24 horas de Le Mans 2013–Sonhos e conquistas.

Audi #2 venceu em prova tumultuada e por que não monótona

Vou fugir de frases feitas para descrever as 24 horas de Le Mans deste ano. Expressões como “Audi vence mais uma” “Prova histórica na França”, “Tom Kristensen maior pilotos de todos os tempos”. Apenas para frisar como várias matérias sobre a corrida serão descritas ao redor do mundo, especialmente aqui no Brasil. Mas neste ano aconteceu muito mais do que uma esperada vitória da Audi.

O ser humano é ansioso por natureza. Trabalha muito para conquistar o que deseja seja algo material ou a conquista do grande amor. Claro que todos esperamos o dia em que faremos aniversário, ou que vamos passar no vestibular ou aquele sábado à noite que será o primeiro encontro com aquela moça que está lutando para conquistar há tempos. E neste momento tudo pode ser ótimo ou uma grande decepção. Sempre digo que tudo na vida tem 50% de chances de dar errado e 50% de dar certo. Talvez a graça não seja o acerto ou o erro, e sim o que aprendemos com situação.

Terceiro lugar de Lucas di Grassi coroa bom desempenho do brasileiro.

Acredito que este era o desejo de Allan Simonsen, que morreu nos primeiros minutos da corrida. Esperou o ano inteiro para competir na prova que amava. Talvez não ganhasse, mas o fato de estar ali já seria uma vitória. Conseguiu o que muitos pilotos, torcedores e apaixonados por automobilismo querem, ir além de competir, de ganhar dinheiro com o que ama, de ter a oportunidade de vencer, conseguiu correr em Le Mans. Porém, o destino fez com que em sua nona participação perdesse a vida. Um homem jovem, prestes a completar 35 anos. O esperado quando este tipo de tragédia acontece é a equipe se retirar por completo da competição, como foi o caso da Mercedes nos anos 50 ou em 99 quando o CLK voou. Talvez o medo de um novo acidente, ou por respeito a família do piloto. Mas é aí que a coisa toma outra forma. A própria família pediu para que o time inteiro continuasse a prova como homenagem a Simonsen. Mesmo que o psicológico de todos e não só os da Aston Martin estivesse abalado, o time continuou, mesmo não ganhando a prova mostram que o sonho ou a vontade muitas vezes passa por caminhos tortuosos, mas que não deve ser abandonado. Talvez não seria esta a festa do centenário que a Aston Martin esperava, de perder uma vida, mas com certeza quem ficou e lutou para a conquista do sonho de todos ali tenha sido a maior vitória.

OAK Racing vence na LMP2 com #35 e com o #24 em segundo

O acidente do carro #99 a princípio teria sido mais um, pois a batida não chegou a ser violenta como no caso do Audi R18 em 2011 de Allan McNish. A forma como o Aston se desintegrou é que chamou a atenção. Tudo bem que o carro deve aguentar o impacto e a célula de sobrevivência ficar intacta mas o jeito que o carro ficou merece uma investigação mais apurada. Mesmo caso do #97 em que competia Bruno Senna e por conta de uma escapada simples ficou avaria a ponto de não voltar a pista.

Em detrimento a tantos acidentes a direção de prova foi bem mais rigorosa no que resultou em um recorde de entrada do carro de segurança. Ao todo foram quase 5 horas em bandeira amarela para consertos de muros de proteção e limpeza da pista.

Voltando para a classe P1 e a vitória do Audi #2 que marcou mais um recorde para Tom Kristensen, McNish e Duval. Desde os testes, passando pelo treino classificatório, era esperada esta vitória e talvez o maior rival seria o #1 de André Lotterer, Marcel Fassler e Benoit Treluyer. Lotterer surpreendeu já na largada pulando na frente e deixando os dirigentes da Audi com um sorriso meio amarelo. Em condições normais seria quase impossível vencer o #2 e fizeram bem em arriscar. Poderiam ter ganho a prova visto que o ritmo em vários momentos era superior ao #2, porém, problemas no alternador fizeram o carro ficar um bom tempo nos boxes para reparo levando por água abaixo as chances de uma vitória. Em contra partida, o #3 também foi pego pelas intempéries climáticas com um pneu furado, perdendo tempo. A atuação de Lucas di Grassi, em conjunto com Marc Gene e Oliver Jarvis, merece aplausos. Em todas as seções que pilotou soube comandar o carro não deixou o desempenho cair, conseguindo o terceiro lugar.

