ILMC Silverstone–Terceiro treino livre Peugeot mantem dianteira.


No terceiro treino livre nada de mudanças entre as primeiras posições. A Peugeot marca novamente o melhor tempo com 1:44.879 pelas mãos de Stéphane Sarrazin. Foi seguido pelo segundo Peugeot com 1:45.015 com Simon Pagenaud.

Entre os brasileiros Farfus com BMW fica com o terceiro tempo e Toni Vilander com a Ferrari de Jaime Melo ficou em quarto. Augusto Farfus com o Acura da equipe RML ficou em quinto. Daqui a pouco divulgamos os tempos do treino classificatório.

ILMC Silverstone segundo treino livre–Deu Peugeot


Na segunda seção de treinos livres a Peugeot mantem a liderança. O 908 #7pelas mãos de Sebastien Bourdais marcou 1:44.945, foi seguido por Tom Kristensen com o Audi #2 com 1:46.690. Entre os protótipos a gasolina a reação da OAK Racing #24 marcando 1:49.018. A decepção ficou pelo Aston Martin 007 ficou em 11º entre os P1.

Na P2 o Oreca Judd da Race Performance marcou 1:52.720. Em sétimo lugar na classe vem o Acura da equipe RML do brasileiro Tommy Erdos. Na classe GTE-PRO a Ferrari JMW Motorsport marca 2:03.006 seguida por outra Ferrari da Luxury Racing com 2:03.158. A BMW #55 do brasileiro Farfus e pelas mãos de Jorg Muller marcou o terceiro tempo na classe assim como a Ferrari #51 de Jaime Melo que ficou em 6º. A IMSA Performance Matmut na classe GTE-AM continua na liderança com Porsche.

ALMS Laguna Seca–39 carros na lista prévia.


O site da ALMS divulgou uma lista prévia dos participantes para a próxima etapa do campeonato em Laguna Seca. Com 6 horas de duração a prova promete ser uma das melhores do ano. Com uma lista de 39 carros as mudanças se concentram mais nas classes GT em comparação a última etapa em Baltimore.

Na classe P1 os carros da última etapa terão a companhia do Aston Martin de fábrica que vai usar a corrida como teste para as 6 horas de Silverstone. De resto na classe tudo igual com o Aston da Muscle Milk o Lola da Autocon e os dois Lola Mazda da Dyson Racing. Já na P2 apenas o Lola-HPD da Level 5 está inscrito. Já na LMPC os 7 carros da última etapa estarão lá.

Já entre os GTs a volta dois dois Ford da Robertson Racing ausentes em Baltimore. Os brasileiros Jaime Melo e Bruno Junqueira estão confirmados como de costume. A prova também marca o regresso do Porsche híbrido que vai competir sem marcar pontos pelas mãos de Romain Dumas e Richard Lietz. Já a GT3 com os modelos Porsche terão 10 carros inscritos com o retorno da JDX Racing, NGT Motorsports e Porsche Napleton Racing. A prova também marca a estreia da equipe Competition Motorsports com os pilotos Michael Avenatti, Bob Faieta e Cort Wagner. Abaixo a lista completa.

P1

6 MUSCLE MILK ASTON MARTIN RACING
Aston Martin DBR1-2 (M)
Klaus Graf/Lucas Luhr

12 AUTOCON MOTORSPORTS
Lola B06/10 AER (D)
Tony Burgess/Chris McMurry/Bryan Willman

16 DYSON RACING
Lola B09/86 Mazda (D)
Chris Dyson/Guy Smith

20 ORYX DYSON RACING
Lola B09/86 Mazda (D)
Humaid Al Masaood/Steven Kane

007 ASTON MARTIN RACING
Aston Martin DBR1-2 (M)
Harold Primat/Adrián Fernandez

P2
055 LEVEL 5 MOTORSPORTS
Lola B11/80 HPD (M)
Scott Tucker/Luis Diaz

PC
18 PERFORMANCE TECH MOTORSPORTS
Oreca FLM09 Chevrolet (M)
Anthony Nicolosi/Jarrett Boon/Jan-Dirk Lüders

37 INTERSPORT RACING
Oreca FLM09 Chevrolet (M)
Jon Field/Clint Field

52 PR1/MATHIASEN MOTORSPORTS
Oreca FLM09 Chevrolet (M)
Ken Dobson/Ryan Lewis/Rene Villeneuve

63 GENOA RACING
Oreca FLM09 Chevrolet (M)
Eric Lux/Elton Julian/Michael Guasch

89 INTERSPORT RACING
Oreca FLM09 Chevrolet (M)
Kyle Marcelli/Chapman Ducote

05 CORE AUTOSPORT
Oreca FLM09 Chevrolet (M)
Jon Bennett/Frankie Montecalvo

06 CORE AUTOSPORT
Oreca FLM09 Chevrolet (M)
Gunnar Jeannette/Ricardo Gonzalez

GT
3 CORVETTE RACING
Chevrolet Corvette C6-R ZR1 (M)
Olivier Beretta/Tommy Milner

