Seria injusto creditar somente a Pipo Derani a vitória do Ligier JS P2 #2 nas 12 horas de Sebring que ocorreram neste sábado (19). Seus companheiros Scott Sharp, Ed Brown e Johannes van Overbeek tiveram sua parcela de “culpa” na vitória do LMP2 em Sebring.
Mas o fator Derani foi fundamental para a vitória. Esta foi a segunda da equipe no ano, já que venceu as 24 horas de Daytona. Mesmo com um BoP um tanto quanto suspeito imposto pela IMSA para as 12 horas o desempenho do LMP2 se deu pela persistência do brasileiro em não desistir.
“Foi sensacional! Inacreditável vencer Daytona e Sebring no mesmo ano”, celebrou Derani. “Foi uma corrida extremamente difícil, começando no seco, depois no molhado e a paralisação com a bandeira vermelha. Também fiz um stint longo com pneus slicks na chuva e depois, no final, as duas últimas horas foram pura emoção”, lembrou.
“Nos últimos 15 minutos, estávamos em quarto lugar, depois de fazer um stint liderando, então foi realmente espetacular conseguir vencer. A equipe fez um grande trabalho para me dar este carro em condições de fazer essas ultrapassagens no final e tinha de ser hoje. Eu tinha a chance de ganhar e não poderia deixar passar”, comemorou.
Mesmo os protótipos da equipe Action Express com medalhões como João Barbosa, Christian Fittipaldi e Filipe Albuquerque no carro #5 e Dane Cameron, Eric Curram e Scott Pruett no #31 não foram suficientes para conter o ímpeto de Pipo nas voltas finais aonde tudo parecia estar definido. A prova que não foi disputada em sua totalidade por conta de uma chuva torrencial e com raios durou menos de 8 horas.
Já Christian Fittipaldi lamentou a prova, já que foi um dos mais rápidos em quase todo os treinos livres. “Estou orgulhoso de tudo o que fizemos nesta semana. Chegamos perto, mas infelizmente as coisas aconteceram assim hoje. Mas estou feliz com os pontos que fizemos. Agora, vamos virar a página e nos preparar para a etapa de Long Beach”, finalizou o brasileiro.
Faltando pouco mais de 12 minutos para o fim da prova, o brasileiro estava na quarta posição e a corrida estava sob bandeira amarela por conta de um acidente envolvendo um dos DP. Parecia tudo resolvido e com um tráfego pesado as chances do #2 voltar a vencer seriam remotas.
Apenas esqueceram de dizer isto para o brasileiro que foi para cima, “mergulhando” o carro e superando a quase certa dobradinha da Action Express. Em segundo ficou o Corvette #31 pilotado por Dane Cameron e em terceiro o #5 pilotado por Filipe Albuquerque.
O feito de Derani e da ESM não é visto desde 1998, quando a equipe Doran/Morette Racing ganhou Daytona e Sebring o que recebeu o nome de “36 horas da Flórida”. Na quarta posição o Ligier #60 da Michael Shank Racing que teve Oswaldo Negri entre os pilotos, e que marcou a pole com Oliver Pla ao volante se perdeu em meio a estratégias e bandeiras amarelas. Mesmo com a ótima condução feita por Olivier Pla não foi suficiente para superar os DP da equipe Action Express.
Na sexta posição o Mazda #55 de Jonathan Bomarito, Tristan Nunez e Spenser Pigot. O Mazda #70 terminou na oitava posição. Um dos favoritos a vencer a prova, o Corvette #10 da equipe Wayne Taylor Racing que teve como um dos pilotos Rubens Barrichello abandonou por conta de problemas elétricos.
A CORE Autosport venceu a prova na classe PC. Como de costume a grande maioria dos acidentes se deu com carros da classe PC. Todos os carros tiveram algum toque durante a prova. Assim Colin Braun, Jonathan Bennett e Mark Wilkins seguiram o exemplo dos vencedores da classe P e conquistaram a segunda vitória do ano. Em segundo o #52 da equipe PR1 / Mathiasen Motorsports . Em terceiro o #8 da equipe Starworks Motorsports.
Na classe GTLM a Corvette marca mais uma vitória após a dobradinha em Daytona. Desta vez o #4. Tommy Milner conquistou o feito ao lado de Oliver Gavin e Marcel Fassler. Em segundo o BMW #35 pilotado por Dirk Werner, Bruno Spengler e Dirk Werner.
Com um desempenho fraco no inicio da prova, os dois carros da equipe Corvette fizeram provas distintas. O #3 se envolveu em um acidente com o Porsche #911 na reta dos boxes dando vim a prova dos dois carros.
Em terceiro chegou o Porsche #912 de Earl Bamber, Frédéric Makowiecki e Michael Christensen. Davide Rigon, Toni Vilander e Giancarlo Fisichella chegaram na quarta posição com a Ferrari #62 da equipe Risi Competizione. O Ford GT #67 completou os cinco primeiros.
Na classe GTD a vitória ficou com a Ferrari #63 da Scuderia Corsa dos pilotos Alessandro Balzan, Christina Nielsen e Jeff Segal. Em segundo o BMW #96 da Turner Motorsports de Jens Klingmann, Ashley Freiberg e Bret Curtis.
A Magnus Racing com o Audi #44 de Andy Lally, John Potter e Marco Seefried terminou em terceiro na classe.