ALMS Petit Le Mans–Sorte, azar e por que não um pouco de Dick Vigarista, misturado com muito amadorismo?

Vitória incontestável mesmo com “empurrão” no Audi

A prova de Road Atlanta desde ano pode ser classificada como uma das melhores dos últimos anos. Se ano passado a briga pela liderança caiu no colo da Peugeot ainda durante o dia este a ano a situação não foi diferente. Mas esse “cair no colo” ainda vai dar muito o que falar. A fechada que o Peugeot #8 deu em cima do Audi #1 foi o ponto triste de uma corrida altamente competitiva. Mesmo com uma penalidade para os dois carros franceses logo no inicio da corrida se pensou que a vitória da Audi estava fadada a ser algo fácil. Mas vendo e revendo as imagens quem culpou o pobre Porsche da TRG pelo toque terá que rever seus conceitos sobre leis de transito e de pista. Era nítida a vantagem do carro Alemão que mesmo com um tráfego intenso conseguia chegar e aproveitar os momentos de indecisão de Sarrazin no volante do carro Francês. Mais uma ou duas voltas Romain Dumas passaria com certa facilidade e ficaria com a primeira posição. Mas não esqueça que estamos falando de uma disputa entre Audi e Peugeot.

Por outro lado em uma disputa limpa seria impossível dizer qual equipe estava me melhor forma já que o tráfego foi determinante para os acontecimentos da corrida. Em todas as outras etapas da ILMC com exceção de Le Mans o modelo Francês foi superior em velocidade e conseguiram resolver o grande problema de durabilidade que sempre foi o calcanhar de Aquiles do time. Em contra partida as duas equipes sofreram com seus sistemas de machas e tanto o #7 pelas mãos de Sebastian Bordais quanto o #2 por McNish acabaram abandonando prematuramente. Mesmo o #2 ter conseguido voltar foi apenas para terminar a corrida sem qualquer chance de luta pelas primeiras posições.

#20 da Dyson Racing se perdendo ainda nas primeiras horas da prova.

O trunfo ficou completo pelo segundo lugar do Peugeot da equipe Oreca que por muitas vezes ocupou a primeira posição no geral e que não demostrou nenhuma combatividade quando disputava algo com os carros de fábrica. O terceiro lugar (primeiros entre os movidos a gasolina) do antigo Aston Martin de fábrica deve fazer os diretores da equipe pensaram duas vezes antes de abandonar o carro. As declarações de Primat durante a prova de que a medida que os modelos a Diesel iam se destruindo a equipe ia subindo de posição. Os outros carros da classe P1 como o #24 da OAK Racing, #12 Rebellion acabaram em quarto e quinto respectivamente mas não fizeram da excepcional durante a corrida. Esperei mais dos campeões da ALMS #16 da Dyson Racing  que até começaram bem mas acabaram em 7º a 31 voltas do líder parando por problemas mecânicos.. O outro carro da equipe # 20 pelas mãos de Steven Kane se envolveu no mais grave acidente da prova logo no começo. Felizmente o piloto nada sofreu.

Sem adversários a vitória fico fácil para o #33 da Level 5

A quantidade de bandeiras amarelas também surpreendeu. Foram 10 intervenções por acidentes muitas vezes grosseiros como escapadas de pista principalmente em voltas após a saída dos boxes. E quase todas foram causadas pelos pilotos amadores da categoria. Mesmo as classes LMPC e GTC sendo as protagonistas dos acidentes chegou a hora da ACO e da IMSA fazer uma melhor seleção dos pilotos que pensam em competir em 2012. É inadmissível em uma categoria que chega a ser paranoica com segurança aceitar pilotos com nenhum preparo e que botam a vida de outros pilotos em risco. A primeira hora da prova foi triste pela quantidade de bandeiras amarelas por erros bobos.

Na LMPC a Mathiasen ficou com a vitória.

Na classe LMP2 a emoção não deu o ar da graça pois foi dominada totalmente pelo Acura da Level 5 que acertou na mosca na escolha do novo carro. A superioridade foi tamanha que o segundo colocado na classe o #22 da OAK Racing chegou a 8 voltas. Em terceiro chegou o Oreca da Signatech a 18 voltas. A classe que deve ser mais presente em 2012 já que construtores como Lola, Oreca e HPD já começaram a comercializar seus modelos com base no teto orçamentário estipulado pela ACO.