4 CORVETTE RACING
Chevrolet Corvette C6-R ZR1 (M)
Jan Magnussen/Oliver Gavin

17 TEAM FALKEN TIRE
Porsche 997 GT3 RSR (F)
Wolf Henzler/Bryan Sellers

40 ROBERTSON RACING
Doran Ford GT (M)
David Robertson/Andrea Robertson

44 FLYING LIZARD MOTORSPORTS
Porsche 997 GT3 RSR (M)
Seth Neiman/Marco Holzer

45 FLYING LIZARD MOTORSPORTS
Porsche 997 GT3 RSR (M)
Jörg Bergmeister/Patrick Long

48 PAUL MILLER RACING
Porsche 997 GT3 RSR (Y)
Bryce Miller/Sascha Maassen

55 BMW TEAM RLL
BMW M3 E92 GTR (D)
Bill Auberlen/Dirk Werner

56 BMW TEAM RLL
BMW M3 E92 GTR (D)
Dirk Muller/Joey Hand

62 RISI COMPETIZIONE
Ferrari F458 Italia (M)
Jaime Melo/Toni Vilander

98 RSR JAGUAR
Jaguar XKR (D)
PJ Jones/Rocky Moran Jr.

99 RSR JAGUAR
Jaguar XKR (D)
Bruno Junqueira/Kenny Wilden

01 EXTREME SPEED MOTORSPORTS
Ferrari F458 Italia (M)
Scott Sharp/Johannes Van Overbeek

02 EXTREME SPEED MOTORSPORTS
Ferrari F458 Italia (M)
Ed Brown/Guy Cosmo

LMGTH
911 PORSCHE MOTORSPORT NORTH AMERICA
Porsche 997 GT3 RSR Hybrid (M)
Romain Dumas/Marc Lieb

GTC
11 JDX RACING
Porsche 997 GT3 Cup (Y)
Nick Ham/Chris Thompson/Scott Blackett

23 ALEX JOB RACING
Porsche 997 GT3 Cup (Y)
Bill Sweedler/Brian Wong

30 NGT MOTORSPORTS
Porsche 997 GT3 Cup (Y)
Henrique Cisneros/Carlos Eduardo Kaufmann/Sean Edwards

31 COMPETITION MOTORSPORTS
Porsche 997 GT3 Cup (Y)
Michael Avenatti/Bob Faieta/Cort Wagner

32 GMG RACING
Porsche 997 GT3 Cup (Y)
James Sofronas/Alex Welch

34 GREEN HORNET RACING
Porsche 997 GT3 Cup (Y)
Peter LeSaffre/TBA

54 BLACK SWAN RACING
Porsche 997 GT3 Cup (Y)
Tim Pappas/Jeroen Bleekemolen/Sebastiaan Bleekemolen

66 TRG
Porsche 997 GT3 Cup (Y)
Duncan Ende/Spencer Pumpelly

68 TRG
Porsche 997 GT3 Cup (Y)
Dion Von Moltke/TBA

97 PORSCHE NAPLETON RACING
Porsche 997 GT3 Cup (Y)
David Heienmeier-Hansson/Dominik Farnbacher

ALMS Baltimore–Bueiros, sorte e principalmente decência.


A prova de Baltimore nos deu belos exemplos de como uma administração competente consegue sobrepor as adversidades de uma prova de estreia. Nenhuma equipe conhecia a pista o que para uma competição aonde milésimos de segundo ganham corridas é um desastre. E mesmo com tantos problemas técnicos as equipes iniciaram seus trabalhos com muitas rodadas e batidas nos treinos livres. Ondulações e desníveis por muitos superiores a buraqueira de Sebring eram o ingrediente que faltava para a prova ser interessante, e foi.

Já na largada os entreveros começaram com o toque do Corvette #4Jam Magnussen e Oliver Gavin com seus companheiros de equipe Olivier Beretta e Tommy Milner. Assim a BMW #55 de Dirk Werner assume a ponta na classe GT com a outra BMW e o Porsche da Falken Tires em sua cola. Com novas trocas de posições o Porsche #17 de Wolf Henzler e Bryan Sellers conquistam a segunda vitória da equipe Falken.

Segunda vitória da Falken mostra que mesmo sem o apoio oficial da Porsche equipe tem potencial

Na classe P1 os dois carros da Dyson iam tranquilos já que o Aston Martin da Muscle Milk largou dos boxes. Nas últimas posições também largara a Ferrari da Rizi do brasileiro Jaime Melo e o Porsche #45 da equipe Flying Lizard. Enquanto o Porsche foi uma das vítimas das ondulações do asfalto e teve problemas com a suspensão traseira Melo em dupla com Villander acabou em sexto, o que poderia ser quinto se na última volta o Aston Martin da Muscle Milk tivesse atrapalhado e o BMW #55 roubado a posição. Bruno Junqueira que compete regularmente com o Jaguar sequer largou com novos problemas no motor.

#37 da Intersport fica com a vitória na FLM

O andamento da corrida ia caminhando tranquilamente quando a primeira bandeira amarela foi acionado pois um dos bueiros acabou abrindo e obrigou a direção da prova a chamar a companhia de “águas e esgoto” para tentar resolver o problema. Na parada dos boxes o Lola Mazda de Cris Dyson que liderava demorou para retornar a pista dando de bandeja a primeira posição para o segundo carro da equipe pilotado por Humaid  Al Masood e Stephe Kane e assim sem sustos a dupla garantiu a primeira vitória na categoria.