Porsche supera Aston Martin 50% da estratégia e 50% nas bandeiras amarelas e vence na GTE-PRO

A Toyota tentou, mas não conseguiu ser páreo para a velocidade dos Audi, mesmo estes parando mais e consumindo mais. Talvez ali estivesse o trunfo do time Japonês que esboçou alguma competitividade no começo da prova, quando a pista estava molhada, mas foi só. Se aproveitou dos problemas dos Audi e, é claro, o conjunto foi robusto, resistindo as 24 horas. Mesmo o acidente do #7 a menos de 1 hora do fim impediu o carro de cruzar a linha de chegada em quarto lugar. Para a equipe é uma vitória que seus dois carros tenham completado a prova mas precisam trabalhar e muito para diminuir a vantagem da Audi. Se em condições adversas eles tem chances em uma pista seca a coisa é bem diferente.

O melhor time privado da P1, surpreendendo muitos, foi o HDP da equipe Strakka Racing que acabou em sexto, a seis voltas dos líderes. O trio Nick Leventis, Danny Watts e Jonny Kane soube driblar os erros e chegou ao final intacto. Ao contrário dos seus adversários da Rebellion Racing, que acabaram ficando pelo caminho, seja por batidas ou por problemas mecânicos. O #12 terminou em quadragésimo e o #13 em quadragésimo primeiro.

Já entre os modelos P2, uma dobradinha da equipe OAK Racing com o #35 Bertrand Baguette, Ricardo Gonzales e Martin Plowman e #24 de Olivier Pla, David Heinemeier e Alex Brundle, que mesmo dando uma escapada nas horas finais da prova sob forte chuva, completou a prova. Equipes fortes como TDS Racing, Delta-ADR acabaram abandonando a prova. Os dois carros da equipe Lotus, que chegaram a ser apreendidos pela justiça em detrimento a uma ordem de busca por falta de pagamento, também ficaram pelo caminho. Em terceiro chegou o Oreca 03 #26 da equipe G Drive Racing do trio Roman Rusinov, John Martin e Mike Conway.

Porsche vence também na AM com a IMSA

A estreante Alpine fez uma corrida discreta terminando em décima quinta no geral. O acidente mais grave porém sem problemas para o piloto foi do Lola #30 da HVM Status GP que ficou totalmente destruído depois de uma batida nas curvas que antecedem a chicane Ford. Dificilmente este carro vai voltar a alguma competição, visto o estado em que ficou. A grande vencedora da classe sem dúvida foi a Nissan, dos 13 LMP2 que completaram a prova, 10 usavam propulsores do fabricante Japonês que revelou seu novo modelo para a garagem 56 do ano que vem, mesmo alegando que é um projeto totalmente novo o Zeod RC é um Delta Wing com capota. A “esperança” é o sistema híbrido revolucionário, ainda pouco divulgado.

A morte de Simonsen marcou o centenário da Aston Martin.

