sua primeira pole, apenas na segunda corrida do 919 Hybrid. Fez uma boa largada com o #14 dos pilotos Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb e abriu uma boa diferença para o segundo colocado, o Toyota #8 de Anthony Davidson, Nicolas Lapierre e Stefan Buemi.

Novamente o modelo Alemão conquistou a maior velocidade máxima absoluta com 311,2 km/h mas isto não foi suficiente para livrar o carro de problemas elétricos e fazer uma parada não programada nos boxes. Com o caminho livre o Toyota #8 não encontrou adversários e chegou em primeiro com pouco mais de 1:13.926 de distância para o segundo colocado, o Audi #1 de Tom Kristensen, Lucas di Grassi e Loic Duval.

A diferença de velocidade era evidente, e deve ser tratada com prioridade na Audi, nas partes rápidas do circuito a diferença entre os carros era de quase 20 km/h. Os modelos R18, só mostravam alguma combatividade na parte mista, mais lenta. A escolha da Audi pela “potencia” do seu sistema híbrido, pode ser um dos fatores que estão ocasionando esta lentidão. Enquanto Porsche e Toyota optaram por 6MJ, o time das argolas ficou com apenas 2MJ. Outro fator que deve ser considerado é a durabilidade dos sistemas. Todos os carros já mostraram uma certa confiabilidade em provas de 6 horas, mas em 24? Em um passado, nem tão distante a Peugeot dominava as provas curtas, e sempre pecava em Sarthe, por não aguentar. A Audi com a experiência e capacidade de reação com certeza vai encontrar meios de reverter a situação a tempo, ou torcer para que seus adversários fiquem pelo caminho.

AF Corse vence disputa com Porsche e fatura vitória na GTE-PRO.

O outro representante Alemão, a Porsche que começou com força, também enfrentou problemas de confiabilidade. Se o #14 que liderava a prova, e perdeu a dianteira por conta de adversidades no seu sistema elétrico, o #20 também não fez uma prova tranquila, já que realizou paradas por problemas na suspenção. Assim o #14 acabou na 4º posição a uma volta do líder, enquanto o #20 apenas na 23º posição. Em terceiro o segundo Toyota de Alex Wurz, Stéphane Sarrazin e Kaziki Nakajima, confirmando o favoritismo da equipe para Le Mans. Para Nicolas Lapierre, o esforço de um final de semana foi traduzido pela vitória. “Foi um grande resultado para toda a equipe. Desde o início do fim de semana fizemos tudo certo, na qualificação extraímos tudo o que podíamos e durante a corrida ficamos calmos. Foi uma corrida muito dura com a Porsche. Nós assumimos a liderança no pit stop por isso quero agradecer aos mecânicos. Sébastien e Anthony pilotaram muito bem para que pudéssemos estender a diferença. No final, tivemos que administrar a diferença, para chegar ao final. Nosso pacote de Le Mans está funcionando bem e o sistema híbrido foi maravilhoso. Estamos muito felizes com esse resultado; é a melhor maneira de se preparar para o Le Mans. ” Disse.

A única equipe privada presente em SPA, A Rebellion Racing, que estreou seu novo carro o R-One não teve tempo suficiente para “amaciar” o novo modelo. A diferença de velocidade entre os outros LMP1 era abissal, tanto que passou grande parte da corrida brigando diretamente com os carros da classe LMP2. Tal desempenho é compreensível, visto que o carro fez poucos dias de rodagem em Paul Ricard, para ser entregue a tempo para participar da prova belga. Assim o #12 terminou em 7º e o #13 não completou, sendo este o único abandono.

Ferrari #61 vence na GTE-AM com Aston Martin em 2º e 3º.

Já na classe LMP2, os bons ventos de Silverstone, foram amigáveis com o Morgan Nissan #26 da equipe G-Drive Racing do trio Roman Rusinov, Julien Canal e Olivier Pla, que venceram em SPA, depois de uma boa briga com o Oreca 03 #37 da equipe KCMG e o Zytek #38 da Jota Sport. A diferença para o segundo colocado o #38 foi de pouco mais de 1 minuto. Mesmo com poucos carros na classe, os três primeiros estavam com chassis de marcas diferentes. Os demais carros da classe os dois Oreca da equipe Russa SMP Racing terminaram na 4º e 5º posição.