Mesmo com os atropelos dos treinos #54 vence na GT3

Se esperou que a dupla cedesse a primeira posição para Guy Smith e Chris Dyson já que estão lutando diretamente pelo título mas o que se viu foi uma vitória sem segundas intenções. Tanto que a diferença entre os primeiros colocados ficou em uma margem de 6.9 segundos. Por essas e outras quem gosta realmente de automobilismo vê categorias como a ALMS um opção para a toda poderosa F1.

Em terceiro no geral e primeiro na classe PC a dupla Marcelli e Drissi da Intersport Racing. Já entre os Porsche da classe LMGTC Jeroen Bleekemolen e Tim Pappas da Black Swan Racing conquistou a vitória depois de uma boa disputada com o #23 de Bill Sweedler e Leh Keen.

Já na classificação do campeonato a Dyson amplia sua vantagem sobre a Muscle Milk. Na classe GT Joey Hand e Bryan Sellers liderem o campeonato com BMW . Na classe LMPC o 4º lugar de Ricardo Gozalez e Gunnar Jeannette os mantem na liderança da classe e na GTC Bleekemolen e Tim Papas consolidam a liderança.

A próxima etapa será no ótimo traçado de Laguna Seca no dia 17 de Setembro.


O melhor e o pior da corrida.

O bueiro – A falha na pista foi primordial no resultado de todas as categorias. Mesmo que para a grande maioria ele tenha sido um vilão a direção de prova mostrou competência para por ele no lugar o mais rápido possível…Deslizes de uma primeira prova

Equipe Corvette – Poderiam ter ganho a prova se não fosse a afobação da primeira curva. Essa disputa para ser mal de fábrica já que a equipe enfrenta o mesmo caso no WTCC Europeu….E olha que não foi a primeira vez no ano que ocorre isso na ALMS.

Equipe Jaguar – Novamente a equipe não consegue sequer largar com os carros. O máximo que fizeram foi 1 volta. Assim nossos pilotos brasileiros Bruno Junqueira e Cristiano da Matta estão deixando de mostrar o enorme talento que tem.

ALMS Road América–Vitória quase fácil para a Muscle Milk

A pista de Road América sempre foi propícia a grandes espetáculos independente da categoria. Quem não lembra ano passado a vitória na última curva do Lola da Dryson Racing em cima do Porsche que a equipe Muscle Milk utilizava? Pois bem este ano á diferença foi o carro da equipe do leite pois o rival continua sendo um belo Lola Coupe. A diferença de míseros 0.112 milésimos depois de uma corrida de 4 horas mostra que aquela máxima do endurance que tudo se revolve nas primeiras duas horas de prova não existe mais. A corrida teve uma aspecto de corrida sprint tamanho o “suador” que Lucas Luhr e Klaus Graf tomaram da dupla.

A pista de fato favorecia e muito o motor V12 do Aston mas ninguém esperava um desempenho no mesmo nível por parte da equipe Mazda que largou melhor e liderava com o segundo carro da equipe sendo pilotado por Steven Kane na primeira parte da corrida mas por conta deu uma parada mais rápida por parte do Aston perdeu a primeira posição. Infelizmente algumas voltas depois o carro #20 se perdeu na prova por problemas mecânicos.

Jaime Melo e a Ferrari faturam a primeira vitória na ALMS em 2011
Klaus Graff no Aston Martin assumiu o volante e teve que segurar literalmente Guy Smith que por muitas vezes usou a grama para tentar alcançar o rápido Graff. A 3 voltas dos líderes chegou o terceiro colocado o Oreca da classe LMPC da dupla Butch Leitzinger e Rudy Junco. O desempenho dos carros da classe LMPC foi superior ao único carro inscrito na classe LMP2 o Lola Honda da equipe Level 5 que acabou em 5º no geral.

Butch Leitzinger e Rudy Junco faturam a 1º posição na classe LMPC e 3º na geral.

Klaus Graf faz uma análise da provaOs últimos 20 minutos foram provavelmente o mais difíceis da minha carreira. Eu não fui muito atacado nas últimas duas horas. Tivemos muita sorte com as bandeiras amarelas. Nós fizemos um grande show, mostramos que a ALMS conta com alguns dos melhores pilotos de endurance do mundo. “

Na classe GT a vitória da Ferrari do brasileiro Jaime Melo foi muito comemorada já que foi a primeira do ano para ambos, piloto e carro. A diferença para o segundo colocado a BMW #55 da dupla Auberlen e Werner de 9 segundos surpreendeu a todos principalmente a equipe Rizzi que teve problemas na saída do Pit Stop e acabou rodando com um dos Corvette. Infelizmente os dois carros não sofreram danos graves.O outro brasileiro na corrida Bruno Junqueira novamente enfrentou problemas com seu Jaguar e não chegou a completar 10 voltas por causa da durabilidade do carro.

Black Swan fatura entre os Porsche
Entre os Porsche da LMGTC a luta foi ferrenha com a vitória da equipe Black Swan Racing com Tim Pappas e Joren Bleekemolen que chegaram a míseros três segundos da dupla Spencer Pumpelly e Dunca Ende. A próxima etapa será uma estreia na categoria no circuito de Baltimore com “apenas” 2 horas de duração. A disputa entre Mulscle Milk e Dyson Racing novamente será acirrada.

ALMS Mid-Ohio–Chuva e uma boa dose de sorte.

A competitividade de uma corrida pode ser influenciada por vários fatores. Um carro mais lento, um piloto mais arrojado ou uma pista que propicia ultrapassagens e instiga os pilotos a “aprontarem”.

