Asa traseira tradicional pode estar com os dias contados?

Design do Peugeot 9X8 não possui asa traseira. (Foto: Divulgação)

O lançamento do Peugeot 9X8 e o esboço do Hypercar da Cadillac, que irão competir no Mundial de Endurance ou IMSA (Os programas não foram anunciados), o que chamou a atenção foi a ausência da tradicional asa traseira.

Praticamente todos os carros de corrida possuem o apêndice aerodinâmico que mantém o monoposto, protótipo ou GT (colados) no chão, principalmente em curvas. A Peugeot já demonstrou que existe uma asa traseira no carro, apenas concebida de uma forma diferente. 

Como esses carros podem competir contra os Hypercar, como o Toyota GR010 HYBRID, Glickenhaus e os futuros fabricantes se eles também optarem pela asa traseira tradicional?  

Cadillac também optou por um protótipo sem asa traseira convencional. (Foto: Divulgação)

As equipes utilizam há décadas meios de manter o carro o mais estável e com a maior aderência possível. A FIA e os organizadores de campeonatos como o WEC e a F1 deixaram bem claro em seus livros de regras que seus carros sigam um padrão,  em limites geométricos estritos para forçá-los a depender da aerodinâmica do corpo, que foi historicamente considerada mais segura.

Os regulamentos da classe Hypercar dizem que cada carro possua um limite de downforce e arrasto aerodinâmico que calcula a força de resistência ao ar ou outro fluido por uma determinada área/superfície. Quanto menor o valor do Cx, menor a resistência ao ar e mais aerodinâmico será o protótipo ou um carro de produção em série.

Assim os engenheiros da Cadillac e Peugeot foram pelo caminho mais difícil, mas não impossível. O downforce existe, mas como o carro se manterá estável será conseguido de uma maneira diferente. Obviamente ajustar a aerodinâmica de um carro é mais fácil regulando a asa traseira dependendo do circuito, ou através de pequenos apêndices ou aletas muito comuns na dianteira de qualquer carro de corrida, desde que seja permitida pelos respectivos regulamentos. 

A equipe da Peugeot posicionou o ponto com maior downforce no meio do carro. Isso significa que ele pode manter o equilíbrio aerodinâmico para tornar a condução segura e fácil de controlar.

Se dará certo? Só quando os carros foram para a pista com seus pares com a asa tradicional. Mas a ideia foi jogada ao vento e outras categorias poderão aderir. As cartas estão lançadas

Com informações do site carscoops