Entre os GTs da classe GTE-PRO o ajuste de equivalência (BoP), não surtiu o efeito desejado pela organização da prova. Se na primeira prova o Porsche 911 “sobrou”, nesta o vencedor foi a Ferrari #51 da equipe AF Corse de Gianmaria Bruni e Toni Vilander. Em segundo o Porsche #91 de Patrick Pilet e Jorg Bergmeister, que conquistaram o segundo lugar bravamente depois de uma ótima disputa com a Ferrari #71 de James Calado e Davide Rigon.

Os carros da Aston Martin que não foram competitivos em Silverstone, e que por este motivo tiveram seu desempenho ajustado para fazer frente a dupla Porsche e Ferrari, começou bem a prova com o primeiro e segundo lugar, e parecia que tudo iria se encaminhar para uma dobradinha do time britânico, mas não passaram do 4º e 5º lugar com os carros #97 aonde correu Bruno Senna e #99 com Fernando Rees.

Já na classe GTE-AM, a AF Corse também obteve a vitória com o #61 dos pilotos Mirko Ventur, Luiz Perez-Companc e Marco Cioci. O segundo e terceiro lugar, foram ocupados pelos carros da Aston Martin o #95 e #98 respectivamente.

A próxima etapa é Le Mans, e é evidente que todas as equipes vão estar com carros “novos” para a grande clássica. Mesmo com o desempenho fraco da Audi neste início de campeonato, apostar que a equipe já era, é algo totalmente imaturo. A prova é longa e os alemães conhecem cada centímetro da pista. É esperar para ver.

Leia também: Resultados do treino classificatório.

Leia também: Resultado final da prova.

Leia também: Velocidades máximas obtidas.

Toyota surpreende, supera com facilidade Porsche e Audi e vence abertura do Mundial de Endurance em Silverstone

A chuva surpreendeu os participantes na abertura do Mundial de Endurance em Silverstone na Inglaterra. Contrariando a lógica dos testes de pré-temporada e os treinos, a vitória ficou com a Toyota que mostrou um desempenho superior desde a primeira volta.

Desde o início do desenvolvimento dos carros da classe LMP1, o programa da Toyota foi um dos mais obscuros. Pouca informação para a imprensa, testes secretos em circuitos distantes, além de ser a última equipe das oficias a apresentar o carro, o que acontecem nos testes oficiais da categoria em Paul Ricard em Março.

Nestes testes o desempenho do carro foi mediano, não chegando a surpreender, e ficando longe de Porsche e Audi que obtiveram os melhores tempos. Se esperava que a Toyota tivesse o mesmo prognóstico da temporada 2013, quando venceu corridas apenas quando a Audi, apresentava problemas, foi o que não aconteceu.

Mesmo com a obtenção da pole se esperava um “pulo” da Porsche e Audi, logo nas primeiras voltas. O Ritmo imposto pelo Toyota #8 do trio Sebastien Buemi, Anthony Davidson e Nicolas Lapierre, foi tanto que mesmo com as investidas do Audi #1 pelas mãos de Lucas di Grassi, não foram suficientes, ainda no início.

Os quase 1000hp do TS040 Hybrid, foram essenciais, para escapar dos adversários nas retas. A perda da liderança veio ainda no início da prova para o Audi #2 pilotado por Andre Lotterer, mas que foi rapidamente recuperado com a primeira rodada de pit-stop por conta da chuva. A Toyota foi astuta e mudou a escalação dos seus pilotos, escalando Wurz para os períodos em pista molhada e Buemi, nos períodos em que a pista secava.

Em segundo o Toyota #8 do trio comandado por Alexander Wurz, Stephane Sarrazin e Nakajima que chegou a uma volta do líder. A desvantagem para o vencedor, que terminou uma volta a frente, foram os turnos diferentes nas paradas de boxes. Mesmo não conseguindo alcançar o líder, não foi páreo para o terceiro colocado.