 
Dose de sorte é sempre bem vinda.

Foi com esses ingredientes que a corrida em um das mais tradicionais pistas americanas se desenrolou. A disputa começou entre as duas principais e únicas equipes que tem vencido na P1 nas últimas etapas a Dyson Racing com seu Lola Mazda e a Muscle Milk com seu belo Lola Aston Martin. O traçado travado iria beneficiar quem fizesse a pole e o bom trabalho coube a equipe do Lola azul e branco. Desde a largada a equipe da Muscle Milk tendo um carro visivelmente superior forçava para cima da Dyson mas não obteve sucesso. Se esperou que a ultrapassagem se desse na troca de pneus mas o tráfego mais uma vez ajudou a dupla Guy Smith e Chris Dyson.

Equipe Falken sobreviveu a chuva e faturou vitória inédita.

Porém na relargada de um das bandeiras amarelas Lucas Luhr foi mais espero e assumiu a primeira posição e não foi mais visto pelos adversários. Mesmo com a forte chuva que chegou nas voltas finais e interrompeu a prova a equipe da caixinha de leite foi superior. Restou a Dyson levar o carro para chegar em segundo lugar. A prova também foi marcada por um número sem igual de punições por toques e empurrões. Qualquer atitude considerada ante-desportiva levava o piloto a stop and go a parar por 20, 40 segundos. Se a moda fosse válida na F1 Hamilton passaria mais tempo nos boxes do que na pista.
Intersport fatura dobradinha na FLM
Entre os GTs a disputa que indicava uma vitória da Corvette acabou nas mãos da Porsche da equipe Falken dos pilotos Wolf Henzler e Bryan Sellers que “sobreviveram” ao festival de rodadas que assolou as últimas voltas. A vitória de uma marca de Pneus diferente da poderosa Michellin será um ótimo argumento de vendas nos próximos dias. Em segundo ficou o Corvette da dupla Gavin e Magnussen. Jaime Melo que chegou a liderar a prova acabou se enroscando com um dos BMW e teve a suspensão danificada e não completou a prova. BMW que protagonizou um dos episódios mais bizarros da prova se tocando logo após a saída dos boxes. Mesmo com esse percalço e a chuva a equipe marcou o terceiro e quarto lugar na classe. A dupla de meninas que competiu com o Ford GT da equipe Robertson Racing Andrea Robertson e Melanie Snow acabaram em 14º entre os GTs.

#54 de Spencer Pumpelly e Dunca Ende chegam em primeiro na LMGTC

Na classe LMPC a vitória ficou com a equipe Intersport Racing que ficou com os dois primeiros lugares com Kyle Marcelli e Tomi Drissi e Jon e Clint Field donos da equipe em 4º. Já na classe LMGTC a vitória ficou com Spencer Pumpelly e Duncan Ende. Os líderes do campeonato Joroen Bleekemolen e Tim Pappas acabaram em segundo. A próxima etapa será no rápido circuito de Road América no dia 20 de Agosto em uma prova com 4 horas de duração.

ALMS Mosport–Vitória tranquila na P1 e emoção na GT


A etapa canadense da ALMS em Mosport foi de 8 a 80. Se por um lado não tivemos surpresas na disputa da classe LMP1 com apenas 4 carros (poderia ser apenas1) dada a superioridade do Aston Martin da Muscle Milk frente aos outros 3 Lola na classe GT a coisa foi um pouco diferente e por que não dizer melhor.

Sempre considerei a etapa canadense um termômetro para a categoria. Mesmo que nas próximas etapas em circuitos mais “tradicionais” como Mid Ohio, Laguna Seca e Petit Le Mans o grid formado por apenas 4 carros na P1 mostra a atual faze da ALMS que pode piorar ano que vem com o campeonato da FIA de endurance que até o momento ainda é muito obscuro.

Corvette fatura a primeira do ano seguido pela Ferrari de Jaime Melo
Outro fator que pode influenciar o futuro da ALMS é a extinção da classe P1 na LMS europeia. Para uma equipe é muito mais vantagem participar de um “mundial” do que de um campeonato regional. E aonde está a graça de um campeonato que leva o nome Le Mans sem protótipos? ou sem protótipos expressivos? Não desmerecendo as equipes que compete na FLM mas o expectador que ver equipes de fábrica ou pelo menos uma maior variedade de protótipos.

#06 da dupla Gunnar Jeannette e Ricardo Gonzalez.

Neste sentido toda a “fama” cai sobre a classe GT que viu uma vitória da Corvette depois de uma belo duelo entre os BMW e o Porsche da Flying Lizard. Os carros da equipe BMW tinham a corrida na mão mas por afobação acabaram sendo punidos por stop and go por “atropelar” seus adversários. O principal oponente o Porsche # 45 que estava surpreendente rápido se comparado com as outras etapas acabou rodando sozinho e danificando a direção hidráulica e acabou em 12 na sua classe.

Equipe TRG fez dobradinha na GTC

O brasileiro Jaime Melo que assumiu o volante da Ferrari na parte final da corrida conseguir superar o grande tráfego e chegou a liderar mas o mesmo tráfego acabou ajudando o Corvette #4 de Oliver Gavin e Jan Magnussen que conquistou sua primeira vitória na ALMS este ano. O outro brasileiro Bruno Junqueira que compete com Jaguar novamente teve problemas com o fraco desempenho e durabilidade do seu carro. Passou mais tempo nos boxes do que na pista. Vale o aprendizado.

