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WEC considera expansão do calendário e do grid para receber novos fabricantes

O Campeonato Mundial de Endurance da FIA (WEC) poderá ampliar seu grid para até 42 carros nas próximas temporadas, em resposta ao aumento no número de fabricantes interessados na classe Hypercar. A informação foi confirmada pelo CEO do WEC, Frédéric Lequien, durante a semana das 24 Horas de Le Mans 2025. As informações são do site SportsCar365.com.

A declaração veio em meio a questionamentos sobre como a categoria pretende acomodar as novas entradas de Genesis, McLaren e Ford, previstas para as próximas temporadas, sem prejudicar a diversidade atual entre protótipos e carros GT.

Capacidade máxima: 42 carros no grid

Atualmente, o grid do WEC é composto por 36 carros em tempo integral, divididos igualmente entre as classes Hypercar e LMGT3. Esse número representa uma pequena redução em relação à temporada anterior. Apesar disso, Lequien afirmou que o campeonato já estaria apto a receber 40 carros ainda este ano, caso Lamborghini e Isotta Fraschini não tivessem retirado suas inscrições.

Lequien confirmou que o limite absoluto do campeonato será de 42 carros, citando infraestrutura como o principal fator limitante. “Nunca passaremos de 42 carros. Este é o máximo. No momento, tentaremos ficar com 40 carros”, afirmou ao site Sportscar365.

Imola e COTA enfrentam desafios de espaço

Alguns circuitos enfrentam dificuldades logísticas para acomodar o grid em expansão. O Autódromo de Ímola, por exemplo, construiu boxes adicionais para manter seu lugar no calendário do WEC, atendendo às exigências de infraestrutura da organização.

Já o Circuito das Américas (COTA), no Texas, segue como um ponto crítico: possui apenas 34 boxes disponíveis, o que obrigou equipes LMGT3 a dividirem garagens em 2023.

Novos fabricantes impulsionam crescimento do WEC

A chegada da Genesis Magma Racing à Hypercar em 2026 deverá elevar a categoria para 20 carros, considerando a manutenção das atuais inscrições privadas da Ferrari AF Corse e da Porsche Proton Competition. Com os programas LMDh da McLaren e Ford previstos para 2027, o grid da Hypercar pode chegar a 24 carros.

Caso o número total de vagas permaneça em 40, o WEC poderá ser forçado a cortar inscrições privadas ou reduzir o número de carros LMGT3. Uma expansão para 42 vagas evitaria esse cenário, garantindo a permanência de todos os atuais participantes.

Lequien ressaltou o compromisso do WEC com a classe LMGT3, destacando que a presença de GTs e protótipos no mesmo grid faz parte do “DNA” da categoria. O executivo também reafirmou a manutenção de 15 vagas para carros LMP2 nas 24 Horas de Le Mans, o que limita ainda mais a flexibilidade nas inscrições.

Com um grid de 42 carros e mais 15 LMP2 para Le Mans, o total de 62 vagas no Circuito de La Sarthe permitiria apenas cinco inscrições adicionais entre Hypercar e LMGT3.

Expansão do calendário para nove corridas em 2027 continua em pauta

Além da ampliação do grid, a direção do WEC também cogita aumentar o número de etapas do campeonato. Lequien revelou que a expansão para um calendário com nove corridas em 2027 segue sendo considerada.

O calendário de 2026 repetirá os mesmos oito circuitos pelo terceiro ano consecutivo, como forma de controlar custos operacionais. No entanto, com o crescente interesse dos fãs e a chegada de novos fabricantes, o CEO acredita que chegou a hora de abrir diálogo com as montadoras.

“2026 será estável. Mas em 2027, com o grid que temos e a expectativa dos fãs. Vale a pena discutir com os fabricantes sobre talvez expandir o calendário”, explicou Lequien.

Aliás, entre os candidatos mais fortes a integrar um possível calendário ampliado está Silverstone. Que manifesta interesse em retornar ao WEC após sua última aparição em 2019.

Por fim, a última vez que o campeonato contou com nove corridas em uma única temporada foi em 2017. Antes da introdução da “supertemporada” 2018/19, que reduziu o número de etapas.