G-Drive vence na LMP2

Anthony Davidson comemora a vitória: “Foi um fim de semana fantástico e é brilhante vencer em casa. A equipe fez um trabalho fantástico durante toda a semana. Parecia que seria uma luta épica contra Audi e Porsche se se a pista tivesse ficado seca, mas nós sabíamos que a chuva estava chegando e tínhamos definido o nosso carro para condições de chuva. Nós fizemos a escolha certa de pneus, a estratégia foi simplesmente perfeito; é assim que você ganha corridas. É particularmente especial para também ganhar o Tourist Trophy e o Richard Lloyd Trophy. É uma conquista fantástica e eu não poderia ter desejado um melhor fim de semana. “ Disse.

Para a equipe Audi, a abertura do campeonato se revelou uma das piores corridas da sua história no Endurance. Os dois carros abandonaram por erros primários de seus pilotos, (a última vez foi em Petit Le Mans 2011). Lucas di Grassi, que começou a prova no carro #1, tentou já na largada imprimir um ritmo forte em cima do Toyota #8, mas com o piso molhado e com uma certa inexperiência em ritmo de corrida, acabou passando por cima de uma das zebras, danificando seriamente o carro.

Conseguiu voltar para os boxes, mas os reparos feitos não foram suficientes e sua estreia como substituto de Allan McNish, não passou de 24 voltas. Assim nem Loic Duval nem Tom Kristensen, chegaram a pilotar. Já o #2 foi um pouco mais longe, mas abandonou pelo mesmo motivo. Com 94 voltas completadas Benoit Treluyer acabou perdendo o controle e destruindo a frente do LMP1. Tentou voltar mas com a barra de direção quebrada, teve que abandonar.

Para Wolfgang Ullrich, chefe da equipe o momento é de repensar as estratégias para SPA: “Perder os dois carros em uma corrida devido a acidentes é extremamente amargo. É a primeira vez desde Road Atlanta em 2011 que não completamos a prova com nenhum carro, sem ter marcado um único ponto. Mas o desempenho no início da corrida foi bom. Quando começou a chover confiamos em nosso radar meteorológico e esperamos muito tempo até trocar os pneus. Esse foi o nosso erro e, um risco desnecessário. Ele realmente nos atingiu com força total: Ambos os carros abandonaram. O carro #1 foi tão danificado que tivemos que tirá-lo da corrida. O #2 foi capaz de continuar, mas perdeu muito tempo. Embora depois tenhamos realizado a troca pelos pneus certos, e Benoît Treluyer estava com intermediários que funcionaram bem, até ele deslizar para fora da pista, também. Como ambos os carros foram fortemente danificadas, estamos em uma verdadeira maratona para deixar tudo pronto para SPA”. Lamenta.

A Porsche que desde os primeiros testes, se mostrou um adversário a ser batido, obtendo as maiores velocidades máximas e voltas mais rápidas, foi apática em Silverstone. Em nenhum momento teve um carro para lutar contra Audi e Toyota, e acabou se beneficiando mais pelos abandonos do que por méritos próprios para chegar na terceira posição com o #20 do trio formado por Timo Berhard, Brendon Hartley e Mark Webber, que mesmo assim nunca chegou a incomodar a dupla da Toyota.

Já o Porsche #14, teve que abandonar na segunda hora de prova por problemas hidráulicos, contrariando a máxima de que “Porsche não quebra.” Em quarto o velho Lola B12/60 da equipe Rebellion Racing de Nick Heidfeld, Nicolas Prost e Mathias Beche. Mesmo com uma diferença pequena nos treinos para as equipes de fábrica, não foram capazes de lutar por posições. A quarta posição é uma vitória. O segundo carro da equipe acabou abandonando por problemas mecânicos.

Entre os protótipos da classe LMP2, que teve apenas 4 carros competindo a vitória ficou com o Morgan-Nissan #26 da equipe G-Drive Racing, dos pilotos Olivier Pla, Roman Rusinov e Julien Canal, que travou uma dura batalha com o Oreca #47 da equipe KCMG, que liderou boa parte da corrida, mesmo estando mais lento. A vitória veio depois de um pit-stop e uma punição para o carro da KCMG, por exceder a velocidade nos boxes. Em terceiro veio o Oreca #27 da equipe SMP Racing, única com dois LMP na classe. O segundo carro da equipe abandonou pro problemas mecânicos.