Na classe FLM a vitória ficou com o #06 de Gunnar Jeannette e Ricardo Gonzalez depois de muitas saídas de pistas dos carros da classe. A Classe GTC teve o melhor final já que a primeira posição foi decidida na última pelos dois carros da equipe TGR. Venceu a dupla do carro #66 de Spencer Pumpelly e Ende.

Panoz – Demorou mas o Abruzzi conseguiu completar uma prova mesmo não competindo oficialmente. Depois de uma longa pausa para o desenvolvimento o carro parece que chegou lá. A prova final será mesmo uma corrida mais longa.

Ferrari da Rizzi – O primeiro bom resultado da temporada. Muito do segundo lugar se deve ao bom braço de Jaime Melo que está desenvolvendo o carro praticamente sozinho Toni Vilander é apenas um coadjuvante na equipe.

Porsche – Pela primeira vez na temporada o Porsche da Flying Lizard mostrou que pode fazer frente a BMW e a Corvette. Se não tivesse tido problemas a equipe teria ganho a corrida. Promete para a próxima etapa.

Aston Martin – Foi superior e não teve adversários. Só não ganhou na última etapa em Lime Rock por culpa do tráfego. Para a próxima etapa seu maior adversário novamente será o transito já que os dois carros da Dyson não fazem frente em condições normais de corrida.

ALMS Lime Rock–Dyson Racing vence com uma boa dose de sorte.


Deveria existir uma lei. Toda categoria devia ter pelo menos uma rodada no pequeno circuito de Lime Rock. Nos últimos anos qualquer tipo de campeonato encontra neste estreito traçado a emoção que grandes pistas não oferecem (F1 que o diga). Mesmo com um número reduzido de protótipos tendo apenas três na LMP1 e acorrida não ser tão emocionante a equipe Dyson tinha 66% de chances de vencer e soube aproveitar esta chance mesmo não tendo o melhor carro. Mesmo marcando a pole e começando a prova na liderança nitidamente o Aston Martin da Muscle Milk era rápido, mas a quantidade de carros atrapalhando e principalmente o bom braço de Chris Dyson e G. Smith evitando as investidas da equipe o leite.

Mesmo com a ajuda do trafego os últimos resultados da Dyson Racing mostram mesmo com um grid reduzido de protótipos que a equipe e a Mazda estão acertando em dedicar mais investimentos na ALMS do que na Rolex. Já na classe GT a briga foi acirrada do começo ao fim mesmo com um acidente logo no começo envolvendo a BMW #55 e um desastre total a equipe Corvette que acabou tendo os dois carros danificados além de uma das Ferrari da equipe Extreme Speed. Ver os quatro carros sendo concertados em um curto espaço de tempo da um inveja já que para nós “mortais” uma simples troca de disco de freio leva um dia. Muito provavelmente este é o último ano da BMW com apoio oficial na categoria já que em 2012 todo o dinheiro e estrutura será investido na DTM. Se não e ainda com a criação do novo campeonato mundial de endurance seria uma pena o time alemão lagar o osso logo agora.

#63 venceu entre os FLM

Ao contrário da LMS aonde a Porsche não encontrou seu rumo ainda em solo americano a coisa é outra. O tráfego ajudou a BMW mas a Porsche não só da FlyingLizard como o da Team Falken estavam muito próximos e por diversas vezes ameaçaram o primeiro colocado conquistando o segundo e terceiro. Outro bom resultado foi o Ford GT da equipe Robertson Racing com um quarto lugar. A decepção ficou pelo fraco desempenho da equipe Rizzi do nosso brasileiro Jaime Melo. A Ferrari #62 chegou a ficar entre os ponteiros mas perdeu rendimento e acabou desistindo. Aquela desculpa de que a Ferrari é um projeto novo ainda em desenvolvimento é conversa furada. Basta ver as equipes equipadas com o bólido na LMS. Outra decepção foi a equipe Jaguar o #99 dos brasileiros Cristiano da Matta e Bruno Junqueira chegou a 38 voltas do primeiro colocado enquanto o #98 não completou a prova.

BMW #56 vence na GT e Porsche #68 da equipe TRG na GTC

Fazendo uma comparação com as equipes da Europa a ALMS parece não ter saído daquela crise que se arrasta desde 2009 com poucas equipes e orçamento limitado. As únicas classes que tem mostrado um crescimento são as duas monomarcas. Na classe LMPC o #63 da Genoa Racing conquistou a vitória chegando a pouco mais de 2 segundos para o carro da equipe Core Autosport. Já na GTC a vitória ficou com o #68 da equipe TRG. A próxima etapa será daqui a 2 semanas no circuito de Mosport no Canadá. Com suas longas retas o Aston Martin da Milk deve levar uma grande vantagem.

Equipe Robertson Racing – Sem dúvida o melhor ano da equipe. Passou de apenas mais um nos últimos anos para uma das favoritas a vitória. O que falta é profissionalizar seus pilotos. O #04 dos pilotos Anthony Lazzaro e David Murry prova que a equipe está no caminho certo

Equipe Falken – Outro bom exemplo de como a coisa anda quando se investe. Presente a vários anos na categoria primeiro com Ford e nos últimos anos com Porsche a equipe dos pneus nesta temporada tem andado junto com a Flying Lizard.

