Os detalhes do Audi R18 mostram que ele não é um R15 com “teto”


No mundo do endurance a principal novidade da temporada 2011 sem dúvida é o R18 da Audi. Nem o lançamento do “novo” Peugeot 908 teve tanta repercussão.

Maior vencedora das 24 horas de Le Mans a Audi não tinha um protótipo fechado desde 1999 com o modelo R8C. Desde então o R8, R10, R15 e R15+ fizeram a fama do fabricante alemão nas provas de longa duração. Até que em 2007 a Peugeot com seu 908 fechado pouco a pouco mostrou que esse domínio dos carros abertos estava fadado ao passado. Prova disso as 12 horas de Sebring foram o toque que faltava para a Audi se convencer que sua escolha foi acertada. Os R15 não foram pareôs para o novo 908

Com a concorrência batendo sua porta a Audi apresentou seu novo carro no final do ano passado. Sua primeira “aparição” oficial foi nos testes para as 24 horas de Le Mans e que causaram a maior alegria para os torcedores da marca por dominar os treinos.

Na sua primeira corrida os 1000km de SPA a vitória ficou com os modelos do fabricante Francês, mas por circunstâncias de corrida do que pelo desempenho do carro.

Para o Dr. Wolfgang Ullrich diretor da Audi Motorsport o R18 é o carro mais bonito do mundo “Eu realmente gostei do ‘open cars’ mas há belos protótipos ‘fechado’. – Eu acho que o R18 TDI é um típico Audi tendo um visual muito bonito”. Realmente o desenho dos atuais protótipos fechados (Peugeot 908 e Lola Cupê) lembram os bons tempos do mundial de esporte protótipo aonde só modelos “cobertos” faziam parte do campeonato. Porém carro bonito não ganha corrida e a Audi sabe disso.

A Aerodinâmica de um protótipo fechado é mas “interessante” do que de um aberto, sua maior facilidade em cortar o ar e com isso alcançar velocidades elevadas, somada a motores pequenos resultam em um menor consumo de combustível. O regulamento também joga a favor dos carros fechados. Nos outros anos a vantagem de entrar e sair de um carro aberto era mais fácil pois a troca de pneus e abastecimento era feita ao mesmo tempo e com mais mecânicos. Hoje primeiro se abastece e ocorre a troca e pilotos e depois apenas 2 mecânicos trocam os pneus.

Com isso as equipe tiveram que buscar uma vantagem em outras áreas e a principal é a aerodinâmica. Com o uso do CFD (Computational Fluid Dynamics) que simula o ar ao redor do carro. “Os conceitos básicos do ar e também testes de detalhes complexos são calculados, de desempenho e em condições de funcionamento podem ser avaliados no túnel de vento na fábrica.” explica Axel Loffler chefe de aerodinâmica da marca.

Outro ponto que gerou polemica quando as novas regras foi o uso da barbatana de tubarão como nos modelos de F1. Sua adição se deu pelo fato de protótipos terem em caso de acidentes em altas velocidades voarem causando acidentes espetaculares. O acidente com o Lola da Level 5 motorsport em SPA poderia ter sido bem mais sério se a tal barbatana não tivesse lá.

 ” A integração da barbatana na estrutura aerodinâmica do veículo foi o resultado de extensa análise “ diz Axel. “Respeitar os aspectos de segurança, sem criar prejuízos na eficiência do carro exigiu completamente novas ideias e soluções durante o desenvolvimento.” Agora é esperar para ver se todas estas mudanças irão garantir o domínio da marca em Sarthe.

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