Porsche faz dobradinha na classe GTE-PRO

A luta entre Porsche e Ferrari, foi intensa durante toda a prova, e assim como nas duas primeiras provas do TUSC nos EUA, a velocidade final foi o fato determinante para a vitória do time Alemão.

O Porsche #92 pilotado por Fred Makowiecki, Richard Lietz e Marco Holzer venceu na classe. Esta foi a primeira vitória do 911 desde que ganhou em Le Mans em 2013. A triunfo veio depois da entrada do carro de segurança, nos 40 minutos finais devido à chuva. Até então o carro #91 de Patrick Pillet, Jorg Bergmeister e Nick Tandy comandou a classe em grande parte da prova.

A vitória do #92, marca a primeira da carreira de Fred Makoviecki, como piloto oficial Porsche, que comemora: “Isso foi exatamente o que eu imaginei em minha primeira corrida como piloto Porsche. Que grande corrida, mas foi realmente desafiador. Começamos em uma pista seca, em seguida, começou a chover o que fez a nossa escolha de pneus ser difícil. As trocas entre pneus de chuva e pista seca foram rápidas, graças aos nossos mecânicos. Esse foi um ótimo trabalho.” Disse.

Aston Martin vence na GTE-AM

Em terceiro o Aston Martin #97 da dupla Darren Turner e Stefan Mucke. A equipe, campeã da classe em 2013, não foi combativa em nenhum momento da prova e não conseguiu fazer frente aos carros da Porsche e Ferrari.

A AF Corse conquistou o 4º lugar com o #51 Gianmaria Bruni e Toni Vilander, O resultado poderia ter sido melhor, mas o carro perdeu tempo nos boxes, além de sofrer um stop-and-go, por ultrapassar sob bandeira amarela.

Na classe GTE-AM a vitória para a Aston Martin, veio em forma de dobradinha. O vencedor #95 de Kristian Poulsen, David Hansson e Nicki Thiim. A vitória veio depois de uma ultrapassagem sobre o Aston #98 de Paul Dalla Lana, Pedro Lamy e Christoffer Nygaard, faltando pouco mais de 1 hora para o término da prova.

Em terceiro a Ferrari #81 da AF Corse, de Stephen Wyatt, Michele Rugolo e Sam Bird. A próxima etapa será entre os dias 3 e 4 de maio no circuito de SPA na Bélgica.

Classificação final da prova.

Velocidade máxima na prova.

Etapa de 2008 da American Le Mans Series em Long Beach foi uma das mais emocionantes da história do circuito

Se hoje, a briga pela supremacia entre LMP2 e DP, domina o atual Tudor United SportCar Championship, em 2008 as coisas eram mais interessantes. Considerada por muitos como um dos melhores anos da história recente do endurance, seja pela participação integral da Audi, Porsche, Acura e Peugeot (está no ELMS, contra a Audi), a etapa de Long Beach que, acontece entre os dias 11 e 12 de Abril, também era a terceira corrida daquele ano.

De um lado a Audi, que competia sozinha na classe LMP1, com dois modelos R10, para os pilotos, Marco Werner e Lucas Luhr como #1, e Frank Biela e Emanuele Pirro como #2, enfrentava a força de uma imponente classe LMP2, aonde as equipes Penske com os temidos Porsche RS Spyder, (que marcaram a pole) e a Acura com seu ARX-01B, eram a pedra no sapato da equipe alemã.

O regulamento para 2008 aproximou ainda mais as duas classes, e em um traçado curto como o de Long Beach, a supremacia da Audi era evidente apenas na reta dos boxes, isto com uma pequena vantagem, por conta da maior potência dos motores V12 turbodiesel. Assim os protótipos Porsche e Acura tinham reais condições de lutar por uma vitória no geral.

Durante 1 hora e 40 minutos, os carros da Audi, foram literalmente caçados pelos Porsche e Acura, tanto que o vencedor da classe LMP2, o Acura da equipe Highcroft Racing, da dupla Scott Sharp e David Brabham, chegou a apenas 4 segundos do líder da prova, o Audi #1, depois de emocionantes 71 voltas. A pilotagem precisa de Brabham, quase deu a Acura (hoje HPD) a primeira vitória em casa, já que o centro de desenvolvimento da equipe é nos arredores de Long Beach.

