FIA reduz multas por linguagem imprópria e altera regras de conduta para pilotos e equipes
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta quarta-feira (15) uma atualização no Apêndice B do Código Desportivo Internacional, reduzindo o valor das multas aplicadas a pilotos e membros de equipe por uso de linguagem imprópria em competições sob sua chancela.
A decisão, aprovada por votação eletrônica do Conselho Mundial de Automobilismo, surge após diversos episódios recentes em diferentes categorias, como Max Verstappen na Fórmula 1 em Singapura (2024) e Adrien Fourmaux no WRC da Suécia neste ano.
A principal mudança foi a redução da penalidade financeira máxima básica de € 10.000 para € 5.000, representando uma diminuição de 50%. Nos campeonatos mundiais da FIA, como o FIA WEC, onde existiam multiplicadores, o impacto será ainda maior.
Além disso, os comissários passam a ter a possibilidade de suspender totalmente a penalidade, caso se trate de uma primeira infração do piloto ou equipe.
Outro ponto relevante da revisão é a distinção entre ambientes controlados e não controlados. As coletivas de imprensa, por exemplo, são consideradas ambientes controlados. Enquanto comentários espontâneos realizados na pista ou durante etapas de rali estarão em ambientes não controlados. O que influenciará diretamente na aplicação das punições.
FIA mantém pulso firme
Além disso, a FIA informou também que circunstâncias atenuantes serão considerados, e que novas orientações serão fornecidas aos comissários para garantir mais consistência e justiça na aplicação das sanções.
Outra mudança significativa é a redefinição das punições para casos de abuso de autoridades. Por fim, esses episódios agora resultarão em sanções esportivas, e não mais em multas financeiras. Já comentários racistas ou discriminatórios continuarão sendo tratados com o máximo rigor.
“As melhorias no Apêndice B anunciadas hoje nos permitirão continuar promovendo os mais altos padrões de esportividade no automobilismo, ao mesmo tempo em que oferecemos aos comissários orientações eficazes para agir contra quem possa desacreditar o esporte”, afirmou o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem.
“A FIA segue comprometida com um automobilismo acessível a toda a nossa comunidade esportiva.”