Na GTE-PRO o domínio da Aston Martin em todos os treinos resultou em uma liderança tranquila mesmo com a saída do #99 que liderava. Coube o #97 do trio Peter Dumbreck, Stefan Mucke e Darren Turner lutar pela vitória no centenário da marca. Porém, faltando 1 hora para o fim da corrida, a demora na escola de pneus nos boxes e sem tempo hábil para lutar pela vitória acabou ficando em terceiro, atrás dos dois Porsche que surpreenderam e mostraram um renascimento da marca na classe, que há tempos vinha apanhando da Ferrari que não fez nada durante todo o final de semana. O vencedor #92 Marc Lieb, Richard Lietz e Romains Dumas e do #91 de Jorg Bergmeister, Patrick Pilet e Timo Bernhard. A Porsche sempre falou que este ano seria um ano teste para a grande estreia de seu modelo LMP1, pode-se considerar que o novo carro terá um enorme sucesso. O Corvette #73 acabou chegando em quarto e a Ferrari #71 da AF Corse foi a melhor colocada, em quinto lugar.

A equipe Viper, estreante este ano, acabou em oitavo com o #53 e nono com o #93. Sem maiores problemas mecânicos, os carros aguentaram bem o tranco, e se a promessa do fabricante de continuar ano que vem se concretizar, teremos mais um belo adversário na competitiva classe PRO. Entre os amadores da classe AM vitória do #76 da IMSA Performance Matmut de Raymond Narac, Christophe Bourret e Jean-Karl Vernay chegando uma volta à frente do segundo colocado, a Ferrari #55 da AF Corse Piergiuseppe Perazzini, Lorenzo Case e Darryl O´Young. Fechando o pódio, outra Ferrari da AF Corse a #61 de Jack Gerber, Matt Griffin e Marco Cioci. A classe também marcou a estreia de Patrick Dampsei no Porsche #77 e o ator-piloto fez bonito, mesmo dando algumas escapadas durante a noite, terminou em quarto na classe e poderia muito bem abandonar os filmes, que não faria feio nas pistas. Superou a equipe Larbre, que acabou em quinto com o #50.

Erro de companheiro de equipe acaba com sonho de Senna de vitória.

A emoção da prova foi realmente nos períodos de pista molhada, mas no geral foi uma prova bem disputada em todas as classes até na P1 aonde os problemas limitaram e muito uma briga mais acirrada entre os carros da Audi. A quantidade de bandeiras amarelas também surpreendeu, talvez por um zelo maior depois da morte de Simonsen.

Outro ponto que falo ano após ano é a transmissão da corrida para o Brasil. Desde que o Sportv comprou os direitos de transmissão do WEC ano passado, muito por causa de Lucas di Grassi na Audi, todos os fãs de automobilismo esperavam uma melhor cobertura. A impressão que se tem disso é que o ápice do campeonato é a prova de Interlagos, o que não é verdade. A maior prova é Le Mans, até aí tudo bem, já que para a maioria dos brasileiros qualquer evento esportivo só é bom se tem brasileiro na frente, independente da qualidade da coisa. Desde então espero um valor merecido a transmissão. Fiquei surpreso quando anunciaram com pompa e circunstância que iriam transmitir 4 horas da prova. Quatro horas e uma prova de 24 é meio que forçar a barra, mas é melhor do que nada. O Canal Fox Sports também passou alguns trechos da corrida e as 2 horas finais e o que salvou neste caso foi o conhecimento de Sérgio Lago e principalmente sua sinceridade em dizer que não sabia certas coisas, até por que seu ponto forte é a NASCAR. Não cheguei a acompanhar 10 minutos da cobertura do SPORTV, pois se é para ler de 5 em 5 minutos a classificação eu mesmo leio o que passa na tela. Grande parte da transmissão acabei acompanhando pelo Eurosport Português, e o que vi foi uma ótima cobertura.

Narradores com conhecimento, mesmo com a morte de Simonsen trataram a coisa sem grandes alardes, usaram muito as redes sociais, respondendo perguntas de telespectadores, promovendo perguntas para testar o conhecimento de quem estava no Facebook. Apresentaram entrevista com pilotos, chefes de equipes, souberam aproveitar o tempo e manter o telespectador ligado em uma evento que, por mais gostoso que seja, cansa pelo tempo de duração. Parabéns a equipe da Eurosport, e é uma pena não termos este tipo de profissional aqui no Brasil, que não empurra a coisa com a barriga, que estimule e acabe agregando novos fãs ao esporte.