Já na classe LMPC a quantidade de rodadas das equipes e a fragilidade dos carros chegou a surpreender quem sempre apostou na classe. Mesmo com as mancadas a competitividade foi mantida até o final com a vitória com a vitória do #52 da Mathiasen Motorsports com Dobson/Richard e Lewis. Em segundo chegou o #89 da Intersport Racing que foi um dos protagonistas do grave acidente durante os treinos de sexta com o Ford GT da Robertson Racing. Felizmente nenhum dos pilotos se feriu gravemente.

#51 da AF Corse conseguiu resistir as investidas da Porsche e faturou na GT-PRO

Na classe GT-PRO a competitividade foi mantida até a última curva com a vitória da Ferrari da AF Corse com Fisichella/Bruni e Kaffer que chegou a poucos milésimos do Porsche #045 da Flying Lizard pelas mãos do competente Jorg Bergmesiter que na ultima volta conseguiu ultrapassar a BMW #55 do trio Auberlen, Werner e Farfus. A classe que foi a que mais teve lideres diferentes durante a prova teve um início dominado pelas BMW que tinha uma boa vantagem até serem traídas pelos pneus dando passagem para os carros Italianos da AF Corse e Extreme Speed que estavam irreconhecíveis na primeira metade da prova. Os brasileiros Jaime Melo e Rafael Mattos nem chegaram a largar pois ainda na volta de ida para o grid saíram da pista danificando seriamente o carro e mesmo levando o mesmo aos boxes não tiveram condições de largar. Uma pena pois a equipe vinha evoluindo prova a prova. Bruno Junqueira com Jaguar novamente fez uma prova complicada fazendo apenas 92 voltas.

Ferrari da Khron Racing fatura na GTE-AM

Porsche da Black Swan é o vencedor entre os LM-GTC

Na classe GTE-AM uma interessante briga entre a Ferrari da Krohn Racing e o Corvette da Larbre Competition que se estendeu durante toda a prova e que no final acabou ficando mesmo com o time da Ferrari Verde. Entre os Porsches da GTC o #54 da Black Swan do trio Pappas e irmãos Bleekemolen. Com o término da ALMS e Petit Le Mans sendo a penúltima prova do ILMC o campeonato de construtores tem a Peugeot com uma boa vantagem sobre a Audi com 182 a 108 e mesmo que os dois carros franceses quebrem em Zhuhai é praticamente impossível o título ir para o lado alemão. Já na classe GTE a Ferrari é líder com 151 pontos, contra 123 da BMW e 105 da Porsche.

Entre as equipes na P1 a Peugeot Sport Total conta com 97 pontos contra 74 da Audi Sport Team Joest. Na LMP2 a Signatech Nissan lidera com 79 contra 57 da Level 5. Na GTE-PRO a AF Corse lidera com 99 pontos, seguida pela BMW com 85. Entre os amadores da GTE-AM a Larbre lidera com 79 contra 50 da Krohn Racing.

Classificação final da prova.

O melhor e o pior da prova.

Equipes da classe LMPC – Foi a classe que mais causou problemas para as outras equipes durante a prova. O #06 foi o campeão de rodadas e escapadas. Cabe a IMSA fazer uma avaliação dos pilotos amadores aponto de impedir acidentes realmente graves.

Equipe Corvette – A equipe oficial ficou em 4º entre os GTs enquanto o #3 não completou a prova por problemas mecânicos. Esperei mais do #4 e mesmo tendo um bom desempenho a alta competitividade foi tanta que ofuscou o bom trabalho da equipe. Que venha 2012.

Equipes com equipamento Ferrari – Mesmo com a ausência da Rizi Competizione o construtor italiana foi bem representado pela AF Corse, Extreme Speed e Krohn Racing. Para 2012 essas equipes prometem muito levando em conta a possível ausência da BMW. É esperar para ver.

Equipe Aston Martin – O carro é de 2009 mas o desempenho foi muito superior ao AMR-ONE que fez sua estreia em Le Mans e foi o maior fiasco. Quando o projeto nasce bem feito seu desempenho permanece por vários anos. Espero ver o carro ano que vem na ativa seja por equipes provadas ou quem sabe pela oficial. 

Audi – A equipe pode não ter conquistado a vitória pela fechada do Peugeot #8, mas não se pode tirar o mérito e o bom desempenho da equipe em todo o final de semana. Mesmo que o time tenha tomado um banho em todo o ILMC a equipe fez o que a Peugeot não consegue a dois anos… Vencer Le Mans.

LMS Estoril–Grid cai para 29 carros.