Entre os GTs a classe GT1, hoje extinta, tinha apenas a equipe Corvette, em uma corrida solitária, já que usava a ALMS como preparação para as 24 horas de Le Mans. Mesmo tendo apenas a disputa interna, o #3 da dupla Johnny O’Connell e Jan Magnussen, superaram seus colegas do carro #4 Oliver Gavin e Olivier Beretta. Aquela foi a primeira vitória Johnny O’Connell na pista, desde 1980.

Porsche e Acura, lutando pela vitória.

Na classe GT2, a disputa entre Porsche e Ferrari, sempre foi um dos pontos altos de qualquer corrida. A vitória ficou com a Ferrari #71 da Tafel Racing, dos pilotos Domenik Farnbacher e Dirk Muller, é lembrada até hoje, já que a distância para o #45, Porsche da equipe Flying Lizard de Jorg Bergmeister e Wolf Henzler, foram de míseros 0,102 segundos. Dos 28 carros inscritos na prova, 26 a concluíram. Para a edição desde ano, serão 21 carros, em duas classes P e GTLM.

As corridas disputadas duraram até o final do campeonato. Com a recessão que assolou os EUA no final de 2008, várias equipes, acabaram se desligando da competição, ou fecharam suas portas. Com um plano de ação ambicioso, a direção da ALMS introduziu as classes GTC e PC e extinguiu a GT1.

As equipes Andretti-Green Racing, Autocon Motorsports, B-K Racing, Audi Sport, Corsa Motorsports, Farnbacher Loles Racing, Fernandez Racing, Highcroft Racing, Intersport Racing, LG Motorsports, Penske Racing, Primetime Race Group, PTG, Robertson Racing, Tafel Racing e VICI Racing, fecharam suas portas, ou direcionaram seus recursos para outras series.

Para a edição desde ano apenas três equipes, que competiram em 2008, estarão presentes. Rizi Competizione, Corvette Racing e Flying Lizard Motorsports.

Resultados da edição 2008 da prova: Treino e Corrida.

Lista de equipes confirmadas para Long Beach 2014

Porsche define combinações de pilotos para o mundial de Endurance

Por meio de nota a Porsche AG, divulgou hoje (27), quais pilotos estarão em cada um dos 919 LMP1, tanto para o Mundial de Endurance, quanto Le Mans.

Para o carro #20 Mark Webber e Brendon Hartley, serão os companheiros de Timo Bernhard, enquanto no carro #14 Neel Jani, Marc Lieb e Romain Dumas.

Todos os pilotos estiveram em Weissach, na Alemanha aonde está instalada a pistas de testes da marca bem, como a quartel general do programa LMP1, para tirar os moldes dos bancos. A Porsche irá revelar na próxima Terça (03) durante o salão do Automóvel de Genebra as cores oficiais da equipe.

Mudanças e expectativa na classe LMP1 para o mundial do ano que vem

Os protótipos da classe LMP1, irão passar por grandes mudanças para a próxima temporada. Além de dimensões reduzidas, novos motores e sistema de recuperação de energia estão na pauta das mudanças. A principal notícia entre as equipes é a chegada da Porsche, que junto com a Toyota tentam bater a Audi que tem dominado Le Mans na última década.

Equipes confirmadas:

Audi Sport Team Joest: Muito se falou sobre a permanência da Audi no endurance, depois da chegada da Porsche, já que ambas pertencem ao grupo VW. O novo Audi R18 e-tron quattro é equipado com um motor V6 além dos já existentes sistemas de recuperação. O LMP foi apresentado semana passado, porém nada se falou sobre os pilotos. A ausência de Allan McNish, com certeza será sentida por todos na equipe e pode influenciar no desenvolvimento do carro. André Lotterer, Marcel Fassler e Benoit Treluyer devem continuar. A dúvida é quem fará companhia a Tom Kristensen e Loic Duval. Existe uma grande expectativa para Lucas di Grassi fazer parte deste trio.