A próxima etapa do WEC será aqui no Brasil em primeiro de Setembro.

Classificação final das 24 horas de 2013

Os grandes carros de Le Mans 30/30 Nissan Delta Wing 2012

Originalmente o Delta Wing seria utilizado como o novo carro da IndyCar Americana. Por outro lado a ACO lançou o projeto 56 destinado a alinhar mais um carro na grande corrida que tivesse alguma inovação tecnológica mas que não marcaria pontos em nenhuma classe apenas para exibição.

Assim nasceu o Delta Wing voltado para Le Mans que foi a união de grandes nomes do automobilismo americano como Chip Ganassi, Don PAnoz e Dan Gurney. Entre fabricantes Michelin e Nissan se juntaram ao projeto. Depois de uma votação com outros dois projetos venceu pela proposta aerodinâmica inovadora e pelo conceito de downsizing com seu motor 1.6. O carro não completou a prova mas os tempos o aproximavam dos carros da classe P2 . Se o projeto vai vingar? Só o tempo vai responder. 

Edição em que participou: 80º entre os dias 16 e 17 de Junho de 2012

Carros inscritos: 1

Informações técnicas: Motor 4 cilindros com 1.6 litros

Pilotos.

Marino Franchitti-Michael Krumm-Satoshi Motoyama

Resultado.

Abandono.

Os grandes carros de Le Mans 29/30 Chenard & Walcker 1923

As 24 horas de Le Mans nasceram com o nome “Grande premio de resistência 24 horas” e tinha como objetivo testar os componentes do carro como motor, componentes da carroceria e pneus. A Chenard & Walcker construiu seu primeiro carro em 1901 e foi uma das 18 marcas que competiram em Sarthe em sua primeira corrida. Três carros foram inscritos que concluíram a prova ou melhor sobreviveram a ela e as intemperes como estradas ruins e clima. A vitória ficou com a dupla André Lagache e René Léonard. Mal sabiam eles e os organizadores que ali surgia uma história que complet 90 anos este ano como a maior corrida de mundo que sobreviveu a guerras, problemas econômicos e principalmente a política e anseios de outras categorias que nunca chegaram sequer perto do glamour e inovação tecnológica.

Edição em que participou: 1º entre os dias 26 e 27 de maio de 1923

Número de carros inscritos: 3

Informações técnicas: Motor de 4 cilindros e 3 litros

Pilotos.

André Lagache-René Léonard (n°9)
Raoul Bachmann-Christian d’Auvergne (n°10)
Fernand Bachmann-Raymond Glaszmann (n°11)

Resultados.

1º (André Lagache-René Léonard)
2º (Raoul Bachmann-Christian d’Auvergne)
7º (Fernand Bachmann-Raymond Glaszmann)

Os grandes carros de Le Mans 28/30 Simca Gordini 1949

Exímio motorista Amédée Gordini foi também um bom mecânico. Seus carros de construção simples sempre foram considerados confiáveis e honestos. Nos anos 30 sua empresa era subsidiária da FIAT na França e este começou a transformar um Fiat 1100 em Simca Oito que ficou pronto em 1938 e já disputou as 24 horas conquistando um nono lugar. Seis exemplares são inscritos na edição de 39, o carro que Amédée competia acabou em 10º. Dez anos depois com o fim da grande guerra ele volta com seu modelos acabando em 14º e 17º.  A versão de rua do carro fez grande sucesso e foi fabricado té 1951. A partir de 1956fez uma forte parceria com a Renault.

Edição em que participou: 17º entre os dias 25 e 26 de Junho de 1949

Carros inscritos: 6

Informações técnicas: Motor 4 cilindros em linha 1.1 litros.

Pilotos.