O jornalista americano John Dagys do canal Speed americano divulgou uma uma atualização das equipes que vão participar das 6 horas de Estoril. As ausências são Guess Racing e Mik Corse na classe LMP1. Na P2 noticia triste pois Tomas Erdos da equipe RML serão a única ausência na classe. E fechando os desistentes na classe FLM Hope Racing e Genoa Racing fora. Por enquanto. A lista atualizada abaixo.

LMP1 (3 entries)
12 – Rebellion Racing – Lola B10/60 Coupé-Toyota – Prost-Jani
13 – Rebellion Racing – Lola B10/60 Coupé-Toyota – Belicchi-Boullion
16 – Pescarolo Team – Pescarolo Judd – Collard-Tinseau-Jousse
LMP2 (8 entries)
39 – Pecom Racing – Lola B11/40 Judd – Companc-Russo-Kaffer
40 – Race Performance – Oreca 03 Judd – Frey-Meichtry-Rostan
41 – Greaves Motorsport – Zytek Z11SN Nissan – Ojjeh-Kimber-Smith-Lombard
42 – Strakka Racing – HPD ARX-01d – Leventis-Watts-Kane
43 – RLR msport – MG Lola EX265 Judd – Gates-Garofall-Hughes
44 – Extreme Limite AM Paris – Norma M200P Judd – TBA
45 – Boutsen Energy Racing – Oreca 03 Nissan – Kraihamer-Ebbesvik
46 – TDS Racing – Oreca 03 Nissan – Beche-Thiriet-Firth
GTE-Pro (10 entries)
51 – AF Corse – Ferrari F458 Italia – Fisichella-Bruni
66 – JMW Motorsport – Ferrari F458 Italia – Bell-Walker
70 – Kessel Racing – Ferrari F458 Italia – Broniszewski-Peter
71 – AF Corse – Ferrari F458 Italia – Melo-Vilander
75 – ProSpeed Competition – Porsche 997 GT3 RSR – Goossens-Holzer
76 – IMSA Performance Matmut – Porsche 997 GT3 RSR – Pilet-Henzler
77 – Team Felbermayr-Proton – Porsche 997 GT3 RSR – Lieb-Lietz
79 – Jota – Aston Martin Vantage – Hancock-Dolan
89 – Hankook Team Farnbacher – Ferrari F458 Italia – Farnbacher-Simonsen
90 – JMB Racing – Ferrari F458 Italia – Rodriguez-Ballay
GTE-Am (4 entries)
61 – AF Corse – Ferrari F430 – Perazzini-Cioci-Lémeret
67 – IMSA Performance Matmut – Porsche 997 GT3 RSR – Narac-Armindo
82 – CRS Racing – Ferrar F430 – Hummel-Christodoulou-Quaife
88 – Team Felbermayr-Proton – Porsche 997 GT3 RSR – Felbermayr Jr.-Ried
FLM (3 entries)
92 – Neil Garner Motorsport – FLM Oreca 09 – Hartshorne-Keating-Keen
95 – Pegasus Racing – FLM Oreca 09 – Schultis-Simon-Schell
99 – JMB Racing – FLM Oreca 09 – Kutemann-TBA

Juliana Daniell eleita miss Road Atlanta 2011


Nem só de carros, pilotos, porcas e parafusos vive o endurance. Para a etapa desde ano de Petit Le Mans Juliana Daniell foi eleita “miss Road Atlanta 2011” e deve desfilar suas belas formas no paddock durante os dias de corrida. Todos os anos a organização da prova faz este concurso com modelos que moram perto do circuito. Abaixo um belo vídeo mostrando por que Juju foi agraciada com o título.

24 horas de Le Mans–A vitória de um carro só

Para entendermos a vitória da Audi este anos temos que voltar para 2010 e pensar um pouco sobre o trunfo triplo da equipe alemã. No ano passado os carros da Peugeot estavam mais velozes e só não ganharam por conta da pouca durabilidade. Em nenhum momento os três Audi esboçaram qualquer tipo de luta e acompanharam de longe um a um os Peugeot sucumbirem. Algo precisava ser feito.

Assim em 2011 a marca construiu seu primeiro protótipo fechado desde 1999 e além de vencer queria convencer. Desde os primeiros testes tanto em Sebring quanto em Le Mans e em sua corrida inaugural em SPA era sabido que o que faltou no R15 sobrava no R18 velocidade. Velocidade que veio junto com um consumo maior que do seu antecessor mas que pelo talento de seus pilotos e aerodinâmica do carro poderia ser anulada em Sarthe. E assim foi.

