O envolvimento da Alpine no Campeonato Mundial de Endurance (WEC) seguirá sem alterações, mesmo diante de possíveis mudanças no programa de motores da Fórmula 1 da Renault. A informação foi confirmada por Bruno Famin, vice-presidente de automobilismo da Alpine, que assegurou que a fábrica de Viry-Chatillon, responsável pelos motores da equipe, continuará a produzir e manter propulsores para o modelo A424 LMDh. As informações do site Autosport.com.
A fábrica, localizada na França, é um ícone na história do automobilismo, produzindo motores para a Fórmula 1 desde 1979. No entanto, o futuro do programa de unidades de potência da Renault está sendo debatido. Com a possibilidade de a fabricante encerrar sua produção a partir de 2026, quando novos regulamentos entrarão em vigor. Além disso, a decisão final, segundo Famin, ocorrerá até 30 de setembro, prazo estipulado internamente.
Mudanças na Renault
Nas últimas semanas, a simples sugestão de a Renault parar de fabricar motores para a Fórmula 1, tornando a Alpine uma equipe cliente da Mercedes, gerou protestos entre os funcionários de Viry. Apesar disso, Famin garantiu que a fábrica continuará desempenhando um papel essencial na operação da equipe Hypercar da Alpine. Independentemente do que ocorrer no cenário da Fórmula 1.
“Nós já usamos a instalação para os motores do WEC e continuaremos a utilizá-la no futuro. Estamos aproveitando as instalações, as pessoas, as habilidades e os recursos que temos em Viry para apoiar e desenvolver o programa WEC”, destacou Famin.
Aliás, o Alpine A424 é movido por um motor V6 turbo de 3,4 litros desenvolvido pela Mecachrome. O mesmo que está nos carros da Fórmula 2, em uma versão modificada. Esse propulsor possui um sistema híbrido comum a todos os carros LMDh, fornecido por empresas como Bosch, Xtrac e Williams Advanced Engineering.
Alpine foca em mais testes para 2025
Em 2024, a Alpine realizou testes limitados com seu novo A424 em seu retorno à classe Hypercar. A marca foi a única fabricante a não participar do teste coletivo realizado em Austin, no Texas, em julho, que antecedeu o Lone Star Le Mans. No entanto, Famin indicou que a equipe aumentará o número de testes em 2025. Com o objetivo de maximizar o uso de sua verba e do limite regulamentar de dias de teste.
“Os regulamentos limitam o número de dias de testes, e isso depende se você é um fabricante ou quantos carros de clientes você tem. Alguns concorrentes possuem muitos carros de clientes e podem realizar mais testes, além de participar de competições duplas no IMSA e no WEC”, explicou Famin.
Por fim, a Alpine, segundo Famin, seguirá “passo a passo” e buscará tirar o máximo proveito da cota de dias de testes disponíveis para o próximo ano.