O saldo para as equipes Porsche que disputam o Mundial de Endurance foram literalmente de 8 a 80. Enquanto os dois carros que competem na classe LMP1 conseguiram um bom resultado, seus “irmãos” da classe GTE-PRO amargaram a primeira corrida do certame sem estarem no pódio.
Esta foi a primeira vez que os dois LMP1 chegaram juntos ao pódio. Em segundo o #14 de Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb, seguido pelo #20 Timo Berhard, Brendon Hartley e Mark Webber. Esta foi a quarta vez que o #14 subiu ao pódio na temporada e quinta do #20. Os dois carros chegaram ao final da prova sem problemas, mesmo enfrentando superior a 30ºC durante toda a prova.
Para o #14 que marcou a pole conseguiu abrir uma boa vantagem ainda nas primeiras voltas, mas foi superado pelo #8 da equipe Toyota na 5º volta. Foi o único carro que não realizou pit-stop quando a primeira bandeira amarela foi acionada, retornou a liderança e por lá permaneceu até a volta 30 quando finalmente fez sua parada. Romain Dumas que começou a prova, entregou o carro a Marc Lieb e após 61 voltas o carro estava em segundo lugar. Lieb entrou para sua parada na volta 92, ainda na volta 100 superou o Audi conquistando a terceira posição.
Depois de 123 voltas Neel Jani assumiu o volante e voltou na segunda posição. Uma nova parada na volta 154 para troca de pneus e outra na 182 para combustível. Com novos pneus superou o Porsche #20 garantido a segunda posição.
Já para o #20 os trabalhos começaram com Brendon Hartley ao volante que se manteve na terceira posição, mas foi superado pelos dois carros da equipe Toyota se estabelecendo em quarto lugar. O carro enfrentou problemas com os freios. Durante a primeira bandeira amarela entrou nos boxes para troca de pneus e combustível voltando em quinto lugar. Após 48 voltas foi a vez de Timo Berhard assumir o volante, e conseguiu se manter na terceira posição, Berhard liderava a prova mas na volta 79 entrou nos boxes para troca de pneus e combustível. Na volta 110 Mark Webber assume o volante e para novamente na volta 141, Webber voltaria para os boxes na volta 169 porém apenas para completar o tanque. Foi superado pelo carro #14 terminando em quarto.
Para Fritz Enzinger chefe do programa LMP1 o resultado é mais do que satisfatório. “É inacreditável que, depois de comemoramos nossa terceira pole ontem, hoje fizemos um grande progresso. O que é realmente importante: Fomos capazes de melhorar nosso ritmo de corrida e chegar mais perto dos carros mais rápidos. No final, tentamos fazer um stint com os mesmos pneus duas vezes com o #20, o que realmente não funcionam. No entanto, parabéns para a equipe! Estamos ansiosos para São Paulo. “
Campeonato LMP1 até o momento.
1. Davidson/Buemi (GB/CH), Toyota, 148 (Campeões)
2. Lotterer/Tréluyer/Fässler (D/F/CH), Audi, 117
3. Wurz/Sarrazin (A/F), Toyota, 104
4. Di Grassi/Kristensen (BRA/DK), Audi, 102
5. Lapierre (F), Toyota, 96
6. Dumas/Jani/Lieb (F/CH/D), Porsche, 92
7. Nakajima (J), Toyota, 71
8. Duval (F), Audi, 66
9. Bernhard/Hartley/Webber (D/NZ/AUS), Porsche, 63,5
10. Prost/Heidfeld/Beche (F/D/CH), Rebellion, 60,5
Campeonato de construtores:
1. Toyota, 259
2. Audi, 219
3. Porsche, 167
Problemas e estratégia errada marca final de semana da equipe GT.
Enquanto a equipe LMP1 comemorava o bom resultado, a equipe GT teve um trabalho bem mais penoso durante toda a prova. A disputa com os carros das equipes Aston Martin e AF Corse foi ferrenho. Tanto que foi a primeira vez em todo o campeonato que um Porsche 911 não chegou ao pódio. Isso mostra o alto nível de competitividade classe, já que a Porsche venceu a última etapa em Shanghai.
O #91 de Jorg Bergmeister e Richard Lietz chegou em quarto lugar, já os vencedores da última etapa Fréderic Makowiecki e Patrick Pilet com o #92 terminaram na quinta posição. O alto calor também influenciou no bom desempenho dos dois carros. Ainda durante a primeira bandeira amarela os dois carros foram chamados para os boxes enquanto seus adversários permaneceram na pista.
A mudança de planos deu resultados já que Richard Lietz liderava a classe e Makowiecki em segundo. Com duas horas de prova Bergmeister voltaria a liderança com o #91. Com metade da prova completada Richard Lietz também soube manter o carro na primeira posição.
Foi a última vez que a equipe permaneceu na liderança. Mesmo adiantando as paradas os adversários conseguiram obter um melhor ritmo e a falta de um carro de segurança também influenciou no consumo dos dois modelos 911. Neste momento Bergmeister assumiu o volante do carro #91 e com uma pilotagem ousada saiu a caça da Ferrari #71 da equipe AF Corse, mas não teve mais tempo de lutar pelo terceiro lugar. A diferença entre o terceiro e quarto foi de pouco mais de 2 segundos.
Para o Dr. Frank Walliser, chefe da Porsche Motorsports o desempenho da equipe e o resultado geral mostram o nível de competitividade que a classe enfrenta. “As equipes e pilotos novamente fizeram o máximo proveito de uma corrida difícil. No primeiro turno, fizemos a escolha errada dos pneus e, por essa razão, não foram capazes de garantir um melhor resultado na corrida. Os carros da classe estão tão perto que até mesmo o menor erro não pode ser corrigido. Este resultado tem reduzido significativamente as nossas chances de levar o título no final da temporada, em São Paulo. “
Campeonato de pilotos:
1. Giancarlo Bruni, Toni Vilander (Ferrari) 156 points (Campeões)
2. Frédéric Makowiecki (Porsche) 116.5
3. Richard Lietz (Porsche) 103
4. Jörg Bergmeister (Porsche) 91
5. Patrick Pilet (Porsche) 90.5
Campeonato de construtores:
1. Ferrari 261 points
2. Porsche 236
3. Aston Martin 196
FIA Endurance Trophy GTE-Pro Teams
1. AF Corse (Ferrari) 156 points
2. Porsche Team Manthey (Porsche #92) 130
3. Porsche Team Manthey (Porsche #91) 114
4. Aston Martin Racing (Aston Martin) 112