Infelizmente corrida é corrida e ninguém esperava os acidentes com os carros alemães. Eles até poderia batem ou ter um pneu furado, mas serem totalmente destruídos isso realmente ninguém esperava. Até por que os dois carros que se acidentaram eram as esperanças da Audi para a corrida. O carro #3 com McNish e Kristensen e o #1 com Mike Rockenfeller e Romain Dumas.

Podemos apontar um culpado nos dois acidentes? Mesmo as imagens mostrando claramente que as Ferrari estavam no lugar errado faltou um pouco de prudência dos dois pilotos. Seria compreensível se estivessem na última volta da última hora de prova, mas em momentos em que a corrida estava tranquila foi desnecessário. Com essa perda dupla todas as esperanças se voltaram para o carro #2 de Marcel Fassler, André Lotterer e Benoit Treluyer, que souberam corresponder e foram sublimes durante toda a prova. Uma vez ou outra uma escapada ou um ultrapassagem mais perigosa mas nada que pudesse ser controlada.

Mesmo com mais paradas nos boxes do que o segundo colocado (foram 31 da Audi contra 28 do Peugeot) o trio soube aproveitar do bom carro que tinham. Mesmo durante os chuviscos nas horas finais aonde o ritmo tinha que ser mais prudente não deixaram o primeiro lugar escapar de suas mãos. Assim como diz o slogan da Pirelli “Potencia não é nada sem controle” o trio soube explorar todo o potencial do carro mesmo ele tendo um consumo elevado.

A diferença de míseros 13 segundos para o Peugeot #9 também demostrou o bom rendimento do carro Francês, que conseguiram espantar o fantasma do ano passado e todos os 908 completaram a prova até o da equipe Oreca. A Audi provou que aquela máxima de que carro rápido não vence Le Mans pelo menos este ano foi por água e deixa os “chatos” por segurança e carros mais seguros com a boca bem fechada. Se fosse um F1 McNish teria sobrevivido? Rockenfeller que fico em estado grave voltaria a pilotar? Hoje se pode dizer que um protótipo seja ele aberto ou fechado estão em um nível superior ou de igualdade com um F1. O que poderia acontecer é retirar os fotógrafos daquela área aonde McNish se acidentou. Deu mede de ver os profissionais se arriscando. Como recompensa fomos brindados com belas imagens do carro sendo destruído.

Os outros protótipos tiveram um bom desempenho enquanto estavam na pista. Deu pena de ver o Pescarolo batendo nas horas finais da corrida. Para mim ele é o vencedor moral da prova depois das dificuldades enfrentadas ano passado e com um carro de 2009 esteve sempre em primeiro lugar entre os carros movidos a gasolina. A luta contra os carros da Rebellion mostraram que mesmo com recursos limitados Pescarolo tem o que poucos conseguem mesmo estando a anos no endurance. Experiência e visão de corrida. Ou algum outro construtor teria vontade e empenho de montar uma estrutura vencedora em menos de 1 ano?

Infelizmente as medidas para igualar os carros a Diesel e gasolina não surtiram o efeito esperado e nenhum protótipo movido a gasolina chegou perto dos Audi e Peugeot. O mais próximo o Rebellion #12 chegou a 16 voltas do líder. Outro bom resultado foi o Aston Martin da equipe Kronos que mesmo com problemas acabou a corrida com a mecânica em ordem. Muito ao contrário dos Aston de Fábrica que pararam com 1 hora de prova. A equipe pega pela inovação, não que isto fosse problema já que todo carro não começou ganhando provas, e os poucos que conseguiram esse feito rodaram muito antes. Apenas para citar o ganhador da corrida a equipe alemã fez duas seções de 33 horas e acertou todos os erros e problemas. Será que a Aston fez isso? Ou apenas se valeu da “experiência” para competir. Tanto que David Richards diretor da equipe pediu publicamente desculpas em seu Twitter para os fãs da marca. Atitude rara em um mundo que nem sempre se ouve os torcedores quando raramente os compradores.

Outro exemplo de que o desenvolvimento aprimora a coisa é o Oreca híbrido da Hope Racing. A equipe que por várias vezes ficou nos boxes por horas foi até onde o carro aguentou mostrando que é viável o uso deste tipo de motorização.