Toyota Racing: Após duas temporadas estáveis, mas sem ameaçar a Audi, a Toyota Racing planeja uma incursão com dois TS040 (possível nome do novo LMP) durante todo o mundial de endurance. O sistema é alimentado por um motor V8 e de super capacitores montados em cada eixo para auxiliar o sistema a combustão. Os pilotos serão Alex Wurz, Nicolas Lapierre, Kazuki Nakajima, Sébastien Buemi, Stéphane Sarrazin e Anthony Davidson. O estreante Mike Conway será o piloto de testes, em substituição a Kazuki Nakajima, envolvido em outros projetos.

Porsche AG: Volta a Le Mans com seu 919 Hybrid. O motor um V4, assistido por um sistema híbrido que conta com baterias e alta potência e sistema que recupera energia oriunda do calor, similar ao KERS usado na F1. Os pilotos serão Mark Webber, Timo Bernhard, Romain Dumas, Neel Jani, Brendon Hartley e Marc Lieb.

Rebellion Racing: Até o momento a única equipe privada a confirmar sua participação. A Rebellion será alimentada por um motor Toyota 3.4 litros, sem qualquer sistema de recuperação de energia. O LMP está sendo desenvolvido em parceria com a Oreca. Entre os pilotos nada muda em relação a 2013, Nicolas Prost, Nick Heidfeld, Mathias Beche e Andre Belicchi. São esperados 2 carros.

Possíveis entradas:

OAK Racing: Tradicional construtor de modelos LMP2, anunciou que não iria competir contra seus clientes. O desenvolvimento do seu LMP1, necessita e muito da parceria de uma montadora para ser viável e ainda é incerto. Sua presença na primeira etapa do WEC em Silverstone é incerta. Se alinhar deve ser com apenas 1 carro.

Level 5 Motorsport: Equipe americana, esboçou um interesse em participar da classe principal. Sem revelar nomes ou possível carro, o time comandado por Scott Tucker, confirmou sua participação no TUSC nos EUA. A hipótese de alinhar um Lola B12/60 Toyota (ex Rebellion Racing), ou um HPD ARC-03c não foi descartada.

Sem definição:

WR: Gérard Welter diretor da WR revelou seu LMP em meados de 2013, porém não deu qualquer detalhe sobre possíveis compradores ou detalhes técnicos. A empresa é a mesma que desenvolveu o Green GT, que este ano deveria ter participado da Garagem 56 de Le Mans, mas acabou não conseguindo levar o projeto adiante por conta dos custos.

Perrin: A empresa que é liderada por um Frances, e com sede na Inglaterra a Perrin Limited revelou um LMP1. Nicolas Perrin, um ex-engenheiro da F1 desenvolveu um LMP com sistema híbrido em todas as 4 rodas. Assim como o projeto da OAK Racing, seu carro depende de parceiros para continuar. Os mais otimistas apontam sua entrada no mundial em 2015.

Ligier e OAK Racing anunciam parceria

A OAK Racing por meio da sua subsidiária OnRoak anunciou hoje uma parceria com a Ligier, tradicional fabricante francesa para a construção de LMP. De um lado está Jacques Nicolet dono da OAK Racing e Guy Ligier lendário construtor que já competiu na F1 e em Le Mans.

Com a parceria o nome Ligier volta a Sarthe, de onde esteve ausente desde os anos 70. A construção será dividida em 2 partes. A primeira envolve a manufatura de um modelo LMP2 cupê, que será designado para o mercado americano. Já o atual Morgan que disputa o WEC continuará a ser comercializado. Um LMP3 também será feito visando a nova classe recentemente lançada pela ACO.

A parceria também envolve o Ligier JS 53 EVO, protótipo CN alimentado por motor Honda de 2 litros. “Esta associação com a OnRoak Automotive é muito importante para a minha empresa, e em particular a abertura do mercado asiático, que é onde está o futuro”, disse Ligier. “Além disso, nossa aproximação vai dar à luz a uma gama completa de carros de corrida. Eu tenho toda a confiança em Jacques Nicolet, com quem eu tenho uma longa amizade, para levar o nome Ligier de volta ao cume da resistência. Assim, eu estou feliz por ser capaz de prosseguir o desenvolvimento da marca, baseando-se na experiência de nossas equipes.

Já o LMP1 da OAK não deve estar presente na abertura do mundial em Silverstone ano que vem. O carro que começou a ser desenvolvido em meados de 2012 não tem data para ser lançado, porém segundo o construtor o projeto não foi abandonado.