Augusto Farfus encerra sua temporada 2018 nas pistas neste fim de semana (16 a 18), com a disputa do FIA GT World Cup, a Copa do Mundo de GT, que acontece no lendário circuito de rua de Macau. Foi neste cenário também que o piloto brasileiro e a BMW anunciaram nesta quinta-feira (15) os planos conjuntos para o próximo ano. Em 2019, Farfus estará focado no programa GT da BMW, e, por isso, o piloto optou por deixar o grid do DTM após sete temporadas consecutivas no campeonato.
O curitibano segue para um novo capítulo em sua longa relação com a BMW. Piloto oficial deste 2007, quando começou a representar a montadora no WTCC, onde ficou até 2010, Farfus também foi peça fundamental no desenvolvimento da BMW M3 DTM, com a qual a BMW voltou ao grid do DTM após 20 anos de ausência no campeonato, com Augusto em seu line-up.
Já em 2012, ele foi o melhor estreante da temporada, com uma vitória, duas pole positions e outros dois pódios neste ano. Ao longo de sete temporadas consecutivas no DTM, Augusto disputou 104 corridas, conquistou quatro vitórias, seis pole positions e 13 pódios, e teve como melhor resultado geral o vice-campeonato em 2013.
Agora, ele estará ainda mais envolvido na disputa da “Super Temporada” do WEC (Campeonato Mundial de Endurance da FIA), da qual já é titular da BMW M8 GTE #82, mas, por conflitos de datas, participou apenas das 24 Horas de Le Mans e 6 Horas de Silverstone neste ano. Além disso, ele também participará das principais corridas mundiais de GT, a bordo da BMW M6 GT3, como as 24 Horas de Nürburgring, FIA GT World Cup, entre outras.
Para Farfus, o foco agora são os GTs. “A decisão deixar o DTM obviamente não foi uma decisão fácil. Indiscutivelmente ele é um dos principais campeonatos de turismo do mundo e eu sempre me senti muito confortável na família DTM e também nas equipes da BMW. Eu aprendi muito, consegui vencer corridas e lutei pelo título também. Foi um momento incrível. No entanto, quem me conhece também sabe o quanto eu amo GTs e as corridas de longa duração. Eu senti que era hora de embarcar em um novo capítulo. Sou muito grato à BMW por ter aceitado minha decisão e por me ter me dado a oportunidade de continuar defendendo a BMW no mais alto nível. Estou realmente ansioso para 2019!.”
Para o diretor da BMW, Jens Marquardt, o brasileiro foi um dos pioneiros no projeto de DTM da marca. “O Augusto foi um dos primeiros pilotos que trouxemos em 2011 para o nosso projeto de retorno ao DTM no ano seguinte. E desde então, nessas sete temporadas, ele se estabeleceu como um piloto top na categoria, com destaque para a briga pelo título em 2013. Nós respeitamos a decisão do Farfus em não continuar correndo no DTM, e ele segue como um membro valioso na família BMW. Decidimos juntos envolvê-lo ainda mais no nosso programa GT em 2019, visto que ele é um dos melhores pilotos de GT do mundo. Vamos continuar nossa história de sucesso juntos, que vem desde 2007, em 2019 e adiante”.
Desafio em Macau:
Esse será o segundo ano consecutivo de Augusto Farfus no FIA GT World Cup, em Macau, correndo com a BMW M6 GT3 da equipe oficial BMW Team Schnitzer. O traçado temporário de 6,2 quilômetros de extensão do Circuito da Guia é considerado um dos mais difíceis do mundo, por sua longa reta, com mais de dois quilômetros, que é sucedida por muitas curvas estreitas e travadas na área das montanhas, de um circuito que passa por praticamente todo o país, exigindo um carro muito bem equilibrado.
O brasileiro tem um ótimo histórico nesta pista. Em sua primeira corrida lá, em 2005, ele marcou a pole-position e venceu a corrida do WTCC, ainda pela Alfa Romeo, destacando-se num seleto grupo de pilotos que triunfou no ano de estreia em Macau. Depois, ele voltou a venceu em 2009 no WTCC, já pela BMW. No ano passado, ele foi 2º na corrida classificatória, no sábado, e terminou em 4º na corrida principal, que foi bem atribulada, com chuva e um grande acidente.
Desta vez, as atividades de pista começam na quinta-feira, com uma sessão de treinos livres. Na sexta, os pilotos participam de mais um treino e da tomada de tempos. No sábado, acontece uma corrida classificatória de 12 voltas, para definição do grid de largada da grande final. A prova decisiva está marcada para domingo, e tem 18 voltas de duração.
“Ano passado tivemos uma corrida maluca, mas andamos sempre na frente. Neste ano, tivemos a chance de preparar a corrida de uma forma mais intensa, o que nos deixa cheios de esperança. Agradeço a responsabilidade confiada em mim pela BMW, por ser o único representante da marca na principal prova sprint de GT3 do mundo. Estamos indo com força total, para brigar pela vitória. É uma corrida especial, pois é a minha última prova do ano, encerrando a temporada, e também porque o Charly Lamm, que é o team menager da equipe Schnitzer – a primeira equipe em que eu corri na BMW – e que me recebeu de braços abertos, e depois se tornou um grande amigo, está fazendo sua despedida agora. É uma corrida com vários significados importantes, e espero fechar o ano com chave de ouro e voltar pra casa com sorriso no rosto”, concluiu Farfus.