Corvette Racing – Melhor exemplo de dedicação e estrutura não há. A imagem dos dois carros voltando para os boxes batidos e desalinhados iria desanimar o mecânico mais experiente. A equipe já pronta arrumou tudo em tempo recorde. Mesmo voltando nas últimas posições não desistiram.

Equipe Rizzi – Triste o desempenho de uma das melhores equipes do ALMS. O bom trabalho de Jaime Mello não conseguiu levar o carro até o final da corrida. Isso que ela tinha “apenas” 2:45 de duração. E quando virem Petit Le Mans ou um traçado mais rápido do que Lime Rock? A desculpa de que o carro está em desenvolvimento não cola, já que os duas Ferrari da Extreme completaram a prova sem quebrar.

24 horas de Le Mans–A vitória de um carro só

Para entendermos a vitória da Audi este anos temos que voltar para 2010 e pensar um pouco sobre o trunfo triplo da equipe alemã. No ano passado os carros da Peugeot estavam mais velozes e só não ganharam por conta da pouca durabilidade. Em nenhum momento os três Audi esboçaram qualquer tipo de luta e acompanharam de longe um a um os Peugeot sucumbirem. Algo precisava ser feito.

Assim em 2011 a marca construiu seu primeiro protótipo fechado desde 1999 e além de vencer queria convencer. Desde os primeiros testes tanto em Sebring quanto em Le Mans e em sua corrida inaugural em SPA era sabido que o que faltou no R15 sobrava no R18 velocidade. Velocidade que veio junto com um consumo maior que do seu antecessor mas que pelo talento de seus pilotos e aerodinâmica do carro poderia ser anulada em Sarthe. E assim foi.

Infelizmente corrida é corrida e ninguém esperava os acidentes com os carros alemães. Eles até poderia batem ou ter um pneu furado, mas serem totalmente destruídos isso realmente ninguém esperava. Até por que os dois carros que se acidentaram eram as esperanças da Audi para a corrida. O carro #3 com McNish e Kristensen e o #1 com Mike Rockenfeller e Romain Dumas.

Podemos apontar um culpado nos dois acidentes? Mesmo as imagens mostrando claramente que as Ferrari estavam no lugar errado faltou um pouco de prudência dos dois pilotos. Seria compreensível se estivessem na última volta da última hora de prova, mas em momentos em que a corrida estava tranquila foi desnecessário. Com essa perda dupla todas as esperanças se voltaram para o carro #2 de Marcel Fassler, André Lotterer e Benoit Treluyer, que souberam corresponder e foram sublimes durante toda a prova. Uma vez ou outra uma escapada ou um ultrapassagem mais perigosa mas nada que pudesse ser controlada.

Mesmo com mais paradas nos boxes do que o segundo colocado (foram 31 da Audi contra 28 do Peugeot) o trio soube aproveitar do bom carro que tinham. Mesmo durante os chuviscos nas horas finais aonde o ritmo tinha que ser mais prudente não deixaram o primeiro lugar escapar de suas mãos. Assim como diz o slogan da Pirelli “Potencia não é nada sem controle” o trio soube explorar todo o potencial do carro mesmo ele tendo um consumo elevado.

A diferença de míseros 13 segundos para o Peugeot #9 também demostrou o bom rendimento do carro Francês, que conseguiram espantar o fantasma do ano passado e todos os 908 completaram a prova até o da equipe Oreca. A Audi provou que aquela máxima de que carro rápido não vence Le Mans pelo menos este ano foi por água e deixa os “chatos” por segurança e carros mais seguros com a boca bem fechada. Se fosse um F1 McNish teria sobrevivido? Rockenfeller que fico em estado grave voltaria a pilotar? Hoje se pode dizer que um protótipo seja ele aberto ou fechado estão em um nível superior ou de igualdade com um F1. O que poderia acontecer é retirar os fotógrafos daquela área aonde McNish se acidentou. Deu mede de ver os profissionais se arriscando. Como recompensa fomos brindados com belas imagens do carro sendo destruído.

Os outros protótipos tiveram um bom desempenho enquanto estavam na pista. Deu pena de ver o Pescarolo batendo nas horas finais da corrida. Para mim ele é o vencedor moral da prova depois das dificuldades enfrentadas ano passado e com um carro de 2009 esteve sempre em primeiro lugar entre os carros movidos a gasolina. A luta contra os carros da Rebellion mostraram que mesmo com recursos limitados Pescarolo tem o que poucos conseguem mesmo estando a anos no endurance. Experiência e visão de corrida. Ou algum outro construtor teria vontade e empenho de montar uma estrutura vencedora em menos de 1 ano?

Infelizmente as medidas para igualar os carros a Diesel e gasolina não surtiram o efeito esperado e nenhum protótipo movido a gasolina chegou perto dos Audi e Peugeot. O mais próximo o Rebellion #12 chegou a 16 voltas do líder. Outro bom resultado foi o Aston Martin da equipe Kronos que mesmo com problemas acabou a corrida com a mecânica em ordem. Muito ao contrário dos Aston de Fábrica que pararam com 1 hora de prova. A equipe pega pela inovação, não que isto fosse problema já que todo carro não começou ganhando provas, e os poucos que conseguiram esse feito rodaram muito antes. Apenas para citar o ganhador da corrida a equipe alemã fez duas seções de 33 horas e acertou todos os erros e problemas. Será que a Aston fez isso? Ou apenas se valeu da “experiência” para competir. Tanto que David Richards diretor da equipe pediu publicamente desculpas em seu Twitter para os fãs da marca. Atitude rara em um mundo que nem sempre se ouve os torcedores quando raramente os compradores.