Os dois primeiros colocados na classe… quem ganhou foi a Nissan

Já na classe LMP2 a Nissan mostra sua força em seu primeiro ano no endurance. Os dois primeiros colocados tinham o propulsor Japonês. A surpresa se deu pelo fato da equipe vencedora ser a Graves Motorsport com um protótipo Zytec 2009. O Segundo colocado Signatech com um Oreca 03 era o vencedor nato da categoria pois foi bem em todos os testes além de ter um carro mais novo. Assim a Nissan prova que consegue entregar um motor vencedor independente do protótipo utilizado.  O terceiro colocado o Lola Coupe da Level 5 motorsport consegue um fantástico resultado levando em conta seu histórico este ano. Tanto em Sebring quanto em Long Beach o carro chegou a ser mais lento do que os protótipos da Fórmula Le Mans. Em SPA teve o carro completamente destruído e conseguiu reconstruir a tempo de competir. Seu desempenho foi satisfatório mesmo chegando a 7 voltas do Zytec vencedor. A decepção da categoria sem dúvida foi as equipes que competiram com o modelo HDP ou Acura.

A Strakka Racing que foi vencedora o ano passado na classe LMP2 não completou a prova com problemas enquanto a RLM do brasileiro Tomas Erdos chegou em 4º a 12 voltas do vencedor da classe. Mesmo assim nenhum dos dois carros não tiveram desempenho para lutar de igual para igual com os modelos da Oreca equipados com o propulsor Nissan. O “drama” da Honda que não conseguiu fornecer peças para a equipe Hightcroft ainda durante a preparação parece que resbalou nas outras equipes. A diferença é que elas tinham mais dinheiro para pelo menos participar da corrida, mas pecaram no fraco desenvolvimento do carro. Outro vencedor da classe é o #44 Extreme Limite e último colocado dos carros que completaram a prova. Mesmo a 108 voltas do líder a equipe que quase não larga mostrou competência chegando ao final da prova.

Belo presente para comemorar os 10 anos da primeira vitória em Sarthe

A classe GTE-PRO que sempre foi sinônimo de disputas acaloradas teve sim sua doze de emoção mas a ausência dos Porsche na linha de frente abriu caminho para a  Corvette obter sua primeira vitória em Sarthe desde que passou da GT1 para a GT2 em 2010. A equipe que não participou de nenhum teste coletivo se isolou em solo americano e assim ficou até poucos dias antes da corrida. Duvidou-se muito se a equipe iria corresponder a expectativa e principalmente a concorrência da nova Ferrari e BMW. Desde o começo da corrida o #74 não encontrou dificuldades para obter a liderança e travou uma bela disputa com a Ferrari #51 e os dois BMW. O brasileiro Augusto Farfus esteve muito tempo na liderança da classe, mas um pneu furado e depois problemas com o carro acabaram com a chances de vitória.

O outro brasileiro Jaime Melo que competia a Ferrari da Luxury Racing esteve sempre perto dos primeiros colocados mas acabou não completando a prova. A equipe que não tinha a estrutura da AF Corse além de ser sua primeira participação em Sarthe não obteve sucesso. Melo levou praticamente o carro nas costas até a quebra do mesmo. A decepção da prova entre os carros da categoria PRO foi a ausência da Porsche entre os ponteiros. O melhor 911 foi o da equipe Felbermayr-Proton que apenas chegou e isso a 3 voltas do líder da classe. Mesmo com boas equipes a Porsche não encontrou a velocidade que precisava para vencer na classe. Esta falta se esperou muito da nova Ferrari 458 que só não venceu por conta da superioridade do Corvette.

A boa noticia da classe foi a chegada de pelo menos 1 Lotus Evora mesmo que a 60 voltas do líder Audi e 19do Corvette vencedor da classe. A equipe se esforçou em informar que a prova seria uma espécie de treino de luxo para os dois carros. O treino parece que valeu e um deles completou a prova, porém falta muito para o Evora fazer frente a medalhões como Porsche, Ferrari, BMW e Corvette.

Vitória dupla da Corvette

Já entre os amadores da GTE-AM a equipe Larbre Competition que venceu Le Mans ano passado com Salen na finada GT1 poderia ter inscrito seu carro na GTE-PRO que teria feito o mesmo sucesso. A vitória surpreendeu muitos que apontavam a Porsche da Flying Lizard como potencial vencedor. Assim em segundo chegou o Porsche também da Larbre e fechando o pódio o Ford GT da equipe Roberston Racing. O time americano que entrou sem nenhuma ambição acabou  chegando em terceiro. Se dúvida um belo começo.