Félix Lecerf-Robert Redge (n°46)
Norbert Jean Mahé-Roger Crovetto (n°47)
Just Emile Vernet-Claude Batault (n°48)
Robert Tocheport-Roger Caron (n°51)
André Guillard-Théodore Martin (n°52)
Viviane Elder-Victor Tamerano (n°54)

Resultados:

14º (Norbert Jean Mahé-Roger Crovetto)
17º (André Guillard-Théodore Martin)
Abandonos (Félix Lecerf-Robert Redge, Just Emile Vernet-Claude Batault, Robert Tocheport-Roger Caron, Viviane Elder-Victor Tamerano)

Grandes carros de Le Mans 27/30 BMW V12 LMR 1999

O BMW V12 LMR é o segundo modelo em parceria com a equipe Willians da F1. Em 1998 os dois carros abandonaram a corrida porém em 99 um novo modelo foi alinhado. A briga foi forte com o Toyota GT-One e o Audi R8.O Ano de 99 também foi marcado com as mudanças no regulamento sendo os LMP como classe principal ao contrário de 98 quando os GT1 dominavam a corrida. Esta foi a única vitória de um BMW em Sarthe.

Edição em que participou: 67º edição entre os dias 13 e 14 de Junho de 1999

Número de carros inscritos: 2

Informações técnicas: Motot V12 6 litros

Pilotos.

Yannick Dalmas-Pierluigi Martini-Joachim Winkelhock (n°15)
Tom Kristensen-JJ Lehto-Jörg Müller (n°17)

Resultados:

1º (Yannick Dalmas-Pierluigi Martini-Joachim Winkelhock)
Abandono (Tom Kristensen-JJ Lehto-Jörg Müller)

Os grandes carros de Le Mans 26/30 Delage D6S 1949

Sua primeira aparição em Sarthe foi em 37 com um quarto lugar. Depois da grande guerra voltou as pistas em 49 lutando com uma certa estreante Ferrari. O jovem fabricante Francês chegou em segundo e quarto lugares.A Delage ficou conhecida por fazer modelos de alto luxo com ótimos e duráveis motores. Com a grande crise do pós guerra o único e último modelo foi o D6S. A fábrica fechou as portas em 1953.

Edição em que participou: 17º entre os dias 25 e 26 de junho de 1949

Carros inscritos: 4

Informações técnicas: Motor de 6 cilindros em linha, 3 litros.

Pilotos:

Francesco Godia Fales-Louis Gérard (n°14)
Juan Jover-Henri Louveau (n°15)
Gaston Serraud-Marc Versini (n°16)
Auguste Veuillet-Edmond Mouche (n°18)

Resuldados:

2º (Juan Jover-Henri Louveau)
4º (Francesco Godia Fales-Louis Gérard)
Abandonos (Gaston Serraud-Marc Versini, Auguste Veuillet-Edmond Mouche)

Os grandes carros de Le Mans 25/30 Peugeot 908 HDI FAP 2009

A Peugeot retornou ao endurance em 2007 com um modelo a diesel seguindo os moldes da Audi. Seu diferencial era o filtro de partículas por isso o FAP no nome. O carro sempre um foguete mas também frágil. Foi pole por 4 anos seguidos em Sarthe de 2007 a 2010. A equipe venceu a grande corrida em 2009 de forma convincente. Abandonou seu programa de endurance em 2012 mas sempre será lembrada pelas disputas mortais com os modelos da Audi.

Edição em que participou: 77º entre os dias 13 e 14 de Junho de 2009

Carros inscritos: 4

Informações técnicas: Motor V12 5.5 turbo diesel

Pilotos:

Nicolas Minassian-Pedro Lamy-Christian Klien (n°7)
Sébastien Bourdais-Franck Montagny-Stéphane Sarrazin (n°8)
David Brabham-Marc Gené-Alexander Wurz (n°9)
Jean Christophe Boullion-Simon Pagenaud-Benoît Tréluyer (n°17)

Resultados:

1º (David Brabham-Marc Gené-Alexander Wurz)
2º (Sébastien Bourdais-Franck Montagny-Stéphane Sarrazin)
6º (Nicolas Minassian-Pedro Lamy-Christian Klien)
Abandonos (Jean Christophe Boullion-Simon Pagenaud-Benoît Tréluyer)