Outro exemplo de que o desenvolvimento aprimora a coisa é o Oreca híbrido da Hope Racing. A equipe que por várias vezes ficou nos boxes por horas foi até onde o carro aguentou mostrando que é viável o uso deste tipo de motorização.

Os dois primeiros colocados na classe… quem ganhou foi a Nissan

Já na classe LMP2 a Nissan mostra sua força em seu primeiro ano no endurance. Os dois primeiros colocados tinham o propulsor Japonês. A surpresa se deu pelo fato da equipe vencedora ser a Graves Motorsport com um protótipo Zytec 2009. O Segundo colocado Signatech com um Oreca 03 era o vencedor nato da categoria pois foi bem em todos os testes além de ter um carro mais novo. Assim a Nissan prova que consegue entregar um motor vencedor independente do protótipo utilizado.  O terceiro colocado o Lola Coupe da Level 5 motorsport consegue um fantástico resultado levando em conta seu histórico este ano. Tanto em Sebring quanto em Long Beach o carro chegou a ser mais lento do que os protótipos da Fórmula Le Mans. Em SPA teve o carro completamente destruído e conseguiu reconstruir a tempo de competir. Seu desempenho foi satisfatório mesmo chegando a 7 voltas do Zytec vencedor. A decepção da categoria sem dúvida foi as equipes que competiram com o modelo HDP ou Acura.

A Strakka Racing que foi vencedora o ano passado na classe LMP2 não completou a prova com problemas enquanto a RLM do brasileiro Tomas Erdos chegou em 4º a 12 voltas do vencedor da classe. Mesmo assim nenhum dos dois carros não tiveram desempenho para lutar de igual para igual com os modelos da Oreca equipados com o propulsor Nissan. O “drama” da Honda que não conseguiu fornecer peças para a equipe Hightcroft ainda durante a preparação parece que resbalou nas outras equipes. A diferença é que elas tinham mais dinheiro para pelo menos participar da corrida, mas pecaram no fraco desenvolvimento do carro. Outro vencedor da classe é o #44 Extreme Limite e último colocado dos carros que completaram a prova. Mesmo a 108 voltas do líder a equipe que quase não larga mostrou competência chegando ao final da prova.

Belo presente para comemorar os 10 anos da primeira vitória em Sarthe

A classe GTE-PRO que sempre foi sinônimo de disputas acaloradas teve sim sua doze de emoção mas a ausência dos Porsche na linha de frente abriu caminho para a  Corvette obter sua primeira vitória em Sarthe desde que passou da GT1 para a GT2 em 2010. A equipe que não participou de nenhum teste coletivo se isolou em solo americano e assim ficou até poucos dias antes da corrida. Duvidou-se muito se a equipe iria corresponder a expectativa e principalmente a concorrência da nova Ferrari e BMW. Desde o começo da corrida o #74 não encontrou dificuldades para obter a liderança e travou uma bela disputa com a Ferrari #51 e os dois BMW. O brasileiro Augusto Farfus esteve muito tempo na liderança da classe, mas um pneu furado e depois problemas com o carro acabaram com a chances de vitória.

O outro brasileiro Jaime Melo que competia a Ferrari da Luxury Racing esteve sempre perto dos primeiros colocados mas acabou não completando a prova. A equipe que não tinha a estrutura da AF Corse além de ser sua primeira participação em Sarthe não obteve sucesso. Melo levou praticamente o carro nas costas até a quebra do mesmo. A decepção da prova entre os carros da categoria PRO foi a ausência da Porsche entre os ponteiros. O melhor 911 foi o da equipe Felbermayr-Proton que apenas chegou e isso a 3 voltas do líder da classe. Mesmo com boas equipes a Porsche não encontrou a velocidade que precisava para vencer na classe. Esta falta se esperou muito da nova Ferrari 458 que só não venceu por conta da superioridade do Corvette.

A boa noticia da classe foi a chegada de pelo menos 1 Lotus Evora mesmo que a 60 voltas do líder Audi e 19do Corvette vencedor da classe. A equipe se esforçou em informar que a prova seria uma espécie de treino de luxo para os dois carros. O treino parece que valeu e um deles completou a prova, porém falta muito para o Evora fazer frente a medalhões como Porsche, Ferrari, BMW e Corvette.

Vitória dupla da Corvette

Já entre os amadores da GTE-AM a equipe Larbre Competition que venceu Le Mans ano passado com Salen na finada GT1 poderia ter inscrito seu carro na GTE-PRO que teria feito o mesmo sucesso. A vitória surpreendeu muitos que apontavam a Porsche da Flying Lizard como potencial vencedor. Assim em segundo chegou o Porsche também da Larbre e fechando o pódio o Ford GT da equipe Roberston Racing. O time americano que entrou sem nenhuma ambição acabou  chegando em terceiro. Se dúvida um belo começo.