O que chamou a atenção este ano foi o número elevado de abandonos em um total de 28. Em uma prova sem chuva os abandonos que não foram só problemas mecânicos se deram por graves acidentes. A média baixa de idade pode ter contribuído para essa carnificina sem sangue, mas acende o farol amarelo para a organização da prova conter o ímpeto dos pilotos. A prova são os acidentes da Audi que foram mais por conta da afobação de pilotos que achavam poder resolver a corrida como se a mesma fosse uma prova sprint da FIAGT que tudo se resolve em 1 hora. Muitos bons pilotos não tiveram sequer a chance de participar da prova como é o caso do super-campeão Tom Kristensen. Mesmo assim aquela tradicional calmaria do final da prova deu lugar a uma disputa intensa que a muitos anos não se via.

Espero que com a criação do campeonato mundial de Endurance ano que vem possamos ver mais disputas com mais marcas com chance de vitória. A Audi está de parabéns pela competência e sangue frio de não se deixar intimidar pelo “batalhão” azul em seu retrovisor. Parabéns !!!
O melhor e pior da prova. (clique para ampliar).

Segurança: Todo o aparato tanto dos carros quanto do circuito foi posto a prova. Nota 10 para a organização que conseguiu reconstruir a barreira de pneus nos dois acidentes envolvendo a Audi. Para muitos que criticaram o uso da barbatana de tubarão por parte das equipe dizendo que os carros ficariam lentos acabou dando com a língua nos dentes. Se não tivessem tal asa o acidente poderia ter sido bem mais grave.

Quifel ASN Team: A equipe portuguesa que este ano compete na LMP1 não teve uma boa estreia em Sarthe. Com problemas no motor que simplesmente se deslocou provocando uma rodada e consequentemente abandono. Estava muito bem na corrida e lutava de igual para igual com a Pescarolo e a Rebellion.



Motores japoneses: Grande destaque positivo e negativo. Toyota e Nissan superaram fácil os blocos Judd nas classes LMP1 e 2. Não foi páreo para os motores a Diesel, mas se mostraram confiáveis e rápidos. Ao contrário o bloco Honda não foi páreo para seus contemporâneos o que causou espanto pois venceu Le Mans ano passado e sempre foi rápido na LMS e ALMS. Este ano por conta do tsunami o fornecimento de peças foi o principal motivo por esse atraso no desenvolvimento. Mesmo com esse problema a “esquadra” japonesa nunca entrou em Le Mans para brincar.


A volta de Pescarolo: Nem sempre rios de dinheiro fazem de uma equipe vencedora. Depois de um 2010 indefinido a volta de uma das mais tradicionais equipes do endurance foi cheia de pompa com a vitória em Paul Ricard. Depois de bons tempos nos testes e na prova de SPA a equipe ia bem até que nas horas finais o carro bate e dá adeus as chances da equipe ser a primeira entre os modelos a gasolina. Para mim Pescarolo foi o vencedor moral da corrida.
Peugeot e a “vitória”: Tudo bem que o segundo lugar para muitos é o primeiro perdedor, mas no caso da Peugeot o fato de completar a prova com os 4 carros é um grande feito. Depois do vexame do ano passado e de várias provas aonde o carro era rápido, mas não completava parece que faz parte do passado. Este ano o fabricante francês provou do remédio dos outros anos. Um concorrente mais rápido do que ele. As outras provas do ILMC prometem.


O desempenho da Porsche: Muitos ficaram espantados com o comportamento das equipes que competiram com o tradicional carro que por tantas vezes venceu a prova. Em nenhum momento os carros foram páreos para Corvette, Ferrari e BMW. O melhor resultado é um 4º lugar a 3 voltas do vencedor da GTE-PRO. Este desempenho era esperado para a nova Ferrari 458 que parece ter evoluído mais rápido. Uma pena pois corrida sem Porsche lutando por vitória não é a mesma coisa.

Hope Racing: A estreia do modelo híbrido não foi uma das mais badaladas pois o mesmo não terminou a prova. Mesmo assim Le Mans continua sendo um celeiro de ideias inovadoras, mesmo que em um primeiro momento não possam ser viáveis. Quem dera a F1 fosse um pouco assim.



Oreca e OAK Racing: As duas equipes que este ano também viraram construtores. Enquanto a Oreca conseguiu vender 4 do seu modelo 03 além de fornecer carros para a Fórmula Le Mans a OAK decidiu por 4 carros de forma “oficial” para chamar a atenção de futuros compradores. Enquanto dos 4 apenas 2 Oreca completaram a prova. Os da OAK apenas 2 completarem. Independente dos problemas com pneus e motores os dois fabricantes dão um passo além fornecendo equipamentos para futuras equipes contribuindo para popularizar o endurance.


