Um grid eclético para a classe LMP2 em 2017

Mudanças para melhor? (Foto: FIAWEC)

A classe LMP2 poderá ter um bom desenho em 2017. Com a obrigatoriedade dos novos protótipos, as equipes ainda podem utilizar seus atuais conjuntos ano que vem. Assim veremos as duas gerações na pista e suas diferenças.

Mas não é só no desenho que as coisas irão mudar. Os novos LMP será cerca de 20% mais rápidos do que os atuais. O motor Gibson GK428 deve render mais de 600 cv. Segundo dados das equipes o tempo de volta em circuitos normais, será na casa dos 3 ou 4 segundos e de 8 a 10 em Le Mans.

E as equipes que optarem por continuar com os atuais protótipos? Terão algum benefício, já que serão mais lentos? “Estamos cientes de uma diferença de desempenho entre os carros”, disse a ACO o diretor esportivo da ACO Vincent Beaumesnil ao site Endurance-Info. “Não haverá BoP porque os motores atuais já estão em seu limite de potencia.”

“Nós não vamos elaborar uma classificação separada para LMP2s antigos e novos. Já existem categorias suficientes.”

O dirigente afirma que a maioria das atuais equipes já confirmou a compra de novos LMP2. Quem utiliza o Oreca 05, vai optar pelo pacote de atualização que tem o valor de aproximadamente 200 mil euros.

A SMP Racing que tem seu próprio modelo o BR01 ainda não sabe o que fazer para o próximo ano, mesmo o protótipo sendo elegível. “É claro que a maioria das equipes, ao contrário, vai ter um novo modelo”, disse Beaumesnil. “Algumas equipes também entraram na classe nesta temporada para se preparar para 2017, com um novo chassis.”

Para o WEC serão aceitas as duas gerações de protótipos até o final do ano que vem. Para a ELMS até o fim de 2018. No Asian LMS até o final de 2020. Por conta destes prazos, algumas equipes europeias já estão expandindo suas operações para o certame asiático. A Algarve Pro Racing, já confirmou sua participação.

“Há uma grande oportunidade de mercado para a Ásia”, acrescentou Beaumesnil. “As equipes têm carros para oferecer, o que vai ver o número de equipes.”

Os regulamentos da classe sempre foram questionáveis pela imprensa e fãs, já que limita a apenas quatro construtores e uma opção de motor. “Iniciamos essa mudança a  dois anos atrás, quando a FIA WEC tinha apenas quatro LMP2”, disse ele. “Pode soar estranho, mas eu ainda acho que foi a decisão certa.”

 

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