Dirigentes do Automobile Club de L´Ouest revelaram em Sebring nesta sexta-feira, 15, detalhes sobre o regulamento dos Hypercars, que entra em vigor a partir de 2020. Após Aston Martin, Mclaren e Ferrari divulgarem uma carta pedindo que a entidade francesa fosse menos restritiva e liberasse a participação de modelos como o Valkyrie da AMR e McLaren Senna.
Durante a coletiva o diretor esportivo da ACO, Vincent Beaumesnil, confirmou que hypercars estarão alinhados na primeira etapa da temporada 2020/21. “Nós expandimos os regulamentos, porque eles eram muito restritivos”.
A entidade não revelou o nome dos fabricantes que já confirmaram sua participação na próxima edição do campeonato, mas disse que Aston, McLaren e Ferrari, cobram uma maior abertura nos regulamentos.
Das três, a AMR é a que está com o projeto mais adiantado. Já a Toyota afirmou que poderia correr com um carro baseado em algum modelo de produção, em vez de um protótipo.
Para o presidente do WEC, Gerard Neveu, disse que o interesse dos fabricantes aumentou, depois do afrouxamento dos regulamentos. “Na semana passada, em Genebra, em torno do salão do automóvel, houve muitas reuniões com os principais representantes das montadoras”, explicou.
“O fato de termos aberto essa nova possibilidade trouxe novos fabricantes ao redor da mesa – houve algumas discussões muito produtivas”.
Também foi revelado que protótipos não híbridos serão aceitos, antes um sistema de recuperação de energia frontal era exigido. Beaumesnil disse: “Estamos no meio de [decidir] isso, mas é a intenção”.
BoP confirmado
Assim como na classe GTE, o balanço de desempenho será adotado para equilibrar hypercars e protótipos. “Deixamos em aberto a opção de executar um híbrido ou não, por isso, se você tem o sistema em um carro de rua ou de um protótipo, terá que equilibrar o desempenho”, disse Beaumesnil.
Outro ponto é o controle de custos: “Isso garantirá que os orçamentos sejam controlados, porque você não precisará mais gastar milhões para comprar o último décimo de segundo”, disse.
“Será benéfico em termos de facilitar as decisões dos fabricantes, porque há uma garantia de que os orçamentos serão controlados”.
Novos modelos serão mais lentos do que protótipos LMP2
Outro desafio é o laptime em Le Mans. A ACO espera que os novos carros façam uma volta no circuito na casa dos 3m30s, contra 3m24s/25s. Com os novos parâmetros, protótipos LMP2 terão que ficar mais lentos, para que a hierarquia de classes seja mantida.