Os brasileiros: Com três representantes de muito boa qualidade estávamos bem representados. Tanto Jaime Melo quanto Augusto Farfus tinham condições de ganhar em sua classe, mas por intemperes acabaram abandonando. Já Tomy Erdos não tinha um carro para lutar pela vitória depois de vários anos sendo favorito. A RML terá muito trabalho para voltar a ser uma equipe favorita ainda mais depois da ascensão da Nissan.



Lotus e Aston Martin.

Os esteantes mais badalados desta edição da prova. Enquanto a Lotus fez a lição de casa treinando conseguiu completar a prova com pelo menos 1 carro. Já a Aston Martin não passou da primeira hora de corrida tendo os dois carros quebrando na mesma volta. Tanto uma quanto outra têm que trabalhar muito para pelo menos terminar as corridas de forma satisfatória.

ILMC–Level 5 Motorsports revela detalhes do seu programa para 2011

A equipe Level 5 Motorsports atual da Fórmula Le Mans no continente americano já tinha revelado que iria competir na ILMC. Hoje em entrevista para o site endurance info Scott Tucker deu mais detalhes do programa.

Scott Tucker: “É o auge da corrida de endurance internacional, os melhores pilotos e equipes. Queremos estar neste nível. Nós já provamos que somos competitivos”.

O time vai competir com dois Lola Coupe com motores Honda e um gordo patrocínio por parte da Microsoft e também confirmou a participação no campeonato verde Michelin Green X Challenge.
A Participação da Level 5 para o ILMC é mais um emocionante capítulo de esportes da HPD protótipo de carro de corrida.  Após o nosso sucesso na ALMS, LMS e em Le Mans em 2010, temos o prazer de servir a Level 5 pela primeira vez. Estamos ansiosos para apoiar a equipe em um cenário internacional contra uma forte concorrência “ comenta Stive Eriknsen vice-presidente da HPD
Os pilotos serão Scott Tucker e Christophe Bouchut. Um terceiro nome será revelado em breve

McNish com medo dos protótipos a gasolina

O site doxcar.com trouce uma entrevista com o piloto da Audi Alan McNish. Para o piloto o maior desafio para a temporada 2011 são a nivelação dos modelos a gasolina em comparação com os a diesel da Audi e Peugeot.

Os modelos a Diesel começaram seu domínio em 2006 quando a Audi apresentou o seu modelo R10, desde então nenhum carro movido a gasolina venceu em Le Mans e foram poucas as vezes que em uma corrida que tivesse um modelo Audi ou Peugeot um dos dois não tivesse ganho.

Para este ano a ACO fez uma série de mudanças para os modelos a gasolina terem alguma chance. A primeira fabricante a apostar foi a Aston Martin que vai lançar um inédito protótipo aberto contrariando a grande maioria das equipes que está optando por modelos fechados. “Olhando para a velocidade da Aston Martin em linha reta ano passado, eles eram muito rápidos, não há dúvida” revelou o piloto no AutoSport Internacional.

O grande diferencial por parte da Audi é que a mesma já apresentou seu R18 enquanto o protótipo da Aston ainda sequer foi apresentado ou testado.”A única área que temos uma ligeira vantagem é que estamos com o nosso carro já e testes”.

Outra equipe que preocupa o time alemão é a Rebellion Racing que fechou uma parceria com a Toyota no fornecimento de motores. “Este é um pacote que temos que esperar e ver. Eu sei que a capacidade da Toyota para produzir motores, é boa, mas teremos que esperar e ver quando eles foram para a pista”

Com a nova politica além da Toyota, a Nissan e a Honda estão desenvolvendo propulsores para este ano sem esquecer dos blocos BMW montados pela Judd. Audi e Peugeot que se cuidem.