Os grandes carros de Le Mans 24/30 Lorraine B36 1925

Especializada em material ferroviário a Lorraine começou a fazer carros em 1896. Foram pioneiros na corrida Paris-Madrid em 1903. Durante a primeira guerra se dedicou a construção de motores de aviões. O carro participou da primeira edição das 24 horas em 1923 chegando em segundo e terceiro. Venceu em 1925 e 1926 com os três primeiros lugares. Assim foi a primeira equipe a conquista as três primeiras posições na história da corrida.

Edição em que participou: 3º entre os dias 20 e 21 de Junho de 1925

Carros inscritos: 3

Informações técnicas: Motor 6 cilindros em linha 3.5 litros

Pilotos.

Stalter »-Edouard Brisson (n°4)
André Rossignol-Gérard de Courcelles (n°5)
Robert Bloch-Léon Saint Paul (n°6)

Resultados:

1º (André Rossignol-Gérard de Courcelles)
3º (« Stalter »-Edouard Brisson)
Abandono (Robert Bloch-Léon Saint Paul)

Os grandes carros de Le Mans 23/30 Jaguar XJR LM9 1988

Trinta e um anos apos a vitória do tipo D a Jaguar bota um ponto final no reinado da Porsche. O retorno da marca a Sarthe se deu em 1985 na IMSA Norte Americana campeonato que hoje seria a ALMS. A equipe que tem como “chefão” o Inglês Tom Walkinshaw, travou por vários anos luta com a Porsche e fez modelos memoráveis como o XJR6 1986, XJR LM 8 1987 e XJR 9. Talvez o fato mais marcante destes modelos era o fato da carenagem cobrindo as rodas traseiras para melhorar o efeito aerodinâmico.

Edição em que participou: 56º entre os dias 11 e 12 de Junho de 1988

Números de carros inscritos: 5

Informações técnicas: Motor V12 7 litros aspirado

Pilotos:

John Nielsen-Martin Brundle (n°1)
Jan Lammers-Johnny Dumfries-Andy Wallace (n°2)
John Watson-Henri Pescarolo-Raul Boesel (n°3)
Davy Jones-Danny Sullivan-Price Cobb (n°21)
Kevin Cogan-Derek Daly-Larry Perkins (n°22)

Resultados:

1º (Jan Lammers-Johnny Dumfries-Andy Wallace)
4º (Kevin Cogan-Derek Daly-Larry Perkins)
16º (Davy Jones-Danny Sullivan-Price Cobb)
Abandonos (John Nielsen-Martin Brundle, John Watson-Henri Pescarolo-Raul Boesel)

 

Os grandes carros de Le Mans 21/30 Porsche 956 1982

A edição de número 50 na história das 24 horas em 82 marca um dos seus mais belos e potentes capítulos, o chamado grupo C. com base nesta nova “categoria” o Porsche 956 primeiro protótipo desta nova fase fechado por regra da competição. Seu motor é baseado no modelo 936 vencedor das edições de 1976, 77 e 81. O sucesso foi imediato e as 3 primeiras colocações foram do modelo. Em 1983 11 956 estavam alinhados no grid e 15 na edição de 1984. O carro conseguiu 4 vitórias consecutivas em Sarthe entre os anos de 82 até 85.

Edição em que participou: 50º entre os dias 19 e 20 de Junho de 1982

Carros inscritos: 3

Informações técnicas: Motor V6 2.6 litros com dois turbos.

Pilotos.

Jacky Ickx-Derek Bell (n°1)
Jochen Mass-Vern Schuppan (n°2)
Hurley Haywood-Al Holbert-Jürgen Barth (n°3)

Resultados.

1º (Jacky Ickx-Derek Bell)
2º (Jochen Mass-Vern Schuppan)
3º (Hurley Haywood-Al Holbert-Jürgen Barth)