O que chamou a atenção este ano foi o número elevado de abandonos em um total de 28. Em uma prova sem chuva os abandonos que não foram só problemas mecânicos se deram por graves acidentes. A média baixa de idade pode ter contribuído para essa carnificina sem sangue, mas acende o farol amarelo para a organização da prova conter o ímpeto dos pilotos. A prova são os acidentes da Audi que foram mais por conta da afobação de pilotos que achavam poder resolver a corrida como se a mesma fosse uma prova sprint da FIAGT que tudo se resolve em 1 hora. Muitos bons pilotos não tiveram sequer a chance de participar da prova como é o caso do super-campeão Tom Kristensen. Mesmo assim aquela tradicional calmaria do final da prova deu lugar a uma disputa intensa que a muitos anos não se via.

Espero que com a criação do campeonato mundial de Endurance ano que vem possamos ver mais disputas com mais marcas com chance de vitória. A Audi está de parabéns pela competência e sangue frio de não se deixar intimidar pelo “batalhão” azul em seu retrovisor. Parabéns !!!
O melhor e pior da prova. (clique para ampliar).

Segurança: Todo o aparato tanto dos carros quanto do circuito foi posto a prova. Nota 10 para a organização que conseguiu reconstruir a barreira de pneus nos dois acidentes envolvendo a Audi. Para muitos que criticaram o uso da barbatana de tubarão por parte das equipe dizendo que os carros ficariam lentos acabou dando com a língua nos dentes. Se não tivessem tal asa o acidente poderia ter sido bem mais grave.

Quifel ASN Team: A equipe portuguesa que este ano compete na LMP1 não teve uma boa estreia em Sarthe. Com problemas no motor que simplesmente se deslocou provocando uma rodada e consequentemente abandono. Estava muito bem na corrida e lutava de igual para igual com a Pescarolo e a Rebellion.



Motores japoneses: Grande destaque positivo e negativo. Toyota e Nissan superaram fácil os blocos Judd nas classes LMP1 e 2. Não foi páreo para os motores a Diesel, mas se mostraram confiáveis e rápidos. Ao contrário o bloco Honda não foi páreo para seus contemporâneos o que causou espanto pois venceu Le Mans ano passado e sempre foi rápido na LMS e ALMS. Este ano por conta do tsunami o fornecimento de peças foi o principal motivo por esse atraso no desenvolvimento. Mesmo com esse problema a “esquadra” japonesa nunca entrou em Le Mans para brincar.


A volta de Pescarolo: Nem sempre rios de dinheiro fazem de uma equipe vencedora. Depois de um 2010 indefinido a volta de uma das mais tradicionais equipes do endurance foi cheia de pompa com a vitória em Paul Ricard. Depois de bons tempos nos testes e na prova de SPA a equipe ia bem até que nas horas finais o carro bate e dá adeus as chances da equipe ser a primeira entre os modelos a gasolina. Para mim Pescarolo foi o vencedor moral da corrida.
Peugeot e a “vitória”: Tudo bem que o segundo lugar para muitos é o primeiro perdedor, mas no caso da Peugeot o fato de completar a prova com os 4 carros é um grande feito. Depois do vexame do ano passado e de várias provas aonde o carro era rápido, mas não completava parece que faz parte do passado. Este ano o fabricante francês provou do remédio dos outros anos. Um concorrente mais rápido do que ele. As outras provas do ILMC prometem.


O desempenho da Porsche: Muitos ficaram espantados com o comportamento das equipes que competiram com o tradicional carro que por tantas vezes venceu a prova. Em nenhum momento os carros foram páreos para Corvette, Ferrari e BMW. O melhor resultado é um 4º lugar a 3 voltas do vencedor da GTE-PRO. Este desempenho era esperado para a nova Ferrari 458 que parece ter evoluído mais rápido. Uma pena pois corrida sem Porsche lutando por vitória não é a mesma coisa.

Hope Racing: A estreia do modelo híbrido não foi uma das mais badaladas pois o mesmo não terminou a prova. Mesmo assim Le Mans continua sendo um celeiro de ideias inovadoras, mesmo que em um primeiro momento não possam ser viáveis. Quem dera a F1 fosse um pouco assim.



Oreca e OAK Racing: As duas equipes que este ano também viraram construtores. Enquanto a Oreca conseguiu vender 4 do seu modelo 03 além de fornecer carros para a Fórmula Le Mans a OAK decidiu por 4 carros de forma “oficial” para chamar a atenção de futuros compradores. Enquanto dos 4 apenas 2 Oreca completaram a prova. Os da OAK apenas 2 completarem. Independente dos problemas com pneus e motores os dois fabricantes dão um passo além fornecendo equipamentos para futuras equipes contribuindo para popularizar o endurance.


Os brasileiros: Com três representantes de muito boa qualidade estávamos bem representados. Tanto Jaime Melo quanto Augusto Farfus tinham condições de ganhar em sua classe, mas por intemperes acabaram abandonando. Já Tomy Erdos não tinha um carro para lutar pela vitória depois de vários anos sendo favorito. A RML terá muito trabalho para voltar a ser uma equipe favorita ainda mais depois da ascensão da Nissan.



Lotus e Aston Martin.

Os esteantes mais badalados desta edição da prova. Enquanto a Lotus fez a lição de casa treinando conseguiu completar a prova com pelo menos 1 carro. Já a Aston Martin não passou da primeira hora de corrida tendo os dois carros quebrando na mesma volta. Tanto uma quanto outra têm que trabalhar muito para pelo menos terminar as corridas de forma satisfatória.