Pescarolo anuncia nova parceria

A Pescarolo anunciou hoje mais um parceiro para a temporada de 2011. Se trada da EOLEN Group. A empresa com sede em Malakoff em 2006 é especializada em consultoria e engenharia de tecnologias Avançada. Henri Pescarolo comemora mais uma parceria “Estou muito contente por ter persuadido uma empresa como a EOLEN para acompanhar-nos no nosso desenvolvimento tecnológico e de servidores. Os consultores, fornecidos pelo Grupo EOLEN, vão integrar nossos veículos e infra-estrutura . Eles fornecem conhecimento técnico essencial e de valor inestimável para a otimização do carro. Uma relação de confiança entre nós que me emocionou profundamente. Faremos o nosso melhor para torná-lós satisfeitos com nossa experiência. “

Pascal Leblanc presidente da EOLEN também festeja a parceria.A aventura da EOLEN acima de tudo é um espírito, uma equipe forte com paixão, um desejo de ter sucesso, ser feliz para compartilhar conhecimentos específicos de alta tecnologia. Achei todos esses valores e este espírito no seio da equipe de Henri Pescarolo. É por isso que eu queria colocar à disposição de Henri os melhores engenheiros no domínio de I & D, que já estão perfeitamente integrados. “
Outros pareceiros de Pescarolo são Motul, Autovision e Nerim

O site da EOLEN pode ser visto aqui

ILMC–V8 Nissan pronto para o batente

O site Lemans.org entrevistou Takeo Inagaki que trabalha na Nissan e que atualmente está a frente do projeto LMP2 da marca. O motor que é oferecido para os clientes Oreca já está confirmado no Ginetta Zytek da equipe Bruichladdick.

Abaixo a entrevista.

LM – Quantas pessoas estão envolvidas no projeto do motor para a LMP2?

Inagaki – 5 pessoas trabalham no projeto desde o ano passado

LM – Por que a escola de um V8 de 4.5 litros aspirado?

Inagaki – Nossa escolha é baseada em nossas experiências com motores turbo e aspirado naturalmente nas corridas de Super GT no Japão. Tanto em termos de confiabilidade e desempenho, acreditamos que os motores aspirados são mais adequados para nossos clientes da LM P2.

LM – Quais são as diferenças entre os motores LM P2 e da GT 500?

Inagaki – O bloco NISMO LM P2 é baseado em um desenvolvido para o GT 500. Mas o  teto fixado pelo ACO para os motores da LM P2 provoca uma redução significativa nos custos de produção. No entanto, não compromete a confiabilidade, o que foi demonstrado na Super GT.

LM – O primeiro bloco já foi montado?

Inagaki – Os testes em bancada já estão em andamento

LM – Qual o próximo passo?

Inagaki – A Zytek vai montar e fornecer os motores para os clientes para que eles possam começar a testar. As primeiras voltas na pista serão provavelmente no final de janeiro ou início de fevereiro.

LM – Muitas equipes estão interessadas no motor?

Inagaki – Vamos equipar de 5 a 6 carros

LM – Qual é o papel da Zytek no projeto?

Inagaki – Zytek irá construir os motores para os clientes europeus, seguindo as nossas especificações e utilizando peças de Nismo. A Zytek irá também prestar apoio técnico às equipes.

Abaixo as especificações do motor NISMO VK45

Arquitetura: V8 a 90º Aspirado

Deslocamento: 4,494 cm3

Diâmetro / Curso: 93 milímetros mm/82.7

Potencia: 450 cv

Peso: 143 kg

Intervalo entre duas revisões: 6 000 km

Preço: € 75 000

RML confirma HPD para a LMS

A atual campeão da classe P2 a equipe RML confirmou hoje o uso de um HPD para a temporada da LMS desde ano. O HPD ARX-01d vai permanecer na P2 e fará companhia a outro Acura da Strakka Racing.

Roy Baker diretor esportivo conta que não foi fácil trocar o tradicional Lola para a novo HPD “Esta foi uma decisão extremamente difícil. Tivemos uma excelente relação de muitos anos e estamos muito tristes de sair e deixar amigos da Lola. Entretanto, após uma primeira temporada como fornecedora de motores a HPD se mostrou bem sucedia. “

O motor utilizado será um V6 de 2.8 Litros bi-turbo. Seu bloco é o mesmo do Honda Accord e Acura ZDX

Tomas Erdos o brasileiro está confirmado como piloto e explica o por que da mudança. ”Percebemos que mesmo se tivéssemos uma boa combinação com o Lola-HPD, nós simplesmente não eram poderosos o suficiente para competir com o chassi HPD. Agora temos este pacote e nossas chances serão maiores. Dito isto, será triste, não para conduzir o Lola. Levantamos a Lola a várias vitórias e eu sinto muito para acabar com essa relação. Um grande obrigado a todos os membros da fábrica pelo apoio incrível ao longo dos anos. Elas têm contribuído enormemente para o sucesso do nosso programa e é uma pena não trabalhar mais com eles. “

* Com informações do Daily Sports Car